Relatório da OIV aponta 2016 como um ano de estabilidade

A área de vinha manteve-se estável, a produção caiu três por cento e o consumo cresceu marginalmente (0,4%). São estas as principais conclusões do relatório anual da OIV, a Organização Internacional do Vinho e da Vinha, para 2016, comparando com o ano anterior. Portugal perdeu área de vinha (menos 9000 hectares, para 195 mil), registou […]
A área de vinha manteve-se estável, a produção caiu três por cento e o consumo cresceu marginalmente (0,4%). São estas as principais conclusões do relatório anual da OIV, a Organização Internacional do Vinho e da Vinha, para 2016, comparando com o ano anterior. Portugal perdeu área de vinha (menos 9000 hectares, para 195 mil), registou uma vindima menos generosa do que em 2015 (-15%) e o consumo interno estabilizou (+0,1%).
Em termos de mercado, assistiu-se a uma redução de 1,2% em volume (104,1 milhões de hectolitros) face ao ano anterior, mas o volume de negócios do sector cresceu dois por cento, para um total de 28,9 mil milhões de euros. Os vinhos engarrafados continuaram a perder terreno para o granel, mas representam 54% em volume e o valor cresceu 2,2% por unidade. Os espumantes são a estrela em ascensão, com crescimentos de 7,1% em volume e 2,9% em valor face ao ano anterior.
A Espanha, em volume (22,9 milhões de hectolitros), e a França, em valor (8,232 mil milhões de euros) são os campeões do mercado mundial, com a Itália (20,6 milhões de hectolitros e 5,582 mil milhões de euros) a ocupar o segundo lugar em ambas as tabelas. Portugal é o nono maior exportador em volume (2,8 milhões de hectolitros) e o 10º em valor – 727 milhões de euros (menos sete milhões do que em 2015).
Os maiores importadores em 2016 foram a Alemanha, em volume (14,5 milhões de hectolitros), e os EUA, em valor (5,016 mil milhões de euros). O Reino Unido (13,5 mil milhões de hectolitros e 3,498 mil milhões de euros) ocupa a segunda posição em ambas as tabelas.
O documento da OIV está disponível em www.oiv.int/public/medias/5287/oiv-noteconjmars2017-en.pdf .
Os ‘Melhores Vinhos da Península de Setúbal’

A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) divulgou os vencedores do seu concurso regional anual, agora na 17ª edição. O grande vencedor foi o Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 2002, que recebeu duas distinções: Melhor Vinho do Concurso e Melhor Vinho Generoso. A Bacalhôa levou ainda o prémio de Melhor Vinho Rosado, com […]
A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS) divulgou os vencedores do seu concurso regional anual, agora na 17ª edição. O grande vencedor foi o Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 2002, que recebeu duas distinções: Melhor Vinho do Concurso e Melhor Vinho Generoso. A Bacalhôa levou ainda o prémio de Melhor Vinho Rosado, com o Serras de Azeitão 2016. Os outros vencedores vieram da Adega de Pegões, que arrecadou as medalhas de Melhor Vinho Tinto com o Adega de Pegões Syrah 2013 e Melhor Vinho Branco com o Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2016.
Os 22 elementos do júri do concurso, onde esteve um representante da Vinho – Grandes Escolhas, avaliaram 148 vinhos. Daqui emergiram 46 medalhas – 15 de Ouro e 31 de Prata.
Graham’s sobe ao 10º lugar na lista das marcas mais respeitadas do mundo

PORTUGAL coloca quatro marcas, todas de Vinho do Porto, na lista das 50 mais respeitadas do mundo, elaborada pela revista “Drinks International” e liderada pela espanhola Torres. Com uma subida de quatro posições para o 10º lugar, a Graham’s encabeça o contingente luso, que inclui a Taylor’s (31º lugar, perdendo oito posições), a Sandeman (38º, […]
PORTUGAL coloca quatro marcas, todas de Vinho do Porto, na lista das 50 mais respeitadas do mundo, elaborada pela revista “Drinks International” e liderada pela espanhola Torres. Com uma subida de quatro posições para o 10º lugar, a Graham’s encabeça o contingente luso, que inclui a Taylor’s (31º lugar, perdendo oito posições), a Sandeman (38º, entrando na tabela) e a Dow’s (48º, caindo 17 lugares). A Torres destrona a Penfolds no primeiro lugar, seguida, por esta ordem, por Concha y Toro, Penfolds, Villa Maria, Viña Errazuriz, Guigal, Ridge, Michel Chapoutier e Château Margaux, num “top-10” encerrado pela Graham’s.
Taylor’s faz 325 anos e promove travessia solitária

AO mesmo tempo que anunciou orgulhosamente a declaração de “Royal Warrant of Appointment” da rainha Elizabeth II, Adrian Bridge, administrador principal do Grupo Fladgate, apresentou o projecto de comemoração dos 325 anos da Taylor’s, fundada em 1692. Revivendo as primeiras viagens de transporte de vinho do Porto para Inglaterra, a Taylor’s vai promover a participação […]
AO mesmo tempo que anunciou orgulhosamente a declaração de “Royal Warrant of Appointment” da rainha Elizabeth II, Adrian Bridge, administrador principal do Grupo Fladgate, apresentou o projecto de comemoração dos 325 anos da Taylor’s, fundada em 1692. Revivendo as primeiras viagens de transporte de vinho do Porto para Inglaterra, a Taylor’s vai promover a participação do navegador solitário Ricardo Diniz na OSTAR (Original Singlehanded Transatlantic Race), uma exigente regata que atravessa o Atlântico Norte entre Plymouth (Inglaterra, Reino Unido) e Newport (Rhode Island, Estados Unidos da América). Ricardo é filho de João Paulo Diniz, jornalista que levou o filho então com 8 anos a ver o veleiro que pela primeira vez venceu a competição, em 1960. Ricardo ficou tão impressionado que decidiu logo ali que seria essa a sua vida.
Desde 1996 que desenvolve projectos, missões e expedições para promover Portugal, a sua cultura e os seus produtos. Há 11 anos, empatou com o Rally Dakar, chegando de veleiro ao mesmo tempo que os carros, já então com o apoio da Fladgate e o patrocínio da Taylor’s. Por isso, esta é uma viagem especial para si. Saiu em 25 de Abril de Vila Nova de Gaia, com um casco de 50 litros de Vinho do Porto, e chegará a Londres, onde entregará o casco no mesmo sítio onde originalmente teria sido entregue a primeira encomenda, em 1692. Depois a 10 de Maio sairá de Plymouth para a OSTAR, uma competição com outros 40 veleiros, que durará cerca de 3 duras semanas, já que o Atlântico Norte tem icebergs, tempestades frequentes, e muitas outras dificuldades. Esta é a primeira vez que uma tripulação portuguesa participa na OSTAR, e Ricardo Diniz declarou que tudo fará para chegar ao destino, para orgulhosamente mostrar as cores de Portugal e da Taylor’s. (LA)
Somos génios porque bebemos vinho?

UM neurocientista da Universidade de Yale acaba de revelar que beber vinho faz funcionar mais partes do cérebro do que qualquer outro comportamento humano. E esta, hein? Gordon Shepherd diz que cheirar e analisar organolepticamente um vinho faz com que os músculos interiores da língua tenham de trabalhar juntamente com milhares de receptores de paladar […]
UM neurocientista da Universidade de Yale acaba de revelar que beber vinho faz funcionar mais partes do cérebro do que qualquer outro comportamento humano. E esta, hein? Gordon Shepherd diz que cheirar e analisar organolepticamente um vinho faz com que os músculos interiores da língua tenham de trabalhar juntamente com milhares de receptores de paladar e odor, sendo este processo que faz a matéria cinzenta esforçar-se mais do que quando ouvimos música ou resolvemos problemas complicados de matemática.
Shepherd é autor de um novo livro chamado Como o Cérebro Cria o Sabor do Vinho. Uma das conclusões da obra mostra como a prova é subjectiva: “O paladar não está no vinho; é criado pelo cérebro do provador”. No entanto, há factores que também desempenham um papel preponderante, como a composição da saliva de quem prova, assim como a sua idade e género. O neurocientista chama, ainda, a atenção para o facto de cada pessoa usar as suas próprias referências para processar os sabores, referências essas que “estão fortemente dependentes das nossas próprias memórias e emoções, bem como das dos nossos acompanhantes no momento”.
Subjectivo ou não, se provar vinho é um ginásio para a mente, somos todos “fitness lovers”.