34 ouros lusos no Concurso Vinalies 2018

Vinalies Internationales 2018, Quinta do Grifo Porto Vintage 2015

Já terminou mais um concurso Vinalies Internationales, organizado em Paris pela associação Enólogos de França. O número de amostras em prova superou as 3.500, de dezenas de países diferentes. Um jurado com cerca de 130 elementos (enólogos, jornalistas e enófilos esclarecidos) elegeu durante cinco dias, em prova cega, os vinhos destinados às medalhas de Ouro […]

Já terminou mais um concurso Vinalies Internationales, organizado em Paris pela associação Enólogos de França. O número de amostras em prova superou as 3.500, de dezenas de países diferentes. Um jurado com cerca de 130 elementos (enólogos, jornalistas e enófilos esclarecidos) elegeu durante cinco dias, em prova cega, os vinhos destinados às medalhas de Ouro e Prata. O melhor em cada uma das 8 categorias levou ainda um troféu. Este ano, o concurso outorgou 1.035 medalhas. Portugal trouxe 34 medalhas de Ouro, uma das quais teve direito a troféu para o melhor vinho licoroso. Foi ele o Quinta do Grifo Porto Vintage 2015, da Rozès. Medalhas de Prata foram 63. O concurso não dá medalhas de Bronze. A nível de empresas, destaque para a Casa Santos Lima e a Sogrape Vinhos, que trouxeram 7 Ouros cada; a Rozès trouxe 5.

Pode consultar os resultados completos em https://vinalies-internationales.com

“Setembro a Vida Inteira” chega aos cinemas a 15 de Março

“Setembro a Vida Inteira”, a longa-metragem documental da jornalista e escritora Ana Sofia Fonseca que traça um retrato intimista do mundo do vinho em Portugal, chega dia 15 de Março aos cinemas. Depois da ante-estreia, a 14, na Cinemateca, em Lisboa, o filme estará em exibição nos cinemas City de Lisboa, Setúbal e Leiria. A […]

“Setembro a Vida Inteira”, a longa-metragem documental da jornalista e escritora Ana Sofia Fonseca que traça um retrato intimista do mundo do vinho em Portugal, chega dia 15 de Março aos cinemas. Depois da ante-estreia, a 14, na Cinemateca, em Lisboa, o filme estará em exibição nos cinemas City de Lisboa, Setúbal e Leiria.

A película – realizada por Ana Sofia Fonseca e produzida pela Carrossel Produções – teve a sua primeira apresentação nos EUA e conquistou no final do ano passado o mais importante galardão do Most – International Wine&Cava Film Festival, organizado em Vilafranca del Pènedes, na Catalunha.

“Um país. 700 milhões de garrafas. Mais de 2000 anos de história. Todos os calendários, a sorte jogada em setembro. Homens, mulheres e crianças contam a vida pelas vindimas. Quantas histórias cabem numa garrafa?” É assim que arranca o texto de apresentação desta longa metragem, para depois deixar ainda mais pistas: “O vinho está na moda e o português nunca teve tanto reconhecimento como agora. Este documentário é o seu retrato pessoal. Viaja pela intimidade das vinhas, das adegas e das almas, descobrindo paixões, crimes e aventuras. O vinho na primeira pessoa, um tema universal com a alquimia local. As gentes do vinho são passaporte para conhecer Portugal. Porque nada fermenta como uma boa história.”

Ana Sofia Fonseca, jornalista freelancer, publicou trabalhos em diversos jornais e revistas portuguesas e colabora com a estação de televisão SIC. Escreveu vários livros, incluindo o romance “Como Carne em Pedra Quente”, a sua obra mais recente. Em “Setembro a Vida Inteira” estreia-se no documentário cinematográfico e leva-nos a conhecer o vinho, as terras e as gentes que o fazem. A lista de personagens transporta-nos por Lisboa, Herdade da Malhadinha Nova, Sogrape, Convento da Cartuxa, Adega Luís Pato, Vinhos Barbeiro, Casa Ermelinda Freitas, Vale Meão, Niepoort Vinhos e Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz. 

Um país de Boas Escolhas

Boa Escolha 2017

O Selo Boa Escolha é atribuído pela VINHO Grandes Escolhas para destacar os vinhos que conseguem uma determinada avaliação dentro do escalão de preço em que se inserem. A tabela interna, definida no início de cada ano, diz-nos, por exemplo, que um vinho tranquilo pontuado com 16,5 valores será considerado Boa Escolha se o seu […]

O Selo Boa Escolha é atribuído pela VINHO Grandes Escolhas para destacar os vinhos que conseguem uma determinada avaliação dentro do escalão de preço em que se inserem. A tabela interna, definida no início de cada ano, diz-nos, por exemplo, que um vinho tranquilo pontuado com 16,5 valores será considerado Boa Escolha se o seu preço não for superior a oito euros. Esta grelha é diferente para os vinhos tranquilos, espumantes e generosos, de forma a ter em conta as especificidades de cada produto. A boa relação qualidade/preço é, quase sempre, o segredo para o sucesso comercial e não espanta, por isso, que os produtores acarinhem particularmente esta distinção e se esforcem para a alcançar. No ano de 2017 – incompleto, uma vez que o primeiro número da revista VINHO Grandes Escolhas saiu em Maio – o painel de provadores (Fernando Melo, João Paulo Martins, João Afonso, Luís Lopes, Nuno de Oliveira Garcia e Valéria Zeferino) destacou 520 vinhos e uma aguardente como excelentes propostas para o consumidor. O Alentejo, com 113 selos, foi a região mais representada nesta lista, seguido do Douro (77) e de Lisboa (76). Mas as boas propostas surgem de todo o país: Vinho Verde e Regional Minho (63), Tejo (57), Dão (37), Espumantes (24), Monção e Melgaço (17), Península de Setúbal (15), Bairrada (13), Trás-os-Montes (5), Vinho do Porto (5), Sem DO/IG (3), Algarve (2), Açores (1), Licoroso (1), Aguardentes (1). No total, são 521 produtos particularmente apetecíveis para os consumidores, oferecendo qualidade a bom preço. Brindemos a isso.

NOTA: o ficheiro anexo, em formato PDF, está ordenado de duas formas. Primeiro por estilos de vinho (por exº “Espumantes”) e/ou regiões. Neste último caso, a ordenação é de norte para sul. Dentro de cada região ou estilo de vinho, a ordenação é alfabética.

Pode puxar o ficheiro clicando no texto já abaixo. O download é automático.

Revista VINHO Grandes Escolhas -Lista Boa Escolhas 2017

Rioja criou base de dados sobre a videira e o vinho

DocuVin.es

Chama-se docuvin.es e quer afirmar-se como uma importante referência em matéria de conhecimento no mundo da viticultura e vinho. Para isso, os organizadores compilaram toda a espécie de documentos, que neste momento chegam perto das 55.000 referências. A maior parte são artigos de revista (cerca de 53.000), livros (1.200) e teses de universidade (730). Um […]

Chama-se docuvin.es e quer afirmar-se como uma importante referência em matéria de conhecimento no mundo da viticultura e vinho. Para isso, os organizadores compilaram toda a espécie de documentos, que neste momento chegam perto das 55.000 referências. A maior parte são artigos de revista (cerca de 53.000), livros (1.200) e teses de universidade (730). Um pouco mais de metade está em espanhol, mas existem ainda artigos em inglês (23 %), em francês (13 %) e em italiano (9 %). Em português há muito pouco… mas dada a proximidade das duas línguas, muitos técnicos e investigadores lusos poderão tirar partido desta ferramenta.

O reitor da Universidade da Rioja, Julio Rubio, apresentou o projecto, dizendo que se trata de “uma referência mundial para a investigação, inovação e, no geral, para a geração de conhecimento à volta da videira e do vinho “. O site abarca cinco âmbitos científicos principais: Vitivinicultura, Tecnologia Alimentar, Agronomia, Produção vegetal e Edafologia e Química agrícola. É intenção dos promotores duplicar, até 2019, o número de referências disponíveis. Entre as suas funcionalidades está a pesquisa documental avançada (com filtros), pesquisa específica de revistas, de teses, a possibilidade de seleccionar documentos e exportá-los em vários formatos, guardar pesquisas, receber alertas de revistas, de pesquisas guardadas e criar listas de referências para compartilhar.

O DocuVin é um esforço importante de três entidades espanholas da zona da Rioja: a própria autoridade local (Gobierno de La Rioja), a Universidad de La Rioja, através da Fundação Dialnet e o Instituto de las Ciencias de la Vid y el Vino, com sede na Rioja. (AF)

JMV Algarve abre portas para evento único

logo José Maria Vieira

A JMV Wine & Coffees Experience é a anfitriã de um evento que decorrerá nos dias 12 e 13 de Março, na filial da empresa, em Vilamoura, Algarve (Rua dos Aguadeiros, LT 18 – Vilamoura). Aí, a distribuidora de vinhos e outros produtos, irá dar a conhecer o seu portefólio 2018, que inclui marcas como Borges, Torrié, Ramos […]

A JMV Wine & Coffees Experience é a anfitriã de um evento que decorrerá nos dias 12 e 13 de Março, na filial da empresa, em Vilamoura, Algarve (Rua dos Aguadeiros, LT 18 – Vilamoura). Aí, a distribuidora de vinhos e outros produtos, irá dar a conhecer o seu portefólio 2018, que inclui marcas como Borges, Torrié, Ramos Pinto, Pitú, Santero, Champagne Charles Mignon, Louis Roederer, Brokers, By.OTT, Herdade do Pombal, Fundação Stanley Ho, Underberg e Dilmah.
Neste primeiro evento será dada ainda a oportunidade de assistir a masterclasses sobre os temas  “Conhecer o café como se conhece o vinho” com José Maria Machado e Alexandre Almeida (Vinhos Borges & Torrié), “A Singularidade dos Vinhos do Dão” com José Maria Machado (Vinhos Borges), “O Estilo do Terroir da Ramos Pinto” e “Duas Quintas, Vinhos Intemporais” com Teresa Ameztoy (Ramos Pinto). Esta iniciativa é direccionada para profissionais da área.

 

Anho Assado candidato às “7 maravilhas à mesa”

Anho Assado com Arroz de Forno

A confraria do Anho Assado com Arroz de Forno anunciou que já apresentou a candidatura deste prato emblemático de Marco de Canaveses a ser considerado uma das “7 maravilhas à mesa”. O anúncio decorreu num almoço de promoção do Rebanho da Confraria, onde foram degustados os primeiros exemplares. O evento decorreu no Restaurante Oficina, no […]

A confraria do Anho Assado com Arroz de Forno anunciou que já apresentou a candidatura deste prato emblemático de Marco de Canaveses a ser considerado uma das “7 maravilhas à mesa”. O anúncio decorreu num almoço de promoção do Rebanho da Confraria, onde foram degustados os primeiros exemplares. O evento decorreu no Restaurante Oficina, no Porto, e a confecção ficou a cargo do Chefe Marco Gomes, que preparou um Menu de degustação com os anhos da Confraria, em harmonização com os Vinhos Verdes do concelho. O repasto ficou completo com a doçaria tradicional de Marco de Canaveses.

A candidatura não é só uma aposta da confraria, dado que tem o apoio da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a parceria da Escola de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses, que criou os animais para esta degustação.

Os presentes tiveram ainda a oportunidade de verificar a forma tradicional de fazer o Anho Assado com Arroz de Forno, que ficou a cargo do Restaurante Cancela Velha.

Um saca-rolhas para rolhas de vinhos velhos

Saca Rolhas The Durand

Farto de lutar contra rolhas que se partem ou desfazem quando as tenta remover? Isto acontece com muita frequência com vinhos já de certa idade e na verdade é sempre incómodo. Pois bem, existe uma ajuda preciosa e chama-se The Durand. Trata-se de um saca-rolhas especial, combinando as vantagens da lâmina com a tradicional espiral. […]

Farto de lutar contra rolhas que se partem ou desfazem quando as tenta remover? Isto acontece com muita frequência com vinhos já de certa idade e na verdade é sempre incómodo. Pois bem, existe uma ajuda preciosa e chama-se The Durand. Trata-se de um saca-rolhas especial, combinando as vantagens da lâmina com a tradicional espiral. O procedimento é fácil: insere primeiro a espiral e depois a lâmina. Tudo com muito cuidado. Depois basta puxar os dois suavemente, tentando segurar a rolha com as pontas dos dedos em cima das lâminas. Em conjunto, os dois sistemas funcionam muito melhor do que um só. Nós já experimentámos e confirmamos. Não há melhor…

Saca Rolhas The Durand

O saca rolhas custa 125 dólares no próprio site do fabricante, ao que terá de juntar o preço do envio (cerca de 25 dólares). Ou seja, cerca de 120 euros. E pode ainda pagar, eventualmente, despesas de alfândega. Outra hipótese é ir ao site da Uvinum, onde o poderá adquirir por €145, mais despesas de envio (€7,50). Não é barato, mas compensa bem para quem tem muitos vinhos velhos. Pode ver vídeos de demonstração no site do fabricante. (AF)

OIV publicou relatório sobre castas no mundo

Castas no mundo

Sabe qual é a casta mais plantada no mundo? Que castas estão em alta e que castas estão em queda? Qual a diversidade de castas plantadas em cada país? Estas e outras perguntas são respondidas no relatório cujo titulo podemos traduzir por “Distribuição das castas no mundo”. Foi editado e publicado pela Organização Internacional da […]

Sabe qual é a casta mais plantada no mundo? Que castas estão em alta e que castas estão em queda? Qual a diversidade de castas plantadas em cada país? Estas e outras perguntas são respondidas no relatório cujo titulo podemos traduzir por “Distribuição das castas no mundo”. Foi editado e publicado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e, para além de examinar a distribuição das castas no mundo, o relatório indica as principais tendências. O estudo incide sobre todas as castas, independentemente de serem destinadas a vinho, a uva de mesa ou para passas. São examinados dados disponíveis em 44 países desde 2000, e o estudo está focado nos países em que a área de vinha é superior a 65.000 hectares e nas principais 10 castas.

Cabernet Sauvignon à frente
Primeira conclusão: das cerca de 10.000 variedades de uva, mais de um terço da área cabe a 13 castas e, se aumentarmos este total para 33 castas, metade da área de vinha mundial (pelo menos a que foi estudada) está coberta. A casta para vinho mais plantada é a tinta Cabernet Sauvignon, que cobre 5% do total (cerca de 340.000 hectares). Apesar de ser oriunda de França, esta casta é apenas a sexta mais plantada neste país! A Merlot, também francesa, é a número dois, um pouco à frente da Tempranillo. Mas a variedade de uva mais plantada é Kyoho, com 365.000 hectares, especialmente presente na China. A Kyoho, com origem no Japão, é uma uva de mesa.
No domínio dos brancos, a casta mais plantada é Airen, quase desconhecida em Portugal, e que já chegou a ser a mais plantada no mundo. Hoje está em declínio. Quase só limitada a Espanha (na região de Castilla-La-Mancha), esta casta gosta de regiões secas e quentes e é sobretudo usada em lote com outras. Produz ainda destilados. Quase ao mesmo nível de área, mas muito mais internacional, a ubíqua Chardonnay consegue estar em dezenas de países e continentes diferentes.


As brutais diferenças na diversidade

Se entrarmos no domínio dos países, que ocupa uma boa parte deste estudo, existe outra conclusão interessante. Alguns países têm muito maior diversidade de utilização de castas que outros. O estudo chama-lhe Índice de Diversidade de Castas e no topo estão a Roménia, Grécia, Itália, Hungria e Portugal. Qualquer destes países possui mais de uma dúzia de castas a representarem 60% da área de vinha do país. Na Roménia, são quase 50! Na Grécia, 28 e em Itália 25. No polo oposto, China, Austrália, Alemanha e Espanha não passam das 5 castas. Ou seja, usam poucas variedades…
Se olharmos para os gráficos de percentagem de cada casta em cada país, podemos levar mais longe esta análise da diversidade. Em percentagem, o estudo da OIV só detalha castas que representam até 1% da área vitícola de cada país. As restantes vão para a categoria “Outras castas”. E é também nesta fatia da piza que se notam grandes diferenças. Por exemplo, a Austrália apenas tem 20,1% nas “Outras castas”. Espanha tem 25,7%. Ora, cinco países têm percentagens muito maiores: a Roménia (62,8%), Itália (62%), Grécia (57,9%), Hungria (47,1%) e Portugal (45,7%). Na fatia portuguesa das “Outras Castas”, por exemplo, estão muitas castas brancas, como Alvarinho, Loureiro, Encruzado, Antão Vaz, Gouveio, Moscatel, Avesso ou Viosinho; e também lá estarão várias tintas, como Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Cabernet Sauvignon ou Vinhão.

Que castas estão a crescer e quais estão em declínio?
Vamos agora às tendências das castas portuguesas mais plantadas. Em franco crescimento estão Touriga Franca (a nº 2 nacional), Touriga Nacional, Arinto e Syrah. Em sentido oposto está o Castelão e a Síria. A casta mais plantada em Portugal é, diz o relatório, a “Tempranillo”. Nós por aqui chamamos-lhe há muitas décadas (ou mais) Aragonês ou Tinta Roriz e, já agora, a tendência é para crescer moderadamente na área plantada. A casta branca mais plantada é a Fernão Pires, que ocupa 6,5% da área nacional.

O relatório, em formato pdf, pode ser puxado deste endereço.
(AF)