Enoturismo: Casa Ermelinda Freitas

Na costa ocidental da Península Ibérica, envolta pela serenidade do Atlântico e pelos braços tranquilos do Rio Sado e do Tejo, encontra-se a fascinante Região Vitivinícola de Setúbal. Este local, onde a natureza se encontra em estado bruto com a engenharia humana das vinhas, conta uma história que transcende gerações e possui uma profundidade filosófica […]
Na costa ocidental da Península Ibérica, envolta pela serenidade do Atlântico e pelos braços tranquilos do Rio Sado e do Tejo, encontra-se a fascinante Região Vitivinícola de Setúbal. Este local, onde a natureza se encontra em estado bruto com a engenharia humana das vinhas, conta uma história que transcende gerações e possui uma profundidade filosófica inigualável.
Dominando a paisagem, a Serra da Arrábida ergue-se imponente com seus relevos calcários, formando um microclima que protege as vinhas dos ventos atlânticos. As encostas ensolaradas da serra oferecem drenagem natural, enquanto os solos pedregosos, ricos em calcário, conferem “mineralidade” às uvas. Essa é a morada de vinhos com estrutura e frescor, marcados pela influência direta do mar.
Ao sul e a leste, as planícies arenosas da Península de Setúbal estendem-se como um manto dourado. Esses solos pobres em nutrientes, mas com excelente capacidade de retenção térmica, favorecem a casta Moscatel, que encontra nesse terroir o segredo de sua doçura e intensidade aromática. Nas áreas mais baixas, solos argilosos e aluviais, enriquecidos pelos rios Sado e Tejo, sustentam vinhas robustas, com produção equilibrada.
A Região Vitivinícola de Setúbal, com sua paisagem única e clima privilegiado, é um verdadeiro santuário para os amantes do vinho, mas também para os que procuram compreender a relação intrínseca entre a terra e o produto que dela surge. O terroir da Península de Setúbal, influenciado pelas brisas frescas do oceano Atlântico e pelas condições climáticas amenas da região, é um espelho da complexidade do seu caráter. Aqui, a terra não é apenas um suporte para as vinhas, é um elemento ativo, capaz de se comunicar com a tradição e a inovação através da viticultura.
Persistência e paixão
Na sua essência, a paisagem de Setúbal é uma ode à persistência e à paixão. As videiras, com raízes que se estendem profundamente na terra rica e fértil, representam a ligação visceral entre o homem e a natureza. Aqui, o ato de vinificação é elevado a uma forma de arte, em que cada cacho de uvas é tratado com um respeito quase reverencial. O trabalho exaustivo dos viticultores, muitas vezes ao ritmo das estações, encapsula uma filosofia de vida onde o tempo é medido não por segundos, mas por colheitas.
A produção de vinhos na região é também um diálogo constante entre a tradição e a inovação. As vinhas antigas, que carregam o peso de séculos de saber acumulado, coexistem harmoniosamente com novas práticas e técnicas que aperfeiçoam e realçam a qualidade dos vinhos. Este equilíbrio delicado reflete a busca humana pelo progresso, enquanto se mantém firme nas suas raízes culturais e históricas.
A região é muito conhecida pelo famoso Moscatel de Setúbal, vinho generoso e doce que é uma prova tangível desta união. Cada gole deste néctar traz consigo, não só os sabores complexos das uvas, mas também as histórias dos que, ao longo de gerações, dedicaram suas vidas à perfeição desta arte. A sua complexidade e profundidade convidam-nos a refletir sobre a própria natureza da criação humana e sobre a forma de extrair a beleza e a harmonia dos elementos mais simples e fundamentais da vida.
O viticultor não apenas extrai da terra, mas também se torna parte de um ciclo contínuo, onde o respeito pela natureza e a preservação da tradição tornam-se princípios fundamentais. Ao mesmo tempo, as inovações nas técnicas de vinificação, a adaptação às mudanças climáticas e a introdução de novas variedades de uvas são desafios constantes que os produtores locais enfrentam, com um diálogo com o tempo que é construído sem perder a alma do que se cultivou nas colinas e encostas ao longo de tantos anos.
Mas a magia da Região Vitivinícola de Setúbal não se limita aos seus vinhos. A região é um microcosmo da diversidade biológica e da beleza natural. A planície, as colinas ondulantes, os vales verdejantes e a proximidade com o mar criam um ecossistema único que se reflete na singularidade dos seus vinhos. Cada elemento da paisagem contribui para a sinfonia de aromas e sabores que os vinhos de Setúbal proporcionam, transformando, cada garrafa, numa expressão pura e autêntica do terroir. É mais do que apenas um local de produção de vinhos. É um espaço de contemplação e conexão. Convida-nos a desacelerar, a apreciar o ritmo natural da vida e a encontrar significado nas tradições e nas práticas que definem a nossa humanidade.
Neste canto especial de Portugal, a vinha e o vinho não são apenas uma indústria, mas uma manifestação filosófica do tempo, do trabalho e da beleza inerente à interação entre o homem e a terra. Desta forma, ao degustarmos um vinho da Região Vitivinícola de Setúbal, participamos numa jornada que transcende a mera experiência sensorial. Tocamos na própria essência do que significa ser Humano: criar, preservar e encontrar significado nas pequenas maravilhas do mundo ao nosso redor.
Sabores sentidos
Entre o azul profundo do Atlântico e as colinas da Arrábida, a Península de Setúbal guarda segredos que se revelam à mesa. Aqui, a gastronomia é mais do que alimento: é memória, é identidade, é poesia em forma de sabor.
O mar conta a sua história em tons prateados: chocos, robalos, e o célebre salmonete, de carne delicada e sabor inconfundível. Mas é o choco frito que conquista corações — simples, dourado, e envolto num aroma que mistura tradição e mar bravio. A cada dentada, sente-se o sal das ondas e o calor das cozinhas que atravessam gerações.
Ao longe, as vinhas que se vislumbram por toda a região estendem-se como um tapete verde banhado pelo sol generoso. Nos campos soalheiros de Palmela e Azeitão, as vinhas tecem lendas. O Moscatel de Setúbal, com sua doçura envolvente e notas de mel e laranja, é um poema à paciência do tempo. Ao lado, os tintos robustos, com aromas de frutos vermelhos e um toque de especiarias, contam histórias de solos generosos e mãos dedicadas. Já os vinhos brancos, frescos e vibrantes, surpreendem com notas cítricas, florais e um leve toque mineral, ecoando a brisa do Atlântico e a pureza das manhãs luminosas da serra.
Nesta região não se vive apenas de pratos e vinhos, vive-se também de encontros. Nas tascas escondidas ou nos restaurantes à beira-mar, o convívio é o verdadeiro ingrediente secreto. É ali, entre risos e partilhas, que o sabor se torna experiência e a comida filosofia, uma celebração do presente com o respeito pelo passado.
E há a serra, cúmplice e silenciosa, que oferece queijos aveludados, mel dourado e ervas aromáticas que perfumam ensopados e caldeiradas. Sabores rústicos, simples, e, por isso mesmo, profundamente humanos.
A harmonia entre a comida e o vinho é filosofia vivida – um convite à contemplação. O queijo de Azeitão, cremoso e intenso, encontra no Moscatel um par perfeito, numa dança de contrastes que se completam. E, sob o céu dourado do entardecer, cada brinde é uma prece ao prazer de existir.
A gastronomia da Península de Setúbal é, assim, um convite à contemplação. Não se resume ao que se come, mas ao que se sente. É prova de que o verdadeiro prazer mora na fusão do paladar com a alma. Pois, como disse o poeta, “comer é uma necessidade, mas saborear… ah, saborear é uma arte!”, cada prato é uma história e cada gole uma promessa. O que se prova à mesa permanece para sempre no coração.
Como sou um eterno apaixonado, a visita à Península de Setúbal enquadra-se na perfeição no périplo que tenho vindo a fazer para encontrar a minha felicidade vínica e gastronómica e partilhar com os nossos leitores… A minha decisão foi obvia e rápida, pois sempre desejei conhecer a Casa Ermelinda de Freitas e a sua história.
À frente do seu tempo
A Casa Ermelinda Freitas fica na aldeia de Fernando Pó, concelho de Palmela, a 25 quilómetros a leste de Setúbal, e é bem visível à distância, pela presença imponente da nova adega, que se ergue no mar de vinhas da planície em seu redor.
É uma adega familiar com uma história que remonta a 1920. Fundada por Leonilde Freitas, continuada pela sua neta, Germana Freitas, e mais tarde pela sua bisneta, Ermelinda Freitas, a quem a Casa Ermelinda Freitas deve o seu nome. Com a morte prematura do seu marido, Manuel João Freitas, Ermelinda Freitas continuou a gerir a empresa com a sua filha, Leonor Freitas, que assumiu o seu comando e consolidou a liderança da casa no feminino, característica da marca. Destacando-se pela dedicação à produção de vinhos de qualidade, a Casa Ermelinda Freitas tornou-se uma referência na região de Palmela, com inúmeras distinções nacionais e internacionais. Sob a liderança de Leonor Freitas, desde 1997, a adega manteve a tradição familiar, investindo em inovação e expandindo a sua presença em mercados globais, sempre com o compromisso de preservar o legado iniciado por Leonilde Freitas. A empresa, que tem sido gerida por mulheres ao longo de quatro gerações, tem o futuro assegurado pela 5ª geração, Joana Freitas.
Sob a direção de Leonor Freitas, a Casa Ermelinda Freitas passou por uma transformação significativa, modernizando as técnicas de viticultura e enologia e expandindo a área de vinha para os atuais 550 hectares. A adega é reconhecida pela produção de vinhos de alta qualidade, tendo recebido inúmeros prémios nacionais e internacionais.
A filosofia da Casa Ermelinda Freitas assenta na combinação da tradição com a inovação. A empresa valoriza as castas autóctones da região, como a Castelão e a Fernão Pires, enquanto incorpora práticas sustentáveis e tecnologia avançada na produção de vinhos. Este equilíbrio entre o respeito pelo legado e a adaptação às exigências contemporâneas reflete uma abordagem consciente e responsável perante a cultura vitivinícola.
A dedicação à qualidade e à autenticidade dos seus vinhos é evidente na diversidade do portefólio da Casa Ermelinda Freitas, que abrange desde vinhos tintos encorpados a brancos frescos e aromáticos, passando por rosés elegantes e espumantes distintos. Esta variedade permite, aos apreciadores de vinho, uma experiência rica e multifacetada, evidenciando o potencial e a versatilidade da região de Palmela.
Hoje, a Casa Ermelinda Freitas é um vasto poema esculpido na terra, com 550 hectares de vinhas que contam histórias em cada casta. Ali, 60% da “alma” brota do Castelão, enquanto 20% dança nas nuances de tintas como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Petite Sirah e Carmenère, castas que tingem o tempo com profundidade e mistério.
Nos outros 20%, brilha o reflexo da luz em uvas brancas: Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Moscatel de Setúbal, Viosinho, Encruzado, Alvarinho, Pinot Grigio, Viognier, Vermentino e Gewürztraminer. Trinta castas, trinta vozes que entoam, em coro, a essência viva da Casa Ermelinda Freitas, onde a tradição se entrelaça com o sopro eterno da terra, superiormente orquestradas pelo enólogo Jaime Quendera.
A Casa Ermelinda Freitas exemplifica como uma empresa familiar pode prosperar através da harmonização entre tradição e inovação, mantendo um compromisso inabalável com a qualidade e a sustentabilidade. A sua trajetória ilustra a importância de uma liderança visionária e da valorização das raízes culturais na construção de uma marca reconhecida e respeitada no panorama vinícola global.
A Senhora…
Leonor Freitas, proprietária da prestigiada Casa Ermelinda Freitas, é mais do que apenas uma empresária de sucesso. É uma visionária cuja paixão transcende o mundo do vinho que a rodeia, cuja honestidade intelectual e humanidade se refletem em cada garrafa de vinho produzida pela sua adega. Com uma dedicação inabalável à sua terra e às suas gentes, Leonor personifica o espírito da Península de Setúbal, uma região rica em tradição e cultura.
Desde muito jovem, Leonor demonstrou um profundo respeito pelo legado da sua família, com raízes vitivinícolas que remontam a várias gerações. Ao assumir as rédeas da adega, não apenas continuou o trabalho iniciado pelos seus antecessores, mas também trouxe uma nova perspetiva e inovação ao setor. A sua visão era clara: elevar a qualidade dos vinhos portugueses e colocá-los num patamar de reconhecimento global, alicerçada nos seus próprios néctares.
O compromisso de Leonor com o rigor profissional é evidente nas suas práticas de negócio e na forma como gere a sua equipa. Ela acredita que um vinho de excelência nasce do respeito pela terra e pelas pessoas que nela trabalham. Esta filosofia tem sido um pilar fundamental na sua trajetória, garantindo que cada vinho produzido na Casa Ermelinda Freitas reflete a autenticidade e a pureza do terroir. Mas o que realmente distingue Leonor Freitas é o seu caráter humanista. Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia e pela produção em massa, Leonor mantém-se firme nos seus princípios de sustentabilidade e responsabilidade social, investindo na comunidade local, promovendo iniciativas que vão desde a educação até ao apoio a pequenos agricultores, assegurando que todos beneficiem do sucesso da adega.
A paixão de Leonor pela sua terra é palpável. Ela acredita que o vinho não é apenas uma bebida, mas uma expressão da cultura e da história do “seu” povo. Cada garrafa de vinho da Casa Ermelinda Freitas conta uma história – uma história de dedicação, amor e respeito pela natureza. Leonor Freitas é, sem dúvida, uma guardiã do legado vitivinícola português, mas mais do que isso, é uma inspiração para todos os que acreditam que o sucesso deve ser construído com integridade, visão e uma profunda ligação às suas raízes. A sua forma de ser, o seu inconformismo, a sua tenacidade e resiliência só tem reflexo grandioso nos atos de desbravar e defender as suas convicções ao estilo da “Maria da Fonte”. Guerreira e Mulher de família preocupa-se com o desenvolvimento da Terra que a viu nascer criando bases para que a Casa Ermelinda Freitas cumprisse o dever de construir um futuro melhor para as suas “gentes”.
Leonor Freitas, é uma verdadeira embaixadora dos valores humanos e culturais que definem o espírito português. Com cada passo que dá, molda um futuro onde a tradição e a inovação caminham lado a lado, sempre com o coração na sua terra e nas suas gentes. As minhas palavras sentidas em formato de homenagem, com um copo de vinho erguido brindando a uma das Mulheres cuja história e forma de ser e estar mais me impressionou. E se o caro leitor tiver a sorte de a encontrar na sua visita não perca a oportunidade de lhe falar.
O enoturismo… memórias e afetos
É neste quadro de cultura vínica e de história de uma família que nasce o Enoturismo da Casa Ermelinda Freitas. A visita começa na vinha pedagógica, onde a história passada se entrelaça com o presente. Ali, somos confrontados, de forma agradável, com as memórias da casa e da família com realce para as cinco gerações de mulheres que sustentam uma tradição centenária, e cultivaram não apenas uvas, mas uma paixão atemporal pelo vinho. A região vitivinícola revela-se pela voz profissional de quem nos recebe, criando imagens imaginárias das vinhas, com as suas castas autênticas, cada uma delas guardiã de um terroir único. É nesse solo fértil que a Casa Ermelinda Freitas construiu a sua herança, espalhando-se por hectares de pura dedicação à arte do vinho.
Seguimos então para o centro de vinificação, espaço onde a tradição se funde com a inovação. A primeira paragem é na Sala de Ouro, onde os prémios conquistados ao longo dos anos reluzem como testemunhos de excelência. Passamos pelo espaço de vinificação, um templo de transformação onde o néctar das uvas se transforma em poesia líquida, através de um processo meticuloso e cheio de sabedoria ancestral. A caminhada segue até o engarrafamento, momento de selar o trabalho árduo, e passamos pela Cave Secundária, onde o silêncio das barricas parece ecoar os segredos do vinho.
A visita aprofunda-se ainda mais no Espaço de Memórias e Afetos, onde cada imagem, cada texto, nos imerge num mundo de jardins proibidos que a família, graciosa e simpaticamente partilha com quem tem o privilégio de visitar a Ermelinda Freitas. Em cada rótulo, cada vinho, carrega consigo uma história única. Chegados à cave principal confirmamos a grandiosidade deste produtor. Aí dormem os vinhos que perpetuam o sabor, e as barricas que guardam o envelhecimento dos melhores néctares. O processo, com suas quantidades e precisões, é explicado com paixão e orgulho de pertença. A visita termina com uma vontade enorme de impregnar o nosso corpo e a nossa alma com uma prova comentada de vinhos, onde cada gole é uma viagem sensorial, uma imersão nas memórias, nos afetos e nas raízes que tornam aquele vinho um verdadeiro legado.
Visitar a Casa Ermelinda Freitas é mergulhar num oceano de aromas e sabores, onde cada taça conta a história de vinhas banhadas pelo sol, abraçadas pelo tempo. É sentir o calor da tradição em cada canto, ouvir o sussurro das videiras ao vento e brindar à vida com o néctar que dança entre o passado e o presente. É um passeio pela alma de quem transforma uvas em poesia, e momentos em memórias imortais. É caminhar por entre barris que guardam segredos líquidos, enquanto cada gole revela uma ode à terra, ao amor e à arte de bem viver. Portugal no seu melhor.
Caderno de visita
COMODIDADES
– Línguas faladas: inglês, francês, espanhol
– Loja de vinhos
– Varanda para 20 pessoas
– Sala de eventos para 350 pessoas
– Sala de Reuniões
– Diferentes atividades e refeições (sob consulta)
– Sopa “caramela” (sob consulta)
– Parque para automóveis ligeiros e para três autocarros
– Posto de carregamento de carros elétricos
– Provas comentadas (ver programas);
– Wifi gratuito disponível
– Visita às vinhas
– Visita à adega
EVENTOS
Eventos corporativos (sob consulta)
Atividades de team building (sob consulta)
PROGRAMAS
Visita com prova standard
Prova de cinco vinhos acompanhada por apontamento de produtos regionais.
Duração: 1h30
Preço: 10€ por pessoa
Visita com prova de três regiões
Prova de quatro vinhos das três regiões onde a casa produz, Minho, Douro e Península de Setúbal, e de azeite extra-virgem do Douro, acompanhada por produtos regionais.
Duração: 1h30
Preço: 10 € por pessoa
Visita com prova de monovarietais
Prova comentada de cinco vinhos monovarietais, acompanhada de produtos regionais.
Duração: 1h30
Preço: 15 € por pessoa
Visita com prova premium
Prova de brancos tintos e moscatéis topo de gama da casa acompanhada de produtos regionais e de azeite extra-virgem.
Mínimo de quatro pessoas.
Duração: 1h30
Preço: 25 € por pessoa
CONTACTOS
Casa Ermelinda de Freitas
Rua Manuel João de Freitas, Fernando Pó
2965-595 Águas de Moura
Site: www.ermelindafreitas.pt
Email reservas: enoturismo@ermelindafreitas.pt
Email geral: geral@ermelindafreitas.pt
Tel.: (+351) 915 290 729 / 265 988 000
Nota: O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico
Moscatéis portugueses voltam a brilhar no concurso Muscats du Monde

Nos passados dias 7 e 8 de Setembro decorreu, na Occitânia (região do Sul de França), a 21ª edição do concurso internacional Muscats du Monde, no qual três Moscatéis de Setúbal e um Moscatel do Douro integraram o TOP 10: Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 10 Anos 2004, Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 10 […]
Nos passados dias 7 e 8 de Setembro decorreu, na Occitânia (região do Sul de França), a 21ª edição do concurso internacional Muscats du Monde, no qual três Moscatéis de Setúbal e um Moscatel do Douro integraram o TOP 10: Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior 10 Anos 2004, Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 10 Anos, Venâncio da Costa Lima Moscatel Roxo de Setúbal Reserva da Família 2017; e Adega de Favaios Moscatel do Douro 2000.
Dos 19 países representados, Portugal conquistou um total de onze medalhas – seis de Ouro e cinco de Prata – nove das quais atribuídas a Moscatéis de Setúbal. Além dos Moscatéis já referidos, também os vinhos Venâncio da Costa Lima Moscatel de Setúbal Reserva 2009 e Adega de Favaios Moscatel do Douro obtiveram Ouro. Já os vinhos Adega de Palmela Moscatel de Setúbal 2018, Paço do Bispo Moscatel Roxo de Setúbal 2019, Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2009, Venâncio da Costa Lima Moscatel de Setúbal 2018 e Contemporal Moscatel Roxo de Setúbal receberam medalha de Prata.
Durante os dois dias do concurso Muscats du Monde, foram provados 182 moscatéis de todo o Mundo. O júri internacional atribuiu 60 medalhas, 35 de Ouro e 25 de Prata.
Moscatéis de Setúbal foram os grande vencedores do Muscats du Monde

O mais importante concurso mundial de Moscatéis, realizado em França, anunciou recentemente os seus resultados e, mais uma vez, Portugal marcou presença no grupo dos melhores, com o Moscatel Roxo de Setúbal Venâncio da Costa Lima Reserva da Família 2016 a ser eleito o melhor dos melhores. Este é um produto exclusivo dos hipermercados Continente. […]
O mais importante concurso mundial de Moscatéis, realizado em França, anunciou recentemente os seus resultados e, mais uma vez, Portugal marcou presença no grupo dos melhores, com o Moscatel Roxo de Setúbal Venâncio da Costa Lima Reserva da Família 2016 a ser eleito o melhor dos melhores. Este é um produto exclusivo dos hipermercados Continente.
No Muscats du Monde 2020, que decorreu a 22 e 23 de Julho em Frontignan-la-Peyrade, estiveram a prova 158 Moscatéis de 16 países e, além da mais alta distinção oferecida ao Reserva da Família 2016 — o primeiro lugar no Top 10 — outros Moscatéis de Setúbal destacaram-se, tendo sido Portugal o país com mais vinhos no Top 10: em 7º lugar, Moscatel de Setúbal Venâncio da Costa Lima Reserva da Família 5 Anos; em 11º, Moscatel de Setúbal Adega de Palmela 10 Anos; e em 12º, Moscatel Roxo de Setúbal Casa Ermelinda Freitas Superior 2010.
Os resultados completos da edição de 2020 do concurso Muscats du Monde podem ser consultados aqui.
Sommelier Wine Awards 2020 dá 27 medalhas Ouro a Portugal

TEXTO António Falcão Foram várias as empresas produtoras portuguesas a entrar nesta espécie de concurso em que os jurados são apenas escanções (sommeliers) ou profissionais de compras para garrafeiras, lojas, wine bars e grandes retalhistas. Entram ainda uma série de consultores independentes na área do vinho, assim como Master Sommeliers e Masters of Wines. No […]
TEXTO António Falcão
Foram várias as empresas produtoras portuguesas a entrar nesta espécie de concurso em que os jurados são apenas escanções (sommeliers) ou profissionais de compras para garrafeiras, lojas, wine bars e grandes retalhistas. Entram ainda uma série de consultores independentes na área do vinho, assim como Master Sommeliers e Masters of Wines. No meio, vários portugueses, incluindo um dos Team Leaders do júri, André Luis Martins. André trabalha como chefe de sommeliers num grande clube inglês, com mais de 3.000 sócios.
Este concurso terá tido cerca de 3.500 amostras de vários países. A metodologia é um pouco especial: tal como em outros concursos, os vinhos são provados às cegas e agrupados em categorias. Mas os jurados sabem quanto custa cada garrafa e usam parâmetros de avaliação ligeiramente diferentes: capacidade para harmonizar com comida, versatilidade, tipicidade, personalidade e, muito importante aqui, relação preço/qualidade em qualquer categoria de preço.
Num primeiro momento, foram provados todos os vinhos, Cerca de 25% recebem uma menção Commended (estilo menção honrosa). Cerca de metade passa a uma segunda ronda, onda são decididas as medalhas de Bronze, Prata e Ouro.
Depois existem ainda 4 prémios especiais, atribuídos a vinhos medalhados a Ouro que tenham mostrado serem muito bons em pontos especiais. Um deles é o Pub & Bar, que viu um vinho da DFJ Vinhos ser galardoado: trata-se do Bigode Lisboa tinto 2018, que mostrou ser boa compra e muito versátil, ou seja, tão bom a solo como a acompanhar comida. Finalmente, existem ainda troféus para os melhores entre os melhores, mas nenhum vinho português lá entrou. Mas o ano passado, por exemplo, a Casa Ermelinda Freitas levou para casa o Troféu “European Producer of the Year”.
De resto, este ano os vinhos portugueses portaram-se bem, trazendo 27 das 360 medalhas de Ouro; uma delas foi para um vermute da Poças. Para terras lusas vieram ainda 32 das 432 ‘pratas’ e também 32 dos 513 ‘bronzes’. A nível de ‘Commended’, 56 das 860 vieram para Portugal.
A Casa Ermelinda Freitas foi o produtor que mais medalhas trouxe, com 21 (4 Ouro, 6 Prata, 2 Bronze e 9 Commended), logo seguido do vizinho Adega de Pegões (18, sendo 4 Ouro, 4 Prata, 2 Bronze e 8 Commended). A Sogevinus (com as marcas Kopke, Cálem e Barros) conseguiu 14 e a DFJ Vinhos 12.
Falando da edição deste ano, a directora do concurso, Micaela Martins Ferreira, disse que: “Todos os anos temos vinhos de muito alto nível e é fantástico vermos amostras que vêm de todo o lado do mundo. Este ano a diversidade brilhou a grande altura”.
Mais informações no site do concurso.
Veja de seguida a lista dos ouros (à excepção do vermute da Poças), separados por categorias e ordenados depois alfabeticamente.
Medalhas de Ouro no Sommelier Wine Awards 2020
GENEROSOS
Adega de Pegões Moscatel de Setúbal
Justino’s Madeira Malvasia 10 Years Old
Kopke 10 Year Old Tawny
Kopke Colheita 1980
Kopke Colheita 1981
Kopke Colheita White Port 2003
Krohn Porto Vintage 2017
Poças Porto LBV 2013
Quinta da Gaivosa LBV 2015
Quinta do Vallado 20 Year Old Tawny
TINTOS
Adega de Pegões Reg. Península de Setúbal Cabernet Sauvignon 2016
Adega de Pegões Reg. Península de Setúbal Grande Reserva 2016
Azamor Single Estate Alentejo 2016
Bigode Lisboa 2018 (DFJ Vinhos) Pub & Bar award
Casa da Passarella A Descoberta Dão 2017
Castelo do Sulco Seleção dos Enólogos Lisboa Reserva 2019
Dona Ermelinda Reg. Península de Setúbal Reserva 2017
Indelével Alentejo 2019 (Parras Wines)
Quinta da Silveira Douro Reserva 2011
Quinta do Paral Alentejo Reserva 2017
Terras do Pó Castas Reg. Península de Setúbal Syrah/Petit Verdot 2017
BRANCOS
Campos do Minho Vinho Verde 2018 (Casa Ermelinda Freitas)
Casa da Passarella Abanico Reserva 2018
Dona Ermelinda Reg. Península de Setúbal Reserva 2018
Fontanário de Pegões Reg. Península de Setúbal 2018
Vila Nova Vinho Verde 2019
Casa Ermelinda Freitas ganha 12 medalhas em Inglaterra

Foi no concurso inglês Sommelier Wine Awards 2020 que a Casa Ermelinda Freitas conquistou 12 medalhas com os seus vinhos: 4 de Ouro, 6 de Prata e 2 de Bronze. O Ouro foi para os vinhos Dona Ermelinda Reserva branco 2018, Dona Ermelinda Reserva tinto 2017, Terras do Pó Syrah tinto 2018 e Terras do […]
Foi no concurso inglês Sommelier Wine Awards 2020 que a Casa Ermelinda Freitas conquistou 12 medalhas com os seus vinhos: 4 de Ouro, 6 de Prata e 2 de Bronze.
O Ouro foi para os vinhos Dona Ermelinda Reserva branco 2018, Dona Ermelinda Reserva tinto 2017, Terras do Pó Syrah tinto 2018 e Terras do Pó Petit Verdot tinto 2018. A Prata coube, por sua vez, aos vinhos Dona Ermelinda branco 2018, CEF Merlot Reserva tinto 2017, Vinha do Torrão tinto 2019, Vinha do Torrão Reserva tinto 2018, CEF Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2017 e CEF Moscatel Roxo de Setúbal Superior 2010.
Em comunicado, a Casa Ermelinda Freitas diz estar “perante o melhor ano de sempre, no que toca a prémios e distinções”.
Casa Ermelinda Freitas eleita produtor europeu por sommeliers ingleses

A Casa Ermelinda Freitas foi eleita produtor europeu do ano 2019 nos Sommelier Wine Awards (SWA) que se realizam todos os anos em Inglaterra. É a primeira vez que esta distinção é atribuída a um produtor de vinhos tranquilos português, sendo que o mesmo prémio já tinha sido atribuído a um produtor de vinhos da […]
A Casa Ermelinda Freitas foi eleita produtor europeu do ano 2019 nos Sommelier Wine Awards (SWA) que se realizam todos os anos em Inglaterra. É a primeira vez que esta distinção é atribuída a um produtor de vinhos tranquilos português, sendo que o mesmo prémio já tinha sido atribuído a um produtor de vinhos da Madeira.
Um bom ano para a empresa da Península de Setúbal, que até à data já conquistou 158 prémios, entre os quais 9 Medalhas de Grande Ouro, 88 Medalhas de Ouro e 48 Medalhas de Prata.
Casa Ermelinda Freitas vence duas estrelas no concurso ProdExpo

A Casa Ermelinda Freitas ganhou, com os seus vinhos CEF Merlot Reserva e Vinha do Fava Touriga Nacional, duas ProdExpo Stars atribuídas ao vinho mais pontuado em cada categoria, no mais famoso concurso de vinhos da Rússia, o ProdExpo 2019. Na mesma competição, o produtor obteve um total de 18 medalhas (2 ProdExpo Stars, 12 […]
A Casa Ermelinda Freitas ganhou, com os seus vinhos CEF Merlot Reserva e Vinha do Fava Touriga Nacional, duas ProdExpo Stars atribuídas ao vinho mais pontuado em cada categoria, no mais famoso concurso de vinhos da Rússia, o ProdExpo 2019.
Na mesma competição, o produtor obteve um total de 18 medalhas (2 ProdExpo Stars, 12 medalhas de ouro, 4 de prata).
Desde 1999 a Casa Ermelinda Freitas, já obteve mais de 1000 prémios a nível nacional e internacional.
Universo Ermelinda Freitas expande-se para o Douro

(na foto, a Quinta de Canivães, na região de Vila Nova de Foz Côa, com o Douro em fundo) Já é das maiores empresas da Península de Setúbal e será mesmo o produtor que mais vinhos certifica na CVR da região. Tem crescido como poucos nos últimos anos, não só na aquisição de terras e […]
(na foto, a Quinta de Canivães, na região de Vila Nova de Foz Côa, com o Douro em fundo)
Já é das maiores empresas da Península de Setúbal e será mesmo o produtor que mais vinhos certifica na CVR da região. Tem crescido como poucos nos últimos anos, não só na aquisição de terras e vinhas, como na enorme expansão da adega. Mas nada disso tem travado a proprietária e gestora, Leonor Freitas (e respectiva família) na vontade de investir. Este ano concretizou um sonho que, como nos confessou, já albergava há muitos anos: ter uma quinta no Douro. A oportunidade surgiu e Leonor não hesitou em adquirir a Quinta de Canivães, na região de Vila Nova de Foz Côa. Ou seja, Douro Superior. A quinta tem 30 hectares no total mas apenas 20 hectares de vinha, em bom estado. Entre os vizinhos conta-se a família Nicolau de Almeida, dos vinhos Monte Xisto. Com uma adega ‘herdada’ ainda por acabar, as uvas deste ano irão para terceiros, disse-nos Leonor Freitas. Mas é intenção da gestora terminar a adega e, quem sabe, vinificar já as uvas de 2019. O enólogo da casa, Jaime Quendera, faz parte desta ‘aventura’, naquela que poderá ser a sua primeira incursão a norte.

Leonor Freitas disse-nos que esta aquisição complementa o portefólio da casa, especialmente para a exportação. “Muita gente lá fora nos pergunta por Douro (e não só). Agora já podemos dizer que sim, que vamos ter”, gracejou a empresária. (AF)