A Mosca ataca de novo

A Casa José Maria da Fonseca (JMF) acaba de colocar no mercado uma nova aguardente, recuperando um clássico da casa, a Mosca. Muito frequente em todos os cafés deste país há 50 anos, era companheira habitual da bica e por isso muito conhecida e divulgada em todo o território nacional. Criada em 1937, existiu até […]
A Casa José Maria da Fonseca (JMF) acaba de colocar no mercado uma nova aguardente, recuperando um clássico da casa, a Mosca. Muito frequente em todos os cafés deste país há 50 anos, era companheira habitual da bica e por isso muito conhecida e divulgada em todo o território nacional.
Criada em 1937, existiu até aos anos 80 e era então uma aguardente bagaceira feita de moscatel. Depois de um longo interregno a JMF veio recriar a marca, mantendo o look original mas alterando substancialmente o conteúdo. Assim, deixou de ser uma aguardente bagaceira e passou a ser, em boa verdade, um brandy, ou seja, partiu-se de uma aguardente vínica branca e neutra, adicionaram-se os elementos autorizados neste tipo de aguardentes, como o caramelo que ajusta a cor, e foi depois colocada em cascos anteriormente usados no moscatel de Setúbal, durante cerca de 6 meses. Desta forma há uma ligação ao produto original, conserva-se no essencial a imagem mas melhora-se o conteúdo.
Para já foram feitos 4500 litros e, segundo nos informou o produtor, é um projecto para continuar. A par da renovada Mosca, a casa JMF dispõe também da aguardente Espírito, mas sem pontos de contacto com esta, uma vez que a Espírito terá bem mais de 50 anos de casco e tem um perfil totalmente diferente, na opinião do enólogo Domingos Soares Franco.
J.P.M.
Os números do leilão da José Maria da Fonseca

Domingos e António Soares Franco Decorreu na Casa Museu da JMF e, como habitual, gerou entusiasmo e expectativa. O quarto leilão do século XXI, da José Maria da Fonseca, foi um sucesso ao superar as previsões, rendendo um valor total de 67 mil euros. O protagonista da cena foi o Moscatel Roxo de Setúbal Superior […]
Domingos e António Soares Franco
Decorreu na Casa Museu da JMF e, como habitual, gerou entusiasmo e expectativa. O quarto leilão do século XXI, da José Maria da Fonseca, foi um sucesso ao superar as previsões, rendendo um valor total de 67 mil euros. O protagonista da cena foi o Moscatel Roxo de Setúbal Superior 1918, em homenagem aos 100 anos de Fernando Soares Franco, representante da quinta geração da empresa (a sexta e a sétima são as actuais), mas a estrela da noite foi o Apothéose Bastardinho, o último a ser leiloado, licitado por 4500 euros. É que este Bastardinho de Azeitão tem mais de 80 anos e originou apenas 40 garrafas! Dele será lançada uma garrafa por ano. Mas todos os 35 lotes leiloados, de 126 garrafas no total, causaram azáfama entre os licitadores, com muitos a não demonstrar qualquer hesitação em levantar a raquete. Tanto que, um leilão que poderia ter demorado bem mais tempo, durou apenas cerca de meia hora.
A José Maria da Fonseca, que detém um património único de Moscatéis de Setúbal, colocou também em praça diversas colheitas antigas de Moscatel e de aguardente.
Não perca, na Grandes Escolhas de Dezembro, a reportagem completa sobre o evento.
Periquita renova a sua imagem

Periquita, a marca de vinhos mais antiga de Portugal, lançada em 1850, acaba de chegar ao mercado com a imagem renovada. Com este rebranding, o produtor José Maria da Fonseca pretende reforçar a Portugalidade deste icónico vinho que está presente em mais de 70 países. A última renovação, diga-se, tinha cerca de uma década. Nos […]
Periquita, a marca de vinhos mais antiga de Portugal, lançada em 1850, acaba de chegar ao mercado com a imagem renovada. Com este rebranding, o produtor José Maria da Fonseca pretende reforçar a Portugalidade deste icónico vinho que está presente em mais de 70 países. A última renovação, diga-se, tinha cerca de uma década.
Nos novos tinto, branco e rosé, e tinto Reserva, existem várias novidades nos elementos visuais presentes no rótulo: a marca “umbrella” José Maria da Fonseca surge reforçada, como “símbolo de mérito e qualidade”; a assinatura do enólogo Domingos Soares Franco no rótulo concede ao Periquita “mais legitimidade e relevância”; os acabamentos reforçados no rótulo “enobrecem a marca e a recuperação do brasão da Ordem da Torre e Espada (distinção atribuída pelo rei D. Pedro V a José Maria da Fonseca em 1856 pelo Valor, Lealdade e Mérito no âmbito da indústria portuguesa) no rótulo é um regresso às origens da marca”. Soubemos ainda que a próxima colheita ostentará no rótulo as castas que a compõem.
Para António Maria Soares Franco, administrador, ‘esta gestão entre a história e a inovação é sempre muito delicada. São 168 anos ininterruptos a produzir Periquita, 70 mercados e mais de 4 milhões de garrafas produzidas anualmente pelo que, alterar a imagem de uma marca icónica e bem implementada no mercado, é sempre uma ousadia. No entanto acreditamos que é no equilíbrio entre a história, as raízes e o carácter original da marca e a nossa constante insatisfação que vamos não só manter o legado que nos foi deixado, como vamos deixá-lo ainda melhor para as futuras gerações”.
Refira-se ainda que a marca Periquita é uma das que mais exporta. Brasil e Suécia são os dois maiores mercados da marca da José Maria da Fonseca.