Vieira de Sousa: Dois “novos” Portos Colheita com 20 e 30 anos

Vieira de Sousa

O evento decorreu na OCCA – Oficina do Olival Contemporary Arts, em Lisboa, o local escolhido por Luísa e Maria Vieira de Sousa, co-proprietárias e rostos do projeto Vieira de Sousa, para o lançamento de duas novas referências no mercado de vinho do Porto Colheita, o Vieira de Sousa Porto Colheita 1994 e o Vieira […]

O evento decorreu na OCCA – Oficina do Olival Contemporary Arts, em Lisboa, o local escolhido por Luísa e Maria Vieira de Sousa, co-proprietárias e rostos do projeto Vieira de Sousa, para o lançamento de duas novas referências no mercado de vinho do Porto Colheita, o Vieira de Sousa Porto Colheita 1994 e o Vieira de Sousa Porto Colheita 2004.
A Vieira de Sousa é uma empresa produtora de vinhos do Douro e do Porto, proprietária de cerca de 70 hectares de vinhas espalhadas por quatro quintas, localizadas na sub-região do Cima Corgo. A Quinta da Água Alta, que reúne as quintas do Bom Dia e do Espinhal fica no Ferrão, em Gouvinhas. A Quinta da Fonte, em Celeirós do Douro. A Quinta do Fojo Velho, em Vale de Mendiz e a Quinta do Roncão Pequeno, em Vilarinho de Cotas.
As uvas usadas para a produção dos vinhos do Porto Colheita agora lançados têm origem em dois terroirs distintos, que se complementam entre si. O primeiro, o da Quinta da Água Alta, tem sobretudo exposição a sul, e vinhas com altitudes que vão dos 120 aos 412 metros de altitude. O segundo fica na Quinta do Fojo Velho, e está encaixado no vale do rio Pinhão. Tem exposição a poente, numa zona protegida do calor escaldante tradicional da região duriense durante o verão.
O encepamento é semelhante nas duas propriedades e é dominado casta Tinta Roriz, “que é determinante no envelhecimento fresco dos nossos tawnies”, contou Luisa Vieira de Sousa durante a apresentação dos Portos. A ela juntam-se, entre outras, a Touriga Francesa e a Tinta Amarela. Após a vindima, as uvas são pisadas pé e fermentam em lagares antigos de granito, nas adegas de cada uma das duas quintas até à paragem da fermentação, o que aconteceu para os dois vinhos lançados.

As uvas usadas para a produção dos vinhos do Porto Colheita agora lançados têm origem em dois terroirs distintos

Condições ideais
O da colheita de 1994 teve origem num ano que foi declarado para vintage clássico. O ciclo no campo iniciou-se com muita chuva e humidade, que originou rendimentos baixos na vinha. Mas, no período restante, as temperaturas nunca excederam os 38ºC e o clima manteve-se predominantemente seco, apenas entremeado com algumas chuvas oportunas. As vindimas decorreram em condições ideais, com as uvas no melhor estado sanitário e de maturação possível. Após a vinificação, foram escolhidos os lotes para o engarrafamento de Porto Vintage e, além destes, António Vieira de Sousa Borges, pai de Luísa e Maria, fez um outro que destinou para o envelhecimento a longo prazo em pipas, que foram sempre atestadas com vinhos de 1994. O lote do Porto Colheita deste ano teve origem nelas.
As uvas que originaram o Porto Colheita de 2004 também foram produzidas num ano particularmente favorável. No verão, as vinhas estavam em boas condições, mas já perto do stress hídrico. Mas decorreu alguma precipitação, num período de temperaturas relativamente baixas que originou uma maturação lenta. A vindima foi realizada sem chuva, nas melhores condições possíveis para o final do ciclo e do ano de trabalho na vinha. Após um inverno de estabilização e afinamento, António Vieira de Sousa Borges seleccionou também um lote para ser envelhecido em tonel, para guarda de longo prazo, que deu origem ao Porto Colheita 2004 agora lançado.

(Artigo publicado na edição de Junho de 2024)

Vieira de Sousa inaugura centro de visitas no Douro

Vieira Sousa centro visitas

O produtor de vinhos do Porto e Douro Vieira de Sousa abriu um novo centro de visitas, com sala de provas e loja de vinhos. Depois da fundação da empresa em 2008, como a conhecemos actualmente — o negócio de vinho do Porto já está na família há cinco gerações — este é o primeiro […]

O produtor de vinhos do Porto e Douro Vieira de Sousa abriu um novo centro de visitas, com sala de provas e loja de vinhos. Depois da fundação da empresa em 2008, como a conhecemos actualmente — o negócio de vinho do Porto já está na família há cinco gerações — este é o primeiro passo na vertente do enoturismo, dado pelas irmãs Luísa e Maria Vieira de Sousa.

Luísa e Maria “optaram por fasear os investimentos, com primazia nas infra-estruturas de produção, das adegas ao centro de operações; nas vinhas, com algumas aquisições e reconversões continuadas; e também nos vinhos, com um portefólio a crescer a cada ano e a produção de DOC Douro a ser encetada em 2011”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A Vieira de Sousa possui cerca de 70 hectares de vinhas próprias, localizadas em diferentes propriedades da família, todas na sub-região do Cima Corgo: Quinta da Água Alta (que congrega a Quinta do Bom Dia e a Quinta do Espinhal), em Gouvinhas; Quinta da Fonte, em Celeirós do Douro; Quinta do Fojo Velho, em Vale de Mendiz; e Quinta do Roncão Pequeno, em Vilarinho de Cotas. No entanto, foi na Quinta da Firveda, situada no Baixo Corgo, pertença da família de Luísa Vieira de Sousa, que nasceu o novo espaço de enoturismo.

Vieira Sousa centro visitas

“Isto porque é uma propriedade estrategicamente localizada, a cinco minutos de carro da cidade da Régua e mesmo na foz do rio Corgo. Soma o facto desta Quinta ter cerca de 6 hectares de vinha, visitáveis pelos turistas, e uma belíssima e centenária adega de produção e envelhecimento de vinhos do Porto, mantendo intactos os antigos lagares e sala de pipas, sendo ponto de interesse para as visitas guiadas e complemento às provas de vinhos do Douro e Porto”, justifica a Vieira de Sousa.

Agora restaurada, a Quinta da Firveda mantém a traça original e a forte presença de paredes de xisto, tradicionais na região do Douro, e foi feita a requalificação necessária para um acolher o centro de visitas, a sala de provas e a loja de vinhos.

Aberto todos os dias, em época alta, o espaço de enoturismo da Vieira de Sousa funciona das 10h00 às 13h30 e das 14h30 às 17h30. Aconselha-se reserva antecipada, de forma a garantir disponibilidade, e as visitas são complementadas com vários tipos de provas, disponíveis para consulta no site da Vieira de Sousa, no separador “ENOTURISMO”.

Vieira de Sousa: Um Porto do ‘outro mundo’ e outras novidades

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Novo episódio glorioso na história do Vinho do Porto, com mais uma casa produtora a lançar um vinho perfeito – um Porto de homenagem engarrafado num espetacular decante de cristal. A par deste lançamento especial, provámos as novidades DOC deste produtor 100% familiar.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia

É disto que o Douro é feito, não hesito em pensar durante a apresentação do Vinho do Porto 90 Homenagem a António Vieira de Sousa… Encontro-me perante um produtor familiar como tantos outros no Douro, com mais de cinco gerações e muitos anos a produzir uvas e vinhos para famosas casas exportadoras de Porto. Neste caso, trata-se ainda de uma família com um património invejável – cinco propriedades, um número muito significativo de hectares plantados com vinha e um significativo stock de vinhos do Porto.

A mais nova geração da família, Luísa e Maria Eduarda Vieira de Sousa, irmãs, tomam conta do projeto. Luísa, sendo jovem, é a mais velha, enóloga de formação e vocação, e foi a primeira a ‘meter a mão na massa’. Maria Eduarda chegou um pouco depois ao projeto, é a responsável pelo marketing e vendas e calcorreia meio mundo em feiras e provas de vinhos.

Os vinhos Douro são a aposta mais recente. Nesta prova, foram os brancos que mais nos surpreenderam, quer o Alice Vieira de Sousa de 2017, entrada de gama e sem ver madeira, quer o topo Vieira de Sousa 2016, fermentado em barrica de carvalho francês. Ambos os vinhos saem das vinhas com maior altitude, na Quinta da Fonte, em Celeirós, terroir entre Sabrosa e Provesende, e são um sucesso na exportação. Quanto aos Portos, o bestseller da casa é, curiosamente, também branco, um lote de 10 Anos ligeiramente mais seco do que o habitual. Para os tintos, Luísa tem à sua disposição três quintas em lugares nobres do Cima Corgo, a saber: Ronção Pequeno (Roncão), Quinta do Fojo Velho (Vale de Mendiz) e Quinta da Água Alta (Gouvinhas). Desta última propriedade é lançado agora um Porto Vintage de quinta, que fará companhia ao Vintage Vieira de Sousa já editado em anos anteriores. Quanto aos tintos DOC, a novidade é o Reserva (o Grande Reserva só sairá no próximo ano) e mantem a linha de vinhos carnudos e intensos, assentes em alguma vinha velha e em Touriga Franca, a casta que mais tem surpreendido Luísa na adega.

O grande destaque vai, todavia, por inteiro para o Porto velho lançado em homenagem a António Vieira de Sousa, pai de Luísa e Eduarda, que comemora este ano 90 anos de idade! Homem que fez carreira na indústria, sem nunca olvidar as propriedades durienses da família, vê merecidamente ser-lhe atribuída esta homenagem familiar. Trata-se de um vinho incrível que se encontrava numa única barrica e que, pela sua qualidade, não necessitou de qualquer correção antes do engarrafamento. Um vinho com seguramente mais de 90 anos de casco, de enorme concentração, densidade e doçura mas também de notável acidez (acidez total de 8 g/l), como que a querer revelar um dos maiores segredos do Vinho do Porto assentes em evolução em madeira e que se resume numa frase: um vinho bom em jovem é melhor ainda em velho. Absolutamente fabuloso!

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António Vieira de Sousa 90 anos
Porto Very Old
Vieira de Sousa Wines & Vines

Incrível aroma, imensamente complexo e prazeroso, com notas, entre outras, de anis, nougat, caramelo salgado, toque salino também. Enorme concentração e acidez na boca, fantástica e surpreendente frescura, longo e cremoso sem ser pastoso, equilibradamente doce (lembra torrão de gema) e fino. Muito limpo e com um final de boca inesquecível. A essência do Douro! (20%)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição nº 20, Dezembro 2018

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