Dão Primores apresenta a colheita de 2016

Já é o sétimo ano consecutivo em que a Comissão Vitivinícola Regional do Dão organiza o Dão Primores, em Maio. Oportunidade para trocar ideias e saber mais sobre vindima 2016 e os vinhos que dela nasceram.

 

TEXTO Mariana Lopes FOTOS Ricardo Palma Veiga

PARA esta edição do Dão Primores foram convida­dos alguns oradores que, dentro da sua área de especialização, deram o seu parecer sobre o ano vitivinícola anterior. Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal (organização interprofissional que tem, entre outras, a missão de promover e valorizar os vinhos portu­gueses no mercado interno e externo) lembrou que “so­mos um país pequeno mas que, a nível mundial, está em 11º lugar no ranking de produção de vinho e em oitavo no da exportação” Num apelo aos produtores para valo­rizar o seu produto, frisou ainda que “em 2016, exportá­mos a um preço médio, por litro, de 3,.51 dólares, mas há predisposição [nos mercados] para pagar mais”.

Também Frederico Falcão, presidente do Instituto do Vinho e da Vinha, tocou neste ponto. “Há que aumen­tar o preço dos vinhos e, também, diversificá-los. Temos muitas castas autóctones, não é obrigatório cingirmo-nos sempre às mesmas.” Falando, especificamente da região, selou o seu discurso com reconhecimento positivo: “O Dão tem a qualidade e o dinamismo, tem de olhar para o futuro com optimismo, mas não esquecendo a valoriza­ção dos seus vinhos.”

Também na ordem de trabalhos esteve a Declaração de Vindima 2016. Os convidados João Vasconcellos Porto, director de viticultura da Sogrape, e Carlos Lucas, enólo­go consultor de várias empresas e proprietário da marca Ribeiro Santo, contaram aos presentes como foi o tra­balho na vinha e na adega. Confirmando as adversida­des climáticas de 2016, João Porto afirmou que o maior problema desse ano foi a excessiva quantidade de água no solo (devido ao Inverno extremamente chuvoso) mas, sem reservas, deixou claro que “não foi um ano difícil, foi um ano para profissionais”. Carlos Lucas, por sua vez, mostrou uma visão positiva daquilo que poderia ser en­carado como prejudicial, referindo-se à ligeira quebra de produção: “Houve controlo na vinha de algum excesso que poderia haver em anos anteriores, o que foi muito bom para o vinho e para o trabalho de adega.”

Integrado neste evento esteve a entrega de prémios do concurso ‘Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor – Colheita 2016’, atribuídos pela CVR Dão, que entregou vários diplomas Ouro e Prata, destacando-se o prémio Grande Vinho do Dão, levado para casa pela CM Wines, com um monocasta de Touriga Nacional.

Seguiu-se a prova dos vinhos da vindima de 2016, onde se encontraram brancos ainda tímidos, fechados, princi­palmente os 100% Encruzado, mas cheios de frescura e com grande potencial de florescimento, e tintos em esta­do quase embrionário mas, de maneira geral, já a mostrar o carácter do Dão, adivinhando um futuro promissor.

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