ENOTURISMO: ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM

A história da Região da Bairrada remonta a tempos antigos, com evidências sólidas de ocupação humana desde a pré-história. Ao longo dos séculos, esta região encantadora tem sido moldada e influenciada por uma miríade de povos e culturas fascinantes. Desde tempos imemoriais, romanos, visigodos e mouros deixaram a sua marca indelével na rica tapeçaria cultural […]
A história da Região da Bairrada remonta a tempos antigos, com evidências sólidas de ocupação humana desde a pré-história. Ao longo dos séculos, esta região encantadora tem sido moldada e influenciada por uma miríade de povos e culturas fascinantes. Desde tempos imemoriais, romanos, visigodos e mouros deixaram a sua marca indelével na rica tapeçaria cultural da Bairrada. No entanto, não se pode falar sobre esta parte do mundo sem mencionar a tradição de produção de vinho que floresceu nas suas encostas ensolaradas.
A Bairrada situa-se na região centro de Portugal, entre o rio Vouga e o rio Mondego, abrangendo parte dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria. Com um clima mediterrânico, apresenta invernos suaves e verões quentes e secos. É caracterizada por uma paisagem diversificada, com planícies, colinas e densas florestas de carvalhos. O clima ameno e a proximidade ao oceano Atlântico contribuem para as suas condições ideais para o cultivo das vinhas, sendo que a altitude média, de 200 metros, também influencia a maturação das uvas, resultando em vinhos de qualidade singular.
As vinhas da Bairrada existiam na Idade Média, quando o vinho que originavam era valorizado como um tesouro inestimável, tendo a região desempenhado um papel importante nas rotas comerciais de vinho que percorriam a Europa. A história desta região é verdadeiramente fascinante, e cada pedaço do seu solo conta estórias de uma época passada, que continuam vivas ainda hoje na sua tradição vitivinícola.
A ORIGEM
A influência de diferentes culturas e tradições moldou significativamente a paisagem desta região, dando origem a uma variada e abrangente gama de práticas e técnicas de vinificação. Da influência romana à moura, da era das grandes explorações marítimas ao período de industrialização, diversos acontecimentos moldaram as características e a identidade única dos vinhos Bairrada. Atualmente, a região é conhecida tanto pelas suas tradições enraizadas, quanto pela busca constante por inovação e excelência. Os viticultores da Bairrada preservam as técnicas tradicionais de cultivo e vinificação, ao mesmo tempo que adotam tecnologias de ponta e práticas sustentáveis. Isso traduz-se na produção de vinhos reconhecidos nacional e internacionalmente. A utilização de castas autóctones, aliada ao saber fazer dos viticultores locais, dá origem a vinhos distintos e autênticos, com equilíbrio e aromas complexos. A diversidade do terroir bairradino, com solos argilosos e calcários, contribui para o caráter único e a expressão de cada vinho produzido na região.
TERRAS E TERROIRS
Com as suas colinas ondulantes e vales férteis, a região possui uma beleza natural incomparável. Com condições de solo únicas, a Bairrada oferece um ambiente propício para a produção de vinhos com caráter autêntico. A combinação entre as características geográficas e as condições do solo dá origem a vinhos de sabores e aromas únicos, que os tornam verdadeiramente especiais.
Além disso, a orografia da Bairrada desempenha um papel fundamental na proteção das vinhas, com as suas colinas a abrigarem-nas contra ventos fortes, proporcionando um ambiente mais estável para o seu cultivo. Essa proteção natural contribui para a qualidade e a maturação adequada das uvas. Com verões quentes e invernos amenos, as vinhas desfrutam das melhores condições para o seu desenvolvimento equilibrado ao longo de todo o ano, originando vinhos que combinam harmoniosamente acidez, doçura e complexidade aromática. Em resumo, a paisagem diversificada, as condições do solo e a proximidade ao oceano Atlântico fazem da Bairrada uma região vitivinícola verdadeiramente única. Possuidora de castas intrigantes e complexas de diferentes cores, aromas e sabores, esta região é um caso internacional sério pela longevidade dos seus vinhos, com saliência para os da casta Baga, a joia da coroa da Bairrada. São encorpados e distintos, com uma acidez equilibrada que confere frescor e uma grande capacidade de envelhecimento. Nas tintas destacam-se também a Touriga Nacional, Castelão, Alfrocheiro, Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir, entre outras. Nas castas brancas destacam-se a Maria Gomes, Bical, Arinto, Cercial e Chardonnay.
A par dos vinhos, a Bairrada é também conhecida por ter uma das Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, o Leitão à Bairrada, que origina um caso sério de peregrinação, diria de paragem obrigatória a quem passa perto, para o degustar. Recordo-me bem dessa paixão existir na minha família, que nunca deixava de fazer uma pausa para isso em qualquer deslocação ao Sul. E até mesmo quando as saudades batiam, lá estávamos a degustar o delicioso pitéu num dos bons restaurantes que ficam naqueles “sagrados” cinco km da Estrada Nacional 1, que abrangem os territórios dos concelhos da Mealhada e de Anadia.
A Bairrada é realmente um território abençoado, também pela sua tradição de produzir espumantes com grande carácter, muitos deles com base na sua principal casta tinta, a Baga, o que faz dela um destino único, que me faz feliz. Calcorrear o território em qualquer dos bons “cantos” da região e ouvir a frase celestial, “Vamos beber uma tacinha?”, não se experiencia em mais lado nenhum de Portugal.
Na Bairrada sinto-me em casa. Ao virar da esquina encontro produtores de espumante de nível internacional, o que me enche de orgulho e faz-me voltar constantemente. Imbuído na necessidade de ser feliz e com o sentimento impregnado de saudade de néctares que me preenchem o corpo e a alma, decidi rumar à Bairrada para visitar um dos produtores mais icónicos da Região, diria do país, as Caves Aliança, atualmente designada de Aliança Vinhos de Portugal.
ARTE, VINHO E PAIXÃO
As caves Aliança foram fundadas, em 1927, por 11 associados, com o objetivo produzir vinhos de qualidade na região da Bairrada. A empresa passou por diversas fases de crescimento e expansão ao longo das décadas, tornando-se numa das maiores e mais respeitadas adegas da região. Os investimentos realizados em tecnologia e inovação permitiram-lhe aumentar a sua capacidade produtiva e a qualidade dos seus vinhos, consolidando a sua posição no mercado nacional e internacional.
Em 2007 foi adquirida pelo Grupo Bacalhôa, que percebeu o seu potencial de desenvolvimento e crescimento. Para além da profissionalização e da inovação nos produtos e serviços, sem nunca perder de vista a essência e a patine que as caves possuíam, mudou o nome da empresa para Aliança Vinhos de Portugal, salientando assim a sua vocação exportadora, como salienta Paulo Costa, administrador da Bacalhoa Enoturismo, S.A. Mas para integrar um mercado tão competitivo como o dos vinhos e desenvolver atividade de enoturismo, havia que ser inovador e disruptivo. “Neste contexto, a inclusão de momentos culturais traria o toque da diferenciação que procurávamos”, refere. Assim, face ao amor pela arte e cultura e a paixão incontrolável por colecionar de Joe Berardo que, ao longo da sua vida, reuniu muitas peças únicas, algumas relacionadas com a história e cultura portuguesa, o Grupo Bacalhôa decidiu, em boa hora, integrar um espólio significativo de peças dessa coleção nas caves, para constituir o Aliança Underground Museum, desde 2010 um dos projetos mais inovadores de Portugal. Na realidade, “o que se pretende com este empreendimento é que seja conhecido, além-fronteiras, pelo seu caracter distintivo e diferenciador e pela sua simbiose perfeita entre vinhos, arte e cultura, para ser capaz de atrair mercados internacionais”, afirmou orgulhosamente e de forma muito sentida Paulo Costa.
Em conversa fluída, este administrador confessou-me que o Enoturismo é um desafio que nunca pensou experienciar, pois tinha funções noutra área. Abraçou o desígnio de gerir toda atividade com algum ceticismo pessoal, que rapidamente se transformou em paixão. O Grupo Bacalhôa tem já uma forte tradição e experiência nesta atividade, com resultados muito positivos quer na promoção e comercialização de vinhos, quer sobretudo na dinamização das unidades que constituem o Grupo – Bacalhôa Vinhos de Portugal, Aliança Vinhos de Portugal, Quinta do Carmo e o Bacalhôa Buddha Eden (somente visitas).
Ao longo dos anos, o acervo foi crescendo e tornou-se num verdadeiro tesouro para a preservação da identidade do país. O espaço conta com oito coleções permanentes, que envolvem áreas como a arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria, cerâmica e estanhos de múltiplas origens e espécies, num encontro de povos, lugares, crenças e culturas em perfeita simbiose com os vinhos, espumantes e aguardentes produzidos pela empresa, um verdadeiro êxtase de cultura e vinhos. Além disso, as caves promovem regularmente eventos culturais, como concertos, exposições temporárias e espetáculos de dança, sendo um polo de difusão cultural na região.
Através do apoio à arte e à cultura, as Caves Aliança contribuem significativamente para a preservação e promoção da identidade portuguesa, enriquecendo a experiência dos visitantes e fortalecendo os laços com a comunidade local. É neste quadro conceptual que a Aliança Vinhos de Portugal oferece uma experiência de enoturismo completa, incluindo visitas guiadas pelas instalações, onde as pessoas podem aprender a história destas caves até ao dia de hoje, o processo de produção vinho e a importância da região na qualidade dos produtos vínicos finais. Além disso, os turistas podem participar em degustações dos vinhos da Aliança Vinhos de Portugal, tendo uma imersão completa no universo Vitivinícola da região. As visitas são todas orientadas por profissionais formados e capacitados para garantir uma experiência enriquecedora e inesquecível aos visitantes.
Em tom de “provocação”, questionei se estava perante um Museu com Adega ou uma Adega com Museu? “É claramente uma Adega com Museu”, disse, de forma perentória, o enólogo Francisco Antunes, diretor de enologia da Aliança Vinhos de Portugal desde 1993 e responsável pelos vinhos das regiões dos Vinhos Verdes, Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada do Grupo Bacalhôa, assim como dos vinhos espumantes e das aguardentes. A Aliança Vinhos de Portugal possui um espaço museológico, onde as galerias que formam as caves de vinhos partilham o espaço com as obras com tempo e sabedoria, esclarece.
“O Aliança Underground Museum tem, sobretudo, a capacidade natural de transportar os visitantes para vários palcos culturais do mundo, na prática para o imaginário universal”, explica Paulo Costa com a convicção de que a empresa contribui decididamente para a imagem positiva e de qualidade da oferta de enoturismo da região e do país.
Mas a atividade de enoturismo só é possível com a preocupação constante de elaborar vinhos de grande nível e de tipologia diversificada, respeitando o passado com a visão necessária e adequada, para ganhar o presente sem nunca descurar o futuro, a médio e longo prazo. Neste âmbito, a Aliança apresenta um portefólio de vinhos diversificado que está ao dispor de quem visita o espaço. Tudo é possível provar. Aqui o cliente é o protagonista da história.
CONHECIMENTO E PRAZER
A visita inicia-se na Sala das Artes, onde se realiza a apresentação da empresa e do que os visitantes vão usufruir. Mal se entra nas caves percebe-se, de imediato, que o visitante vai ser elevado para o imaginário, já que a experiência de imersão em obras de arte desperta emoções e proporciona reflexões sobre outras vivências e tradições. O ambiente de um museu convida frequentemente à contemplação, estimulando a imaginação e permitindo uma conexão profunda com diferentes épocas, culturas e ideias.
O percurso desenrola-se por várias coleções: Arqueológica, Etnográfica Africana, Escultura Contemporânea do Zimbabué, Minerais, Paleontológica, Azulejaria, Cerâmica das Caldas e Índia, com realce para as peças únicas e irrepetíveis de Bordalo Pinheiro. Mas as caves servem sobretudo para que os vinhos adormeçam ao som do silêncio, do tempo e da sabedoria.
O mundo maravilhoso dos vinhos em estágio é, de facto, uma experiência sensorial e poética, onde as barricas de carvalho transmitem histórias silenciosas e profundas. Cada uma carrega consigo o mistério do tempo, da transformação e da paciência.
O vinho que repousa nelas não amadurece apenas fisicamente. Também adquire camadas de significado e simbolismo que traduzem o terroir e a sabedoria da enologia. O aroma amadeirado, o ambiente sereno e o conhecimento de que o vinho está em constante metamorfose sugerem uma reflexão sobre a passagem do tempo e a arte da criação. Cada visitante, ao observar as barricas, pode ter sua própria interpretação, criando pensamentos únicos e imaginativos, inspirados pelas promessas de sabor e história que o vinho em estágio guarda. É o que sinto quando atravesso a sala das barricas que guardam os oitocentos mil litros de aguardente, uma visão única que só se pode encontrar aqui.
A Aliança Vinhos de Portugal possui, ainda, cerca de milhão e meio de garrafas de vinho, 70% das quais são espumantes que aguardam pacientemente a sua abertura. São verdadeiras joias líquidas em preparação, à espera do momento certo para se revelarem. O processo de segunda fermentação em garrafa, método clássico que ocorre nestas caves silenciosas, é quase uma dança invisível entre o tempo e a matéria, onde cada bolha captura o espírito da celebração. A paciência envolvida na sua criação reflete o cuidado e a dedicação do enólogo, que compreende que o tempo é o ingrediente essencial para a perfeição. Assim, cada garrafa de espumante é uma obra-prima, aguardando o instante ideal para brindar a vida com sua essência vibrante e inesquecível.
A visita culmina na loja, onde se tem a oportunidade de vivenciar de perto toda a beleza enológica dos vinhos, agora tangível, impregnada de tradições, usos e costumes. Neste espaço, cada garrafa torna-se um reflexo da herança cultural que a moldou, oferecendo não apenas um produto, mas uma conexão direta com a história e os terroirs da região.
A Aliança Vinhos de Portugal, com as suas caves e o museu, oferece uma experiência singular que une vinho, arte e cultura em perfeita harmonia. É um verdadeiro templo do tempo, onde o passado, o presente e o futuro se encontram. Cada barrica e cada garrafa repousa sob a inspiração de obras de arte cuidadosamente selecionadas, transformando a experiência de degustação e prova em algo que transcende o paladar, chegando ao imaginário e à sensibilidade de quem vivencia o local. Não se limita a proporcionar degustações, mas também experiências sensoriais profundas, onde cada visita é uma celebração da vida, do conhecimento e da beleza. É a espetacularidade de um encontro entre o mundo enológico e as artes, elevando a experiência a uma dimensão verdadeiramente memorável.
CADERNO DE VISITA
COMODIDADES
– Kids friendly
– Línguas faladas: espanhol, inglês e francês
– Loja de vinhos
– Várias Salas de provas (16 a 100 pax)
– Várias Salas de refeição em regime exclusividade (20 a 300 pax)
– Parque para automóveis – 70 viaturas e três autocarros
– Provas comentadas (ver programas)
– Turismo acessível
– Wifi disponível
– Visita às vinhas (a pedido)
EVENTOS
– Eventos familiares (casamentos, batizados, aniversários)
– Eventos corporativos
– Atividades team building
ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM
OPÇÃO 1 – 6 € p/pessoa
Visita Guiada à exposição Aliança Underground Museum
Duração 01h30
Grátis para crianças até aos 12 anos de idade (inclusive)
Requer número mínimo de 2 participantes
OPÇÃO 2 – 8 € p/pessoa
Visita Guiada ao Aliança Underground Museum
Pãezinhos recheados com Leitão (2 unidades por pessoa)
Flute de Espumante ALIANÇA
Duração 01h30
Requer número mínimo de 2 participantes
OPÇÃO 3 – 27 € p/pessoa
Visita Guiada ao Aliança Underground Museum
Sandes de Leitão (Duas unidades por pessoa)
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto
Espumante Aliança Reserva Tinto Bruto
Duração 02h00
Crianças até aos 12 anos de Idade (50% desconto)
Requer número mínimo de 10 participantes
DIAS – Segunda a Domingo (encerra 1 de janeiro, 25 de dezembro)
IDIOMAS – Português, Inglês, Espanhol e Francês
Requer marcação prévia por telefone, fax ou e-mail. Sujeito a confirmação.
AVENTURE-SE NO MUNDO VÍNICO…
MOMENTO BAIRRADA – 20 € p/pessoa
Aliança Bairrada Reserva Branco
Aliança Bairrada Reserva Tinto
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto
O MUNDO EFERVESCENTE DO ESPUMANTE – 20 € p/pessoa
Espumante Aliança Grande Reserva Bruto
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Rosé Bruto
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto
FRESCURA, CORPO E REQUINTE… – 25 € p/pessoa
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto
Aliança Baga Clássico Tinto Bairrada
Aguardente Antiquíssima Reserva
À CONVERSA COM… – 25 € p/pessoa
Espumante Aliança Baga Bairrada Reserva Bruto
Bacalhôa Moscatel Roxo 5 anos
Aguardente Antiquíssima Reserva
CASTAS IMIGRANTES – 25 € p/pessoa
Bacalhôa Greco di tufo Branco
Bacalhôa Chardonnay Branco
Bacalhôa Syrah Tinto
Bacalhôa Merlot Tinto
BACALHÔA PREMIUM – 25 € p/pessoa
Quinta da Bacalhôa Tinto
Quinta da Bacalhôa Branco
Bacalhôa Moscatel de Setúbal Superior
QUINTAS À PROVA – 25 € p/pessoa
Aliança Baga Clássico Tinto Bairrada
Quinta Quatro Ventos Reserva Douro Tinto
Bacalhôa Touriga Nacional Dão Tinto
Quinta da Terrugem Alentejo Tinto
…CASTAS E PERSONALIDADES – 25 € p/pessoa
Bacalhôa Verdelho Branco
Bacalhôa Roxo Rosé
Aliança Baga Clássico Tinto Bairrada
ALIANÇA – “A VELHA AMIGA DE TODOS OS DIAS” – 25 € p/pessoa
Aguardente Aliança Velha
Aguardente Antiqua
Aguardente Antiquíssima Reserva
BACALHÔA SUPER PREMIUM – 35 € p/pessoa
Palácio da Bacalhôa Tinto
Berardo Reserva Familiar Greco di tufo Branco
Bacalhôa Moscatel Roxo Superior
ALIANÇA EXTRA OLD – 35 € p/pessoa
Aguardente XO 10 Anos
Aguardente XO 20 Anos
Aguardente XO 40 Anos
Condições gerais
Provas – definidas para grupos mínimos de 2 pessoas e máximo de 30. Prova comentada por um técnico de Enoturismo. Visita Guiada ao Aliança Underground Museum – Duração – 02h00. Requer marcação prévia (mínimo 24 horas) por telefone ou correio eletrónico. Sujeito a confirmação. Nota: Suplemento Queijo e enchidos: 12 € p/pessoa.
ALIANÇA DE EXPERIÊNCIAS
Uma viagem pelo ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM com experiência vínica ao longo do percurso de quase 1,5 km … 40 € p/pessoa.
• O início de uma viagem pelos túneis subterrâneos onde se respira tradição, história e memórias, e… o encontro de uma surpresa borbulhante! PROVA Espumante Aliança Grande Reserva Bruto com Amêndoa Torrada
• Continuaremos à prova dos sentidos… entre barricas terá a oportunidade de conhecer a casta Baga e o potencial desta região vínica. PROVA Aliança Baga Clássico Tinto com Mini pãezinhos de Leitão
• Termine a sua viagem num local único e imponente. Na Cave de Aguardentes aqueça a alma, sinta os aromas e deixe-se seduzir por 40 anos de história. PROVA Aliança XO 40 Anos com Chocolate negro.
Condições gerais
A atividade decorre em espaço museológico. Definida para grupos mínimos de 10 pessoas e máximo de 100. Orientada por um técnico Enoturismo. Duração 02h00. Requer marcação prévia por correio eletrónico. Sujeito a confirmação
SER ENÓLOGO POR UM DIA
Deixe-se levar pela sua intuição e crie o seu lote de vinho – € 45 p/pessoa
Durante o percurso de visita ao ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM, os participantes serão convidados a encarnar o personagem de um enólogo, com várias tarefas envolvidas… Em constante movimento, aprendizagem e dinâmica os participantes colocam à prova o espírito de equipa.
• Após formação de equipas, é dado a conhecer o Universo do Grupo Bacalhôa, que a Aliança integra desde 2007, e o desafio …
• Terminada a viagem pelo Museu, é proposto o desafio final. É hora de preparar um grande lote de vinho a partir dos monovarietais provados, escolher um nome, criar um rótulo e uma estratégia de marketing para apresentar ao potencial cliente.
• Os premiados são…
Condições gerais
Definida para grupos mínimos de 10 pessoas e máximo de 100. Orientada por um técnico Enoturismo. Visita Guiada ao Aliança Underground Museum. Duração 03h00. Requer marcação prévia por correio eletrónico. Sujeito a confirmação
LOJA DO VINHO
“O local ideal para realizar as suas compras pessoais e profissionais”, um espaço acolhedor onde pode encontrar uma vasta gama de vinhos, espumantes, aguardentes e moscatéis das empresas do Grupo: Aliança, Bacalhôa e Quinta do Carmo. Aberta de segunda a domingo (encerra 1 de janeiro e 25 de dezembro). Horário: 10h00 – 13h00; 14h00 – 18h30.
CONTATOS ENOTURISMO
Sónia Oliveira. Tel.: 234 732 045, Tm: 916 483 544, E-mail: sonia.oliveira@bacalhoa.pt, E-mail: visitas@alianca.pt.
SITE
www.alianca.pt
COMO CHEGAR (A1)
Partida de Lisboa (Cerca de 232 Km) – Saída 14 (Mealhada / Anadia) | Siga em direção a Anadia / Aveiro (N234 – IC2) | Na localidade da Malaposta (rotunda), deverá seguir as indicações para Aveiro (N235) até à saída para Sangalhos.
Partida do Porto (Cerca de 72 Km) – Saída 15 (Aveiro Sul / Águeda) | Siga em direção a Oliveira do Bairro (N235) até à saída para Sangalhos.
Enoturismo: Quinta do Paral

Estar ali, naquela mesa de madeira de beira de piscina, manhã cedo, pelo menos para um dia de férias, de lazer, a olhar aquela paisagem de árvores, jardins e vinha, enquanto se escuta o som dos pássaros, origina uma sensação de paz reconfortante. Foi assim que me senti, privilegiado, enquanto saboreava distraidamente a fatia de […]
Estar ali, naquela mesa de madeira de beira de piscina, manhã cedo, pelo menos para um dia de férias, de lazer, a olhar aquela paisagem de árvores, jardins e vinha, enquanto se escuta o som dos pássaros, origina uma sensação de paz reconfortante. Foi assim que me senti, privilegiado, enquanto saboreava distraidamente a fatia de pão com cheiro a Alentejo que escolhera, nesse dia apenas ornamentada com fiambre e manteiga que me foi trazida à mesa. Era o que me estava a apetecer naquele momento, a seguir ao par de figos, fruta da época que comi primeiro, na companhia de uma pequena fatia de salmão fumado porque é algo que me tenta sempre.
Enquanto esperava pelos ovos mexidos que, no Wine Hotel da Quinta do Paral, são feitos à medida dos desejos dos clientes, tal como outras coisas de comer, pensava que aquele sítio era perfeito para estar a ler um dos muitos livros que gosto que me façam companhia na minha mesa de cabeceira, ou mesmo para talvez começar a escrever mais um. E eis que chegaram, à mesa onde estava sozinho por ser bem cedo de manhã, uns ovos mexidos com ar bem mais estéticos que os meus, mas igualmente saborosos e com a textura certa. Fui apreciando tudo devagar, como sempre na companhia de leite com café, neste caso da variedade arábica com torra feita na casa. Senti-me bem, um pouco sem vontade de partir em direcção a Lisboa, onde o trabalho me esperava. Mas tive de ir…, com vontade de voltar.
Casa histórica é hotel temático
Conheço o Luís Leão, director geral e enólogo da Quinta do Paral, onde se integra este Wine Hotel, ou seja, hotel temático de vinho, já há alguns anos. E lembro-me de visitar a propriedade ainda muito no início do projecto, quando os alicerces se estavam a levantar e o hotel ainda era um sonho em início de concretização.
A grande casa, histórica, hoje com um cunho mais alentejano e um ar elegante, já existia. Mas foi impossível imaginar que se iria tornar naquele edifício de charme equilibrado, com ar de que esteve sempre ali, escondido da estrada por muro branco ornado, por cima, a telha e tijoleira. Uma casa de alguém que gosta de receber.
É verdade que os quartos espaçosos, confortáveis e com vista para as vinhas, como não podia deixar de ser num hotel vínico, são aquilo que se poderia esperar de um hotel de cinco estrelas, ali ou num lugar qualquer. Mas, no seu interior, há pequenas coisas que são diferentes, na forma como o cimento surge nas paredes como fosse pedra, na leveza das portas que separam o quarto da casa de banho e roupeiro, no estilo discreto dos móveis e tudo o que é iluminação eléctrica já que, de dia, basta deixar entrar a luz exterior para ver tudo o que lá está e apreciar os pormenores.
A dormida tinha sido boa, apesar de os bons sabores do jantar de inspiração alentejana me tivessem levado a abusar um pouco da comida, porque foi difícil resistir.
Tudo tinha começado pela manhã do dia anterior, após ter cruzado o portão da quinta por onde entram os automóveis dos hóspedes. Às boas vindas dos porteiros, ou trintanários, sucedeu-se o convite para deixar a viatura a seu cargo com as malas, com a mensagem que eles iriam tratar de tudo: de arrumar o carro, apanhar as bagagens e levá-las para o quarto onde iria ficar.
Fiquei um pouco surpreendido pelo inesperado, mas o sorriso do meu interlocutor e o ar de que aquilo era habitual por ali convenceram-me a entregar as chaves do meu Honda, e a embarcar num buggy semelhante aos usados nos campos de golfe, aqui chamado de club car, para ir com ele até ao edifício principal da propriedade, onde ficam a maioria dos quartos, percorrendo um túnel de estrutura metálica, ornamentado por vinhas de mesa, sobretudo de uva moscatel, dir-me-ia ele pelo caminho. “A partir da próxima vindima, os hóspedes até poderão ir colhendo algumas para saborear pelo caminho”, foi-me explicando. E eu aceitei a coisa como certa, pela convicção demonstrada. E até me lembrei que comer, hoje, uvas frescas de Moscatel era coisa rara, já que vai tudo, ou quase tudo, para a produção de vinho.

Por causa das vinhas velhas
A distância não era muita, mas o veículo foi andando devagar, com a calma suficiente para poder ir dando pela paisagem de relvados, pequenos lagos e árvores, dispostos de forma equilibrada, e pela aproximação da casa principal, aquela que tinha albergado a residência de verão da Condessa de Santar antes de ser vendida em 2017 ao seu actual proprietário, o empresário alemão Dieter Morszeck, 72 anos. Ex-presidente e neto do fundador da marca de malas de luxo Rimowa, entretanto vendida, divide o seu tempo entre a fundação que criou em 2016, os seus negócios na Suíça e Estados Unidos e a produção de vinhos na Vidigueira. Na altura da aquisição, e como contou Luís Leão, 53 anos, enólogo e director geral da Quinta do Paral, tinha o intuito de vinificar algumas parcelas de uvas de vinha velha que tinha comprado na zona de Vila de Frades. “Foi no dia da aquisição que nos conhecemos”, disse, salientando que a quinta, de 85 hectares, tinha 30 de vinha. Depois da visita que fizeram à propriedade, foi logo decidido aproveitar toda a sua parte rústica, o edifício que é hoje o bloco principal do hotel. Em 2017, a Quinta do Paral não tinha stocks de vinho, e o portefólio foi logo delineado na altura, com base naquilo que Dieter Morszeck e o seu filho, Thomas, 40 anos, agrónomo de formação, gostavam. “Mas não foi esquecido o terroir da Vidigueira, com as suas castas autóctones e os perfis de vinhos que origina”, salienta Luis Leão.
A aposta nas vinhas velhas, que inicialmente ocupavam apenas 1,5 hectares, mantém-se. “Hoje, a empresa dispõe de 15 ha de um total de 23 ha de vinhas velhas plantadas na Vidigueira antes de 1962”, revela o enólogo, acrescentando que a sua produção vai sobretudo para o Quinta do Paral Vinhas Velhas, um dos ex-libris do actual portefólio da casa, que integra mais de uma dezenas de marcas, incluindo espumantes e licorosos. “Também são feitos para serem consumidos, no hotel vínico, pelos seus clientes que, com certeza, também o procuram porque gostam de vinhos e deste tipo de ambiente”, defende Luis Leão, acrescentando que muitos vão até aquele lugar, que fica bem perto da Vidigueira, para estar retirados e terem uma vida calma, de férias ou pausas prolongadas de fim de semana. “Foi a pensar nisso que o projecto do hotel foi desenhado, porque aquilo que queremos é que se sintam, cá, como se tivessem sido convidados para visitar a nossa casa, a Quinta do Paral”, explica o director geral do projecto. Era assim que me sentia na manhã do dia seguinte à entrevista, depois de ter saboreado a gastronomia de inspiração alentejana criada, para o Wine Hotel, pelo chef José Júlio Vintém, proprietário do restaurante Tomba Lobos, em Portalegre, e consultor da Quinta do Paral.
Alentejo no prato e no copo
Já tinha tido o prazer de saborear vários petiscos e pratos da cozinha deste grande conhecedor do Alentejo e da sua gastronomia, e nunca mais me esqueci do seu Rabo de boi com puré de castanhas e da sua inigualável Sopa de peixe do rio, coisa que só me acontece quando a comida é mesmo muito boa. Segundo me contou, a ideia que lhe foi transmitida por Dieter, a sua mulher, Lily, e Luis Leão, na primeira conversa que tiveram, é que as pessoas chegassem às mesas do hotel e identificassem, na carta, a cozinha alentejana. Mas também queriam “que houvesse um pouco de internacionalização na oferta”. Na primeira, o pão é elemento preponderante, tal como o azeite, na produção de sopas, ensopados, alguns guisados e migas. Mas também há escabeches, cozidos e outros guisados, cozinha de tacho sempre bem temperada, muitas vezes também com uma ou mais ervas de cheiro em que a região é rica. Para chegar à segunda, a cozinha internacional, José Júlio optou por oferecer, aos hóspedes, opções com menos gordura do que as tradicionais e apresentar os pratos sem as espinhas e ossos habituais numa Sopa de Cação ou num Guisado de Borrego, por exemplo.
Segundo Luís Leão, “a gastronomia do hotel foi simples de definir, porque as três unidades de restauração do hotel, o bar de apoio à piscina, o restaurante e a loja da adega, têm uma oferta pensada sobretudo para acompanhar vinhos alentejanos”. É feita com base nos produtos da época, como o borrego, os cogumelos, os espargos, aproveitando também aquilo que a Vidigueira tem de bom, como os queijos ou o pão. Ou seja, é gastronomia regional com algum apontamento ou outro que podem ser encontrados noutros lados. Isso garante que os vários restaurantes desta unidade “ofereçam várias experiências ligadas à cozinha e gastronomia alentejana”, salienta Sofia Moreira, directora do hotel garantindo que “tanto se pode fazer um jantar um pouco mais formal, como ir para as vinhas e fazer um fogo de chão, uma comida de tacho, como um cozido de grão”.
Os produtos usados, esses, são de preferência de bem perto, das hortas e pomares a pouco quilómetros do hotel, para além da carne e do peixe de rio e de mar, o pão, queijo, enchidos e presuntos que complementam a riqueza da oferta gastronómica alentejana. A carta de abertura é de Primavera/Verão. Mas José Júlio Vintém e a sua equipa já estão a trabalhar na carta de Outono/Inverno. “O objectivo, na Quinta do Paral, é que todos os pratos servidos sejam parceiros perfeitos dos vinhos da Quinta do Paral, porque este é um Wine Restaurant de um Wine Hotel, e não há uma boa refeição sem um bom vinho”, defende o chef.
Paz e tranquilidade
Quem tem procurado o Wine Hotel da Quinta do Paral tem origem internacional, mas também portuguesa. Sofia Moreira, a sua directora, salienta que os clientes, para além de gostarem da tranquilidade que o espaço lhes oferece, também apreciam a sua comida e vinhos e procuram conhecer os costumes locais, “as gentes de cá”. E foi a pensar também nisso, que a equipa selecionada para cuidar dos hóspedes é maioritariamente da zona e tem formação em turismo e restauração. “Aqueles que não a têm foram sendo formados em casa, já que começámos a contratar as pessoas bastante cedo e temos elementos da equipa há quase um ano connosco”.
Já tiveram tempo para aprender o objectivo do projecto e a sua filosofia, para além dos padrões de funcionamento da Leading Hotels of The World, cadeia ao qual esta unidade alentejana está associada. Tem uma série de standards que têm de ser cumpridos pelos hotéis independentes que têm esta chancela, “sobretudo porque muitos dos clientes do mercado norte-americano principalmente, nos chegam por esta via”, explica a responsável.
O hotel é o destino
“A ideia central deste projecto é a propriedade seja um lugar de retiro, onde se pode sentir a paz e tranquilidade alentejana”, defende Sofia Moreira. “De tal forma, que quem está não sente necessidade de sair”, acrescenta, resumindo aquilo que oferece o seu hotel. “É evidente que há a possibilidade de fazer actividades fora, tal como visitas às Minas de São Cucufate, ao Museu interpretativo do Vinho de Talha em Vila de Frades, ou ir até Évora”, diz, Mas salienta que a experiência que ela e a sua equipa têm tido é que o cliente que procura o Wine Hotel da Quinta do Paral quer sobretudo descansar, e procura a tranquilidade que se sente quando lá está, sem ter necessidade de se deslocar para fazer nada, porque encontra tudo o que precisa dentro de portas.
CADERNO DE VISITA
ENOTURISMO
COMODIDADES
– Carregamento para carros elétricos
– Línguas faladas: português e inglês
– Loja de vinhos
– Sala de provas com capacidade para 10 pessoas na adega
– Sala para eventos no hotel com capacidade para 100 pessoas
– Parque para automóveis
– Provas comentadas
– Turismo acessível
– Wifi na Adega
– Wifi geral e por quarto no Hotel
– Visitas à Adega
– Menu de enoturismo para todos os clientes
– Menu experiência para os hóspedes do hotel
– Visitas às vinhas por marcação
EVENTOS
– Possibilidade de criar o próprio evento, mediante pedido antecipado
– Possibilidade de fazer eventos para empresas no hotel
– Possibilidade de fazer provas cegas a pedido
PROVAS
De segunda a sábado, por marcação. As visitas à adega são gratuitas, mediante disponibilidade e têm a duração de 35 minutos.
Prova de vinhos I: Estate Bottled – €15/pax (30 minutos)
Degustação de três vinhos Quinta do Paral Estate Bottled: branco, tinto e rosé.
Prova de vinhos II: Brancos – €25/pax (30 minutos)
Degustação de três vinhos: Quinta do Paral Estate Bottled branco, Quinta do Paral Superior branco e Quinta do Paral Reserva branco.
Prova de vinhos III: Tintos – €25/pax (30 minutos)
Degustação de três vinhos: Quinta do Paral Estate Bottled tinto, Quinta do Paral Superior tinto e Quinta do Paral Reserva tinto.
VINHOS E SABORES
Prova Clássica – €30/pax (mínimo 2 pessoas, 35 minutos)
Degustação de cinco vinhos: Quinta do Paral Estate Bottled branco, Quinta do Paral Estate Bottled rosé, Quinta do Paral Estate Bottled tinto, Quinta do Paral Superior branco e Quinta do Paral Superior tinto, mais produtos regionais.
Prova Premium – €45/pax (mínimo 2 pessoas, 50 minutos)
Degustação de sete vinhos: Quinta do Paral Estate Bottled branco, Quinta do Paral Estate Bottled rosé, Quinta do Paral Estate Bottled tinto, Quinta do Paral Superior branco, Quinta do Paral Superior tinto, Quinta do Paral Reserva branco e Quinta do Paral Reserva tinto, mais produtos regionais.
Prova Signature €55/pax (mínimo 2 pessoas, 60 minutos)
Degustação de nove vinhos: Quinta do Paral Estate Bottled branco, Quinta do Paral Estate Bottled rosé, Quinta do Paral Estate Bottled tinto, Quinta do Paral Superior branco, Quinta do Paral Superior tinto, Quinta do Paral Reserva branco, Quinta do Paral Reserva tinto, Quinta do Paral Vinhas Velhas branco e Quinta do Paral Vinhas Velhas tinto, mais produtos regionais.
Prova Origem €100/pax (mínimo 4 pessoas, 90 minutos)
Degustação de cinco vinhos: Quinta do Paral Vinhas Velhas branco, Quinta do Paral Vinhas Velhas tinto; Quinta do Paral Origem Antão Vaz, Quinta do Paral Origem Perrum e Quinta do Paral Vinho de Talha tinto, mais produtos regionais.
HORÁRIO GERAL
Loja:
- De Segunda a Sexta, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
- Sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.
HORÁRIOS DE VISITA COM PROVA
Por marcação. No momento, por disponibilidade.
HOTEL
Menu de experiências para hóspedes do hotel, todos os dias, por marcação, sujeito a disponibilidade
Prova Clássica (mínimo duas pessoas, 75 minutos)
Visita à adega e prova de quatro vinhos da coleção Quinta do Paral, acompanhada por uma seleção de queijos e enchidos alentejanos.
Jantar Privado (mínimo duas pessoas, 90 a 120 minutos)
Jantar privado com menu de degustação exclusivo e harmonização de vinhos Quinta do Paral nos espaços interiores ou exteriores do hotel, incluindo a preparação do jantar e decoração exterior à luz das velas, se solicitado.
Oficina da Cozinha (mínimo duas pessoas, 90 a 120 minutos)
Para descobrir os mistérios da cozinha alentejana com os chefs da casa, incluindo a preparação e degustação de um menu com três petiscos portugueses e um prato principal, com harmonização selecionada de vinhos Quinta do Paral. Inclui um passeio sensorial no jardim de aromáticas do hotel.
Amantes de Vinho (mínimo duas pessoas, 60 a 90 minutos)
Esta experiência inclui a visita à adega e a degustação de seis dos vinhos mais exclusivos da casa na companhia de uma selecção de petiscos tradicionais.
Piquenique no campo (mínimo duas pessoas, das 12:00 às 16:00)
Uma refeição com uma coleção de sabores locais, servidos nas vinhas da propriedade ou num espaço do jardim, com tudo o que é necessário para um piquenique inesquecível, sobre uma manta alentejana e com vista para a paisagem da quinta.
Contemplando o céu noturno (mínimo duas pessoas, 60 a 90 minutos, de maio a setembro)
Uma refeição gourmet sobre idílica cama balinesa no meio das vinhas, para observar o céu noturno e contemplar as estrelas.
Passeio a cavalo pelas vinhas (mínimo duas pessoas 60 a 90 minutos)
Passeio a cavalo pelas vinhas da propriedade com guia equestre.
Évora Cidade Museu (duas a seis pessoas)
Passeio privado à descoberta dos segredos do centro histórico da cidade, Património Mundial da Unesco. Inclui transfer privado e visita guiada a pé, se solicitada.
Descobrindo o Alqueva
Passeio privado à medida para descobrir o maior lago artificial da Europa. Esta Experiência inclui transfer ida e volta. Passeios de barco, piqueniques e outros serviços disponíveis a pedido.
QUARTOS*
A Quinta do Paral disponibiliza seis tipos de alojamentos, equipados com todo o tipo de comodidades, incluindo um minibar com seleção de iguarias do Alentejo, oferta de chá com infusão exclusiva e máquina de café com lote produção própria.
Superior Room (€450)
Com cerca de 24m2, estes quartos localizam-se no piso superior do pátio, na ala histórica da propriedade e oferecem amplas vistas panorâmicas sobre os jardins e as vinhas.
Deluxe Terrace Room (€500)
Com cerca de 30m2, estes quartos localizam-se no piso térreo, na ala histórica da propriedade e têm um terraço que dá para os seus jardins.
Privilege Junior Suite (€550)
Suites em open space, com cerca de 80 m2, localizadas no átrio central da propriedade. Inspiradas nos traçados arquitetónicos alentejanos, com imponentes arcos em tijolo rústico, oferecem todas as comodidades de um apartamento.
Signature Terrace Suite (€800)
Suites em open space com cerca de 100 m2, de arquitetura com majestosas estruturas em celósia de composição artesanal. Oferecem vistas diferenciadas para os jardins ou para o horizonte de vinhas.
Charm Apartment (€1000)
Alojamento composto por três unidades, com áreas entre 30 a 50m2, e quartos que se distinguem pelos seus arcos e abóbadas de inspiração romana. Todos os quartos remetem para uma atmosfera intimista que lembra a visita a uma sala de barricas.
Manor House (€2000)
Renovada casa de famílias nobres do século XIX, em tempos propriedade da Condessa de Santar, este espaço exclusivo é composto por quatro quartos, uma cozinha, sala de estar e de jantar.
* Preços aproximados por dia e alojamento
BARES E RESTAURANTES
A Quinta do Paral dispõe de três espaços distintos para se desfrutar a gastronomia e cultura vinícola da Vidigueira e do Alentejo: o The Wine Restaurant, onde se pode desfrutar de uma refeição confecionada com produtos locais na companhia dos vinhos da Quinta do Paral, o The Estate Lounge, onde se podem saborear refeições ligeiras ou gourmet, no interior ou à beira da piscina, e o The Grape Rooftop, espaço privilegiado do piso superior do restaurante, com vista para as vinhas e oeste, onde se pode assistir ao pôr do sol na companhia de uma bebida.
MORADA
Quinta do Paral, Vidigueira
Tel.: 284 441 620
Site: www.quintadoparal.com
E-mail: loja@quintadoparal.com / reservations@quintadoparal.com
Facebook: @quintadoparal
Instagram: @quintadoparal_portugal
Pipadouro eleita como a melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial

A Pipadouro ganhou o prémio de melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial A empresa de turismo fluvial de luxo, que opera no Douro, foi a única representante portuguesa na lista global dos People’s Choice Awards de 2025 promovidos pela Great Wine Capitals Global Network. Foram distinguidos cinco projetos de Espanha, um de França […]
A Pipadouro ganhou o prémio de melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial A empresa de turismo fluvial de luxo, que opera no Douro, foi a única representante portuguesa na lista global dos People’s Choice Awards de 2025 promovidos pela Great Wine Capitals Global Network.
Foram distinguidos cinco projetos de Espanha, um de França e um de Portugal, em sete categorias distintas, de entre 83 vencedores dos prémios regionais de cada um dos 12 membros da rede mundial de grandes vinhedos.
A operadora redefiniu o conceito de turismo fluvial no rio Douro e conquistou fama mundial ao longo dos últimos 17 anos com propostas de luxo vintage, que obedecem aos elevados padrões de exigência de um mercado que privilegia a qualidade superior, o conforto e a exclusividade. A originalidade das suas propostas foi reconhecida nos Best of Wine Tourism Awards.
Após vencer o prémio regional de Portugal, a Pipadouro concorreu com projetos de outros membros da Great Wine Capitals Global Network: Pasqua Vigneti e Cantine (Verona/Itália), Vergelegen Wine Estate (Cidade do Cabo/África do Sul), Natura Resorts (Bilbao/Espanha), Francey Vins – Nuit des Capites (Lausanne/Suíça), McLaren Vale Distelery/McLaren Vale (Adelaide/Austrália), Chateau de Cérons (Bordéus/França), Estación 83 na Bodega Trapiche (Mendoza/Argentina), Olabisi Winery (São Francisco e Napa Valley/Estados Unidos da América), Smith & Sheth Heretaunga Wine Studio (Hawke’s Bay/Nova Zelândia), e Corazón Continto (Valparaíso-Casablanca Valley/Chile).
“Surgimos com o propósito de proporcionar experiências inesquecíveis a quem nos visita, aliando a excelência e qualidade dos nossos serviços à beleza e autenticidade de uma região única: o Douro. Esta distinção internacional traz reconhecimento à empresa, ao enoturismo na região e igualmente a Portugal, cumprindo um dos nossos grandes objectivos, que passa por promover a região internacionalmente, pois sabemos que o Douro tem caraterísticas únicas – aliando qualidade e autenticidade – que devem ser reconhecidas mundialmente”, diz Ana Clara Silva, directora de operações da empresa.
A Pipadouro, que opera a partir de um cais privado no Pinhão, apresenta dois barcos classificados como Gentleman’s Vintage Boats: para além do Friendship I, um superiate de 1957 que servia a Marinha inglesa, tem ao dispor dos seus clientes o Pipadouro II, um Vintage Boat com 30 pés de comprimento, datado de 1965 e construído nos estaleiros de João Brites, em Lisboa, com recurso a desenhos da Americana Chris-Craft.
Navegando entre a foz do rio Douro, no Porto, e Barca D’Alva, aldeia que faz fronteira com Espanha, com as quintas, os vinhos e os mais distintos produtos locais no menu, a empresa apresenta propostas exclusivas de Um Dia no Douro, Almoço Vintage, Bed & Breakfast, Fim de Tarde, Jantar de Charme, Vintage Breakfast, Wine with a View, Vintage Wild Travel e How Vintage Can You Go, para além das inúmeras possibilidades de programas feitos à medida, e de partidas regulares entre o Pinhão e o Tua.
Prova de vinhos do Porto ao som da guitarra portuguesa

Explorar as caves de vinho do Porto na companhia de uma melodia já considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, é a proposta das Caves Cálem. O programa que está disponível diariamente, com visita às caves às 18h e espetáculo de fado às 18h30, ganha especial importância a 27 de Novembro, data em que […]
Explorar as caves de vinho do Porto na companhia de uma melodia já considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, é a proposta das Caves Cálem.
O programa que está disponível diariamente, com visita às caves às 18h e espetáculo de fado às 18h30, ganha especial importância a 27 de Novembro, data em que se celebra o Dia Mundial
do Fado.
Durante o programa os visitantes poderão explorar a tradição do vinho do Porto e conhecer as histórias que moldam a região do Douro ao som dos acordes nostálgicos do fado, numa fusão única de cultura e sabor. A visita às caves é sucedida de um espetáculo ao vivo com a duração de 45 minutos, no qual vozes emblemáticas da cidade do Porto interpretam temas clássicos e contemporâneos do fado. Os participantes terão ainda a oportunidade de degustar dois vinhos do Porto: Cálem Fine White e Cálem 10 Anos Tawny.
Preço: 25 euros por pessoa
Horário: visita às 18h e espetáculo de fado às 18h30, de novembro a março; visita às 18:30h e espetáculo às 19h nos restantes meses do ano
Local: Caves Cálem, Avenida Diogo Leite, n.º 344, Vila Nova de Gaia.
Reservas: 220907316 // Email: eventos@sogevinus.com
Caves Cálem têm novo circuito exclusivo para grupos

Com um número médio de 1.500 visitantes diários em época alta, e cerca de 338.000 anuais, o novo circuito tem como objectivo responder ao fluxo de turistas que diariamente rumam às Caves Cálem, sem, assim, desvirtuar a experiência de visita individual. Desde meados de Agosto que as caves desta empresa do Grupo Sogevinus têm, aberta […]
Com um número médio de 1.500 visitantes diários em época alta, e cerca de 338.000 anuais, o novo circuito tem como objectivo responder ao fluxo de turistas que diariamente rumam às Caves Cálem, sem, assim, desvirtuar a experiência de visita individual.
Desde meados de Agosto que as caves desta empresa do Grupo Sogevinus têm, aberta ao público, uma ala exclusiva para grupos, com entrada pela rua da Barroca, um circuito disponível dentro de um armazém histórico de 1880 onde, num equilíbrio entre a tradição e as novas tecnologias, o visitante é desafiado a descobrir a região do Douro e do Vinho do Porto. O circuito foi desenhado para ser apenas usufruído por grupos e em estreita colaboração com parceiros, oferecendo, assim, um serviço mais qualitativo. Esta foi também a solução encontrada para aumentar a oferta nas Caves Cálem, proporcionando mais horários e maior flexibilidade aos parceiros na área do turismo.
O circuito inclui a visita a uma exposição que abrange uma área de 800 metros quadrados e a uma sala de provas com capacidade para 200 pessoas. As mais recentes tecnologias ajudam a contar a história do Douro e do Vinho do Porto, aos visitantes, em paredes interativas onde é abordada a geografia do Douro, o solo, o clima, as castas e o processo de produção da vinha ao copo. Uma sala com vídeo e projecção com sonoplastia convida os visitantes a mergulharem numa experiência imersiva e sensorial sobre a história da Cálem. Outra aborda a arte da tanoaria através de uma videowall composta por seis ecrãs e noutra a visita é apoiada por um ecrã transparente interativo, de grandes dimensões, devidamente enquadrado numa caixa cenografada, que ajuda os visitantes a aprender um pouco mais sobre as famílias de vinhos e cores.
Este espaço dispõe ainda da possibilidade de realizar eventos, mediante consulta.
Horário: Das 10h às 19h por marcação/reserva antecipada
Contacto: visitascalem.barroca@sogevinus.com
Morada: Rua da Barroca nº 30 – 4400-111 VNG
Quinta de Ventozelo, 10 anos depois

Existe desde 1500, data em que se verificam os primeiros registos da quinta como fazendo parte do património do mosteiro de São Pedro das Águias. Desde aí, a propriedade passou por várias épocas, umas prósperas, outras desafortunadas, mudando os proprietários e modelos de gestão, até que, em 2014, foi adquirida pela Gran Cruz (agora Granvinhos), […]
Existe desde 1500, data em que se verificam os primeiros registos da quinta como fazendo parte do património do mosteiro de São Pedro das Águias. Desde aí, a propriedade passou por várias épocas, umas prósperas, outras desafortunadas, mudando os proprietários e modelos de gestão, até que, em 2014, foi adquirida pela Gran Cruz (agora Granvinhos), empresa do grupo francês La Martiniquaise. Esta aquisição foi estratégica, permitindo um grande investimento na propriedade para explorar todo o seu potencial. Por outro lado, esta que é uma das maiores empresas nacionais de produção do Vinho do Porto (cerca de 30 milhões de litros segundo o seu director de enologia, José Manuel Sousa Soares) obteve condições para produzir vinhos Douro DOC de alta qualidade. Dos 15 milhões de euros investidos, 75% foram destinados ao turismo e 25% ao ambiente.
Tudo o que se faz na Quinta de Ventozelo faz-se com amor. E não apenas no sentido do bom gosto, mas também da responsabilidade ambiental. A sustentabilidade na quinta é transversal. Não se limita à produção de vinho, pois abrange toda a intervenção feita na Quinta, onde se pretende proteger e enriquecer os recursos naturais e a biodiversidade.
Todas as parcelas com vinha têm um coberto vegetal constituído pela flora autóctone espontânea ou resultante da sementeira de mistura de gramíneas e leguminosas. Esta técnica tem efeitos benéficos na protecção contra a erosão hídrica, principalmente em vinhas ao alto, na formação e estabilidade da estrutura do solo, no aumento da porosidade e na conservação da água durante o verão, sendo ainda abrigo da biodiversidade e de auxiliares no combate a pragas e doenças. As leguminosas ainda ajudam a fixar o azoto no solo.
Com a redução de utilização de agroquímicos em mais de 30%, criou-se espaço para crescerem espécies autóctones e restauraram-se habitats naturais nas galerias ripícolas. Na Quinta já foram identificadas um total de 224 espécies de plantas, sendo mais de 20% caracterizadas como RELAPE (Raras, Endémicas, Localizadas, Ameaçadas ou Protegidas) e 185 espécies de animais, parte delas também ameaçadas ou consideradas criticamente em perigo.
Enoturismo de referência
Enquanto projecto de enoturismo, Ventozelo Hotel & Quinta oferece o conforto de um hotel num ambiente rural de uma quinta do Douro.
O restaurante da quinta chama-se Cantina de Ventozelo, por ter sido uma cantina para os trabalhadores em tempos idos. Um amplo terraço oferece uma sombra compacta, que permite relaxar enquanto se observa a vista deslumbrante sobre as vinhas. A ementa, construída pelo Chef José Guedes, tem por base os produtos cultivados nas hortas da quinta, alguma caça e funciona num conceito “quilómetro zero”, o que significa trabalhar com fornecedores de proximidade, dando preferência a produtos regionais.
O Centro Interpretativo, aberto ao público já há alguns anos, é uma espécie de museu vivo e interactivo, que oferece uma espectacular experiência sensorial (incluindo efeitos visuais, sons e aromas) na descoberta de Ventozelo e da sua história.
As vinhas
A vinha ocupa metade da área da quinta. Dos 200 ha cerca de 40 ha foram reabilitados recentemente. Andar de jipe pelos trilhos da Quinta de Ventozelo, com mais ou menos emoção em função do percurso escolhido, é uma actividade tão hedonística como intelectual. Enquanto se desfruta a beleza paisagística das vinhas, testemunham-se as suas variadíssimas condições, moldadas pelas altitudes que vão desde o rio (a 100 metros) até aos 500 metros; pelos solos com diferentes níveis de evolução, textura e capacidade de retenção de água e nutrientes; e pelas exposições, que se apercebem melhor sobretudo ao aproximar-se o pôr-do-sol, quando algumas vinhas já se encontram ensombradas e outras ainda iluminadas pelo astro rei.
Pelo caminho, o director geral da Granvinhos, Jorge Dias conta as aventuras com as pragas dos javalis que, sobretudo nos anos quentes, vão à vinha à procura de água, mordem e estragam os cabos de rega gota-a-gota e servem-se à vontade de uvas. O problema resolve-se com 1000 euros por mês, através da colocação de comedores com milho em três lugares estratégicos para desincentivar os animais de irem às vinhas.
10 anos numa prova
A melhor forma de comemorar os primeiros 10 anos é ver o tempo a passar pelos vinhos numa prova vertical, desde 2014. Das 28 referências de vinhos produzidos na Quinta de Ventozelo, foram escolhidas duas – o branco monovarietal de Viosinho e o tinto Essência.
A casta mais emblemática da Quinta de Ventozelo é o Viosinho, sem dúvida. É a casta do Douro “com maior volume de boca” e bem expressiva; “aguenta o escaldão e tem uma janela de oportunidade na vindima bastante grande”. “As notas tropicais que surgem nos vinhos novos, desaparecem ao fim de dois anos em garrafa”. 10 vinhos numa prova vertical mostram bem a história, a aprendizagem e a variação anual.
O 2014 (em magnum) apresenta notas apetroladas e amendoadas, ervas aromáticas, fruta contida e algo terroso também. Muito bom no volume, acidez não impositiva, que dá frescura suficiente. Termina com notas citrinas e leve amargo (17,5). O 2015 (em magnum) mostra-se mais tropical no nariz marcado pelo aroma de ananás e manga, não tão fino e ligeiramente mais amargo no final (17). O 2016 revela fruta mais evoluída e menos finesse em expressão de nariz e de boca (16). O 2017 está em grande forma com aroma muito apelativo, vivo e complexo a revelar lima, laranja e kumquat, ervas aromáticas e nuances apetroladas também; grande volume de boca, expressão e prolongamento (17,5). O 2018 parece mais novo, tem uma nuance floral a lembrar madressilva e fruta delicada; quase crocante, cristalino e delicado, textura e corpo muito equilibrado com frescura persistente (17). O 2019 é exuberante, tropical, com ananás, manga e laranja, muito jovem ainda, de corpo amplo e muita vida (16,5). O 2020 é intenso, com alguma expressão tropical, aipo, manga, pêra, estragão e uma nota floral, com bastante corpo e acidez bem inserida, termina com leve nota amarga (17). O 2021 é jovem e exuberante com notas de tília, tisanas, funcho, vertente tropical, muito ananás (16,5). 2022 parece mais tímido no nariz, talvez por contraste com o super terpénico 2021, com fruta branca a lembrar pêra (16,5).
Essência no topo
Essência é o topo de gama tinto da Quinta de Ventozelo – a melhor expressão da quinta, que varia conforme a quantidade e proporção de Touriga Franca e Touriga Nacional, as duas castas responsáveis pelo lote. É produzido em anos que a uva entrega a qualidade pretendida. Por exemplo, em 2021 e 2022 optaram por não o fazer. A vinificação ocorre em lagar. Depois vai para as barricas de 500 litros de carvalho francês, novas e usadas, onde passa 18 meses. Por ser o vinho mais importante, ainda estagia bastante tempo em garrafa antes de ser lançado para o mercado. É por isto que os três vinhos mais recentes da prova vertical não se encontram ainda em comercialização, permanecendo em cave, onde evoluem potencializando as suas qualidades.
O 2019 (amostra da cave) tem nariz muito apelativo com um floral de violetas, cereja preta e ameixa madura, louro. Tem ainda muito da juventude, mas a complexidade está presente com promessa de ainda maior afinação com o tempo. Mastigável, tanino maduro e textura aveludada, macio na boca, com bom volume, mas não pesado. O tanino fica mais evidente no final, mas não tem secura. É suculento. Termina com especiaria doce (18). O 2018 (amostra da cave) tem menos corpo e mais frescura, menos exuberante na fruta, com cereja contida e tanino suculento (18). O 2017 (amostra da cave) revela nariz elegante com fruta vermelha, pimenta preta, louro e tomilho, ligeiramente terroso. Menos corpo, mais seco no fim, tanino bem firme e menos suculento, boa acidez e bonitos nuances de framboesa (17,5). O 2016 está ligeiramente fechado e terroso, a lembrar terra húmida, em combinação com louro, caruma e nuances de bergamota. Agradece arejamento, mais austero na boca, denso, compacto e especiado, com tanino ainda bem presente (17,5). O 2015 mostra-se lindamente no nariz, complexo, com muita fruta ainda a lembrar cereja preta e amora para além das notas de couro, caruma, especiaria e violetas. Óptima performance em boca, longo, suculento com tanino maduro e polido pelo tempo, austero q.b. e envolvente ao mesmo tempo (18,5). O 2014 nariz com notas de esteva, alcaçuz, resinas, eucalipto e reminiscência de fruta. Maior percepção de acidez transmite maior grau de frescura ao conjunto (17,5).
Ao jantar provámos outra bela amostra de cave, que será uma estreia absoluta em Setembro – o Quinta de Ventozelo Essência branco 2019, feito de Viosinho e Malvasia Fina. Que vinho! Fino e cativante, elegante com fruta branca séria e lindas notas citrinas, tudo bem proporcionado. Fantástico na prova de boca, com barrica certa, filigrano, com frescura natural, um vinho cheio de finesse, que mostra já uma super afinação (18,5). Segundo Jorge Dias, a Quinta de Ventozelo foi uma aventura de 10 anos e o projecto que deu um enorme gozo de fazer. “Que venham mais 10!” – resumiu com regozijo e confiança.
(Artigo publicado na edição de Setembro 2024)
O Enoturismo na feira Grandes Escolhas Vinhos & Sabores

Tendo o Enoturismo assumido cada vez mais uma importante fatia do negocio do vinho, a organização da feira Vinhos & Sabores fez um esforço no envio de convites e de assegurar a presença na feira de muitos profissionais desta área, tal como DMC’s (Destination Management Company), e outros agentes de turismo. Por outro lado, dada […]
Tendo o Enoturismo assumido cada vez mais uma importante fatia do negocio do vinho, a organização da feira Vinhos & Sabores fez um esforço no envio de convites e de assegurar a presença na feira de muitos profissionais desta área, tal como DMC’s (Destination Management Company), e outros agentes de turismo.
Por outro lado, dada a presença de milhares de visitantes, muitos deles ávidos de vivenciarem experiências marcantes no turismo do vinho, esta é uma excelente oportunidade de divulgação das ofertas disponíveis de enoturismo.
Os expositores presentes na feira foram convidados a prestarem uma particular atenção a esta área e de disporem de pessoal destacado no seu stand, com formação no Enoturismo ou que pelo menos tenham suficiente informações sobre as ofertas disponíveis em cada casa nesta área nesta actividade, de forma a responderem às previsíveis questões e pedidos de informações que vierem a ser solicitados.
Quinta da Torre: Estórias de uma Casa com história

A região do Minho, situada no noroeste de Portugal, é conhecida pela sua rica herança cultural e histórica, que ao longo dos séculos exerceu influência significativa no país, com uma identidade única, desde a sua geografia e clima até às tradições populares, artesanato, gastronomia e vinhos, cultura e desenvolvimento económico e social. A influência cultural […]
A região do Minho, situada no noroeste de Portugal, é conhecida pela sua rica herança cultural e histórica, que ao longo dos séculos exerceu influência significativa no país, com uma identidade única, desde a sua geografia e clima até às tradições populares, artesanato, gastronomia e vinhos, cultura e desenvolvimento económico e social. A influência cultural e histórica do Minho contribuiu decididamente para a formação da identidade de Portugal e consolidou a sua importância contínua no cenário nacional.
A história da região do Minho remonta à época pré-romana, com vestígios de povoados e fortificações que datam da Idade do Ferro. Durante a ocupação romana, a região foi uma importante produtora de vinho e cereais, beneficiando-se da localização estratégica junto ao rio Minho. No período medieval, o Minho foi palco de várias disputas entre cristãos e mouros, culminando na Reconquista. A região foi então dividida em pequenos condados e senhorios feudais, cada um com sua própria identidade cultural e social. Durante os séculos seguintes, o Minho foi marcado por desenvolvimentos agrícolas e comerciais, e pela influência de diferentes reinados e governantes, moldando sua evolução até os dias de hoje.
Este território caracteriza-se também pela extraordinária oferta de “casas solarengas” com origens na Idade Média, quando as famílias nobres começaram a construir casas fortificadas para se protegerem das invasões. Ao longo dos séculos, essas construções evoluíram para os Solares que conhecemos hoje, com influências arquitetónicas góticas, renascentistas e barrocas. A evolução dos solares no (Alto) Minho está intimamente ligada à ascensão e queda das famílias nobres que os habitavam, refletindo as mudanças políticas e sociais que ocorreram na região ao longo dos séculos. Pode-se, ainda, encontrar em perfeito estado de conservação, outras construções características da arquitetura regional tradicional – as casas abastadas de lavradores e casas agrícolas humildes, localizadas nos espaços rurais e nas aldeias que no Minho abundam, constituindo um quadro perfeito de paisagem, usos, costumes e tradições. Muito deste património, para felicidade do mundo do turismo, encontra-se a funcionar para receber hospedes que aí podem pernoitar e provar o que de melhor tem a região para oferecer em cultura, gastronomia e vinhos.
Numa manhã de sol exuberante que me impelia a sair de casa e a viver a vida, decidi viajar até ao paraíso vínico da sub-Região de Monção e Melgaço e aproveitar o que de melhor o território tinha para me proporcionar, para me fazer feliz. Nunca me canso de fazer um périplo por este destino, também de enoturismo, pelas paisagens, pela história, mas sobretudo pelo Vinho, esse néctar que nos transforma, que nos faz pensar, que nos faz rir e chorar, que nos eleva o ser e a alma. Algo “divino” aconteceu.
O Homem sonhou e a obra nasceu…
Imbuído da missão de me proporcionar felicidade, fui visitar a Quinta da Torre, localizada na freguesia de Moreira, concelho de Monção, propriedade de Anselmo Mendes – um dos mais importantes enólogos deste país, conhecido pelo “Senhor Alvarinho” – e de sua mulher, Fernanda Grilo, responsável por grande parte da gestão da empresa.
Na realidade há Homens cuja importância para o sector e para a região onde gravitam, valem mais que as suas próprias obras. No caso de Anselmo Mendes, o cuidado e a sabedoria que deposita em tudo o que faz é tanta, que acaba por criar uma legião de seguidores e admiradores naturais que o seguem por todo lado, faça o que fizer. Apesar de fazer enologia em vários pontos do país e no estrangeiro, é em Monção que ele se “despe” de corpo e alma e se atira a uma casta, Alvarinho, que domina em toda a sua dimensão.
A Quinta da Torre, nome adotado nos dias de hoje, é um sonho concretizado por Anselmo Mendes, remetendo para as suas recordações de infância, quando vindimava esta terra e acreditava que este era o terroir de excelência, sobretudo, para o icónico Alvarinho.
A Casa da Torre, Paço Quinta da Bemposta (pela boa exposição), como se designava no passado, cheia de estórias e de histórias, foi sendo vivenciada por famílias Nobres. Payo Gomes Pereira e Isabel Soares são os primeiros a habitá-la. Após várias sucessões na família, a partir dos séculos XVII e XVIII, a casa intensificou a produção de vinho, cultivo do milho, do linho, tinha dois moinhos que permitiam elaborar azeite, era um “feudo” agrícola de grande importância para a região. No final da primeira década deste século, Anselmo Mendes começa por tratar os 12 ha de vinhas desta quinta ligeiramente abandonada pelos proprietários da altura. Percebe de imediato que estava perante um terroir (ou vários) que iria permitir elaborar vinhos de grande nível. Entretanto, ao longo dos anos, ainda na modalidade de aluguer, vai plantar mais 30 ha de vinha. Vem a adquirir a Quinta da Torre em 2016. Possui, neste momento, 50 ha de vinha numa dimensão total de 62 ha.
Os solos em aluviões proporcionam vinhos mais florais, mais cheios, mais densos. A vinha do rio (uma delas) proporciona vinhos mais aromáticos, talvez por ter mais matéria orgânica. Os vinhos das parcelas da Rainha e do Olival provêm de solos com mais argila e são mais densos, mais estruturados, apesar de estarem no mesmo vale. Nas vinhas das encostas os vinhos são mais frutados e tensos, salienta orgulhosamente. Esta paleta orgânica que a Quinta da Torre possui permite, a Anselmo Mendes, criar vinhos com enorme capacidade de espera, de guarda, alicerçada na casta Alvarinho. O desafio neste estudo permanente é de elaborar vinhos cada vez mais complexos e diferenciados, permitindo estudar melhor cada uma das parcelas e os vinhos que pode proporcionar, isoladas ou em conjunto.
Na sequência deste mosaico de solos, um dos atrativos é o “Centro de Experiências”, onde se pode aprender tudo sobre a vinificação, estágio em inox por vinha, visionar as diferentes texturas de solos e verificar os estágios em garrafas com vinhos das diferentes parcelas.
No espaço da quinta pode encontrar-se, ainda, nos dias de hoje, corvos, perdizes, faisões, cegonhas, javalis e veados. As oliveiras com mais de mil anos, são, de per si, um atrativo.
A Quinta da Torre, criada para originar vinhos de excelência e proporcionar experiências inesquecíveis na área do enoturismo, localiza-se freguesia de Moreira, concelho de Monção. É fácil de chegar: no local deparamo-nos com um enorme e bonito portão à moda antiga, com o muro típico em granito desta região, onde se pode ler Quinta da Torre.
Entrando, deparamos com um acervo de património cultural construído impressionante, que “transpira” história e se impõe pela beleza e imponência. Existem dois espigueiros e uma eira que nos transportam para os usos, costumes e tradições destas terras, onde o trabalho do milho, do linho, era uma constante, e onde se matava o porco e dele se extraía tudo para se fazer os diversos pratos bem típicos de Monção e do Minho.
Olhando para a esquerda, contigua aos espigueiros, encontra-se uma loja de vinhos contemporânea franqueada com uma enorme esplanada para os vários torrões de vinha que a quinta possui. Uma paisagem de cortar a respiração de tão idílica que é, e de beleza natural que possui. A vontade de pegar num copo e provar um excelente Alvarinho à temperatura correta, provocou em mim pensamentos e devaneios incontroláveis para quem adora esta casta como eu. Por debaixo da loja temos uma sala de provas com capacidade para 25 pessoas, onde se fazem as provas livres e programadas.
Na loja encontram-se devidamente e criteriosamente expostos todos os vinhos que Anselmo Mendes que produz na Região dos Vinhos Verdes, sobretudo na sub-Região de Monção e Melgaço e na Sub-Região do Lima. Em conjunto, o enólogo já faz a gestão de 130 ha de vinha, 50 ha em Monção e mais 70 ha no Lima.
As experiências de turismo e vinhos
A conduzir a visita estava a Sandra Além. Responsável pelo Enoturismo da Quinta, nascida a pouco mais de 700 metros, desperta de imediato a atenção pela sua alegria, simplicidade, genuinidade e profissionalismo. Pode haver a sorte de encontrar o enólogo Anselmo Mendes na Quinta, e ele nunca recusa uma explicação suplementar. Eu tive essa sorte. Todas as provas são acompanhadas com produtos gastronómicos locais e regionais. Na esplanada também se fazem provas. É nesse espaço que a visita começa com uma explicação criteriosa da história da casa e as características da Quinta. O storytelling nunca é o mesmo, pois há muito para dar a conhecer, e a espontaneidade da Sandra, com um sotaque delicioso, rapidamente nos embala para um passado glorioso sem perder o norte da visita, provar vinhos e ter uma experiência turística memorável.
Na visita completa, cerca de hora e meia e “mais uns pozinhos”, calcorreamos a quinta com paragem obrigatória nas oliveiras com mais de mil anos, onde orgulhosamente se realça o histórico e a tradição na produção de azeite na Quinta da Torre, conhecida na terra pelo Paço – Quinta da Bemposta. Os exteriores milimetricamente organizados com um gosto requintado, onde tudo está no sítio certo, remetem-nos para o imaginário do passado onde o tempo durava muito, onde a vida calma e mais prazerosa permitia o disfrute de tal espaço romantizado. Respira-se cultura, natureza, paisagem, que faz-nos sentir em casa e desejar ficar para uns dias de deleite.
Em frente às famosas oliveiras localizam-se cinco suites, num corpo contiguo e construído para o efeito de alojamento turístico, devidamente equipadas, de bom gosto decorativo e qualidade irrepreensível. Nota-se que tudo foi pensado para proporcionar momentos especiais.
Em seguida descemos, perante a fachada sul da casa onde se localizam pormenores arquitetónicos de grande valor, que merecem reflexão, para conhecer o exclusivo e único Centro de Experiências da Região, uma adega de onde, no século XVI, saiam vinhos para Inglaterra e Norte da Europa. Anselmo Mendes guarda todos os anos 1000 litros de vinho por cada uma das oito as parcelas, oito solos diferentes no mesmo vale. Este centro está inteligentemente organizado: o chão mostra a rocha mãe da região – o granito, e dos lados a pedra rolada, 8 cubas em inox com vinhos em estágio por parcela, 16 barricas onde estagiam mais alguns vinhos e uma garrafeira com os vinhos em estágio. Este Centro de Experiências permite constituir também uma mostra do que se faz na Adega que a empresa tem em Melgaço.
Na companhia do Anselmo Mendes, esqueça o tempo porque a conversa flui pelos tempos da história, das castas, da terra, dos usos e costumes e sobretudo das tradições.
No andar acima do Centro de Experiências existe uma biblioteca bem apetrechada de aventuras, factos e ciência, com especial atenção para o vinho, e ainda tem uma suite para uso da família. Contudo, no corpo central encontramos a sala vip que permitirá a realização de eventos mais privados, quer para o produtor quer para quem dela necessita para realizar uma ação mais exclusiva. No andar de cima, o corpo central da casa, existe uma sala de jantar para uso comum e uma cozinha que os hospedes podem de igual forma usar.
Na Torre perto das oliveiras existem três suites para alojamento turístico com todo o conforto digno de espaços celestiais que nos remetem para a história de “príncipes e princesas”, bem localizadas, pois podemos admirar o “mar” calmo das vinhas. Na parte de trás da casa, com a fachada virada para as vinhas, temos um pomar para apreciação e “prova” de alguns frutos tirados diretos da árvore.

Na Quinta da Torre, estão plantados 50 ha de Alvarinho. E, numa propriedade vizinha, mais 7 ha de castas tintas (Alvarelhão, Pedral, Verdelho-Feijão). Mas para completar o conhecimento e refletir as viagens que Anselmo faz pelo mundo vínico, a Quinta possui 1 ha vinha, que constitui um raro “Jardim das Castas Brancas”, para proporcionar, de igual forma, mais conhecimento a quem a visita. Das várias existentes destacam-se variedades brancas internacionais como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Riesling, Viognier, Gewurztraminer, Pinot Gris, Assyrtiko, Furmint, Godello, Fiano e, entre as castas nacionais, Encruzado, Viosinho, Azal, Arinto, entre outras.
A quinta possui ainda uma coleção de 400 camélias, que são tratadas com o maior cuidado já que a família adora esta espécie. Este é o cenário ideal para desfrutar de uma prova de vinhos ímpar, repleta de identidade e autenticidade e rodeado pelas vinhas que lhes dão origem, num terroir único, perfeito para a casta rainha da região. A experiência turística é inolvidável.
Os desafios enfrentados, como as mudanças climáticas e as tendências de mercado, têm sido oportunidades para inovar e reafirmar a identidade e notoriedade dos vinhos produzidos nesta quinta. Com várias certificações de qualidade ISO22001 e ISO14001, caminham a passos largos para a obtenção do selo da Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola do IVV. Um espaço de Enoturismo a visitar para ser (muito) feliz.
Nota: o autor escreve segundo o novo acordo ortográfico.
(Artigo publicado na edição de Agosto de 2024)