Vinhos do Alentejo e ASAE controlam autenticidade das uvas

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) celebraram um Protocolo de Cooperação, com o objectivo de reforçar a fiscalização da produção vitivinícola, assegurando a autenticidade e a conformidade dos vinhos com Denominação de Origem (DOC) e Indicação Geográfica (IG) do Alentejo. A articulação reforçada entre ambas as […]
A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) celebraram um Protocolo de Cooperação, com o objectivo de reforçar a fiscalização da produção vitivinícola, assegurando a autenticidade e a conformidade dos vinhos com Denominação de Origem (DOC) e Indicação Geográfica (IG) do Alentejo.
A articulação reforçada entre ambas as entidades incidem na realização de ações conjuntas de controlo, sobretudo no período das vindimas, no sentido de proteger a origem das uvas e enfatizar a confiança no selo “Alentejo”. Em suma, “a colaboração com a ASAE reforça a credibilidade do setor e a proteção da região vitivinícola”, afirma Luís Sequeira, Presidente da CVRA.
A CVRA foi criada em 1989, é responsável pela certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade, bem como pela proteção e defesa da DOC Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, e detém uma iniciativa pioneira, o “Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo”. Este território vitivinícola abrange uma área de vinha de 23,3 mil de hectares e é uma das duas únicas regiões do mundo que produz Vinho de Talha há mais de dois mil anos.
VICENTINO: Vinhas e hortas à beira-mar

As vinhas, ainda que ocupando 60 hectares, parecem ser um parceiro muito discreto neste gigante universo agrícola, muito vocacionado para exportar quase toda a produção. Dizemos discreto, porque a vinha está ali, sossegada no concelho de Odemira, na Costa Vicentina, enquanto o frenesi de chegada e partida de carregamentos em camiões TIR impressiona o visitante. […]
As vinhas, ainda que ocupando 60 hectares, parecem ser um parceiro muito discreto neste gigante universo agrícola, muito vocacionado para exportar quase toda a produção. Dizemos discreto, porque a vinha está ali, sossegada no concelho de Odemira, na Costa Vicentina, enquanto o frenesi de chegada e partida de carregamentos em camiões TIR impressiona o visitante. Falamos da FRUPOR, empresa responsável por alguns alimentos frescos que encontramos no supermercado e muitas das verduras das floristas.
O gosto do vinho era antigo e o norueguês Ole Martin Siem, o proprietário, começou a interessar-se pelas potencialidades daquela zona localizada perto do mar, para gerar vinhos de grande qualidade. Mas, tal como nos confirmou, mais importante do que começar por fazer uma adega state of art, era ter boas uvas e boa maneira de as fazer chegar nas melhores condições à adega. Durante vários anos, tiveram de recorrer a adega alugada (Perescuma), mas, finalmente, a nova adega está a funcionar, “sem ousadias arquitectónicas, uma vez que o mais importante é a câmara de frio para arrefecer as uvas, as boas condições da adega, com cubas de inox e cimento, barricas quantas as necessárias. Tudo funcional”, relembra-nos o produtor. É secundado por Bernardo Cabral, o enólogo responsável pelos vinhos e líder de uma equipa, da qual faz parte Ana Rita Bouça, enóloga, que também assegura os comandos do laboratório e com quem já tinha trabalhado com ele nos Açores, além de Jorge Martins, na viticultura, e Pedro Cavaleiro, na área comercial.

Contrariamente ao que é habitual, a adega está sobredimensionada, porque há ainda o objectivo de fazer prestação de serviços para terceiros. Não tem um restaurante associado, mas, na loja, podem servir-se petiscos regionais, para acompanhar os vinhos servidos aos visitantes. Foi aí exactamente que fizemos as provas. Ter a adega no meio da vinha tem enormes vantagens. Bernardo Cabral recorda: “como temos boas câmaras de frio podemos ir programando a vindima paulatinamente, parcela por parcela.” A vindima estende-se, assim, por um mês e meio, sem pressas.
Nesta zona de forte influência marítima, os brancos ganham uma enorme importância, nomeadamente os que são feitos a partir da casta Sauvignon Blanc. As neblinas que trazem a maresia para terra fazem toda a diferença, “e quando elas não vêm, os vinhos ficam diferentes e menos ricos”, explica o enólogo. A Sauvignon Blanc tornou-se assim a casta-emblema da casa, produzida pela primeira vez em que 2014, logo seguida, em 2015, pela Pinot Noir, a tal casta difícil, grande apreciadora de climas mais frescos. Era também inevitável que a Alvarinho aportasse, agora que se tornou uma variedade a que todos querem chegar. Para complementar este ramalhete, destacam-se a Chardonnay, variedade procurada por todos, na tentativa de fazer um branco de carácter borgonhês.
O projecto pode ser viável, até porque existe uma amizade pessoal entre o produtor do Vicentino e Henri Boilot, conhecido e famoso produtor da Borgonha. Da sua propriedade foram trazidas varas daquela casta, bem como barricas de segunda utilização, para aqui se fazer um Vicentino de perfil “afrancesado”. O projecto está em curso, o vinho já existe, mas não o incluímos nas notas de prova, uma vez que sugere precisar de tempo em garrafa para afinar; a prova fica para mais tarde. A curiosidade foi Henri Boilot, que marcou presença e provou o vinho produzido com a casta Sauvignon Blanc, ter afirmado: “finalmente, provei um bom Sauvignon Blanc!” À frase é preciso descontar o pouco valor que em França se dá aos vinhos de outra região que não a própria… Fica o comentário elogioso, sem dúvida.
A casta Sauvignon Blanc tornou-se a marca-emblema da casa, o vinho foi produzido pela primeira vez em 2014, logo seguido, em 2015, pelo Pinot Noir
Sauvignon em destaque
O vinho de Sauvignon Blanc produzido pela Vicentino integra-se na família das Sauvignon de perfil aromático pleno de vegetais verdes, com notas apimentadas, no qual estão ausentes as notas de fruta tropical mais habituais nos vinhos mais gordos e mais maduros, mais característicos do interior do que da costa. A influência do mar, da neblina e a temperatura mais amena são determinantes para o perfil da casta. Os estafados descritores relacionados com o sal podem ser usados com propriedade, já que estamos a escassas centenas de metros do mar, em arribas selvagens e inóspitas, mas, também por isso, tão atractivas.
Aquando da nossa visita, a vinha estava em plena “explosão” vegetativa, com um crescimento “que se vê dia-a-dia”, como nos disse Jorge Martins, também muito satisfeito com o trabalho de reenxertia de algumas castas, a qual se optou por abandonar, como a Fernão Pires. Estar perto do mar tem vantagens, mas é uma dor de cabeça permanente em virtude da propagação das doenças da vinha, como o míldio e o oídio. Optou-se por uma atitude racional e não fundamentalista: quando é preciso intervém-se, com o objectivo último de salvar a produção. As vinhas mais novas têm herbicida nas linhas, porque o entre-cêpas acaba por cortar tudo a eito e a dimensão da vinha não permite um trabalho manual. Já nos espaços entre as filas de videiras, houve o cuidado de permitir o desenvolvimento vegetativo, que possa enriquecer, arejar e vivificar o solo, permitindo uma competição (moderada) com a cêpa.
Se o gosto do consumidor for para vinhos tintos muito estruturados, concentrados e muito ricos, com forte presença de madeira e taninos em evidência, então este não é destino certo. Favorecidos pelo mar, o conceito é outro, mais elegante, mais fino, menos denso. Para sorte (ou não) de Ole Martin Siem, esta é a tendência actual. Provavelmente por isso, as exportações têm cada vez mais significado, quer para a Europa Central, quer para os Estados Unidos e o Brasil. A sorte, como sabemos, dá imenso trabalho e esse, por aqui, não falta.
Da Borgonha trouxeram-se varas e barricas para fazer aqui um Chardonnay de inspiração francesa
500 hectares em produção
A vinha onde se colhem as uvas utilizadas na produção do vinho Vicentino está inserida num complexo agrícola de grandes dimensões. É aqui, bem perto da Zambujeira do Mar e a poucas centenas de metros da falésia, onde encontramos a casa outrora pertença de Amália Rodrigues, que ficam os campos agrícolas e as estufas de Ole Martin Siem, há quatro décadas em Portugal. O proprietário recorda-nos: “quando aqui cheguei, eu era o único estrangeiro. Hoje, temos trabalhadores de 15 nacionalidades no nosso projecto”.
A actividade agrícola estende-se desde a produção de couve chinesa e cenouras baby, até fetos, eucaliptos ornamentais e verduras para os ramos de flores que compramos nas floristas. Falamos então de 500 hectares de terra e 400 trabalhadores. A alimentação de tanta gente é assegurada, quer pela cantina fixa, quer pelas cantinas móveis, que se dirigem às zonas mais afastadas onde estão os funcionários da empresa. A actividade e circulação de pessoas é intensa e são diários os camiões TIR que ali carregam caixas com legumes ou verduras, posteriormente exportadas para os Países Baixos e de lá distribuídas para toda a Europa. Ao fim da tarde, chegam vários autocarros de passageiros, que levarão de volta os trabalhadores aos seus aposentos. O complexo funciona de uma forma muito “oleado” e inclui um espaço de turismo rural. Em breve, este alojamento será alargado a um hotel. A vinha ocupa 60 hectares e a selecção de castas foi muito abrangente, incluindo nacionais e de fora. Assim, temos Alvarinho, Arinto, Viosinho, Sauvignon Blanc e Chardonnay, nos brancos e, nos tintos, Touriga Nacional, Aragonez, Pinot Noir, Syrah, Alicante Bouschet e Merlot. Actualmente, são 16 as referências que constam no portfolio, as quais são distribuídas por cinco gamas: Poente, Nascente, Neblina, Luar e Naked (gama de vinhos sem madeira).
(Artigo publicado na edição de Agosto de 2025)
José Maria da Fonseca dá cartas no enoturismo

A Casa-Museu José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitão, no território vitivinícola da Península de Setúbal, e a Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, foram distinguidas com o prémio Travellers’ Choice Awards do Tripadvisor. Além da produção vitivinícola, ambas fazem parte da oferta enoturística da José Maria […]
A Casa-Museu José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitão, no território vitivinícola da Península de Setúbal, e a Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, foram distinguidas com o prémio Travellers’ Choice Awards do Tripadvisor. Além da produção vitivinícola, ambas fazem parte da oferta enoturística da José Maria da Fonseca, que, neste contexto, vê a primeira a conquistar este prémio pelo 11º ano consecutivo e a segunda a repetir a mesma proeza pela terceira vez. A classificação é igual: 4,5 estrelas.
A dupla distinção “demonstra a consistência do nosso trabalho e a confiança que os visitantes depositam nas experiências que oferecemos”, nas palavras de Sofia Soares Franco, responsável pelo enoturismo desta empresa familiar. As portas permanecem abertas a visitantes nacionais e internacionais de Abril a Outubro, entre as 10h00 e as 17h30m, e de Novembro a Março, das 10h00 às 16h30m, na Casa-Museu José Maria da Fonseca. Na Adega José de Sousa, as visitas tem hora marcada às 11h00, 15h00 e 17h00, de Abril a Outubro, enquanto de Novembro a Março, ocorrem às 11h00 e às 15h00.
Forno d’Oro em Lisboa é uma das melhores pizzarias do mundo

O chef nepalês Tanka Sapkota, que, em 2022, recebeu o prémio “Restaurante Cozinha do Mundo”, da Grandes Escolhas, pelo restaurante Come Prima, em Lisboa, acaba de ver o seu Forno d’Oro, localizado também na capital portuguesa, a subir para o 61º lugar no guia 50 Top Pizza World 2025. É, por conseguinte, o único restaurante […]
O chef nepalês Tanka Sapkota, que, em 2022, recebeu o prémio “Restaurante Cozinha do Mundo”, da Grandes Escolhas, pelo restaurante Come Prima, em Lisboa, acaba de ver o seu Forno d’Oro, localizado também na capital portuguesa, a subir para o 61º lugar no guia 50 Top Pizza World 2025. É, por conseguinte, o único restaurante português a constar neste ranking internacional. Esta distinção junta-se, assim, ao reconhecimento do 50 Top Pizza Europa, no qual está nos primeiros dez lugares da respectiva tabela.
Radicado em Portugal há quase três décadas, Tanka Sapkota abriu o Forno d’Oro em 2014, onde a pizza napolitana ganha destaque na ementa. Aliás, o chef nepalês é conhecido pelo trabalho que tem vindo a fazer no mundo das pizzas, com o foco neste tipo de massa, projetando o nosso país no contexto mundial da cozinha italiana. O segredo? Está na massa, submetida a uma levedura com duração de 36 horas e a uma cozedura a 450 ºC, em forno a lenha revestido a folhas de ouro, para que cada pizza esteja pronta em menos de um minuto.
Reveja o momento da atribuição do prémio “Restaurante Cozinha do Mundo” atribuído pela Grandes Escolhas em 2022
100 vinhos inesquecíveis

Qual a melhor maneira de uma publicação de vinhos celebrar a sua centésima edição? Com vinho, é evidente. Desde maio de 1997 passaram pelas nossas mesas de prova dezenas de milhares de garrafas, vinhos de todos os tipos, origens e segmentos de preço, descritos e avaliados por mais de uma dezena de provadores. Resolvemos agora […]
Qual a melhor maneira de uma publicação de vinhos celebrar a sua centésima edição? Com vinho, é evidente. Desde maio de 1997 passaram pelas nossas mesas de prova dezenas de milhares de garrafas, vinhos de todos os tipos, origens e segmentos de preço, descritos e avaliados por mais de uma dezena de provadores. Resolvemos agora mergulhar na nossa história vínica e escolher os 100 vinhos que mais impressionaram quem os provou. Nesta selecção, apenas a qualidade absoluta conta: estes foram, simplesmente, os vinhos que pontuaram mais alto, sem preocupações de distribuição geográfica ou representatividade.
Claro está, ainda assim, houve que estabelecer critérios. Por exemplo, é certo que repetimos produtores, (olhando para tantos milhares de provas, percebe-se que há quem tenha um compromisso bastante consistente com a excelência…), mas não repetimos referências (em muitos casos, injustamente, várias colheitas do mesmo vinho mereciam igual destaque). E em igualdade de circunstâncias demos preferência a vinhos que deslumbraram mais do que um provador. Aqui ficam, pois, 100 vinhos que não se esquecem. E que fazem parte da nossa história.
Uma nota final: os preços indicados remetem para o momento em que o vinho foi provado. E ainda, a ordem dos vinhos apresentados nada tem a ver com as classificações obtidas, mas sim alfabética.
(Artigo publicado na edição 100 de Agosto de 2025)
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Anselmo Mendes Private
Branco - 2021 -
Anselmo Mendes A Torre
Branco - 2019 -
Aldeia da Fogueira
Tinto - 2012 -
Barbeito O Americano
Fortificado/ Licoroso - -
Bacalhôa
Fortificado/ Licoroso - 1983 -
Bacalhôa 1931 Vinhas Velhas
Branco - 2021 -
Aeternus
Tinto - 2019 -
António Maçanita Os Paulistas
Tinto - 2018 -
Anselmo Mendes Tempo
Branco - 2016 -
Abandonado
Tinto - 2011
-
Conde Vimioso Edição Comemorativa 30 anos
Tinto - 2005 -
Barca Velha
Tinto - 2015 -
Dalva
- -
Blandy’s
Fortificado/ Licoroso - 1976 -
Casa Ferreirinha
- 2014 -
Croft Quinta da Roeda Sérikos
- 2017 -
Coche By Niepoort
Branco - 2018 -
Casa da Passarella
Tinto - 2009 -
Conceito Único
Branco - 2019 -
Chryseia
Tinto - 2018
-
Graham’s
Fortificado/ Licoroso - -
Gloria Reynolds
Tinto - 2011 -
Herdade do Sobroso Élevage
Branco - 2019 -
Guru NM
Branco - -
Gene
Tinto - 2007 -
Ferreira Vinhas Velhas vintage
Fortificado/ Licoroso - 2016 -
Estremus
Tinto - 2015 -
Graham’s The Stone Terraces Vintage
Fortificado/ Licoroso - 2016 -
Herdade do Rocim Clay Aged
Tinto - 2015 -
Esporão Private Selection
Tinto - 2012
-
Kompassus
Espumante - 2016 -
Justino’s
Fortificado/ Licoroso - 1940 -
Mamoré de Borba Vinhas de Sequeiro
Tinto - 2020 -
Élevage
Tinto - 2022 -
Kopke 50 Years
Fortificado/ Licoroso - -
José Maria da Fonseca Kingsman Century Edition
Fortificado/ Licoroso - 1919 -
Kompassus Private Collection
Branco - 2016 -
Luis Pato Quinta do Ribeirinho
Branco - 2019 -
Legado
Tinto - 2015 -
Júlio B. Bastos
Tinto - 2012
-
M Mingorra
Rosé - 2023 -
Morgado de Oliveira
Branco - -
Monte Branco XX
Tinto - -
Montanha Real 80 Anos
Espumante - 2013 -
Outrora
Tinto - 2019 -
Memórias Alves de Sousa
- -
Murganheira Assemblage
Espumante - 2006 -
MOB Gauvé
- 2016 -
Marquês de Borba
Tinto - 2019 -
Murganheira Esprit de la Maison ( 1500ml)
Espumante - 2011
-
Pintas
Tinto - 2022 -
Poeira 37 barricas
Tinto - 2021 -
Quanta Terra “Golden Edition”
- 2016 -
Palmer
Fortificado/ Licoroso - 1935 -
Pedra Cancela Intemporal
Branco - 2015 -
Quinta da Bacalhôa Centenarium
Tinto - 2015 -
Pêra-Manca
Tinto - 2015 -
Quanta Terra Inteiro
Tinto - 2011 -
Poeira Vinha da Torre
Tinto - 2017 -
Poças Very Old Tawny
Fortificado/ Licoroso - 1918
-
Quinta das Bágeiras
Branco - 2021 -
Quinta da Giesta
Branco - 2021 -
Quinta da Boavista Vinha do Oratório
Tinto - 2020 -
Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa
- 2019 -
Quinta da Boavista Vinha do Ujo
Tinto - 2017 -
Quinta da Rede Vinha do Pinheiro
Branco - 2019 -
Quinta da Manoella VV
Tinto - 2018 -
Quinta do Crasto Honore
Tinto - 2015 -
Quinta do Crasto Vinha da Ponte
Tinto - 2015 -
Quinta das Bágeiras Pai Abel
Tinto - 2011
-
Quinta do Noval Nacional
Fortificado/ Licoroso - 2022 -
Quinta do Vale Meão
Tinto - 2020 -
Quinta do Noval Vinhas do Passadouro
Tinto - 2020 -
Quinta do Monte Xisto
Tinto - 2019 -
Quinta do Regueiro Jurássico II
Branco - 2020 -
Real Companhia Velha
Fortificado/ Licoroso - 1927 -
Ramos Pinto RP30- 30 Anos
Fortificado/ Licoroso - -
Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca
Tinto - 2018 -
Quinta do Noval
Tinto - 2017 -
Quinta dos Carvalhais Branco Especial
Branco -
-
Urtiga
Tinto - 2019 -
Terrenus Clos dos Muros
Tinto - 2021 -
Susana Esteban Foudre
Branco - 2022 -
Segredo 6
Tinto - 2019 -
Ribeiro Santo Vinha da Neve
Branco - 2019 -
Torre
Tinto - 2017 -
Rozès
- 1935 -
Scala Coeli
Tinto - 2016 -
Tapada de Coelheiros
Tinto - 2012 -
Taylor’s Vargellas Vinha Velha Vintage
Fortificado/ Licoroso - 2017
-
Vallado Vinha da Granja
Tinto - 2019 -
Van Zellers & Co
Fortificado/ Licoroso - 1934 -
Vasques de Carvalho
Fortificado/ Licoroso - -
Vinha dos Utras Criação Velha 1ºs Jeirões
Branco - 2020 -
Vértice RD
Espumante - 2007 -
Xisto
Tinto - 2018 -
Vinha da Micaela
Tinto - 2018 -
Vale D. Maria Vinha de Martim
Branco - 2019 -
Vértice
Espumante - 2011 -
Villa Oliveira Segunda Edição L 2015-2019
Branco -
Produção de azeites Esporão com nova liderança

Integrada na equipa desde 2013, Ana Gaspar é quem está, agora, à frente da produção de azeites. A oleóloga soma já um percurso de 12 anos nesta casa, também produtora de vinhos localizada em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, o que se traduz no amplo conhecimento sobre a matéria, tendo estado envolvida em todas as […]
Integrada na equipa desde 2013, Ana Gaspar é quem está, agora, à frente da produção de azeites. A oleóloga soma já um percurso de 12 anos nesta casa, também produtora de vinhos localizada em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, o que se traduz no amplo conhecimento sobre a matéria, tendo estado envolvida em todas as etapas de produção e qualidade. Deste modo, e de acordo com o comunicado, tem contribuído “de forma decisiva para o desenvolvimento e reconhecimento dos azeites Esporão, tanto dentro como fora de Portugal”.
Com esta nova etapa, o Esporão espera dar continuidade à produção de azeite, trabalho em relação ao qual tem vindo a reforçar a aposta. Fica, para já, a promessa de preservar a identidade deste produto alicerçada na valorização das variedades de azeitona portuguesas, na conjugação entre tradição e inovação, e na ligação com os produtores da matéria-prima.
WOW, por um futuro mais sustentável

Entre 20 e 30 de Setembro, o World Of Wine (WOW), o quarteirão cultural localizado em Vila Nova de Gaia, dispõe de um programa dedicado à sustentabilidade, no âmbito do do Dia Nacional da Sustentabilidade, efeméride que se assinala a 25 de Setembro. Para o efeito, ao longo destes 10 dias será feita a recolha […]
Entre 20 e 30 de Setembro, o World Of Wine (WOW), o quarteirão cultural localizado em Vila Nova de Gaia, dispõe de um programa dedicado à sustentabilidade, no âmbito do do Dia Nacional da Sustentabilidade, efeméride que se assinala a 25 de Setembro. Para o efeito, ao longo destes 10 dias será feita a recolha de rolhas de cortiça. Designada “Upcycling Cork by WOW”, esta acção tem como objectivo sensibilizar os restaurantes do WOW, os hotéis e os estabelecimentos vizinhos a entregarem os referidos objectos. Espera-se ainda pelo contributo dos visitantes de todas as idades. Quem oferecer 1 kg ou mais de rolhas, recebe um bilhete, que permite a visita ao Planet Cork, assim como um porta-chaves em cortiça. A finalidade desta iniciativa é transformar as rolhas em novos produtos.
Com o intuito de dar a conhecer melhor este material, entre 20 e 30 de Setembro, o Museu de Cortiça do WOW organiza visitas guiadas às 11h00 e às 15h00. Já para o dia 27, às 11h00, está programado o workshop de Kokedamas (30€ por pessoa), no Museu da Cortiça. Este atelier de jardinagem suspensa, baseado numa técnica milenar japonesa, combina natureza, design e consciência ambiental, e será ministrado pela FIOS Jardins Suspensos. Os bilhetes para esta actividade estão disponíveis aqui. (https://www.wow.pt/kokedamas-workshop)
Editorial: Então é assim

Editorial da edição nrº 101 (Setembro de 2025) É uma das mais clássicas interrogações do jornalismo: até que ponto a isenção é condicionada pelos gostos ou preferências de quem escreve? A deontologia profissional exige que o jornalista seja independente e isento. Mas o jornalista não deixa de ser uma pessoa. E podendo e devendo salvaguardar, […]
Editorial da edição nrº 101 (Setembro de 2025)
É uma das mais clássicas interrogações do jornalismo: até que ponto a isenção é condicionada pelos gostos ou preferências de quem escreve? A deontologia profissional exige que o jornalista seja independente e isento. Mas o jornalista não deixa de ser uma pessoa. E podendo e devendo salvaguardar, com afinco, a sua independência, dificilmente consegue assegurar a completa isenção.
Os jornalistas escondem, sempre, as suas preferências. Na tradição europeia, os que escrevem sobre política nunca dirão em quem votam nem apelarão a um sentido de voto. E, no entanto, enquanto apaixonados pelo tema, é certo que se identificam com determinadas ideias, pessoas e partidos. E rejeitam outras e outros. Pode então a sua análise aos méritos deste ou daquele político, ou desta ou daquela proposta, ser inteiramente isenta?
Algo quase impossível no jornalismo desportivo, sobretudo no futebol, onde o adepto é irracional por natureza. Não existe uma razão para se ser deste ou daquele clube. É-se, simplesmente. Sendo os jornalistas desportivos também adeptos, com que isenção avaliam um jogo ou um jogador?
Já quem escreve sobre gastronomia (ou vinhos) não vê o mundo a duas cores. É normal apreciar sabores muito distintos ou estilos bem diversos. Ainda assim, terá favoritos e ódios de estimação. Se um jornalista detestar abóbora (é o meu caso…) com que rigor vai avaliar um prato baseado naquele fruto?
Felizmente, não escrevo sobre comida. Mas escrevo sobre vinhos. E tal como os jornalistas de outras áreas, tenho as minhas preferências. E tal como eles (ou, acredito, a maioria deles) esforço-me ao máximo por impedir que os meus gostos influenciem o meu julgamento. Sei que, conscientemente, não beneficio ou prejudico um vinho em função de apreciar mais este ou aquele estilo ou região. Mas não posso garantir, com toda a certeza, que nunca o faça sem dar por isso. Essa garantia, nenhum ser humano pode dar.
Um crítico de vinhos (ou comentador político) não é suposto ser isento. Mas um crítico de vinhos que seja, ao mesmo tempo, jornalista, tem a obrigação de, a todo o custo, procurar sê-lo. E embora entenda que a exposição pública possa ser mal interpretada, seria bem melhor para o profissional do jornalismo, qualquer que seja a sua área, se os seus leitores soubessem para onde o seu coração (ou cabeça, ou estômago…) se inclina.
Não me importo de dar o primeiro passo. Então é assim. Sou bastante eclético, aprecio vinhos muito distintos no perfil. Mas nos tintos, gosto de garra tânica, estrutura e boa acidez. E nos brancos, sou pela untuosidade, elegância e frescura crocante. Não sou fã da fruta exuberante, prefiro os aromas e sabores vegetais de bosque ou frutos citrinos, às framboesas, groselhas e frutos tropicais. Entre vinhos de igual qualidade, escolho beber os menos alcoólicos. Mas detesto vinhos de uvas verdes (uma moda ridícula que, espero, passe depressa). A barrica em nada me incomoda se for boa e discreta. Nos varietais tranquilos, vou nos Encruzado, Baga, Alvarinho, Loureiro, Alicante Bouschet e Cabernet e passo Viognier, Merlot, Moscatel, Pinot e Gewurztraminer. Adoro espumantes “bruto zero” e com longo estágio em cave (aqui o Pinot é muito bem-vindo) e dispenso Pet Nat, Late Harvest e destilados.
Regiões? Na minha garrafeira estão todas bem representadas. Mas se fosse possível aferir as favoritas pelas garrafas que espreitam nas prateleiras, poderia dizer que, em tintos, prevalecem Bairrada, Douro e Alentejo, em partes quase iguais. E em brancos, Monção e Melgaço (dominante), Bairrada e Dão. Nos licorosos, Porto (bem maioritário), Madeira e Setúbal. Para terminar esta declaração de interesses, devo acrescentar que gosto imenso de tintos Barolo e Bordeaux e brancos Mosel, Bourgogne e Jerez mas, infelizmente, não abundam cá em casa… L.L.