Chuva de prémios para Dão, Tejo, Beira Interior e Espumantes

O início do Verão coincide normalmente com a realização e anúncio de resultados de diversos concursos, promovidos quer pelas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) quer por outras entidades, nacionais e internacionais. Após o interregno provocado pela pandemia, e alguma timidez em 2021, os concursos voltaram em força em 2022. Entre eles, o XIII Concurso “Os Melhores […]

O início do Verão coincide normalmente com a realização e anúncio de resultados de diversos concursos, promovidos quer pelas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) quer por outras entidades, nacionais e internacionais. Após o interregno provocado pela pandemia, e alguma timidez em 2021, os concursos voltaram em força em 2022.

Entre eles, o XIII Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão”, promovido pela CVR desta região. Como grande vencedor, o tinto Villa Oliveira Vinha das Pedras Altas 2016, considerado o melhor vinho a concurso, produzido por uma casa “repetente” nestas distinções, O Abrigo da Passarella. Destaque ainda para outros quatro vinhos medalhados com Platina: Tesouro da Sé Private Sellection branco 2017, Casa da Passarella A Descoberta rosé 2021, Casa de Santar Vinha dos Amores Encruzado 2017 e Quinta do Cerrado Espumante Reserva rosé 2016, cada um em sua categoria. A lista completa de premiados pode ser aferida no website www.cvrdao.pt

Melhor vinho a concurso na Beira Interior, Adega 23 Reserva tinto 2018.

Também na Beira Interior, a CVR local organizou a 15ª edição do concurso regional. O troféu mais ambicionado, “Melhor Vinho a Concurso”, coube ao Adega 23 Reserva tinto 2018, tendo sido atribuídas mais 14 medalhas de ouro e 10 medalhas de prata. Este ano, a organização deliberou atribuir igualmente prémios para “Melhor Vinho no Feminino” (Bodas Reais Grande Escolha Síria branco 2019), “Melhor Imagem” (Quinta do Cardo Síria branco 2021) e “Melhor Imagem no Feminino” Almeida Garrett TNT tinto 2018. Detalhes em www.vinhosdabeirainterior.pt

O clássico Concurso Mundial de Bruxelas continua ser bem recebido em Portugal, tendo escolhido Anadia para realizar a sua primeira edição dedicada a espumantes, com cerca de 1000 amostras de 23 países distintos. Os espumantes portugueses, e em particular os da Bairrada, não se saíram nada mal. Atenção particular, com Grande Ouro e troféu “Espumante Revelação de Portugal”, ao Quinta dos Abibes Baga Bairrada branco 2015. Grande Ouro recebeu igualmente o Quinta de S. Lourenço Blanc de Noirs branco 2011, de Caves do Solar de São Domingos. Dão, Península de Setúbal, Vinho Verde e Lisboa foram outras regiões nacionais que tiveram espumantes premiados. Resultados completos em https://concoursmondial.com

Enólogos do Ano, do Tejo: João Vicêncio e Nuno Faria.

Finalmente, os “Prémios Vinhos do Tejo” seguiram outro caminho, evidenciando não vinhos concretos mas sim as pessoas e as empresas que os originam. Assim, por iniciativa da CVR Tejo, foram premiadas as empresas Enoport (“Empresa de Excelência”), Encosta do Sobral/Santos & Seixo (“Empresa Dinamismo”) e Companhia das Lezírias (“Prémio de Sustentabilidade”). Nuno Faria e João Vicêncio, da Enoport, foram eleitos como “Enólogos do Ano” e Pedro Castro Rego foi distinguido com o ‘Prémio Carreira’.

No dia 25 de Junho, a Gala Vinhos do Tejo 2022 — evento que premeia anualmente os vinhos, as empresas e as personalidades da região, organizado pela CVR Tejo e pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo — reuniu mais de 300 pessoas no Hotel dos Templários, em Tomar, para levar ao palco os vencedores dos habituais Concurso Vinhos do Tejo e Prémios Vinhos do Tejo.

Na sua 12ª edição, o Concurso Vinhos do Tejo 2022 contou com 166 amostras inscritas, de entre as quais se evidenciaram, com Medalha Excelência, o Zé da Leonor Reserva tinto 2020, da Casa Agrícola Rebelo Lopes, e o Quinta do Casal Monteiro Fernão Pires Grande Reserva branco 2019, da Quinta do Casal Monteiro. Já com Grande Medalha de Ouro, destacaram-se três vinhos da Enoport: Cabeça de Toiro Grande Reserva branco 2019 e tinto 2017, e Quinta São João Batista Grande Reserva tinto 2018. A Agrovia, por sua vez, conseguiu duas medalhas para a Quinta da Lapa, atribuídas ao Reserva branco 2019 e ao ‘Touriga Nacional Reserva tinto 2018. O mesmo aconteceu com os vinhos Alvarinho & Viognier Reserva branco 2020 e o Abafado 5 Years Fernão Pires branco 2016 da Quinta da Alorna. A Three Quarters Wines também viu o seu 75 1st Collection Reserva tinto 2018 receber esta medalha, bem como a Casa Agrícola Paciência, com o Paciência Moscatel Graúdo Reserva branco 2018. O galardão Ouro foi conseguido por 26 vinhos, 10 brancos e 16 tintos, enquanto que a Prata foi entregue a 4 brancos, um rosé e 9 tintos.

Luís de Castro, Presidente da CVR Tejo. ©Gonçalo Villaverde

Foram também distinguidos os melhores brancos e rosés da colheita de 2021, tendo sido eleito os Pingo Doce Sauvignon Blanc e Verdelho, Lagoalva Sauvignon Blanc e @batista’s By Pitada Verde Colheita Seleccionada nos brancos; e os Herdade dos Templários, Terra de Lobos e o Quinta do Casal Monteiro nos rosés.

Nos Prémios Vinhos do Tejo 2022, que se destinam às empresas e personalidades, o destaque foi para a Enoport Wines, que arrecadou o prémio nas categorias Enólogo do Ano, no qual levou não um, mas dois enólogos ao palco – Nuno Faria e João Vicêncio – e Empresa de Excelência. A empresa Santos & Seixo, com a sua operação no Tejo sob o nome Encosta do Sobral, foi eleita Empresa Dinamismo. O Prémio Sustentabilidade foi entregue à Companhia das Lezírias. Por fim, o Prémio Carreira destinou-se a Pedro Castro Rego, Grão-Mestre da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e Presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal.

Adega do Cartaxo actualiza imagem dos vinhos Bridão

Adega Cartaxo imagem Bridão

A Adega do Cartaxo — cooperativa fundada em 1954 por 22 associados, hoje com mais de 700 hectares de vinha à disposição — acaba de lançar a nova imagem da gama Bridão Clássico, nas versões tinto e branco. “Uma solução mais moderna e elegante, com a presença de elementos que reforçam a sua sobriedade. A […]

A Adega do Cartaxo — cooperativa fundada em 1954 por 22 associados, hoje com mais de 700 hectares de vinha à disposição — acaba de lançar a nova imagem da gama Bridão Clássico, nas versões tinto e branco.

“Uma solução mais moderna e elegante, com a presença de elementos que reforçam a sua sobriedade. A nova imagem promete, assim, surpreender os verdadeiros apreciadores do terroir do Tejo. Um novo rótulo, a qualidade e o prazer de sempre!”, refere a empresa em comunicado de imprensa.

Revelados os restaurantes aderentes ao concurso Tejo Gourmet 2022

Tejo Gourmet 2022

O Tejo Gourmet 2022, Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo que este ano chega à 10ª edição, já tem definidos os restaurantes nacionais que aderiram à iniciativa. São 63 os espaços — do continente e ilhas — que submeteram os seus menus vínicos à prova, nesta competição promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo […]

O Tejo Gourmet 2022, Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo que este ano chega à 10ª edição, já tem definidos os restaurantes nacionais que aderiram à iniciativa. São 63 os espaços — do continente e ilhas — que submeteram os seus menus vínicos à prova, nesta competição promovida pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo.

De 1 de Fevereiro a 31 de Março de 2022, os visitantes destes restaurantes poderão fazer a “Rota do Tejo Gourmet”, para provar e desfrutar dos menus vínicos criados especialmente para o concurso. Cada menu é composto por entrada, prato e sobremesa e, como não podia deixar de ser, é harmonizado, a cada momento, com diferentes Vinhos do Tejo. Para além da avaliação feita pelos comensais, caberá a um painel de jurados, composto por quatro profissionais em cada visita, pontuar a gastronomia, os vinhos e a harmonização. O Tejo Gourmet 2022 premeia “O Melhor Restaurante” em absoluto, assim como as categorias “Melhor Entrada”, “Melhor Prato Principal”, “Melhor Sobremesa”, “Melhor Carta de Vinhos”, “Melhor Promoção”, “Restaurante Revelação”, “Melhor Casa de Petiscos”, “Melhor Cozinha Tradicional”, “Melhor Cozinha de Autor” e “Melhor Cozinha Internacional”. São ainda entregues diplomas de Prata e de Ouro. O anúncio e entrega dos prémios acontecem por ocasião da Gala Vinhos do Tejo, marcada para o dia 28 de Maio de 2022.

Luís de Castro, Presidente da CVR Tejo, afirma: “Estamos bastante satisfeitos com a adesão a esta edição do Tejo Gourmet, que vem confirmar o espaço que este nosso Concurso já ocupa no panorama nacional. Conta já com uma dezena de edições, o que tem, sem dúvida, ajudado a afirmar os Vinhos do Tejo dentro e fora da região. Se na primeira edição aderiram 22 restaurantes, apenas da região dos Vinhos do Tejo, na última, em 2019, o número subiu para 58 e, este ano, para 63 restaurantes, neste que foi salto triplo, a contar da génese”.

Criado em 2010, o Tejo Gourmet começou por ser um concurso de âmbito regional, passando, em 2012, a contemplar os restaurantes de lés-a-lés de Portugal. Esta mudança contribuiu, segundo os organizadores, “para o seu crescimento, quer em qualidade, quer em quantidade, no que diz respeito ao número de restaurantes participantes”.10ª Edição TEJO GOURMET – Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo
Lista dos restaurantes participantes:

• A Casa do Avô (Guia, Albufeira)

• A Lúria (Portela de São Pedro, Tomar)

• A Toca do Coelho (Usseira, Óbidos)

• A Varanda do Parque (Santarém)

• Adega Açoriana – Tapas & Wine House (Pico, Açores)

• Alecrim.com (Funchal, Madeira)

• Almourol Restaurante (Tancos, Vila Nova da Barquinha)

• Amassa (Santarém)

• Atual Restaurante (Silveira, Torres Vedras)

• Aveiramariscos (Aveiras de Cima)

• Beef & Wines (Funchal, Ilha da Madeira)

• Belpaço (Tomar)

• Black Frog Restaurante & Gin House (Santarém)

• Burro Velho (Batalha)

• Café Alentejo (Évora)

• Capriola – Hotel Lusitano (Golegã)

• Casa Chef Victor Felisberto (Alferrarede, Abrantes)

• Casa de Pasto “A Regional Valonguense” (Valongo)

• Chalet Vicente (Funchal, Madeira)

• Clube Naval de São Roque do Pico (Pico, Açores)

• Cordel Maneirista (Coimbra)

• Danidoce Marisqueira (Alpiarça)

• De’gustar (Torres Novas)

• DiGusto (Santarém)

• Dom Joaquim (Évora)

• Dona Laura – Tapas e Vinhos (Évora)

• Genuinu’s (Aveiras de Cima)

• InPar Restaurante by Aroeira Lisbon Hotel (Aroeira, Charneca da Caparica)

• Mãe – Cozinha com Amor (Lisboa)

• Magma (Pico, Açores)

• Magna Carta – Wine & Food (Paredes da Vitória, Pataias)

• Mensa – Hotel Le Malibu Foz (Figueira da Foz)

• No Tacho (Coimbra)

• O Castelo (Belver)

• O Cavalo do Sorraia (Alpiarça)

• O Convite – Dom Gonçalo Hotel Spa (Fátima)

• O Febra (Almeirim)

• O Picadeiro (Tomar)

• O Poço do Zé (Casais de Santa Helena, Caldas da Rainha)

• O Rochedo (Pico, Açores)

• Oh!Vargas (Santarém)

• Palhinhas Gold (Rio Maior)

• Papa Figos (Torres Novas)

• Pátio da Graça (Santarém)

• Petiscaki (Montemor-o-Novo)

• Petrarum Domus Bar Restaurante (Óbidos)

• Pirá Cevicheria (Loulé)

• Praça – Hotel República (Tomar)

• Roots (Torres Vedras)

• Sabores de Az (Funchal, Madeira)

• Stop (Vila Nova da Barquinha)

• Taberna Lusitana (Matosinhos)

• Taberna Portuguesa 1865 (Rio Maior)

• Taberna Zé Cristino (Urqueira, Ourém)

• Tasko d’Adega (Fazendas de Almeirim)

• Taverna 1488 (Constância)

• Taverna Antiqua (Tomar)

• Taxiko Tapas (Funchal, Madeira)

• Triangular – Hamburgueria Artesanal (Évora)

• Villa Lausana (Lousã)

• Vintage (Pombal)

• Wish Restaurante & Sushi (Porto)

À mesa do Tejo, de copo na mão

mesa tejo copo

Com trabalho, dedicação e muita qualidade, os vinhos do Tejo continuam a dar os passos que precisam para recuperar a grandeza e o prestígio de outrora. Com um aliado de peso nas boas mesas que vão surgindo um pouco por toda a região. À boleia dos prémios anuais da CVR local, este é um roteiro […]

Com trabalho, dedicação e muita qualidade, os vinhos do Tejo continuam a dar os passos que precisam para recuperar a grandeza e o prestígio de outrora. Com um aliado de peso nas boas mesas que vão surgindo um pouco por toda a região. À boleia dos prémios anuais da CVR local, este é um roteiro do que de melhor se come e bebe pelas margens do grande rio.

A marca de Luis santos está nos vinhos da Quinta do Casal Monteiro, quase todos destinados ao mercado externo.

Texto: Luís Francisco
Fotos:  Ricardo Palma Veiga

mesa tejo copoHá muitos séculos que se produz vinho no vale do Tejo, onde, aliás, muitos historiadores situam o epicentro da expansão desta cultura trazida pelos povos que nos visitavam vindos do Mediterrâneo. Deste caldo de influências nasceu também uma cozinha rica e intensa, alimentada pelo mar, pela água doce, pela fertilidade dos terrenos agrícolas e pelas coutadas de caça que a fidalguia de outros tempos instituiu. Mas a última metade do século XX pareceu trazer uma nuvem cinzenta sobre este panorama, com muitos vinhos a apontarem para a quantidade em detrimento da qualidade e as mesas a perderem alma. Fica a boa notícia: esses tempos já são passado.

“O grande problema da região é a percepção de qualidade que existe no público – e que é errada. Muitos produtores ainda insistem em colocar os seus vinhos nas prateleiras dos preços mais baixos… Acho que muitos dos nossos vinhos batem-se com outros, de outras regiões, dois ou três euros mais caros.” O diagnóstico é traçado por Luís Santos, distinguido este ano pela Comissão Vitivinícola do Tejo como Enólogo do Ano. E é também ele quem destaca a metade cheia do copo: “O rio é o grande normalizador climático desta região. É quente, mas as noites são frescas – no Verão chegamos a ter amplitudes térmicas de 30 graus! E isso é muito bom para o vinho. Outro factor positivo é haver muita gente com qualidade e saber.”

“Temos potencialidade para fazer volume e vinhos de nicho, com concentrações brutais ou grande delicadeza”, continua o enólogo. “Temos castas de qualidade reconhecida e somos uma região aberta. Por isso, temos de deixar de trabalhar pelo preço e ganhar a confiança de procurar maior valorização.” Um bom sinal desse processo é o crescente entusiasmo dos críticos e Luís, à semelhança do que acontecerá ao longo do nosso périplo com outros interlocutores, dá como exemplo os 94+ pontos Robert Parker conseguidos por um vinho da região, o Vinha do Convento Reserva tinto 2017, produzido pela Falua. “Ajuda a puxar a região para cima.”

Muito e bom

Luís fala-nos na adega da Quinta do Casal Monteiro, perto de Almeirim e local de nascimento de vinhos que a esmagadora maioria dos portugueses desconhece, porque “99 por cento vão para a exportação”. Lá fora, “Tejo” não tem estigma. Ao sabor da conversa, provamos três vinhos deste produtor. O Quinta do Casal Monteiro Chardonnay e Arinto é um branco fino, não muito exuberante no nariz, mas untuoso e comprido na boca.

A seguir apreciamos um tinto, o Clavis Aurea 2018, um field blend maioritariamente de castas portuguesas (tourigas Nacional e Franca, Tinta Roriz) que o enólogo cria, não directamente de uma vinha misturada, mas selecionando as uvas e juntando-as na adega. Muito equilíbrio, taninos ainda a mostrar juventude, temos vinho para durar no tempo. Finalmente, encerramos com o Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva 2008, fruto das melhores parcelas de Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah da quinta, com produção controlada – 4 a 5 toneladas por hectare, “o que nesta região é mesmo muito controlado”, explica o enólogo. Redondo, complexo, taninos domados e nítida vocação gastronómica.

São belos exemplos do trabalho deste enólogo nascido na Mealhada e formado em Agropecuária na Universidade de Coimbra, que já trabalhou no Dão, na Bairrada, em Itália, e que “chegou” ao Tejo em 2015. Para, aos 37 anos, ser reconhecido pelos seus pares com a distinção de Enólogo do Ano 2021. “Ainda sou demasiado novo para estes prémios”, desabafa.

Pousamos os copos e saímos para uma volta pelas vinhas, uma imensidão de 70 hectares em terreno plano, de aluvião, onde a extrema fertilidade desmente outras ideias feitas. “A Fernão Pires pode atingir aqui produções de 30 a 40 toneladas por hectare e isso não potencia a qualidade, claro. Mas há castas brancas que, mesmo perto das 20 toneladas por hectare, têm muita qualidade”, explica Luís Santos. Ou seja, “as pessoas podem mesmo viver da viticultura”. Há séculos que o fazem, a bem da verdade. E nós vamos partir à descoberta do que de bom por aqui se faz. Mas à mesa, que se está melhor.

Abrantes

Começamos por Abrantes, mais exactamente em Alferrarede, juntando a mestria gastronómica do chef Vítor Felisberto à longa tradição de qualidade dos vinhos Casal da Coelheira. A empatia é total – e também explica que restaurante e produtor tenham criado um vinho juntos, o Raízes, cuja primeira versão tinto (1500 garrafas) esgotou em seis meses. Vai regressar, agora acompanhado de um branco.

A Casa Chef Vítor Felisberto (distinguida pela CVR Tejo com o prémio Melhor Harmonização) cumpriu três anos de existência no Verão passado. Na cozinha, um homem que aos 18 anos já lavava pratos em Andorra, depois estagiou em França e rumou a Londres para oficiar em restaurantes de prestígio, alguns com estrela Michelin. “Muito stress, muita pressão dos proprietários… Aqui soltei-me mais!”, explica. Virou-se para os pratos tradicionais – o forno a lenha e os recipientes de barro são as imagens de marca da casa. “Mantêm a comida quente mais tempo, o que permite conversar à mesa, sem pressas.”

mesa copo tejo
Vitor Felisberto e Nuno Falcão Rodrigues: a cumplicidade já deu origem a um vinho de parceria.

Começamos com umas molejas (pedacinhos de uma glândula, o timo) fritas em pedacinhos estaladiços. No copo, o Casal da Coelheira Private Colection branco, um 100% Verdelho – “Numa casa de blends, este é uma das excepções”, explica Nuno Falcão Rodrigues, representante da terceira geração à frente desta casa do Tramagal (do outro lado do rio) com 64 hectares de vinha própria e que este ano foi distinguida pela CVR Tejo com o Prémio Excelência.

O vinho seguinte, o Raízes tinto 2017, também é um varietal, este de Alicante Bouschet e a sua força bem domada acompanha a preceito um cachaço de porco cozinhado durante longas horas e com toque final no forno de lenha. Envolvida pelo molho (cuja acidez é surpreendente) e, entre outras maravilhas, castanhas, favas e dois tipos de batata-doce, a carne desfaz-se em suculência.

A fechar, uma rica sobremesa (fondant, doce de ovos, sorvete de frutos vermelhos, também presentes ao vivo) e um copo de Mythos, o topo de gama do Casal da Coelheira. Feito com Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e “um pouquinho” de Touriga Franca, é o ponto final perfeito para uma refeição que aliou uma mesa onde é crescente “a aposta em produtos locais” a um produtor que representa a tradição e a excelência dos vinhos do Tejo.

Torres Novas

Hugo Antunes tinha um bar em Torres Novas, mas o espaço deixou de estar disponível ganhou força e a ideia de criar um restaurante moderno e de qualidade. No próximo dia 26 de Dezembro cumpre-se o sexto aniversário do De’Gustar, um espaço onde o próprio Hugo lidera a cozinha. Assume-se como autodidacta – “aprendi ali dentro, a sofrer” – e conta com a ajuda da companheira, Carla Rosa, que trata das sobremesas. Desta vez, têm a companhia dos vinhos da Enoport, uma das maiores empresas privadas da região, trazidos em mão por Maria José Viana, a quem a CVR Tejo atribuiu o prémio Carreira.

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Maria José Viana, Hugo Antunes e Carla Rosa: o vinho da Enoport à mesa no De’Gustar.

Actualmente, Maria José está na direcção de Marketing e Relações Públicas, mas ao longo de 30 anos já fez um pouco de tudo, da enologia à gestão, da viticultura à representação institucional. “A única coisa que nunca fiz foi a parte comercial pura e dura”, ri-se. Advoga que os vinhos do Tejo “têm de conquistar notoriedade” e tem em Hugo Antunes um aliado: “A nossa carta terá uns 90% de vinhos do Tejo. As pessoas tendem a pedir o que já conhecem, mas nós gostamos de sugerir o vinho, se não gostarem, trocamos.”

À mesa chega, entretanto, um carabineiro, sobre uma pequena cama de algas e com molho espesso a preencher o prato. Recebe-o um copo de Cabeça de Toiro Grande Reserva branco 2019 (Fernão Pires, Chardonnay e Sauvignon Blanc). A seguir, um prato complexo, que Hugo apresenta como “o porco que se apaixonou pela perdiz” e que junta a bochecha do primeiro à perna da segunda, tudo cozinhado a baixa temperatura. O Quinta S. João Batista Grande Reserva tinto 2014 (Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Touriga Franca e Alicante Bouschet) faz as honras no copo. Nasceu aqui bem ao lado, no concelho de Torres Novas.

O De’Gustar foi distinguido com o prémio Melhor Apresentação e os primeiros pratos já se tinham mostrado à altura, mas a sobremesa parece uma composição artística. Explode cor e sabores no prato (bavaroise de maracujá, disco laranja, chocolate, caramelo, manga, sorbet de baunilha…) e a sua incrível persistência e complexidade no palato serve para acolher o Quinta S. João Batista Reserva tinto 2016 (Touriga Franca e Alicante Bouschet) numa despedida em grande estilo.

Tomar

O restaurante Manjar dos Templários, que venceu o prémio Prova Teórica, uma iniciativa da CVR Tejo, fica a poucos quilómetros de Tomar. À nossa espera, uma casa que serve leitão assado (entre outras preciosidades, claro) e um produtor com muitas histórias para contar. José Vidal, trouxe da Quinta Casal das Freiras três vinhos, entre os quais um com 14 anos que há-de revelar-se um portento. Lá iremos.

Em 2015, Silvano Vaz sucedeu aos pais na gestão de um restaurante com 30 anos, que ganhou novo fôlego mas manteve a tradição. Do leitão, para começar. “O meu pai começou em França e o cozinheiro era da Mealhada… Aprendeu a assar leitões e quando veio para Portugal continuou a fazê-lo. Na altura era dos poucos sítios fora da Bairrada onde se servia leitão assado no forno!”

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Silvano Vaz e José Vidal: tradição familiar e belas histórias por terras de Tomar.

A história do Casal das Freiras, cujas vinhas, em linha recta, não ficam a mais de dois quilómetros da mesa onde nos sentamos, remonta a 1882, quando o avô de José Vidal, natural de Ovar, se instalou junto a Tomar. O primeiro vinho que abrimos, o Casal das Freiras Reserva 2007 é, acima de tudo, uma homenagem à neta, que nasceu nesse ano. “Achei que tinha de fazer alguma coisa de especial…” E como o fez! Rico, fresco e muito equilibrado, este vinho prova a capacidade do Tejo para trabalhar a longevidade. Acaba por nos acompanhar ao longo de toda a refeição.

Avançamos com o bacalhau na broa, esta é feita no restaurante com milho amarelo e chega à mesa inteira, com couve salteada e lascas do fiel amigo no interior. Ainda passamos pelo polvo assado antes de aterrarmos no leitão – comprado a produtores locais – e percebermos que a pele estaladiça, a carne suculenta e a apresentação em pequenos nacos homenageiam a tradição da Bairrada. Com uma novidade: o molho tem pimenta branca, não preta.

Desta vez, e porque o “ancião” de 2007 teima em não nos deixar o copo, não há um vinho para cada prato, mas todos se dão muito bem. Provamos um branco, o Casal das Freiras Reserva 2019 Vinhas Velhas, e um varietal tinto, o Casal das Freiras Syrah 2015, este nascido por inspiração de um vinho provado numa feira em França. “Fomos os primeiros da região a plantar Syrah!”, orgulha-se José Vidal, distinguido pela CVR Tejo com o prémio Carreira. Finalizamos com uma sobremesa típica, as fatias de Tomar.

Santarém

Desde as décadas de 1960 e 70 que o avô de Manuel Vargas servia petiscos aos amigos num espaço informal junto a Santarém. Consta que assava leitões muito bem, mas só nos anos 1980 o Oh Vargas se assumiu como restaurante e ganhou nova vida em 2019, quando, após profundas obras de remodelação, Manuel Vargas reabriu em grande estilo uma casa que é já uma referência na região – foi considerado pela CVR Tejo o Melhor Restaurante e arrecadou nada menos do que outros cinco prémios.

“Gostamos de nos considerar um restaurante tradicional, com grande âncora nas carnes grelhadas”, explica Manuel Vargas. Mas há muito mais. A carta de vinhos abriu com umas 200 referências – sempre a apontar para as gamas mais altas, como facilmente se percebe pela estante que enche uma das paredes – e agora já serão mais do dobro. Cerca de um quarto da lista (uns 100 vinhos) são do Tejo. Com destaque evidente para um vizinho, a Falua, instalada do outro lado do rio.

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Nicolas Gianonne e António Montenegro (diretores comerciais da Falua) e o chef Rui Santos Lima (Oh Vargas): o Tejo une-os.

 

Adquirida pelo grupo francês Roullier em 2017, a empresa foi criada em 1994 e, a par do foco na qualidade dos vinhos, sempre teve muita atenção às questões da sustentabilidade. “A adega construída em 2004 deu o sinal disso mesmo, em 2010/11 instalámos painéis solares, fomos os primeiros a ter uma ETAR própria…”, enumera Antonina Barbosa, directora-geral e de enologia da Falua. O que justifica plenamente o prémio Sustentabilidade atribuído pela CVR Tejo. “Está no nosso ADN e faz parte dos nossos objectivos anuais.” As próximas novidades surgirão nas poupanças com o vidro.

Na mesa, começa por brilhar estratosfericamente uma rica canja de robalo, acompanhada pelo Falua Reserva Unoaked 2019 branco, um 100% Fernão Pires sem madeira, como o nome indica. A seguir, uma costeleta maturada de carne barrosã divide a atenção com a versão tinta 2018 do Unoaked (varietal de Touriga Nacional) e o Conde Vimioso Reserva tinto do mesmo ano (percentagens semelhantes de Castelão, Cabernet Sauvignon, Aragonês e Touriga Nacional). No final, aproveitando o balanço e à boleia de uma tábua de queijos, ainda se prova o “tal” vinho que está a assumir-se como “ponta de lança” da região, o Vinha do Convento Reserva tinto 2017. Sublime.

Aveiras de Cima

Em Aveiras há uma marisqueira de referência, mas que está longe de servir apenas frutos do mar. Luís Rodrigues pegou no negócio do pai, que abriu portas há 37 anos, e transformou-o numa casa moderna e funcional, sem cortar na tradição, mas com a preocupação de se mostrar mais ao exterior. Nos últimos anos, ganhou estatuto de referência sem perder o ambiente familiar – ganhou o prémio para Melhor Atendimento. No final da refeição, a mãe de Luís ainda nos brinda com uma prova das suas compotas, uma das quais (de romã) ainda a apurar na panela…

Para acompanhar a comida, a Adega Cooperativa de Almeirim (prémio Empresa Dinamismo) traz-nos três vinhos, que mostram a sua capacidade para fazer vinhos brancos de grande circulação sem comprometer a qualidade. “Fazemos 15 milhões de litros de vinho anualmente, dos quais 12 milhões vão para garrafa. Somos das maiores adegas cooperativas do país”, resume Romeu Herculano, enólogo residente. Há pouco mais de uma década, o granel representava a fatia de leão, mas agora vale apenas 20% do total.

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Luis Rodrigues e Romeu Herculano: ambiente familiar e vinhos conviviais à mesa em Aveiras.

A Adega tem 190 sócios, 1200 hectares de vinha, equipas profissionalizadas em todos os sectores e continua a investir para acompanhar as exigências do mercado. Um bom exemplo disso são os 200 mil euros que custou o equipamento que permite injectar uma bolha mais fina e elegante no frisante Cacho Fresco, que abre as hostilidades no copo, ao lado de uma travessa de marisco.

Segue-se o Varandas branco 2020, um 100% Fernão Pires, oriundo da região da Charneca – genericamente, o Tejo divide-se em três grandes zonas: Campo (zona contígua ao rio), Bairro (nos terrenos mais montanhosos da margem direita) e Charneca (margem direita, terrenos mais arenosos). Acompanha a preceito o bacalhau com torricado e lapardana (pão e batata) de beldroegas. A seguir, uma costoleta Tomahawk Black Angus – “Esta é pequena, só tem 900g…”, explica Luís Rodrigues – espaldada por cogumelos, bata frita e grelos, a justificar um vinho mais volumoso e personalizado. Como a Adega de Almeirim é uma casa de brancos, venha então o Varandas Chardonnay/Arinto 2020, que se mostra à altura.

O Tejo esconde muitas surpresas…

(Artigo publicado na edição de Dezembro de 2021)

 

Quinta da Alorna lança Lutra, uma nova marca

Lutra Alorna

Lutra é a nova marca da Quinta da Alorna, produtor da região do Tejo, sediado em Almeirim. O branco e o tinto Lutra são produzidos, segundo a Quinta da Alorna, com castas tradicionais, e têm origem numa viticultura sustentável. “Destinado a um público mais jovem, o LUTRA pretende trazer jovialidade e irreverência ao projeto Quinta […]

Lutra é a nova marca da Quinta da Alorna, produtor da região do Tejo, sediado em Almeirim.

O branco e o tinto Lutra são produzidos, segundo a Quinta da Alorna, com castas tradicionais, e têm origem numa viticultura sustentável. “Destinado a um público mais jovem, o LUTRA pretende trazer jovialidade e irreverência ao projeto Quinta da Alorna. É um vinho descomplicado que pretende ser desfrutado em diferentes momentos de consumo, perfeito para quem gosta de novas tendências e valoriza a experimentação de novos produtos”, explica o produtor. Adicionalmente, Lutra é também nome da Lontra Europeia, “uma espécie ameaçada a nível global, e Portugal é um dos poucos países onde a Lutra ainda encontra condições para viver sem inspirar preocupação, sendo o Rio Tejo o habitat com maior abundância”. Assim, esta marca é também uma homenagem e uma chamada de atenção para a preservação do rio Tejo.

Os Lutra branco e tinto (€3,99) estão à venda nas grandes superfícies, tais como Modelo e Continente, Pingo Doce, Jumbo, Intermarché e E.Leclerc, bem como na loja da Quinta da Alorna, em Almeirim.

Quinta da Atela lança primeira aguardente vínica DOC DoTejo

aguardente vínica Tejo

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É uma aguardente feita sobretudo com uvas da casta Fernão Pires, e é a primeira aguardente vínica a receber a DOC (Denominação de Origem Controlada) Do Tejo. Produzida pela Quinta da Atela, produtor de Alpiarça, e com […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É uma aguardente feita sobretudo com uvas da casta Fernão Pires, e é a primeira aguardente vínica a receber a DOC (Denominação de Origem Controlada) Do Tejo.

Produzida pela Quinta da Atela, produtor de Alpiarça, e com a marca Capela da Atela, esta nova aguardente é uma Velhíssima — ou XO (Extra Old) — com 20 anos, que, para o presidente da CVR Tejo, Luís de Castro, “é mais um passo na valorização do território, dos seus produtos e pessoas, sendo que a actividade económica depende inteiramente desta tríade. Estamos perante uma aguardente peculiar, pela sua idade, extrema pureza e sabor”.

A Capela da Atela Aguardente Vínica Velhíssima XO 20 Anos nasceu de uma vinha velha, agora extinta, com 87% de Fernão Pires e outras castas em pequenas percentagens, como Boal de Alicante, Tamarez e Tália. Estas, segundo comunicado de imprensa, deram origem a um vinho que foi destilado e redestilado em alambique Charantais, a fogo directo em pote, uma técnica ancestral típica da região de Cognac, em França. Depois, a aguardente estagiou, durante cerca de 20 anos, em barricas novas de carvalho francês “Limousin” e português, de 225 litros.

António Ventura, enólogo da Quinta da Atela, considera que esta aguardente “é de grande nobreza, com uma cor âmbar profunda e evidência de notas de frutos secos e especiarias finas no nariz. Na boca é sedosa e envolvente, com um final longo e de enorme persistência. Ideal para complementar o final de uma refeição com todo o requinte e prazer. Deve ser servida, de preferência, em copo de balão e a uma temperatura entre os 16 e 18ºC. 

A garrafa de Capela da Atela Aguardente Velhíssima XO 20 Anos tem 700ml e um p.v.p. de €196,80, inserida num packaging premium. Estará à venda, ainda antes do Natal, em garrafeiras e algumas lojas da especialidade.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Vencedores do Concurso e dos Prémios Vinhos do Tejo foram revelados

Concurso prémios vinhos tejo

A aguardada Gala Vinhos do Tejo 2021 aconteceu no passado dia 16 de Outubro, depois de duas datas forçosamente adiadas devido à “suspeita do costume”, a pandemia. Nesta cerimónia de celebração da região do Tejo e dos seus vinhos — que teve lugar no Hotel dos Templários, em Tomar — a Comissão Vitivinícola Regional do […]

A aguardada Gala Vinhos do Tejo 2021 aconteceu no passado dia 16 de Outubro, depois de duas datas forçosamente adiadas devido à “suspeita do costume”, a pandemia. Nesta cerimónia de celebração da região do Tejo e dos seus vinhos — que teve lugar no Hotel dos Templários, em Tomar — a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo anunciaram os vencedores do Concurso Vinhos do Tejo 2021 e também dos Prémios Vinhos do Tejo.

Na edição de 2021 do Concurso Vinhos do Tejo, foram avaliadas 195 amostras, número que tem vindo a crescer ao longo dos anos. Os grandes vencedores, com Prémio Excelência, foram o Casa Cadaval Riesling branco 2016 (da Casa Cadaval) e o Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva tinto 2018 (da Quinta do Casal Monteiro). Conseguiram o galardão Ouro 43 vinhos, entre os quais 11 brancos e 32 tintos. Já os diplomas de Prata foram entregues a dez brancos e oito vinhos tintos. Elegeram-se também, como já é habitual, os melhores brancos e rosés da colheita anterior: Lagoalva Sauvignon Blanc branco 2020 e Vale de Lobos rosé 2020. 

Mas a região também destacou as empresas e as pessoas nos Prémios Vinhos do Tejo, em seis categorias: Prémio Sustentabilidade, que foi para a Falua; Empresa Dinamismo, entregue à Adega Cooperativa de Almeirim; Empresa Excelência, atribuída ao Casal da Coelheira; Enólogo do Ano, que coube a Luís Santos (da Quinta do Casal Monteiro); e Prémio Carreira, recebido por duas pessoas, Maria José Viana, responsável de comunicação do grupo Enoport Wines e membro da Direcção e do Conselho Geral da CVR Tejo durante vários anos, e José Vidal, proprietário da casa agrícola Casal das Freiras, em Tomar, e membro fundador da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (então assim denominada), da Rota dos Vinhos do Tejo e da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo.

Na Gala Vinhos do Tejo 2021 foram ainda revelados os vencedores dos prémios Tejo Academia — iniciativa que tem como objectivo formar e avaliar restaurantes da região, na comida e na relação com o vinho — Tejo Anima — que pretende premiar o território e as suas valências de lazer, como o enoturismo, sendo promovida pela Rota dos Vinhos do Tejo — e do Concurso de Fotografia Vinhos do Tejo.

As listas completas de premiados do Concurso Vinhos do Tejo 2021, Prémios Vinhos do Tejo, Tejo Anima, Tejo Academia e do Concurso de Fotografia Vinhos do Tejo, podem ser consultadas AQUI.