Caves São João: Serena é a mudança

Caves São João

A inovação e criatividade sempre foram uma forma de estar das Caves São João. As influências do melhor que se fazia lá fora eram trazidas pelos seus fundadores, homens viajados e cosmopolitas. Na segunda metade do século XX, todo o país conhecia e reconhecia as referências “Frei João” e “Porta dos Cavaleiros”, rótulos que encimavam […]

A inovação e criatividade sempre foram uma forma de estar das Caves São João. As influências do melhor que se fazia lá fora eram trazidas pelos seus fundadores, homens viajados e cosmopolitas. Na segunda metade do século XX, todo o país conhecia e reconhecia as referências “Frei João” e “Porta dos Cavaleiros”, rótulos que encimavam todas as mesas da restauração portuguesa. Em 1971, antevendo as mudanças do paradigma de consumo de vinhos e espumantes e o surgimento de consumidores que procuravam maior identidade nos vinhos, é adquirida a Quinta do Poço do Lobo, no concelho de Cantanhede e, a partir dali, nasce a marca homónima, passando as caves a possuir vinhos de Quinta.

Como empresa familiar, a Sociedade dos Irmãos Unidos, designação social da mesma, sofreu os reveses das querelas internas. No final da segunda década deste século entrou num período mais conturbado, acabando, por vicissitudes várias, a ser alienada a quase totalidade do capital social a um conjunto de investidores em 2022. A partir daí, aguardavam-se as mudanças que os novos sócios, da área imobiliária e financeira, iriam imprimir à empresa centenária e que é a mais antiga em atividade na Bairrada. Fernando Sapinho, Enrique Castiblanques, Mário Vigário, Nuno Ramos, Paulo Morgado e Mário Mateus, são empresários em diversos ramos de atividade. O vinho surge-lhes como uma paixão racional de quem olha para as Caves São João como um diamante a lapidar.

No centro destas mudanças, ficou Célia Alves, ela que em tempo de marés violentas e tormentas várias, não largou o leme de uma marca secular e histórica, não permitindo que, em momento algum, ficasse à deriva.

Serenamente, os últimos anos foram de restruturação, dando uma nova luz à empresa que, com os seus fundadores, esteve no passado ligada à criação da região demarcada da Bairrada e à Confraria dos Enófilos da Bairrada, que, curiosamente, teve na sua liderança nos últimos anos Célia Alves, que mantém a gerência das Caves conjuntamente com os ativos sócios Fernando Sapinho e Enrique Castiblanques

No passado dia 24 de Junho, Dia de São João, as Caves São João destaparam o véu da revolução tranquila que têm operado, celebrando o seu 104º aniversário com várias novidades. A maior, e porque o palco escolhido para os festejos foi a Quinta do Poço do Lobo, revelou-se na expansão que aquela propriedade teve com esta nova estrutura societária. Ao longo dos últimos dois anos, entre reconversão de área de floresta em vinha e aquisição de parcelas contíguas, houve um aumento da área de vinha em 10 hectares, que se somam aos 30 já existentes. Com o aumento da produção de espumante no horizonte, nascem ali novas plantações das castas brancas Bical, Arinto e Maria Gomes (Fernão Pires).

Do Poço do Lobo ao Porta dos Cavaleiros

A casa, que mantém o classicismo que sempre a caracterizou, não descura o arrojo e ousadia e, na apresentação dos novos vinhos, mostrou que segue de perto as tendências e, para isso, não deixou de surpreender. O Baga Novo Natcool, um tinto da colheita de 2022, mostra toda a irreverência da casta, num vinho disruptivo mas totalmente assertivo. Nascido de uma parceria com a Niepoort, empresa familiar que possui relações comerciais com a empresa bairradina que remontam a meados do século XX, rompe com estigmas e mostra o quanto a Baga em jovem é capaz de criar vinhos absolutamente emocionantes. Nos espumantes, deu-se a conhecer a nova edição do Quinta do Poço do Lobo, na sua versão rosé, da colheita de 2021 e já com mais de 24 meses de estágio. Aqui reinam, num blend que casa com sucesso, a Baga e o Pinot Noir.

Os Porta dos Cavaleiros, marca criada nos anos 60 do século passado, consagrando a investida da empresa bairradina na região do Dão, surgem agora totalmente renovados, impondo, na rotulagem, um maior sentido histórico e arquitetónico, onde o monumento representativo – Porta dos Cavaleiros, como uma das medievais portas da cidade de Viseu – ganha um maior rigor e sentido iconográfico. Nos vinhos, a tradição mantém-se. As Caves adquirem os melhores lotes de tintos e brancos produzidos no Dão e, à maneira antiga, procedem à sua “afinação”, lançando-os no mercado. As duas propostas apresentadas foram o Porta dos Cavaleiros tinto 2022, e o Porta dos Cavaleiros Reserva Especial branco, este uma categoria rara no Dão, apenas ao alcance dos vinhos que se destacam em enorme qualidade na câmara de provadores.

Crescer, solidificar mercados, impor-se como marca de prestígio, aumentar área de vinha e ser um verdadeiro referencial da Bairrada do futuro. Este é o caminho que as Caves São João tão bem está a trilhar para este segundo século de vida que se segue.

Nota: O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico.

(Artigo publicado na edição de Setembro de 2024)

Caves São João adquiridas por novos sócios

Caves São João novos sócios

No passado mês de Fevereiro de 2022, a Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda — uma das mais antigas empresas da Bairrada, e a casa de espumantes mais antiga ainda em actividade, da região — foi adquirida por novos sócios: Fernando Sapinho, Nuno Ramos, Mário Mateus, Mário Vigário, Enrique Castiblanco e […]

No passado mês de Fevereiro de 2022, a Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda — uma das mais antigas empresas da Bairrada, e a casa de espumantes mais antiga ainda em actividade, da região — foi adquirida por novos sócios: Fernando Sapinho, Nuno Ramos, Mário Mateus, Mário Vigário, Enrique Castiblanco e Paulo Morgado. Da família fundadora, mantém-se uma parte representada por Rita Palma e por José Palma.

Segundo o comunicado enviado à imprensa pelas Caves São João, os novos sócios formam “um conjunto de amigos e empresários que partilham uma grande paixão pelo mundo dos vinhos e pela Bairrada”. O comunicado refere, ainda: “Todos nós acreditamos, proprietários novos e históricos, que a Bairrada será cada vez mais uma referência nas regiões vitivinícolas, quer a nível nacional, quer a nível internacional”.

Na estratégia para esta nova fase das Caves São João, serão mantidos os corpos gerentes, com destaque para Célia Aves, e os consultores de enologia e viticultura, José Carvalheira e António Selas, respectivamente. Também a restante equipa se manterá no projecto, integrando a aposta “nos vinhos antigos, nos espumantes, na Quinta do Poço do Lobo e nas marcas de referência Frei João (Bairrada) e Porta dos Cavaleiros (Dão)”, diz a São João.

Caves São João celebra 100 anos com Espumante e Porto Vintage

TEXTO Luís Lopes Foi em 2010 que nasceu a ideia de assinalar o centenário das Caves São João com a apresentação anual de um vinho que simbolizasse uma década da história dos séculos XX e XXI, desde a fundação da empresa em 1920 até ao momento presente. Foram assim lançados sucessivamente 11 produtos, brancos, tintos, […]

TEXTO Luís Lopes

Foi em 2010 que nasceu a ideia de assinalar o centenário das Caves São João com a apresentação anual de um vinho que simbolizasse uma década da história dos séculos XX e XXI, desde a fundação da empresa em 1920 até ao momento presente. Foram assim lançados sucessivamente 11 produtos, brancos, tintos, espumantes e aguardentes, desde o “90 anos de História”, que tinha como mote “The Jazz Singer” (a primeiro filme sonoro colocado no circuito comercial), apresentado em 2010, até aos dois vinhos que agora chegam ao mercado. Até ao momento, todos estes vinhos comemorativos foram produzidos pelas Caves São João. A excepção ocorre precisamente no centenário, onde ao lado de um espumante da casa, de 2015, surge um Porto Vintage de 2017 elaborado pela Niepoort.

A escolha não foi descontextualizada da história deste projecto. Na verdade, nos primeiros anos da empresa o negócio de Porto era importante, tendo as Caves São João comercializado este vinho até ao final dos anos 20. Do mesmo modo, não foi por acaso que o Vintage escolhido veio da Niepoort: desde os anos 60 que foi crescendo uma grande amizade entre os irmãos Luís e Alberto Costa (sócios gerentes das Caves São João durante largas décadas) e Rolf Niepoort, quarta geração da família à frente desta casa de Porto e Douro que dirigiu até 1997. Foi o seu filho, Dirk Niepoort que elaborou este lote especial, que difere dos Vintages 2017 já lançados pela Niepoort. O Caves São João 100 anos de História Porto Vintage 2017 foi feito a partir de uvas provenientes de vinhas centenárias e totalmente pisado e fermentado em lagar. Foram cheias 1000 garrafas das quais, numa primeira fase, serão vendidas apenas 100, na garrafeira Nacional, em Lisboa, ao preço de €150.

Caves São João.

O outro vinho comemorativo do centenário é, como não poderia deixar de ser numa casa bairradina, um espumante.Pensado propositadamente para esta ocasião, trata-se de um Pinot Noir Bruto Natural da colheita 2015. Uma edição também limitada, com 2784 garrafas numeradas e que tal como o Vintage será comercializada, num primeiro momento, pela Garrafeira Nacional. Custa €40.

Estes dois vinhos constituem o fecho em beleza de um projecto bastante original, como singular (e muitas vezes pioneira) tem também sido esta empresa ao longo da sua extensa história.

A caminho do centenário: Caves São João lança 98 Anos de História

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É um vinho do Dão, é branco e da colheita de 2017. Foi este o vinho escolhido pelas Caves São João para dar seguimento à preparação da celebração do centenário da empresa que decorrerá daqui a dois anos, em 2020.

TEXTO João Geirinhas
NOTA DE PROVA Luis Lopes

Integrado no projecto “Rumo ao Centenário” e sob a temática 100 Anos de História, esta casa de Anadia tem vindo a lançar desde 2010 e em cada ano, um vinho comemorativo das diferentes décadas que atravessaram a história da empresa. Como explicou Célia Alves, administradora das Caves São João, desta vez evocou-se a década de 2010 a 2020 e o tema-acontecimento escolhido para a ilustrar foi a descodificação do Genoma Humano cujo ADN ficou concluído nesses anos. Por isso a rotulagem do vinho, da responsabilidade de António Quintas, vai buscar a inspiração à conhecida espiral de dupla hélice que representa o ADN.
Falando do vinho que foi apresentado à imprensa na Pousada de Viseu, trata-se de um lote feito a partir das castas Encruzado (80%) Cerceal e Malvasia-Fina, ambas com 10% cada. O enólogo José Carvalheira, na apresentação do vinho, indicou que houve a preocupação de reduzir ao mínimo a intervenção na adega de forma a potenciar a grande qualidade da matéria prima que lhe deu origem e ao mesmo tempo respeitar a memória dos grandes clássicos vinhos brancos do Dão. O vinho fermentou a temperaturas mais elevadas, estagiou sobre borras finas em barricas de madeira usada e foi engarrafado sem estabilização e ligeira filtração.
O resultado é um vinho pleno de subtileza, em que uma inicial austeridade esconde uma grande complexidade aromática com predomínio de notas minerais e vegetal seco. Na boca sobressai a sua frescura com uma acidez viva, aliada a uma grande elegância, deixando antever uma boa parceria à mesa e um excelente potencial de envelhecimento.
No mesmo almoço foram ainda apresentadas as novidades do Frei João Clássico Bairrada branco 2016, feito a partir de Cercial e Bical, muito afinado e de grande frescura e o Apartado 1 Colheita Tardia Bairrada branco 2016, produzido com uvas Semillon e Alvarinho da Quinta do Poço do Lobo e colhidas no início de Novembro, já botrytizadas. Estávamos com muita curiosidade para provar este vinho porque por feliz coincidência, assistimos à sua vindima, no mesmo dia em que tinha sido apresentado o 95 Anos de História. E as expectativas foram plenamente cumpridas, revelando uma grande complexidade aromática e o excelente equilibro entre acidez e doçura. No almoço na Pousada de Viseu, as principais atenções dos participantes não puderam deixar de se fixar numa daquelas relíquias que só as Caves São João nos podem proporcionar. Falamos do extraordinário Porta dos Cavaleiros Dão Reserva branco 1984, servido em garrafa Magnum, um verdadeiro monumento em forma de vinho! Um dos tais velhos brancos clássicos do Dão que auguram por certo o bom desempenho que se espera deste novo 98 Anos de História.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

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Caves São João lança 98 Anos de História

É um vinho do Dão, é branco e da colheita de 2017. Foi este o vinho escolhido pelas Caves São João para dar seguimento à preparação da celebração do centenário da empresa, que decorrerá daqui a dois anos, em 2020. Integrado no projecto “Rumo ao Centenário” e sob a temática 100 Anos de História, esta […]

É um vinho do Dão, é branco e da colheita de 2017. Foi este o vinho escolhido pelas Caves São João para dar seguimento à preparação da celebração do centenário da empresa, que decorrerá daqui a dois anos, em 2020. Integrado no projecto “Rumo ao Centenário” e sob a temática 100 Anos de História, esta casa de Anadia tem vindo a lançar desde 2010, e em cada ano, um vinho comemorativo das diferentes décadas que atravessaram a história da empresa. Desta vez evocou-se a década de 2010 a 2020 e o tema-acontecimento escolhido para a ilustrar foi a descodificação do Genoma Humano, cujo ADN ficou concluído nesses anos. Por isso a rotulagem do vinho vai buscar a inspiração à conhecida espiral de dupla hélice que representa o ADN.
Falando do vinho que foi apresentado à imprensa na Pousada de Viseu, trata-se de um lote feito a partir das castas Encruzado (80%) Cerceal e Malvasia-Fina, ambas com 10% cada. Segundo explicou o enólogo José Carvalheira, houve a preocupação de reduzir ao mínimo a intervenção na adega, de forma a potenciar a grande qualidade da matéria-prima que lhe deu origem e ao mesmo tempo respeitar a memória dos grandes clássicos vinhos brancos do Dão. O vinho fermentou a temperaturas mais elevadas, estagiou sobre borras finas em barricas de madeira usada e foi engarrafado sem estabilização e ligeira filtração.
O resultado é um vinho pleno de subtileza, em que uma inicial austeridade esconde uma grande complexidade aromática com predomínio de notas minerais e vegetal seco. Na boca sobressai a sua frescura com uma acidez viva, aliada a uma grande elegância, deixando antever uma boa parceria à mesa e um excelente potencial de envelhecimento. `
No mesmo almoço foram ainda apresentadas as novidades do Frei João Clássico Bairrada branco 2016 e o Apartado 1 Colheita Tardia Bairrada branco 2016. Mas as principais atenções dos participantes não puderam deixar de se fixar no extraordinário Porta dos Cavaleiros Dão Reserva branco 1984, servido em garrafa magnum. Um dos tais velhos brancos clássicos do Dão que auguram o bom desempenho que se espera do 98 Anos de História.
J.G.

Caves São João comemoram 97

Quase na reta final para o centenário das Caves São João, surge o vinho que assinala os 97 anos desta empresa tão clássica da Bairrada. Caves São João 97 Anos de História tinto 2014 é um Baga estreme muito elegante e leve (12,5% de álcool), de um ano difícil para as uvas tintas da Bairrada, […]

Quase na reta final para o centenário das Caves São João, surge o vinho que assinala os 97 anos desta empresa tão clássica da Bairrada. Caves São João 97 Anos de História tinto 2014 é um Baga estreme muito elegante e leve (12,5% de álcool), de um ano difícil para as uvas tintas da Bairrada, devido ao chuvoso mês de Setembro. José Carvalheira, enólogo da casa, confirmou dizendo que “Só com uma viticultura muito cuidada é que conseguimos fazer este Baga em 2014”. Lembrou, ainda: “Pela primeira vez em alguns anos decidimos criar um vinho que fosse 100% desta casta”. Fermentado em lagar, estagiou 12 meses em carvalho, 18 meses em cubas de cimento e três meses em garrafa.

Da esquerda para a direita: Fátima Flores, Manuel José Costa, Célia Alves, Gonçalo Soares e José Carvalheira

Como já é habitual, o rótulo e a caixa abordam um tema especial e marcante para o Mundo e a Humanidade. Nesta edição, o foco é na preocupação ambiental, com o desenho de uma árvore cujo tronco é uma mão a suportar a copa, numa ideia de protecção. A inspiração, segundo a gestora Célia Alves, remonta à década de 90, à conferência das Nações Unidas conhecida por Eco-92, onde os chefes dos Estados-membros debateram os problemas ambientais mundiais. E, por esta razão, o vinho foi apresentado no centro de um monumento do escultor Armando Martinez, na Mealhada. Um conjunto de sete blocos de pedra com formas petroglíficas, a perfazer um círculo, que simbolizam a ligação “mágica” do Homem à Terra e o agradecimento ao Universo. Seguiu-se uma belíssima refeição, com prova do novo vinho, no restaurante Magnun’s & Co do Chef Gonçalo Soares.

Do 97 Anos de História foram feitas 3908 garrafas e o seu preço na prateleira é €45.

A colecção “Rumo ao Centenário”, um lançamento por ano