Restaurante Gastronómico: Requinte com vista deslumbrante!

restaurante Gastronómico

A cozinha é de imaginação, evidenciando qualidade, diversidade e a frescura dos produtos locais. Tudo pensado ao mais ínfimo pormenor, com elevado requinte e sofisticação e um serviço exemplar, para proporcionar um momento de degustação inesquecível. Aberto desde 2010, ano em que foi inaugurado o The Yeatman Hotel, o Restaurante Gastronómico é um destino de […]

A cozinha é de imaginação, evidenciando qualidade, diversidade e a frescura dos produtos locais. Tudo pensado ao mais ínfimo pormenor, com elevado requinte e sofisticação e um serviço exemplar, para proporcionar um momento de degustação inesquecível.

Aberto desde 2010, ano em que foi inaugurado o The Yeatman Hotel, o Restaurante Gastronómico é um destino de eleição para apreciadores de vinho e amantes da gastronomia de excelência. Liderado pelo chef Ricardo Costa desde o início, tem hoje duas estrelas Michelin e um conceito inspirado na gastronomia nacional, onde os ingredientes locais ocupam o lugar de destaque e os pratos tradicionais são recriados à luz dos novos tempos. Ao menu de degustação sazonal, composto por cerca de 12 momentos a 260€ por pessoa, pode ser adicionado um de três suplementos vínicos – The Prime Selection 260€, The Yeatman Selection 130€, The Non-alcoholic Selection 100€, selecionados por Elisabete Fernandes, diretora de vinhos do Yeatman, por forma a garantir um pairing memorável. O serviço é discreto, mas exemplar, profissional, de enorme simpatia. A atenção ao detalhe está presente em cada momento, seja na decoração, na louça, no requinte e sofisticação. Enfim, classe à mesa numa experiência de fine dining inesquecível.

À chegada somos convidados a apreciar um conjunto de snacks enquanto desfrutamos da vista maravilhosa à nossa frente. De entre as várias propostas, o Frango no churrasco, um homenagem ao célebre franguinho da Guia, foi talvez a mais surpreendente. O pairing com espumante Quinta das Bágeiras Rosé Baga Bairrada 2018 não poderia ser mais acertado. Antes de rumarmos ao interior do restaurante, tempo de visitar a cozinha, espaço onde uma equipa coesa e muito talentosa nos foi preparando os momentos que se seguiram. A refeição foi sempre em crescendo, passando pelo choco, o salmonete, o tamboril e o espetacular bacalhau com grelos, grão-de-bico e mão de vitela, pratos repletos de sabor e umami acompanhados por uma seleção de vinhos certeira, com destaque maior para o Quinta de San Joanne 2003. Antes do grande final, de salientar o pão caseiro The Yeatman, de massa mãe, com azeite e manteiga caseira. Não é fácil fazer do simples tão bom. E tão bem!

Para o final, o momento Leitão The Yeatman, cujo sabor  à moda da bairrada “se inspirou nos melhores assadores, Ricardo, do restaurante Mugasa, e o Sr. Vidal, da casa Vidal”, salientou, nesse dia, Ricardo Costa. A sobremesa Farturas, que remete de imediato para as festas populares, era crocante, de textura equilibrada e viciante, e fechou com chave de ouro a degustação, acompanhada por um Porto 50 anos. Que maravilha!

Restaurante Gastronómico

The Yeatman

Rua do Choupelo, 4400-088, Vila Nova de Gaia

Tel.: +351 220 133 100

Reservas: https://www.the-yeatman-hotel.com/pt/gastronomia/restaurante/

Email: reception@theyeatman.com

Aberto de terça-feira a Sábado ao jantar

VINEVINU: Cerdeira com muita Alma

Vinevinu

O que distingue um vinho da bebida que resulta da fermentação do mosto é a sua alma. A alma de um vinho faz-se, não só das suas características organoléticas, da harmonia dos seus sabores, da interação com os aromas, da forma e momento como é consumido, mas também dos princípios que o norteiam, que estão […]

O que distingue um vinho da bebida que resulta da fermentação do mosto é a sua alma. A alma de um vinho faz-se, não só das suas características organoléticas, da harmonia dos seus sabores, da interação com os aromas, da forma e momento como é consumido, mas também dos princípios que o norteiam, que estão na sua Génese. Vinho que tem alma, que tem uma alma cheia, também tem, por detrás, uma missão, uma visão, e um conjunto de valores.

 

Vinevinu

 

A Vinevinu assenta sobre dualidades e conjuntos de dualidades. É vinha e vinho. É filho e pai Cerdeira. É Terroir Marítimo e de Montanha. É Alvarinho, é Loureiro, é Arinto e é Maria Gomes

 

Os atores

Uma equação com o Manuel e o Luís como numeradores e o apelido Cerdeira como denominador. Luís Cerdeira dispensa grandes apresentações. Uma referência incontornável da região dos Vinhos Verdes, com uma experiência consolidada em mais de 30 vindimas, tendo trabalhado na Comissão Vitivinícola da região e sido uma das figuras de proa da marca Soalheiro. O Luís é, indiscutivelmente, um dos expoentes máximos do Alvarinho.

Manuel é o filho primogénito do Luís. Não alheio ao percurso do pai e ao êxito da empresa da família, Manuel decidiu procurar conhecimento académico numa paragem “pouco clássica”. Foi no Reino Unido que se licenciou em Viticultura e Enologia e consolidou o que foi aprendendo ao longo das muitas vindimas efetuadas em Melgaço e noutras regiões aquém e além-fronteiras. Durante o seu percurso académico, foi cofundador de uma iniciativa fora da caixa, “Not Yet Named Wine Co”, que envolvia os amantes de vinhos aos processos de vinificação. Escutando-o é fácil depreender “Not Yet”, mas muito possivelmente num horizonte não muito distante que, de simples numerador, passará também a potência na região.

A Vinevinu surge no seio deste elenco com o propósito de idealizar e produzir vinhos que expressem a vinha de onde nascem e potenciem, ao máximo, os diferentes terroirs, adequando, para isso, o devido trabalho enológico que reforce essa diferenciação e mais-valia. Para o Luís, certamente que esta experiência o fará reviver o que sentiu, quando saído da universidade, foi acolhido pelo pai no projeto Soalheiro que, então, ainda estava distante do que é hoje. É pois uma partilha de testemunho, mas agora no lugar oposto.

 

Os palcos

A história desenrola-se na vasta região dos Vinhos Verdes, onde é possível encontrar e potenciar uma imensidão de terroirs. A Vinevinu pretende explorar dois distintos: por um lado, a proximidade do mar, a influência atlântica e, por outro, as vinhas de montanha, abrigadas da influência atlântica pelo relevo e a altitude.

A Vinevinu assentou praça em Requião, perto de Famalicão, o seu Terroir Marítimo. Aí encontrou, simultaneamente, as condições ideais para produzir de imediato e poder crescer. Mais concretamente, procedeu a um arrendamento a 20 anos das vinhas, de terra e da adega da Casa de Compostela para produzir com base numa boa adega e nos 17 ha de vinha existente, com o objetivo de potenciar, conservar e renovar. E crescer com base em 21ha de vinha que serão plantados já em 2025. Requião está somente a cerca de 20 km do mar e tem um relevo suave que não corta a influência atlântica. Os solos são de origem granítica, com alguma argila, contando ainda com nível bastante considerável de matéria orgânica. Destas premissas resultam solos de fertilidade relativamente elevada.

Monção e Melgaço ficam mais no interior da região dos Vinhos Verdes. Fisicamente, o relevo corta a influência atlântica. O Terroir de Montanha da Vinevinu tem solos graníticos, sem argila e mais pobres. As vinhas eleitas foram cultivadas em altitude e de proprietários com quem a família Cerdeira nunca teve parceria de produção de uvas. Em 2025, Luís e Manuel pretendem iniciar o projeto de construção da adega em Melgaço.

Do pouco que vimos, não tardará muito para que a Vinevinu seja reconhecida pela excelência, empenho e inovação na produção de vinhos com Alvarinho.

 

A meta

Da conversa que tive com o Manuel e o Luís depreende-se, com facilidade, que a Vinevinu sabe onde quer chegar e o caminho que quer trilhar. Conhecendo bem a versatilidade da casta Alvarinho, tanto vitícola, como enológica, pretendem produzir vinhos que se distingam na região dos Vinhos Verdes. Do pouco que vimos na adega e da visão partilhada da viticultura da região, não tardará muito para que a Vinevinu seja reconhecida pela excelência, empenho e inovação na produção de vinhos com Alvarinho.

Como referido, o propósito inicial da visita foi conhecer o projeto. Não tinha a ideia de escrever um artigo. Na realidade, integrei-me num grupo que foi com o mesmo objetivo: saber o que Luís Cerdeira andava a fazer. Visitámos a adega, conversámos com vista e sobre a vinha, atual e futura. E conhecemo-nos uns aos outros.
Tudo o que via e ouvia dava a sensação de que alguma lógica, algum fio condutor unia os conceitos, os detalhes do projeto. E não tardou a ficar evidente que a Vinevinu assenta sobre uma dualidade ou conjuntos de dualidades.

Vinevinu é vinha e vinho. É filho e é pai. É Terroir Marítimo e Terroir de Montanha. É Alvarinho, é Loureiro, é Arinto e é Maria Gomes. Perspetiva-se que venha a ser também Espadeiro e Padeiro. Fermenta em inox e em foudres de madeira. Estagia em Ovos de Cimento e em Barricas Mixtus. Mixtus é o nome dado a barricas exclusivas da Vinevinu, especialmente projetadas para incorporar um conceito único de mistura de madeiras. Cada barrica é construída combinando aduelas (as tábuas de madeira que formam o corpo da barrica) de diferentes tipos de madeira e origens. Por exemplo, pode-se alternar entre aduelas de carvalho português e carvalho francês, ou combinar carvalho português com castanheiro português, entre outras possibilidades. Essa abordagem permite criar barricas personalizadas que conferem características únicas e complexas aos vinhos.
Depois de me ver neste emaranhado de dualidades, lembrei-me de Agatha Christie e de Arthur Conan Doyle. Mas vou quebrar este ciclo. Prometo escrever um e um só artigo.

O autor deste artigo escreve segundo o novo acordo ortográfico

(Artigo publicado na edição de Maio de 2025)

James Martin’s: Um escocês só para nós

whisky

Martin’s é nome de whisky da Escócia. Até aqui não parece haver motivo de espanto, tal a proliferação de marcas de destilados que a região produz. Ao passear na zona velha de Edimburgo, deparamo-nos com imensas lojas não só dedicadas ao whisky, mas também aos tecidos de xadrez com que cada clã é identificado. Para […]

Martin’s é nome de whisky da Escócia. Até aqui não parece haver motivo de espanto, tal a proliferação de marcas de destilados que a região produz.

Ao passear na zona velha de Edimburgo, deparamo-nos com imensas lojas não só dedicadas ao whisky, mas também aos tecidos de xadrez com que cada clã é identificado. Para turistas, existe depois a parafernália de acessórios e bugigangas relacionadas com o whisky. E, ao olhar para uma montra carregada de garrafas, apercebemo-nos que mais de metade são marcas que desconhecemos. Nós, os simples apreciadores, sim, já para os coleccionadores o assunto é outro. E foi com coleccionadores que fomos a Edimburgo à apresentação da edição especial do whisky James Martin’s, apenas disponível em Portugal. A razão de ser desta exclusividade prende-se com o facto de a marca só ter sido mantida em virtude do apreço que tinha em Portugal.

Fundada em 1878, pertence hoje à Glenmorangie que, por sua vez, está integrada no universo LVMH. Desde 2013, a James Martin’s teve apenas duas edições – de 32 e 35 anos – exclusivas para Portugal. Sempre num registo de whisky de luxo, o James Martin’s, que actualmente ainda surge com frequência em leilões – conhecida pelo 20 anos e 30 anos mas também por algumas edições datadas -, apresentou agora uma edição exclusiva para Portugal de 498 garrafas com 44 anos. Estas edições limitadas prolongar-se-ão por quatro anos, saindo, em cada ano um deles, uma quantidade limitada e numerada.

Tal como acontece com muitas outras marcas escocesas, também a Martin’s estagia o seu whisky em barricas que anteriormente serviram a xerez oloroso e bourbon. Foi a partir das últimas reservas dos anos 80 que esta edição foi concebida. Trata-se de um single malt, ou seja, um whisky feito de cevada maltada, destilado numa única destilaria, distinguindo-se assim do pure malt, que resulta do lote de whiskies de várias destilarias.

O whisky, por ser uma bebida com longevidade assegurada em garrafa, deu origem ao nascimento de um alargado núcleo de coleccionadores, alguns deles integrados nesta comitiva que se deslocou a Edimburgo. Em todo o mundo estes clubes proliferam e as edições exclusivas são muito disputadas. Algumas garrafas atingem preços astronómicos, de dezenas de milhar de euros. Este 44 anos apenas estará disponível no Corte Inglés, em Lisboa.

(Artigo publicado na edição de Abril de 2025)

Casa da Tapada: Novidades de um lugar com história

Casa da Tapada

A apresentação dos novos vinhos da Quinta Casa da Tapada decorreu no restaurante Santa Joana, que ocupa o espaço de uma antiga igreja da rua de Santa Marta, em Lisboa. Para além dos quatro vinhos brancos, um deles um espumante da vindima de 2019 com 48 meses de estágio sobre borras, foi apresentada a nova […]

A apresentação dos novos vinhos da Quinta Casa da Tapada decorreu no restaurante Santa Joana, que ocupa o espaço de uma antiga igreja da rua de Santa Marta, em Lisboa. Para além dos quatro vinhos brancos, um deles um espumante da vindima de 2019 com 48 meses de estágio sobre borras, foi apresentada a nova imagem da marca, mais adaptada aos objectivos da empresa e ao mercado.

Propriedade de charme

Há muito que Luís Serrano Mira, proprietário da Serrano Mira, grupo que detém a Herdade das Servas, no Alentejo, e a Casa da Tapada, nos Vinhos Verdes, ambicionava fazer vinho fora do Alentejo. O objectivo concretizou-se em 2018, com a aquisição da última, uma propriedade de charme no concelho de Amares, Região dos Vinhos Verdes, compra feita em parte com base emocional, já que um dos grandes amigos do seu avô produzia lá vinhos. “Esta amizade especial da família com um produtor de Vinho Verde contribuía para que houvesse sempre vinho da região à mesa, que eu aprendi a gostar desde cedo”, explica Luís Mira.
Situada em Fiscal, Amares, a Casa da Tapada inclui um solar imponente, uma mata centenária com 10 hectares e um património botânico diversificado. A propriedade tem 24 hectares, dos quais 12 são de vinha.
O edifício foi mandado erguer pelo poeta e conhecido humanista Francisco de Sá de Miranda, responsável pela introdução do movimento literário renascentista no nosso país, que ali se instalou, com quase 50 anos, em 1530 e começou a produzir vinho depois de alguns anos de vida em Lisboa. Com onze quartos, o solar da Casa da Tapada foi erguido em 1540 e ampliado por duas vezes, a primeira no século 17 e a segunda no século 19.

Casa da Tapada

Lugar com história

Luis Mira contou, durante a apresentação, que a maior parte da obra do poeta foi escrita na Casa da Tapada e que ainda hoje existem os lagares usados no século 16. Essa foi outra das razões que o levou a aproveitar a oportunidade de compra da quinta, “porque é ainda melhor produzir vinho num lugar com história”. O solar, classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977, tem um valor histórico-cultural que pesou no investimento feito pela família Serrano Mira. Ali existem, ainda, as Casas da Eira e da Confraria, a Capela de Nossa Senhora da Guia, para além da adega e da loja de vinhos.
Quando a propriedade foi adquirida, a vinha estava praticamente abandonada e as suas plantas estavam espalhadas em pequenos patamares, difíceis de reconverter e de trabalhar. Por isso foi feita a sua reconversão, e alargados os patamares para dimensões exequíveis para o maneio adequado da vinha, tendo em conta a sua rentabilidade. Também foi adicionada a casta Alvarinho, que na região de Amares se chama Pedernã, às que já existiam ali, o Alvarinho e o Loureiro. Dão origem a duas marcas de vinho: Capela da Tapada, produzida também com uvas de parceiros, e Quinta Casa da Tapada.

(Artigo publicado na edição de Abril de 2024)

Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos regressa de 13 a 15 de Junho

O Município de Alijó volta a realizar a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos – uma montra de divulgação dos vinhos e sabores do planalto de Alijó, que vai ter lugar a 13,14 e 15 de Junho, no Parque da Vila. São mais de 50 expositores com provas de vinhos, azeites e produtos locais. A entrada é […]

O Município de Alijó volta a realizar a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos – uma montra de divulgação dos vinhos e sabores do planalto de Alijó, que vai ter lugar a 13,14 e 15 de Junho, no Parque da Vila. São mais de 50 expositores com provas de vinhos, azeites e produtos locais. A entrada é livre com opção de compra do copo de degustação por 3€.

Consulte todo o programa:                  Alijó

6a feira 13 de Junho

14h30 Concurso de Azeites. Local: D’Olival ao Azeite D’Ouro, Castedo

17h00 Abertura do Evento

18h00 Cerimónia Oficial de Inauguração

19h00 Degustação de Bola de Carne de Alijó e Polvo de Carballiño

22h00 Concerto: MARIZA

Sábado 14 de Junho

09h00 Concurso Escolha da Imprensa Vinhos dos Altos 2025.
Local: Casa dos Noura, Alijó

16h00 Abertura da Feira
Arruada com os Ranchos de Alijó e Santa Eugénia

17h00 Prova Comentada Grandes Vinhos Brancos dos Altos por Luís Lopes
(Palco Auditório)

18h00 Prova Comentada Grandes Vinhos Tintos dos Altos por Miguel Ferreira
(Palco Auditório)

19h00 Entrega de Prémios dos Concursos Vinhos dos Altos e Azeites
(Palco Principal)

22h00 Concerto MATIAS DAMÁSIO

24h00 DJ DIEGO MIRANDA

Domingo, 15 de Junho

16h00 Abertura da Feira

Arruada com os Ranchos de Sanfins do Douro e Pinhão

17h00 Prova Comentada Grandes Vinhos Fortificados dos Altos por Paulo Pimenta
(Palco Auditório)

18h00 Prova Comentada “Azeites do Concelho de Alijó”, por Francisco Pavão
(Palco Auditório)

21h00 Concerto: RITA GUERRA com Banda Filarmónica de S. Mamede de Ribatua

23h00 Fogo de artifício de encerramento

Aveleda lança edição limitada com rótulos ilustrados que contam histórias

Aveleda

A Aveleda acaba de lançar edições limitadas do vinho Aveleda Parcela do Convento 2021, um projecto que cruza o universo vínico com a arte da ilustração, e que presta homenagem a nove restaurantes de referência no panorama gastronómico português. Integram esta colecção exclusiva — limitada a apenas 1107 garrafas — os restaurantes Solar dos Presuntos, […]

A Aveleda acaba de lançar edições limitadas do vinho Aveleda Parcela do Convento 2021, um projecto que cruza o universo vínico com a arte da ilustração, e que presta homenagem a nove restaurantes de referência no panorama gastronómico português.

Integram esta colecção exclusiva — limitada a apenas 1107 garrafas — os restaurantes Solar dos Presuntos, Pepper’s Stakehouse, Romando, O Gaveto, Authentic, O Magano, Rei das Praias, Veneza e Mato à Vista. Cada um destes espaços icónicos serviu de ponto de partida à ilustradora Sónia Borges que traduziu, em rótulos personalizados, a essência e história de cada um deles.

“Cada rótulo é uma obra de arte que homenageia a identidade e alma dos nove restaurantes que integram este projeto. Esta coleção especial é uma celebração do património gastronómico nacional, da arte e do vinho enquanto veículo de memória. Através do Aveleda Parcela do Convento 2021, convidamos à descoberta, à partilha e à apreciação de um vinho que é também narrativa visual e tributo cultural”, salienta Filipa Albergaria, Gestora de Marca Aveleda.

Disponíveis exclusivamente nos restaurantes que serviram de inspiração, estas edições só podem ser apreciadas em cada um destes nove espaços, reforçando o seu carácter singular e o vínculo emocional do encontro entre o vinho, o lugar e a experiência gastronómica vivida à mesa.

Ginja Mariquinhas junta-se ao portefólio da Sogrape Distribuição

Ginja Mariquinhas

A partir de agora, a Ginja Mariquinhas passa a ser distribuída em exclusivo pela Sogrape Distribuição em todo o território nacional. A entrada da Ginja Mariquinhas complementa uma oferta já diversificada, abrangendo todas as principais categorias de bebidas espirituosas. Gonçalo Sousa Machado, CEO da Sogrape Distribuição, afirma: “A entrada da Ginja Mariquinhas no nosso portefólio […]

A partir de agora, a Ginja Mariquinhas passa a ser distribuída em exclusivo pela Sogrape Distribuição em todo o território nacional. A entrada da Ginja Mariquinhas complementa uma oferta já diversificada, abrangendo todas as principais categorias de bebidas espirituosas.

Gonçalo Sousa Machado, CEO da Sogrape Distribuição, afirma: “A entrada da Ginja Mariquinhas no nosso portefólio representa um reforço claro da nossa ambição de oferecer ao mercado português marcas com grande notoriedade, qualidade comprovada e forte ligação ao consumidor. É uma marca sólida, com elevada rotação em todos os canais, e que reforça a nossa presença na categoria de licores, com uma proposta 100% nacional e de grande autenticidade.”

Produzida a partir de mais de 25.000 ginjeiras próprias, a Mariquinhas é atualmente a marca líder do segmento no mercado português, com presença nos vários canais de distribuição. O seu portefólio inclui várias edições especiais, mantendo sempre como referência a emblemática garrafa de 70cl, fiel à receita original criada por Abílio Ferreira de Carvalho.

Presente em mais de 20 mercados internacionais, a Ginja Mariquinhas inicia agora um novo capítulo com a Sogrape Distribuição, mantendo a promessa que a distingue: oferecer ao consumidor um produto de excelência, com sabor a história e coração português.  A Ginja Mariquinhas está disponível no mercado português com um PVP* de 16,99€.

Ode Phosphorus: de Pessac-Leognan ao Vale de Franschhoek, a Hunter Valley e à região Tejo…

Ode Winerie

Acredito sinceramente que a casta Sémillon é merecedora de uma audiência maior no mundo vínico e enófilo, pois consegue originar vinhos deliciosos e extremamente acessíveis na sua juventude e desenvolve múltiplas nuances e grande complexidade ao longo da sua vida em garrafa. De origem francesa, é conhecida por estrelar os reverenciados vinhos brancos doces de […]

Acredito sinceramente que a casta Sémillon é merecedora de uma audiência maior no mundo vínico e enófilo, pois consegue originar vinhos deliciosos e extremamente acessíveis na sua juventude e desenvolve múltiplas nuances e grande complexidade ao longo da sua vida em garrafa. De origem francesa, é conhecida por estrelar os reverenciados vinhos brancos doces de Sauternes e os secos de Pessac-Leognan, da região de Bordeaux, de que é exemplo o icónico Chateau Haut-Brion, cujo lote é composto por Sémillon e Sauvignon Blanc, com ligeira predominância da primeira.

Mas diz-se ter sido na Austrália, no Hunter Valley, estado da Nova Gales do Sul, a norte de Sydney, que a Sémillon encontrou o seu terroir de eleição, onde, aliás, se encontra plantada desde o século XIX (1830) até aos dias de hoje. Na verdade, tal como a Chenin Blanc, no Vale do Loire, a Pinot Noir, na Borgonha ou a Nebbiolo, na região do Piedmonte, não existem muitos outros sítios no mundo onde a Sémillon produza resultados tão excepcionais como no Hunter Valley.

A versatilidade da casta manifesta-se na facilidade com que se adapta tanto a climas quentes como frios. No calor, ela apresenta aromas e sabores suculentos de frutas amarelas e tropicais como pêssego, manga e papaia, e produz vinhos com maior teor alcoólico e bom potencial de envelhecimento. No frio, os vinhos são mais frescos, com aromas e sabores de frutas cítricas, maçã, pêra e melão. São exemplares com mais acidez e menos álcool.
Em Portugal é uma das castas autóctones do Douro, por exemplo, tendo sido, inclusivamente, uma das mais utilizadas pelos viticultores da região, que a conheciam pelo nome de Boal. Só quando foi “importada” para o nosso País se descobriu que Sémillon e Boal são a mesma casta.

 

Ode Winerie

 

Produzido a partir de algumas das melhores uvas Sémillon, fermentadas e envelhecidas durante 12 meses em barricas de carvalho francês de 500 l, apresentou-se-nos um vinho elegante, texturado e extremamente gastronómico

 

A casta Sémillon no Tejo

A ODE Winery, Farm & Living é uma adega com história, localizada em Vila Chã de Ourique, freguesia do Município do Cartaxo, distrito de Santarém, a apenas 50 minutos de Lisboa.
Totalizando 96 hectares, começa a operar em 2022 pelo grupo Immerso Collective, criado com foco no luxo e sustentabilidade por David Clarkin e Andrew Homan, que têm mais de trinta anos de experiência em investimento e desenvolvimento imobiliário de futuro nos mercados asiático e australiano, bem como em gestão de fundos de investimento imobiliário. O objectivo foi criar um projecto que trouxesse a merecida visibilidade à região Tejo e à sua extensa cultura do vinho.

A Ode Winery integra a adega e vinhos ODE, produzidos numa unidade de vinificação de última geração, que manteve a sua beleza e origem históricas, que remontam ao ano de 1902.
Jim Cawood, australiano de nascença e com uma vasta experiência em todas as vertentes do negócio do vinho, tendo sido sommelier, importador, distribuidor e retalhista, e também produtor em Espanha, é o “director of Wines and Good Times” da ODE. Anfitrião por excelência, apaixonado pelo projecto e pelo terroir ODE, desde logo identificou várias semelhanças entre o terroir calcário onde está inserida a empresa e o clima e ph dos solos de Hunter Valley. Mas foi um feliz acaso que levou a Sémillon até à ODE Winery. Ou talvez não tenha sido totalmente um acaso. Em conjunto com a enóloga Maria Vicente, com mais de 20 colheitas no seu percurso profissional quando assumiu o projecto ODE, nas inspecções iniciais às vinhas, Jim constatou algo de esquisito na parcela onde estava registada e plantada a casta Viognier.

De um lado era Viognier, sem qualquer dúvida, mas, do outro, de certeza absoluta que Viognier não era. Eram simplesmente duas plantas diferentes. A outra era Sémillon!
Os motivos que levaram os antigos proprietários (Vale d’Algares) a registar tudo como Viognier não sabemos. Podemos apenas especular que fosse por a Sémillon não ser uma casta autorizada na região Tejo, na altura em que foi plantada, ou simplesmente por engano do viveirista. A verdade é que não sabemos. O que sabemos é que Maria e Jim, perante a realidade das coisas, decidiram apostar na casta, e em boa hora o fizeram, já que os resultados se têm revelado excelentes.

Potencial para envelhecer

Para adicionar textura e definição, cerca de 15% desse vinho envelheceu em barricas novas de 500 l de carvalho francês durante cinco meses. Seco e cítrico, com notas de limão, lima, maçã verde, e um final de boca mineral, na sua juventude será um vinho que harmoniza com facilidade com marisco, por exemplo, mas tendo potencial para envelhecer em garrafa até 10 ou mais anos. Envelhecido, será um vinho perfeito para acompanhar um assado de porco ou aves, como o faisão por exemplo.
Produzido a partir de algumas das melhores uvas Sémillon, fermentadas e envelhecidas durante 12 meses em barricas de carvalho francês de 500 l, apresentou-se-nos um vinho elegante, texturado e extremamente gastronómico. O Ode Phosphorus junta-se, assim, às 12 referências Ode já disponíveis no mercado. Pois seja bem vindo!

(Artigo publicado na edição de Abril de 2025)