Música e alta cozinha juntam-se no Time Out Market Rock in Rio

A organização do Rock in Rio-Lisboa aposta este ano em novos espaços para animar o festival que decorre em Lisboa no próximo mês de Junho. Um deles promete inundar o recinto de sabores, cheiros e paladares irresistíveis. Chama-se Time Out Market Rock in Rio e é o primeiro pop-up do food hall implementado no Mercado […]

A organização do Rock in Rio-Lisboa aposta este ano em novos espaços para animar o festival que decorre em Lisboa no próximo mês de Junho. Um deles promete inundar o recinto de sabores, cheiros e paladares irresistíveis. Chama-se Time Out Market Rock in Rio e é o primeiro pop-up do food hall implementado no Mercado da Ribeira pela revista “Time Out” em 2014.

Este mercado contará com 380 lugares sentados e 14 restaurantes, entre os quais espaços da autoria de alguns dos melhores chefs portugueses representados no Time Out Market, como Alexandre Silva, Henrique Sá Pessoa, Marlene Vieira e Vítor Sobral. Confirmadas estão, também, as presenças d’O Prego da Peixaria, Sea Me, Asian Lab e Manteigaria – Fábrica de Pastéis de Nata, além da Super Bock, que disponibilizará, num bar privilegiado, todo o portfólio da sua Seleção 1927.

“Numa edição em que o Rock in Rio-Lisboa se prepara para trazer ‘tudo de novo’ e elevar a experiência vivida na Cidade do Rock a um novo patamar, a gastronomia não pode ficar de fora, ainda por mais quando estamos num país como Portugal, com uma tradição gastronómica tão forte”, afirma Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio. “Com 3,6 milhões de visitantes em 2017, o Time Out Market é a maior atração turística de Lisboa e ultrapassou todos os objetivos de qualidade a que se tinha proposto. Hoje cumprimos mais um sonho: um projeto pop-up. Ainda mais informal e criativo do que a versão original, no Mercado da Ribeira, mas com a mesma qualidade. E no cenário ideal: a Cidade do Rock!”, afirma João Cepeda, presidente e diretor criativo do Time Out Market.

A 8.ª edição do Rock in Rio-Lisboa tem data marcada para 23, 24, 29 e 30 de Junho de 2018 e promete transformar a Bela Vista num gigante parque temático da música, com inúmeras experiências e uma programação surpreendente. Para esta edição, a organização já confirmou Muse, Bastille, HAIM e Diogo Piçarra (a 23 de Junho), Bruno Mars, Demo Lovato, Anitta e Agir (24) e The Killers e The Chemical Brothers (29). Mas as novidades não se ficam por aqui: na próxima edição o festival vai contar com mais horas de entretenimento diário (o recinto abrirá portas às 12h00 e encerrará às 2h00) e uma nova Cidade do Rock, com novos espaços de entretenimento.

Os bilhetes para cada um dos dias custam 69 euros e os passes de fim-de-semana ficam por 117 (já esgotados para o primeiro fim-de-semana).

A “tempestade perfeita”, mas em bom

Portugal está na moda e os seus vinhos também. Milhões de visitantes cheios de “sede”; portugueses cada vez mais interessados; restaurantes e bares atentos à onda. Tudo isto conjugado e fica assim explicado o aparente paradoxo de, em contraciclo com o resto da Europa, o consumo de vinho estar a aumentar entre nós. Bebe-se mais […]

Portugal está na moda e os seus vinhos também. Milhões de visitantes cheios de “sede”; portugueses cada vez mais interessados; restaurantes e bares atentos à onda. Tudo isto conjugado e fica assim explicado o aparente paradoxo de, em contraciclo com o resto da Europa, o consumo de vinho estar a aumentar entre nós. Bebe-se mais e bebe-se melhor.

 

TEXTO Luís Francisco FOTOS Ricardo Palma Veiga

FINAIS da segunda década do século XXI. O consumo de vinho desce um pouco por toda a Europa produtora de vinho. Toda? Não! Num cantinho da península sudoeste do continente, um punhado de irredutíveis lusitanos continua de copo na mão a desafiar a lógica. Bom, valha a verdade que não estão sozinhos… Mais de 20 milhões de visitantes em 2017 deram o seu contributo para esta curiosidade estatística: Portugal é o país do mundo com maior consumo de vinho per capita!

Se dividirmos os 54 litros anuais que em 2015 as estatísticas “serviram” a cada um dos portugueses com mais de 15 anos, isso representa um copo diário por cabeça. Não parece muito, mas é. As médias são sempre enganadoras. Porque há muita gente que não consome bebidas alcoólicas (as estatísticas apontam para quase metade da população) ou bebe apenas ocasionalmente. Assim, os outros teriam de ficar com a sua quota-parte…

Dados revelados recentemente pela Nielsen mostram que, pela primeira vez nos últimos dez anos, o crescimento do mercado do vinho na restauração é superior ao da distribuição. Na verdade, foi o dobro, nos primeiros três trimestres de 2017: oito por cento, contra quatro no comércio.

E, no entanto, os números existem. Bebe-se mais em Portugal (per capita, convém salientar) do que em qualquer outro país de mundo, incluindo o insuspeito Vaticano, estrela da tabela em muitos anos anteriores. E bebe-se mais do que no passado recente: registavam-se valores de mais de 60 litros per capita no final do século XX, mas depois a tendência foi sempre descendente, até se aproximar nos 40 litros no início desta década.

Mistério? Não. As explicações estão à vista de todos: primeiro, a vaga de notoriedade dos vinhos portugueses; segundo, o boom no turismo; terceiro, e conjugando os dois anteriores, a crescente popularidade do vinho entre os consumidores, que agora podem frequentar wine bars, beneficiar de serviço a copo em cada vez mais locais, desfrutar de um serviço cada vez mais atento nos restaurantes e ancorar as suas escolhas num número crescente de fontes de informação. Beber vinho está na moda.

Dados revelados recentemente pela Nielsen, a empresa de estudos de mercado que trabalha, entre outros, com o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), mostram que, pela primeira vez nos últimos dez anos, o crescimento do mercado do vinho na restauração é superior ao da distribuição. Na verdade, foi o dobro, nos primeiros três trimestres de 2017: oito por cento, contra quatro no comércio. E isso representa outra inversão nas tendências recentes: em 2001, indicam os números da Nielsen, o comércio retalhista representava 67 por cento do mercado de vinho, enquanto a restauração movimentava os restantes 33 por cento; pouco mais de década e meia depois, em 2017, essas percentagens passam, respectivamente, a 82 e 18 por cento. Ou seja, a restauração estava há muito a perder importância. Agora, os restaurantes são o sub-grupo mais dinâmico do mercado, com um crescimento de 12 por cento face a 2016.

Portugueses gastam mais por garrafa
Outro fenómeno está a acontecer: Vende-se mais vinho e a um preço mais alto no chamado “on-trade” (retalhistas), com uma subida de 3,22 euros para 3,33 euros/média por garrafa e as pessoas a optarem cada vez mais por vinhos um pouco mais valorizados; vende-se mais vinho a um preço ligeiramente menor no “off-trade” (canal Horeca), com a média por garrafa a passar de 8,68 para 8,51 euros. Porque muitos responsáveis pelos restaurantes e cafés estão a apostar numa política de preços mais atractiva, que fomenta o consumo de vinho às refeições.

“Prefiro vender mais a menor preço. Assim as pessoas não se encolhem de pedir a bebida e pedem vinho. E os que já pediam acabam por beber um vinho melhor.” Sara Almeida, gerente da Casa Aleixo, um clássico restaurante do Porto, resume uma ideia muito ouvida por estes dias: quando não se exagera na margem de lucro dos vinhos engarrafados, essa opção acaba por compensar financeiramente devido ao aumento do volume de vendas. “O consumo de vinho tem vindo a subir na nossa casa, penso que devido à política de não carregar no preço”, corrobora José Pinto, proprietário do icónico lisboeta Os Courenses, onde a clientela é maioritariamente portuguesa.

Por outras paragens, e com outra freguesia, a verdade é que o discurso não muda muito. Manuel Janeiro, proprietário do algarvio Veneza, enumera os factores que explicam a subida do consumo de vinho no seu estabelecimento: “O turismo, a qualidade dos nossos vinhos e os preços acessíveis.” Aqui, não há percentagens sobre o preço das garrafas. Cobram-se dez euros pelo serviço, seja num vinho de seis euros (que passa a custar 16), seja num de 30 (que fica pelos 40)… O resultado é um consumo bem mais acentuado de vinhos de gamas mais altas.

Sabia que…
Em 2017, não só a mítica barreira dos 750 milhões de euros em exportações foi ultrapassada como se previa que o total das vendas para o exterior superasse os 800 milhões.

No lisboeta Solar dos Presuntos, Pedro Cardoso, o proprietário, não tem notado um aumento do consumo de vinho. E era difícil… “Sempre vendemos muito vinho e continua a ser assim. É quase impossível vender mais do que isto.” Já no Porto, Maria Luísa, proprietária do restaurante Antunes, tem notado “a diferença desde que começou esta vaga do turismo” e destaca o facto de a clientela estrangeira apontar para mais alto na tabela de preços. “O português bebe mais o vinho corrente; os turistas vão para preços mais razoáveis, não os mais caros, mas a outro nível.”

Os frequentadores dos restaurantes bebem mais e estão muito mais informados. Nomeadamente os portugueses: “Começam a perceber cada vez mais de vinho, bebem melhor e mais caro.” Quanto aos estrangeiros, “conhecem menos, não arriscam em
marcas menos conhecidas”, relata Pedro Cardoso. Mas… “Quem os viu e quem os vê! Há 30 anos, havia quem pedisse gelo para pôr no vinho. Agora extasiam-se com vinhos de 20/30 euros que nos seus países custam o triplo.”

“Nota-se a evolução, em termos de vinho e de gastronomia. Mesmo os estrangeiros, em muitos casos, sabem o que procuram, o que mostra que tem havido um bom trabalho de divulgação dos produtores lá fora”, acentua Sara Almeida. Quanto a Manuel Janeiro, depois de salientar que “há muita gente mais informada” sobre o que quer na mesa, ressalva, no entanto, que no Veneza muitos ainda pedem aconselhamento. “Talvez porque temos 1.500 referências na carta de vinhos…” Pois.

Novos padrões de consumo
O universo do vinho tem sofrido uma autêntica revolução em Portugal nas últimas duas/três décadas, olhando para o campo da produção. Mas os últimos anos têm sido ainda mais intensos no outro extremo da cadeia: o consumo. E grande parte do cenário actual fica marcado pelo turismo. Subitamente, o mundo descobriu Portugal e apaixonou-se. Pelo país e pela sua mesa: gastronomia e vinhos são um dos factores de agrado mais citados por quem nos visita. Simultaneamente, a imprensa especializada norte-americana começou a dar destaque aos vinhos portugueses, intensificando, claro, a curiosidade de quem nos visita.

É a “tempestade perfeita”, mas em bom, para os vinhos portugueses. O mercado interno dispara (e os dados da Nielsen não incluem, por exemplo, os negócios feitos em lojas de produtores), as exportações batem recordes. Mas deixemos os mercados externos para outras análises e vamos então olhar mais de perto para a frente interna. E aí dominam os vinhos do Alentejo, com 35,7 por cento do mercado na distribuição e 30,3% na restauração. Nos restaurantes e similares, o Minho (+10%, para uma quota de mercado de 16,7%) e o Douro (+24%, para uma quota de 8,0%) estão a crescer muito, mas os vinhos do Tejo (+48%, para 2,6%) são os que mais sobem nas preferências dos clientes. Lisboa (+26%), Península de Setúbal (+18%), Douro (+15%) e Dão (+14%) são as regiões que mais crescem no retalho.

Com a economia a crescer, o desemprego em baixa e a confiança dos cidadãos em alta (85%, apenas dois pontos percentuais abaixo da média europeia), os portugueses estão mais disponíveis para gastarem dinheiro no lazer e tempos livres.

No terreno, na relação com os clientes, as tendências são mais palpáveis. Para começar, a localização de um restaurante pode potenciar vinhos da região em que está inserido. No Veneza, “vende-se muito vinho do Algarve”; na Casa Aleixo, “principalmente Douro e Vinhos Verdes – estes últimos são os preferidos dos japoneses”. Para quem visita um país de vinhos, há sempre a curiosidade de provar o produto da terra, claro. Mas, como realça, Pedro Cardoso, o gosto pessoal e a aposta do dono do estabelecimento também são relevantes. “Como gosto muito do Douro, esses são os vinhos que mais vendo no Solar dos Presuntos.” Nos Courenses, Douro e Alentejo são líderes, naturalmente, mas José Pinto destaca ainda outra região: “O Dão está a aparecer com coisas diferentes e boas.”

Outra nota unânime é o peso crescente dos brancos no total de vendas. “A nota mais forte dos últimos tempos é mesmo o vender-se cada vez mais branco”, relata Pedro Cardoso. “Estão cada vez melhores…”, justifica Manuel Janeiro. Quanto ao Vinho do Porto, “é mais estrangeiros do que portugueses”, sintetiza Sara Almeida.

Com a economia a crescer, o desemprego em baixa e a confiança dos cidadãos em alta (85%, apenas dois pontos percentuais abaixo da média europeia), os portugueses estão mais disponíveis para gastarem dinheiro no lazer e tempos livres. Aliando esse factor ao poder de compra dos milhões de visitantes que por cá passam, entre outras coisas, para beber um copo, então o sector do vinho tem todos os motivos para encarar o futuro próximo do mercado interno com confiança. E não há grandes segredos para ganhar esta batalha: “O crescimento passa por continuar a criar a apetência ao vinho como produto nacional de grande qualidade e com uma boa relação qualidade/preço, ganhando consumidores a outras categorias”, sintetiza Manuel Carvalho Martins, New Business Development Manager da Nielsen.

Números
45
Quase metade (45%) das vendas de vinho nas grandes superfícies comerciais em 2017 aconteceu no âmbito de promoções. Esta percentagem mais do que duplicou em dez anos (era de 21% em 2008)

42,5
A garrafa (42,5%) foi a embalagem mais popular nos primeiros nove meses deste ano, seguida do bag-in-box (39,6%), “outras” (14,2%) e garrafão (3,6%). Nos últimos quatro anos, o bag-in-box estabilizou e a garrafa ganhou terreno.

61,7
Quase dois terços (61,7%) do vinho vendido em Portugal este ano tem denominação de origem. O resto do mercado pertence aos vinhos de mesa (38%) e estrangeiros (0,3%).

Academia Vinhos de Portugal forma sommeliers espanhóis

Academia de Vinhos de Portugal

Promover o interesse e o conhecimento pelos vinhos portugueses em Espanha são os principais objectivos da iniciativa que a Academia Vinhos de Portugal, da ViniPortugal, vai realizar junto de sommeliers daquele país. Serão realizadas acções em 10 cidades de Espanha e pretende-se chegar aos 300 formandos. O projecto arranca no dia 15 de Janeiro, em […]

Promover o interesse e o conhecimento pelos vinhos portugueses em Espanha são os principais objectivos da iniciativa que a Academia Vinhos de Portugal, da ViniPortugal, vai realizar junto de sommeliers daquele país. Serão realizadas acções em 10 cidades de Espanha e pretende-se chegar aos 300 formandos. O projecto arranca no dia 15 de Janeiro, em Madrid.

A Academia Vinhos de Portugal enquadra-se na estratégia de reforço da educação e promoção da marca Wines of Portugal no mercado espanhol, em particular junto de sommeliers, que têm um papel fundamental no aconselhamento e na recomendação de vinhos junto de profissionais de hotelaria e restauração bem como junto dos clientes finais.

As formações serão ministradas por Sofia Salvador, Wine Educator da ViniPortugal, e Sara Peñas, Sommelier e Formadora de Vinhos nas melhores instituições de ensino espanholas. A primeira sessão, liderada por Sofia Salvador, decorrerá no dia 15 de Janeiro, na Escuela de Hostelaría de Madrid. As restantes sessões, ministradas por Sara Peñas, decorrerão em datas e locais a divulgar em breve.

Cada formação, certificada com o Nível de Iniciação da Academia Vinhos de Portugal, terá a duração de três horas e dará a conhecer a realidade dos vinhos portugueses, nomeadamente tipos de vinhos, castas, regiões, climas e solos, prova de vinhos e a sua capacidade de harmonização gastronómica.

Redescobrir o rum da Madeira

[vc_row][vc_column][vc_column_text] O enquadramento legal desenhado em 2011 abriu caminho para a era moderna do Rum Agrícola da Madeira, um produto tão antigo quanto a própria presença humana na ilha. Sim, há rum feito em Portugal. E é excelente.   TEXTO João Paulo Martins FOTOS DR IR à procura dos primeiros engenhos de açúcar na ilha […]

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O enquadramento legal desenhado em 2011 abriu caminho para a era moderna do Rum Agrícola da Madeira, um produto tão antigo quanto a própria presença humana na ilha. Sim, há rum feito em Portugal. E é excelente.

 

TEXTO João Paulo Martins FOTOS DR

IR à procura dos primeiros engenhos de açúcar na ilha da Madeira é mergulhar na história mais antiga da ilha, uma vez que o açúcar terá sido das primeiras colheitas a vingarem no território, plantadas pelos colonos portugueses. Após o fracasso de um primeiro ciclo do trigo (cereal de que sempre fomos deficitários), a cana mostrou uma óptima adaptação. E com a cana vieram os engenhos e veio também a destilação do açúcar, método através do qual se obtém o rum.

A produção é, assim, muito antiga e a área que estava reservada ao seu cultivo chegou a atingir os 6.500 hectares, números fabulosos se comparados com os actuais 155 hectares. Apesar disso contam-se 806 produtores de cana e cinco engenhos de destilação, dois deles de dimensão familiar. Desde sempre usado para a produção da poncha – bebida local à base de rum –, o rum agrícola viu o seu estatuto ser elevado à categoria que merecia em 2011, com normas e regras que permitiram obter destilados de grande categoria, já premiados em concursos de espirituosos. Temos, por exemplo, a indicação de idade, que vem no rótulo e que se estende dos 3 aos 25 anos, e passou a haver redobrados cuidados com a apresentação do produto, como se comprova no exemplo que mostramos.

A prova deste rum foi, devo confessar, uma enorme surpresa, pelo equilíbrio que mostrou, pela evolução que teve em casco, pelo carácter e grande nervo que revelou ao longo da prova. Mais um daqueles casos em que a prova cega nunca nos aproximaria da Madeira e muito provavelmente nos encaminharia para as Caraíbas. Escolhemos um topo de gama, um rum raro até pela pequena quantidade engarrafada, mas a prova que fizemos no Funchal não nos deixou dúvidas: estamos perante um grande destilado. A conhecer. O preço indicado refere-se à Garrafeira Nacional, em Lisboa, onde se encontra à venda.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_row_inner el_class=”remove-space-vinhos”][vc_column_inner width=”1/3″][vc_single_image image=”2616″ img_size=”medium” alignment=”center”][vc_raw_html]JTNDZGl2JTIwY2xhc3MlM0QlMjJnZS1kYWRvcyUyMiUzRSUwQSUwQSUzQ3NwYW4lMjBjbGFzcyUzRCUyMnBvbnR1YWNhbyUyMiUzRTE4JTNDJTJGc3BhbiUzRSUwQSUzQ3NwYW4lMjBjbGFzcyUzRCUyMnByaWNlJTIyJTNFJUUyJTgyJUFDNTQlMkM5MCUzQyUyRnNwYW4lM0UlMEElM0NzcGFuJTIwY2xhc3MlM0QlMjJpY29uJTIyJTNFJTNDaW1nJTIwd2lkdGglM0QlMjIyOCUyMiUyMHNyYyUzRCUyMiUyRndwLWNvbnRlbnQlMkZ1cGxvYWRzJTJGMjAxNyUyRjA3JTJGaWNvbi1iZWJlci5wbmclMjIlM0UlM0MlMkZzcGFuJTNFJTBBJTBBJTNDJTJGZGl2JTNF[/vc_raw_html][td_block_text_with_title custom_title=”970 Single Cask Edition” header_text_color=”#ac1e2c” el_class=”initial-title”]Rum Agrícola da Madeira
J. Faria & Filhos

Bonito na cor topázio com reflexos esverdeados, aroma pungente e intenso, com notas de frutos secos, de leve fruto tropical seco e alguma especiaria. Muito bem na boca, volumoso mas fino, com grande harmonia e uma sensação final longa e muito delicada ao fruto. (55,8%)[/td_block_text_with_title][/vc_column_inner][/vc_row_inner][/vc_column][/vc_row]

Poseidon: o vinho da Volta

É da sabedoria popular que o vinho que sobrava das viagens dos antigos bacalhoeiros tinha um sabor distinto do original. Hoje, o duriense Poseidon vem confirmar isso mesmo: o “vinho da volta”, volta diferente. E bom, por sinal…   TEXTO Mariana Lopes FOTOS Ricardo Palma Veiga O Poseidon tinto 2014 é já a segunda edição […]

É da sabedoria popular que o vinho que sobrava das viagens dos antigos bacalhoeiros tinha um sabor distinto do original. Hoje, o duriense Poseidon vem confirmar isso mesmo: o “vinho da volta”, volta diferente. E bom, por sinal…

 

TEXTO Mariana Lopes FOTOS Ricardo Palma Veiga

O Poseidon tinto 2014 é já a segunda edição deste vinho baptizado em homenagem ao Deus grego dos mares e à memória marítima portuguesa, e o local do lançamento não poderia ter sido mais apropriado. Trata-se do navio-museu Santo André, um bacalhoeiro de arrasto lateral “aposentado” que se encontra atracado na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, e que foi construído em 1948 na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Foi no seu porão de seca de bacalhau, abaixo do nível da água da ria de Aveiro, que provámos a novidade.

Fruto de uma parceria entre a empresa Lua Cheia em Vinhas Velhas e o Clube de Oficiais da Marinha Mercante, o vinho Andreza Grande Reserva 2014 embarcou, em Janeiro, no bacalhoeiro Coimbra rumo aos Grandes Bancos da Terra Nova, no Canadá, e, depois de 72 dias de ondas de 13 metros e ventos de 140 km/h, voltou com outro perfil e outro nome. Com mais seis meses de estágio em terra, o novo Poseidon tem Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão e, segundo o enólogo Francisco Baptista, “o objectivo foi pegar num vinho com taninos fortes para que o tempo em alto-mar amaciasse esses mesmos taninos”. “Está mais aveludado e bem integrado com a barrica”, afirma.

Tiago Silva, o jovem capitão do navio Coimbra, contou uma estória engraçada: “Na primeira viagem, a pesca começou por correr muito mal. Durante muitos dias não havia peixe e decidimos optar pelo último recurso, oferecer uma garrafa ao Deus Poseidon. Provámos o vinho e deitámos um pouco ao mar. O que é certo é que a situação mudou totalmente de figura e a pesca passou a correr tão bem que voltámos mais cedo do que o costume!”. E continuou, relatando pelo meio de risos: “Na segunda viagem, não estivemos com meias medidas. A primeira coisa que fizemos foi oferecer a garrafa ao Poseidon e, além de não termos tido qualquer problema com a pesca, voltámos mais cedo outra vez…”

Não fosse já a história especial, cada garrafa de Poseidon tinto 2014 traz anexado um certificado assinado pelo Clube de Oficiais da Marinha Mercante. Há quem diga que encostar o ouvido à garrafa permite ouvir o mar… Será verdade? Provavelmente não, mas o vinho vale muito a pena.

Museu do vinho do Dão… na net

Museu Virtual do Vinho

O vinho do Dão já tem um museu virtual e a iniciativa pertenceu à Lusovini – Vinhos de Portugal, dinâmica empresa que tem sede em Nelas, no coração do Dão. A liderança do projecto coube ao empresário Casimiro Gomes, CEO da Lusovini, que explicou o motivo porque decidiu embarcar neste empreendimento: “Decidimos investir num museu […]

O vinho do Dão já tem um museu virtual e a iniciativa pertenceu à Lusovini – Vinhos de Portugal, dinâmica empresa que tem sede em Nelas, no coração do Dão. A liderança do projecto coube ao empresário Casimiro Gomes, CEO da Lusovini, que explicou o motivo porque decidiu embarcar neste empreendimento: “Decidimos investir num museu virtual da região vinícola em que temos a nossa sede, o Dão, porque 70% dos nossos vinhos são vendidos no estrangeiro e, portanto, a grande maioria dos nossos clientes não tem possibilidades práticas de nos visitar”. Não há visita física, fica a visita virtual. A coordenação ficou entregue a Virgílio Loureiro, um confesso apaixonado e conhecedor da história do vinho. Este professor aposentado do Instituto Superior de Agronomia começou por dizer que o projecto foi extremamente difícil de concretizar porque “a história do vinho do Dão ainda está por fazer”. De facto, Virgílio Loureiro teve que lidar com a exiguidade de vestígios, arquivos e prévias investigações, todos eles grandes obstáculos ao empreendimento.
No entanto, o resultado é bom, bastante vivo e com conteúdos de qualidade, tanto a nível de textos como de imagens. E o coordenado já garantiu que o site irá ter actualizações, à medida que novas investigações tragam novos elementos ao acervo.

Seis grandes capítulos
O site está dividido em seis grandes temas, começando com o surgimento da vinha e do vinho, há cerca de 8.000 anos. O capitulo seguinte lida com a chegada da videira e do vinho à Península Ibérica. Só em “O vinho no Dão” se entra no século XII e nos primeiros indícios da chegada do néctar das uvas a esta região de Portugal. Os três restantes capítulos lidam com a Paisagem do Dão, as suas castas principais e um interessante sobre “O vinho à mesa aristocrática”. Sabemos assim que, desde há muitas décadas, o vinho era tratado com muito respeito pelas grandes famílias da região. E mais não digo, que há muitas outras nuances…
O site contém ainda alguns jogos, indicados para os mais pequenos.
Os conteúdos estão para já em duas línguas – português e inglês – mas num futuro próximo estarão em mandarim (chinês) e francês.
Para visitar o museu, aponte para o endereço www.museuvirtualhistoriadovinho.com/pt/

Franceses vão testar túnel protector sobre a vinha

Viti-Tunnel

Está farto de fazer tratamentos contra doenças da vinha provocadas por excesso de humidade? Pois bem, pode haver uma solução para isto, cortesia de uma empresa francesa start-up, a Mo.Del. O produto chama-se Viti-Tunnel e no fundo é uma espécie de estufa que vai cobrir uma – ou parte – de linha de vinha. O […]

Está farto de fazer tratamentos contra doenças da vinha provocadas por excesso de humidade? Pois bem, pode haver uma solução para isto, cortesia de uma empresa francesa start-up, a Mo.Del. O produto chama-se Viti-Tunnel e no fundo é uma espécie de estufa que vai cobrir uma – ou parte – de linha de vinha. O bom da questão é que esta espécie de manga só será esticada quando há o perigo de elementos naturais – como a chuva – provocarem doenças na videira. Falamos de doenças provocadas por fungos (míldio, oídio) mas também de outras, como o ‘black-rot e a escoriose, ligadas à excessiva humidade. Este ano (e em 2019) vão ser dez os produtores a testar o produto, todos de Bordéus (cada um pagou 10.000 euros). Estes testes vão ser seguidos de perto e de forma cientifica pelo Instituto Francês da Vinha e do Vinho.

O sistema de esticar/encolher a manga (estilo telescópio) funcionará a energia solar e de forma automática, reagindo a sensores de humidade. Cada túnel irá, para já, proteger entre 50 e 100 metros de vinha. O modo de ancoragem não foi revelado mas parece que o revestimento irá ser puxado por cabos suspensos em postes.

O promotor da iniciativa, Patrick Delmarre, estima que “no melhor dos cenários, o Viti-tunnel deverá permitir uma redução de 80 % nos tratamentos”. Mas, mesmo se forem necessários, a estrutura da manga permitirá fazer pulverizações anti-fúngicas nesse espaço. As vantagens podem não acabar por aqui: o sistema poderá proteger ainda contra geadas ou gelo, embora tal esteja ainda sujeito a testes. O preço de uma destas soluções não foi divulgado, mas só deverá ser rentável para vinhas que dão origem a vinhos topos-de-gama. (AF)

8 ‘Ouros’ lusos no International Wine Challenge

Prémios lusos no concurso International Wine Challenge 2018

Das mais de 1.600 medalhas atribuídas pelo concurso International Wine Challenge, Portugal trouxe 153. Foi na 35ª edição de um dos concursos mais prestigiados do mundo, que se celebrou recentemente em Inglaterra. Esta foi a 1ª edição de 2018 e foi ainda a primeira vez que o concurso revelou a pontuação de cada um dos […]

Das mais de 1.600 medalhas atribuídas pelo concurso International Wine Challenge, Portugal trouxe 153. Foi na 35ª edição de um dos concursos mais prestigiados do mundo, que se celebrou recentemente em Inglaterra. Esta foi a 1ª edição de 2018 e foi ainda a primeira vez que o concurso revelou a pontuação de cada um dos vinhos, que vai ser anexada aos respectivos selos. Para levar medalha de Ouro, um vinho terá que conseguir entre 95 e 100 pontos. A Prata cai nos vinhos com classificação entre 90 e 94 valores e o Bronze entre 85 e 89.

logotipo International Wine Challenge

Das 100 medalhas de Ouro, 8 vieram para Portugal, correspondendo a 2 brancos, 2 tintos e 4 Vinhos do Porto. As maiores pontuações – 96 pontos – foram para um branco alentejano e para dois Vinhos do Porto. De resto os vinhos portugueses conseguiram 40 medalhas de Prata (de um total de 710), 56 de Bronze (de 815) e 49 Commended (de 829). Refira-se ainda que só dois vinhos no total conseguiram 97 pontos: um tinto australiano e um branco alemão.
Os resultados podem ser pesquisados no site do concurso.

Medalhas de Ouro para Portugal
Brancos (pontuação, produtor)
Nostalgia 10 Barricas Vinho Verde 2015 (95, Lua Cheia Em Vinhas Velhas)
Monte da Ravasqueira Res. da Família Alentejo 2016 (96, Sociedade Agrí. Dom Diniz)
Tintos
Colleja Douro 2015 (95, Lua Cheia Em Vinhas Velhas)
Quinta Vale D’Aldeia Douro Grande Reserva 2014 (95, Quinta Vale d’ Aldeia)
Vinho do Porto
Quinta do Pego Porto Vintage 2015 (95, Quinta do Pégo)
Bulas Porto Vintage 2014 (96, Bulas Family Estates)
Tesco Finest Porto Vintage 1997 (96, Symington Family Estates)
Maynard’s LBV 1992 (95, Barão de Vilar)