Dia de Monção e Melgaço celebra a origem do Alvarinho

Com o intuito de afirmar um segmento de maior valorização da região dos Vinhos Verdes, o “Dia de Monção e Melgaço – A origem do Alvarinho” é, desde 2017, assinalado a 7 de Junho. Este dia especial vem celebrar a criação do selo de certificação exclusivo da sub-região, que atesta a autenticidade, a origem e […]
Com o intuito de afirmar um segmento de maior valorização da região dos Vinhos Verdes, o “Dia de Monção e Melgaço – A origem do Alvarinho” é, desde 2017, assinalado a 7 de Junho. Este dia especial vem celebrar a criação do selo de certificação exclusivo da sub-região, que atesta a autenticidade, a origem e a qualidade dos vinhos Alvarinho de Monção e Melgaço.
Com uma área total de 45 mil hectares, que abrange 2085 viticultores, a sub-região de Monção e Melgaço é uma referência de classe mundial na produção de vinhos brancos de excelência, com a casta Alvarinho a representar uma produção na ordem dos 13 milhões de litros, e a área de vinha a aumentar cerca de 50% na última década.

A expressão e qualidade desta casta em Monção e Melgaço tem vindo, ainda, a atrair players de referência do sector do vinho, também pelo território e a certificação de autenticidade, que assegura um posicionamento Premium nos mercados externos e interno.
“Expressão de um terroir muito particular, o Alvarinho dá origem a vários estilos de vinhos e aguardentes que incorporam características mais vincadas e fiéis ao território que lhe dá origem, assim como à experiência, sabedoria e dedicação dos produtores que dão expressão a mais de 250 marcas presentes no mercado como afirmação da Origem do Alvarinho”, atesta a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.
Estive Lá: Restaurante Emme, Ribamar Ericeira

Já passei a fase de consumidor frequente de jantares vínicos. Há muitos anos, quando estes eram uma originalidade, organizei alguns com prazer. Depois, a multiplicidade de iniciativas e as obrigações profissionais decorrentes das apresentações formais à imprensa de muitos produtores, tornaram aquilo que poderia ser considerado lazer como trabalho tout court e esses, por si […]
Já passei a fase de consumidor frequente de jantares vínicos. Há muitos anos, quando estes eram uma originalidade, organizei alguns com prazer. Depois, a multiplicidade de iniciativas e as obrigações profissionais decorrentes das apresentações formais à imprensa de muitos produtores, tornaram aquilo que poderia ser considerado lazer como trabalho tout court e esses, por si só, preenchem mais do que deviam a minha agenda.
Foi por isso uma excepção quando aceitei o convite do restaurante Emme, integrado no novíssimo hotel Immerso, em Ribamar, perto da Ericeira, para participar num evento que tinha como estrelas os vinhos da Quinta do Monte d’Oiro e uma ementa feita especialmente para a ocasião, pelo chef Alexandre Silva, que é consultor do projecto e tem a assistência de Pedro Paulo, como chef residente. Em boa hora o fiz. O hotel, o único 5 estrelas da região, tem uma localização perfeita frente ao oceano, mas longe da confusão e das multidões que habitualmente invadem aquela antiga vila piscatória.
Podia falar do casual luxo do empreendimento, mas prefiro destacar a tranquilidade, o ambiente descontraído e surpreendentemente despretensioso que se respira no edifício bem desenhado e em todo o espaço envolvente. Os cheiros a terra, a caruma e citrinos acompanham-nos onde quer que circulemos, tanto nas áreas interiores como na piscina, horta e jardins. O restaurante Emme, que está aberto ao público e incentiva a presença de clientes não hóspedes, integra-se perfeitamente na filosofia do projecto com propostas que são ao mesmo tempo elegantes, descontraídas, frescas e que aproveitam em pleno os produtos locais, muitos deles vindos directamente da sua horta biológica.
Na sala, ampla e cheia de luz, esquecemos que estamos num hotel de 5 estrelas e entregamo-nos ao prazer de disfrutar sabores autênticos e que enchem os olhos. O jantar em que participei teve uma ementa especial que foi de alto nível e integra-se num conjunto de iniciativas que tem levado regularmente produtores de vinho, e também de cerveja, a propor harmonizações e experiências gastronómicas diversas. Mas a carta habitual, com relevo nos produtos do mar ali em frente, as propostas de snacks e a extensa lista de cocktails levam os clientes para outras viagens e outros prazeres exóticos. Não será por acaso que não estamos numa unidade pertencente a uma daquelas cadeias internacionais que espalham alojamentos em todos os destinos.
Aqui, a propriedade é de uma família, sem anteriores ligações ao sector da hotelaria, mas que tinha muita experiência enquanto cliente viajado. E, por isso, sentimos que aqui os detalhes foram pensados numa perspectiva do utilizador, em que cada objecto e facility disponível, está no sítio e no momento certo.
MORADA
Rua Bica da Figueira, Marvão, 2640-065 Santo Isidoro
HORÁRIO
Pequeno-Almoço: das 7h30 às 10h30
Almoço: das 12h30 às 15h
Jantar: das 19h00 às 22h
CONTACTOS PARA RESERVA
+351 261 104 420 / reservas@immerso.pt
Quinta da Tôr Algibre foi grande vencedor do XV Concurso de Vinhos do Algarve

A XV edição do Concurso de Vinhos do Algarve, organizado pela Comissão Vitivinícola do Algarve, aconteceu no dia 26 de Maio de 2023, no Convento de S. José, em Lagoa. Na cerimónia de entrega dos prémios, que teve lugar no Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa, no dia 2 de Junho, foi revelado o vencedor […]
A XV edição do Concurso de Vinhos do Algarve, organizado pela Comissão Vitivinícola do Algarve, aconteceu no dia 26 de Maio de 2023, no Convento de S. José, em Lagoa.
Na cerimónia de entrega dos prémios, que teve lugar no Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa, no dia 2 de Junho, foi revelado o vencedor do concurso, com Grande Medalha de Ouro — Quinta da Tôr Algibre Grande Reserva tinto 2017 — bem como as restantes 31 medalhas atribuídas, 20 de Prata, 11 de Ouro.
Nesta edição do Concurso de Vinhos do Algarve, foram provados mais de uma centena de vinhos da região, entre brancos, rosés e tintos.
Algarve recebe a primeira cerimónia do Guia Michelin Portugal

O Algarve foi a região escolhida para a celebração da cerimónia do Guia Michelin, na qual será desvendada a selecção do Guia Michelin Portugal 2024. Esta será a primeira vez que Portugal apresenta a sua própria selecção, separada de Espanha, com um evento próprio. A escolha do Algarve como cenário de uma jornada tão especial […]
O Algarve foi a região escolhida para a celebração da cerimónia do Guia Michelin, na qual será desvendada a selecção do Guia Michelin Portugal 2024. Esta será a primeira vez que Portugal apresenta a sua própria selecção, separada de Espanha, com um evento próprio.
A escolha do Algarve como cenário de uma jornada tão especial destaca, segundo os promotores, “uma das regiões ícones de Portugal e um dos destinos gastronómicos de referência na Europa, com uma vasta riqueza culinária, que atrai inúmeros amantes da gastronomia, provenientes de todos os cantos do mundo”.
A gala acontecerá no dia 27 de Fevereiro de 2024, no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira, espaço onde se reunirão todos os protagonistas do panorama gastronómico português para assinalar a publicação do Guia Michelin Portugal 2024. Os chefs Dieter Koschina, do Vila Joya (2 Estrelas Michelin), e Rui Silvestre, do Vistas Rui Silvestre (1 Estrela Michelin), serão os coordenadores de um grupo de chefs do Algarve encarregues do jantar, durante o qual os convidados poderão desfrutar de alguns pratos e produtos emblemáticos da gastronomia portuguesa.
Casa Ferreirinha lança edição 2014 do icónico Reserva Especial

Sairá para o mercado no final de Junho, com uma produção de mais de 16 mil garrafas. O Reserva Especial 2014 é apenas a 18ª edição deste tinto icónico da Casa Ferreirinha, da Sogrape, que nasceu em 1960 pelas mãos de Fernando Nicolau de Almeida. Vinificado na Quinta da Leda, em Almendra (Douro Superior) — […]
Sairá para o mercado no final de Junho, com uma produção de mais de 16 mil garrafas. O Reserva Especial 2014 é apenas a 18ª edição deste tinto icónico da Casa Ferreirinha, da Sogrape, que nasceu em 1960 pelas mãos de Fernando Nicolau de Almeida.
Vinificado na Quinta da Leda, em Almendra (Douro Superior) — propriedade que conta, actualmente, com cerca de 170 hectares de vinha — o Reserva Especial é desenhado pelo enólogo Luís Sottomayor. “É um vinho que marca pela sua elegância, fruto de um ano temperado e com boa maturação, e também pelo excelente volume, acidez viva, taninos firmes e final extremamente longo e complexo”, afirma o responsável de enologia da Sogrape no Douro.
O Casa Ferreirinha Reserva Especial 2014 chegará ao mercado um p.v.p. recomendado de €280, ficando disponível em garrafeiras e outras lojas da especialidade, restaurantes e hotéis premium, nas Caves Ferreira e em clubes de vinho seleccionados.
Leia o artigo completo sobre este vinho numa das próximas edições da revista Grandes Escolhas
Quinta dos Murças com nova imagem e primeiros vinhos bio

A duriense Quinta dos Murças, do grupo Esporão, acaba de lançar a colheita de 2021 dos seus vinhos Minas e Margem, dois tintos que marcam o momento da transição total da vinha para o modo de produção biológico, e que, para o assinalar, surgem com uma nova imagem. “Este trabalho começou em 2011, quando a […]
A duriense Quinta dos Murças, do grupo Esporão, acaba de lançar a colheita de 2021 dos seus vinhos Minas e Margem, dois tintos que marcam o momento da transição total da vinha para o modo de produção biológico, e que, para o assinalar, surgem com uma nova imagem.
“Este trabalho começou em 2011, quando a primeira parcela de vinha foi re-estruturada e convertida para modo de produção biológico. Caminho reforçado em 2021, com a conversão total das vinhas e a aposta num caminho menos interventivo, com processos que implicam maior rigor e mais trabalho. Esta transição permitiu a preservação e recuperação dos solos, tornando-os mais vivos e saudáveis, com vinhas mais fortes e resilientes”, explica a empresa.
Lourenço Charters, responsável de enologia e viticultura da Quinta dos Murças, sublinha que “este lançamento confirma o percurso da Quinta dos Murças como produtor de vinhos biológicos e, com isso, o reconhecimento de práticas que conduzem a um maior equilíbrio entre produção e natureza”.
O Quinta dos Murças Minas 2021, assim chamado por as vinhas estarem sobre minas de água, provém de parcelas plantadas entre 1987 e 2011, com exposição sul e altitude entre os 110 e 300 metros. Já o Quinta dos Murças Margem 2021, nome da vinha vertical situada junto à margem do rio Douro, provém de uma vinha plantada entre 1980 e 1987, em solos xistosos e de baixa altitude, com exposição sul e oeste.
Sobre a nova imagem, António Nascimento, Brand & Market Manager da Quinta dos Murças, comenta: “Quisemos reforçar a identidade da marca e alinhá-la com a nossa visão. Optámos, em parceria com o Studio Eduardo Aires, por seguir um design minimalista, disruptivo, moderno e sóbrio, inspirado nas pessoas de Murças. Juntámos parâmetros como a altitude, área de vinha e anos de plantação ao nome dos vinhos para evidenciar o que os distingue, a sua origem. O contra-rótulo ganhou vida com a arte de João Abel Mota, que desenhou a carvão as vinhas correspondentes a cada vinho. A nova imagem surgiu em simultâneo com o lançamento dos nossos primeiros vinhos biológicos que expressam, sem filtros, o lugar de onde vêm. A história, tradição, pessoas e natureza estão, mais que nunca, espelhadas neste rótulo”.
Van Zellers Ocean Aged é o primeiro Vintage a estagiar no fundo do mar

A Van Zellers & Co anunciou o primeiro vinho do Porto Vintage de sempre a estagiar fundo do mar. O Van Zellers & Co Ocean Aged Vintage 2020 será oficialmente lançado no Dia Internacional do Oceano, a 8 de Junho, depois de ter sido afundado em Dezembro no Porto de Sines em colaboração com a […]
A Van Zellers & Co anunciou o primeiro vinho do Porto Vintage de sempre a estagiar fundo do mar. O Van Zellers & Co Ocean Aged Vintage 2020 será oficialmente lançado no Dia Internacional do Oceano, a 8 de Junho, depois de ter sido afundado em Dezembro no Porto de Sines em colaboração com a empresa Ecoalga – Adega do Mar, especializada em armazenamento subaquático.
Este lançamento inédito acontece em parceria com a Zouri Shoes, marca de calçado “eco-vegan” que ficou responsável pela criação da embalagem da garrafa do Van Zellers & Co Ocean Aged, propositadamente desenhada em forma de concha. Na sua construção, a marca utilizou apenas plástico recuperado da costa portuguesa (cerca de uma tonelada de plástico foi recolhida nas praias, com o contributo de 600 voluntários) e borracha natural.
Francisca van Zeller, representante da 15º geração da família, ajudou a afundar 102 garrafas no passado dia 7 de Dezembro, 10 metros de profundidade. “Aqui as garrafas encontram 2 bar de pressão, que é um valor seguro para iniciar o processo de envelhecimento do Porto Vintage. As garrafas também vão beneficiar de uma temperatura constante e de um ambiente escuro para um bom desenvolvimento. E uma mais-valia são as belas algas marinhas que começam a aparecer nas garrafas”, explica a responsável de Marketing e Comunicação da Van Zellers & Co.
O Van Zellers & Co Ocean Aged Vintage 2020 (p.v.p. €1000, 75cl) foi produzido com uvas oriundas de vinhas muito velhas, localizadas no coração do Douro, colhidas à mão. As primeiras 35 garrafas, disponíveis a partir do dia 8 de Junho, serão vendidas exclusivamente através do WineChain, um mercado para NFTs de vinhos (as restantes chegarão ao mercado pela altura do Natal). A WineChain garante, segundo a Van Zellers & Co, “uma reduzida pegada de carbono tendo em conta a compra, a venda e a guarda dos vinhos, sendo que oferece 12 meses de armazenamento gratuito com a compra do NFT”. Todas as garrafas estagiarão 11 meses debaixo de água, e serão retiradas no dia 16 de Novembro de 2023 (Dia Nacional do Mar), prontas para serem embaladas e enviadas o mercado.
A Van Zellers & Co vai ainda utilizar parte das receitas para apoiar um programa educativo, organizado pelo Oceanário de Lisboa, sobre a importância do oceano, dirigido a crianças em idade escolar da região do Douro.
Andreza: Douro de referência, a preço sensato

Lara Dias, a presidente da Saven, abriu as portas de sua casa, ali bem perto de Aveiro, para a apresentação das novas colheitas Andreza, espelhando, no seio do ambiente familiar, parte do que é o legado de seu pai, Manuel Dias. Empresário dinâmico e criativo, Manuel Dias fundou a Saven no ano de 1988, em […]
Lara Dias, a presidente da Saven, abriu as portas de sua casa, ali bem perto de Aveiro, para a apresentação das novas colheitas Andreza, espelhando, no seio do ambiente familiar, parte do que é o legado de seu pai, Manuel Dias. Empresário dinâmico e criativo, Manuel Dias fundou a Saven no ano de 1988, em Ílhavo, e dedicou-se a exportar para todo o mundo, com enorme sucesso, produtos alimentares portugueses, entre eles o vinho. Como acontece com frequência, o salto da distribuição para a produção ocorreu quase sem se dar por isso. E Manuel Dias encontrou no enólogo Francisco Baptista o parceiro ideal para, em 2009, numa empresa conjunta, a Lua Cheia-Saven, dedicar-se ao vinho enquanto produtor, assentando nas regiões do Douro e dos Vinhos Verdes. Para alcançar o seu sonho transpôs integralmente todos os degraus do processo: compra de uvas a lavradores, construção de adega, aquisição de propriedades, plantação de vinha. Manuel Dias, infelizmente, faleceu demasiado cedo, em 2019, mas deixou importante obra feita. Hoje, a Lua Cheia-Saven possui no Douro, em Vale de Mendiz (por muitos considerado o “filé mignon” da região) a magnífica Quinta do Bronze. São 13 hectares de vinha aos quais se juntam, através de parcerias com diversos viticultores, mais cerca de 100 hectares. A vinificação é feita em adega própria, situada em Alijó, de onde saem marcas como Lua Cheia, Andreza ou Quinta do Bronze. Na região dos Vinhos Verdes, a Lua Cheia-Saven detém 5 hectares de vinha em Melgaço, uma adega em Monção e faz a gestão de mais 20 hectares de vinhedos através de parcerias locais, tendo como marcas principais Maria Bonita, Maria Papoila ou Nostalgia.
Os vinhos agora apresentados por Lara Dias e Francisco Baptista levam ainda mais longe a ambição do fundador, Manuel Dias. Posicionada acima da gama Lua Cheia e abaixo dos “vinhos de vinha” da Quinta do Bronze, a linha Andreza Reserva mostra a região do Douro em todas as suas múltiplas nuances. O Andreza Reserva branco 2021 tem origem em uvas cultivadas nas zonas altas (500 a 600 metros) de Martim e Porrais, localidades do concelho de Murça de onde saem boa parte dos brancos mais ambiciosos do Douro. As castas são as tão tradicionais Viosinho, Gouveio e Rabigato. O mosto das duas últimas variedades fermenta em inox com agitação regular das borras finas. Já o Viosinho vai para barrica usada de carvalho francês, também com bâtonnage após a fermentação. Depois de um ano de estágio, é elaborado o lote final.

Se, para o branco, Francisco Baptista selecionou uvas de uma zona muito concreta, para o Andreza Reserva tinto a opção do enólogo foi outra: traduzir toda a diversidade do Douro, ao nível de climas, solos, altitudes e orientações solares. Assim, a matéria-prima que está na base do Andreza Reserva tinto 2020 tem origem nas três sub-regiões durienses. Segundo Francisco Baptista, o objectivo “é ir buscar a frescura ácida do Baixo Corgo, o equilíbrio e complexidade do Cima Corgo e a fruta madura do Douro Superior”. As diferentes origens possuem outra vantagem: permitem-lhe manter a consistência de qualidade e perfil da marca colheita após colheita. São uvas de vinhas antigas, com várias castas misturadas, mas também de parcelas estremes mais jovens. No lote, encontramos sobretudo Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz e, em menor percentagem, Alicante Bouschet, Tinto Cão e Sousão. A fermentação decorre em inox, seguindo-se um estágio de cerca de 12 meses em barrica usada.
Já o Andreza Altitude parte de um conceito distinto, estreado na vindima de 2017 e agora recuperado na de 2019. Tal como o nome indica, é feito a partir de uvas de zonas altas, sempre a cotas superiores a 450 metros. No caso, são parcelas selecionadas no concelho de Alijó, assentes em dois solos distintos, xisto e granito. Para Francisco Baptista, “só assim é possível conseguir o perfil que pretende para este tinto, assente numa mistura de elegância, frescura e expressão de fruta”. São vinhas de idade avançada e com castas misturadas, a que se juntou uma parcela estreme de Tinto Cão para reforçar o equilíbrio ácido. Fermentação clássica em inox, maceração pós fermentativa de três semanas (o enólogo segue o modelo “bordalês” de macerações prolongadas), seguindo depois o vinho para estágio de mais de um ano em barrica nova e usada.
No topo da linha Andreza está Grande Reserva tinto, tendo sido apresentada a colheita de 2015. Tal como no Reserva, também aqui as uvas têm origem nas três sub-regiões do Douro. Predominam as vinhas de maior idade e de baixa produção e diversas parcelas com muitas castas plantadas em “field blend”. “É uma forma de obter sólida estrutura, acidez muito equilibrada e também taninos gordos e maduros”, refere Francisco Baptista. “Um Grande Reserva do Douro tem de ser longevo, crescer largos anos em garrafa”, acrescenta. Assim, no lote encontramos, entre muitas outras variedades, uma boa parte de Touriga Franca, Touriga Nacional e Sousão. As uvas são vinificadas em cuba inox, com maceração prolongada após a fermentação. Longo é também o processo de estágio: o 2015 esteve quase 24 meses em barrica nova e depois largos anos em garrafa até o enólogo o dar como pronto para entrar no mercado.
No seu conjunto, esta linha Andreza apresenta fortíssimos argumentos: superior qualidade, vincado carácter Douro e preço sensato. Talvez, mesmo, demasiado sensato para um nível tão elevado…
(Legenda da foto *Francisco Baptista e Lara Dias são sócios no projecto Lua Cheia – Saven)
(Artigo publicado na edição de Abril de 2023)