Maior concurso nacional de vinhos revelou vencedores

O tinto Quinta do Crasto Touriga Nacional de 2015 foi o grande vencedor do concurso Vinhos de Portugal 2018, organizado mais uma vez pela ViniPortugal. O prémio foi entregue ao enólogo Manuel Lobo, que se deslocou ao palco do Convento do Beato, em Lisboa, local onde decorreu a gala de entrega de prémios. Em grande […]

O tinto Quinta do Crasto Touriga Nacional de 2015 foi o grande vencedor do concurso Vinhos de Portugal 2018, organizado mais uma vez pela ViniPortugal. O prémio foi entregue ao enólogo Manuel Lobo, que se deslocou ao palco do Convento do Beato, em Lisboa, local onde decorreu a gala de entrega de prémios. Em grande destaque estiveram ainda os vencedores nas sete grandes categorias em prova. Nos espumantes, o vencedor foi Flutt 2015, um Beira Atlântico; nos brancos de lote, levou a palma o alentejano Esporão Private Selection 2016; nos tintos de lote sobressaiu o duriense Passadouro Reserva de 2015. Nos vinhos varietais, as palmas foram para dois Alvarinhos ex-aequo (Aveleda Reserva da Família e Deu la Deu Premium, da Adega de Monção, ambos de 2016), nos brancos, e para o Quinta do Crasto Touriga Nacional de 2015, que acumulou com o vencedor absoluto. Nos Licorosos, a palma foi para o DR Porto Tawny 30 anos. Este ano houve uma nova categoria, a de “branco especial”, cujo prémio foi para o Falcoaria Colheita Tardia (do Tejo).

Escolher pouco a pouco
Estes nove vinhos formaram apenas uma pequena parte dos 1.307 vinhos em prova (de 372 produtores), cuja primeira avaliação começou logo na segunda-feira, em Santarém, e se prolongou durante mais dois dias. Durante três manhãs, no salão do CNEMA, cerca de 160 jurados foram escolhendo, pelas pontuações atribuídas, os vinhos merecedores de medalha de ouro e prata. Entre eles, 34 provadores estrangeiros de uma enorme variedade de países do mundo: EUA, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Brasil, França, China, Espanha, Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan, Angola, Rússia, Noruega, Argentina, entre outros. Todos especialistas em vinhos, entre jornalistas, sommeliers, wine educators e outras profissões ligadas ao sector.
Os vinhos medalhados a ouro foram depois alvo de nova avaliação pelo chamado Grande Júri. Nas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), em Lisboa, seis jurados escolheram então os Grandes Ouro e os vencedores em cada categoria, os “Grande Ouro e os Melhores do Ano”. Fizeram parte deste grupo dois portugueses: Luís Lopes, presidente do Concurso, e Bento Amaral, director da Câmara de Provadores do IVDP. Os estrangeiros foram John Szabo MS (Master Sommelier do Canadá), Evan Goldstein (Wine Educator dos EUA), Dirceu Vianna Junior MW (master of Wine brasileiro) e Andrés Rosberg, presidente da ASI (Association de la Sommellerie Internationale) e Master Sommelier.
Dos dois dias de provas, resultaram os mencionados vencedores e mais 36 vinhos com Grande Ouro, cuja listagem poderá ver a seguir. O Douro foi a região que mais prémios arrecadou: obteve sete grandes ouros (mais três nas categorias dos vinhos licorosos), logo seguido pelo Dão com seis e pelo Alentejo com cinco. A gala contou com a presença do Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, e com o Secretário de Estado da Agricultura, Luis Vieira.

Acções paralelas
O Concurso Vinhos de Portugal é também uma oportunidade de divulgação da marca Wines of Portugal e de afirmação de Portugal como um país produtor de vinho de qualidade junto de especialistas e influenciadores internacionais. O programa da iniciativa inclui acções dirigidas aos jurados internacionais, nomeadamente a realização de três master classes, para dar a conhecer a diversidade e especificidades dos vinhos nacionais.
Outras acções incluíram jantares vínicos e visitas a produtores, dando a conhecer no terreno alguns projectos de sucesso na produção de vinhos de excelência de diferentes regiões do País.
Todo o concurso se ajustou à estratégia de promoção internacional dos vinhos portugueses. Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirmou inclusive, durante a gala de entrega de prémios, que “todo o evento decorreu cá [em Portugal] mas foi como se estivéssemos a promover os vinhos portugueses pelo mundo fora”. E acrescentou: “este evento ajuda a colocar os vinhos portugueses ainda mais no mapa mundial e hoje somos mais conhecidos, respeitados e apreciados”. (AF)

LISTA DE PREMIADOS
Melhor do Ano e Melhor Varietal Tinto
Quinta do Crasto Douro Touriga Nacional 2015 (Quinta do Crasto)
Melhor Varietal Branco
Aveleda Reserva da Família Vinho Verde Alvarinho 2016 (Aveleda)
Deu La Deu Premium Vinho Verde Alvarinho 2016 (Adega de Monção)
Melhor Blend Tinto
Passadouro Douro Reserva 2015 (Quinta do Passadouro Sociedade Agrícola)
Melhor Blend Branco
Esporão Private Selection 2016 (Esporão Vendas & Marketing)
Melhor Vinho Branco Especial
Falcoaria Late Harvest 2014 (Casal Branco Sociedade de Vinhos)
Melhor Licoroso
DR Porto Tawny 30 Anos (Agri-Roncão Vinícola)
Melhor Espumante
Flutt 2015 (PositiveWine)

MEDALHAS GRANDE OURO
Vinhos Verdes
Aveleda Reserva da Família Alvarinho branco 2016 (Aveleda)
Deu La Deu Premium Vinho Verde Alvarinho branco 2016 (Adega de Monção)
Quinta da Calçada Reserva branco 2016 (Agrimota)
Trás-os-Montes
Palácio dos Távoras Grande Reserva tinto 2014 (Costa Boal Family Estates)
Secret Spot Valpaços tinto 2014 (Secret Spot Wines [Gr Consultores, Lda])
Valle de Passos Grande Reserva tinto 2015 (Quinta Valle de Passos)
Douro
100 Hectares Sousão tinto 2016 (100hectares Sociedade Agrícola)
Lua Cheia em Vinhas Velhas Reserva tinto 2015 (Lua Cheia em Vinhas Velhas)
Passadouro Reserva tinto 2015 (Quinta do Passadouro)
Quinta de Porrais Reserva tinto 2015 (Soc. Agric. Qta. de Porrais)
Terrus 2011 Grande Reserva tinto 2011 (Maria da Assunção Foy)
Quinta do Crasto Touriga Nacional tinto 2015 (Quinta do Crasto)
Vallegre Vinhas Velhas Reserva Especial tinto 2014 (Vallegre)
Dão
Adega de Penalva Tinta Pinheira tinto 2015 (Adega de Penalva)
Casa da Passarella o Œnólogo Encruzado branco 2016 (O Abrigo da Passarella)
Casa de Santar Reserva tinto 2013 (Global Wines)
Castelo de Azurara Encruzado branco 2011 (Adega Cooperativa de Mangualde)
Soito Encruzado Reserva branco 2016 (Soito Wines)
Villa Oliveira Touriga Nacional tinto 2014 (O Abrigo da Passarella)
Bairrada e Beira Atlântico
Aliança Baga Clássico by Quinta da Dôna tinto 2011 (Aliança Vinhos de Portugal)
Quinta do Moinho tinto 2000 (Luis Pato)
Lisboa
Vale Perdido Reserva tinto 2014 (Casa Santos Lima)
Villa Oeiras Carcavelos Colheita 2004 (Município de Oeiras)
Tejo
Cabeça de Toiro Reserva tinto 2013 (Enoport Produção de Bebidas)
Conde Vimioso Reserva tinto 2014 (Falua – Sociedade de Vinhos)
Falcoaria Late Harvest 2014 (Casal Branco Sociedade de Vinhos)
Casal Da Coelheira Private Collection tinto 2015 (Casal da Coelheira Sociedade Agrícola)
Alentejo
Blog By Tiago Cabaço tinto 2015 (Tiago Cabaço)
Bombeira do Guadiana Reserva tinto 2016 (Bombeira do Guadiana)
Cartuxa tinto 2014 (Fundação Eugénio de Almeida)
Herdade da Calada Touriga Franca tinto 2016 (BCH Comércio de Vinhos)
Esporão Private Selection branco 2016 (Esporão Vendas & Marketing)
Algarve
Al-Ria Reserva tinto 2016 (Casa Santos Lima)
Licorosos
Dr Porto Tawny 30 Anos (Agri-Roncão Vinícola)
Sandeman Quinta do Seixo Porto Vintage 2015 (Sogrape Vinhos)
São Pedro das Águias Tawny 20 Anos Decanter (Rozès)

Uma pequena revolução na viticultura portuguesa

Imagine um estudo que levou 40 anos a ser publicado e implicou a ajuda de centenas de participantes. Imagine que este estudo tem uma metodologia que é quase revolucionária, nas suas validações científicas. Imagine que os resultados estão aí e que são pioneiros a nível mundial. Não estamos a falar da NASA, do MIT ou […]

Imagine um estudo que levou 40 anos a ser publicado e implicou a ajuda de centenas de participantes. Imagine que este estudo tem uma metodologia que é quase revolucionária, nas suas validações científicas. Imagine que os resultados estão aí e que são pioneiros a nível mundial. Não estamos a falar da NASA, do MIT ou de qualquer prémio Nobel. Estamos a falar de investigadores portugueses, de participantes portugueses e de um estudo que foi imaginado, produzido e realizado por portugueses. O estudo chama-se “Catálogo de clones seleccionados 2018” e foi editado pela PORVID, a Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira. E, diga-se de passagem, passou quase despercebido ao longo dos tempos. Das únicas excepções que conhecemos foram da equipa editorial que hoje faz a revista Grandes Escolhas e este site: esta equipa atribuiu, em 2001, o prémio de Viticultura do Ano a Antero Martins (coordenador deste estudo) e a PORVID recebeu esse mesmo prémio em 2009.
Resumindo muito, este estudo consegue indicar como se comportam no terreno 24 castas portuguesas e sete clones de cada uma. O nível de detalhe é inédito, porque tudo se passou em volta da ‘selecção massal’, ou seja, do estudo de microvinificações das uvas de cada clone, em vários sítios de Portugal ao mesmo tempo. Falamos de milhares de variáveis condensadas e consolidadas, com métodos científicos (e muita matemática envolvida) num só ficheiro. E, por tudo isso, de extrema valia para toda a viticultura portuguesa. Em termos mais práticos, hoje torna-se muito mais fácil para qualquer viticultor escolher as castas que vai plantar nos seus terrenos mas, sobretudo, os respectivos clone(s), aqueles que melhor se adaptarão ao seu clima e aos fins a que se propõe, isto é, os clones adaptados aos vinhos que quer fazer ou ao tipo de uvas que vai vender a produtores de vinho.
O tema é de grande complexidade e por isso a Grandes Escolhas vai publicar um artigo mais extenso sobre este estudo na edição de Junho. Até lá, as opiniões que consultámos por todo o país são unânimes: este trabalho é fantástico e, apesar de as suas conclusões já estarem a ser levadas à prática há algum tempo, vai tornar-se num manual de consulta obrigatória para todos os envolvidos em vinha e vinho, em Portugal e nos países onde se plantam castas portuguesas. Melhor ainda: esta informação é grátis: se quiser ter acesso ao estudo, basta puxá-lo do link seguinte: Catálogo de clones seleccionados 2018
(AF)

AMPV homenageou personalidades no seu 11º aniversário

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) comemorou o 11º aniversário no com uma gala no Centro Cultural do Cartaxo. Na abertura da cerimónia, o presidente da AMPV, Pedro Magalhães Ribeiro, começou por enaltecer “o extraordinário trabalho” desenvolvido pelas autarquias, juntamente com os produtores e operadores de turismo, na afirmação do vinho e dos […]

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) comemorou o 11º aniversário no com uma gala no Centro Cultural do Cartaxo. Na abertura da cerimónia, o presidente da AMPV, Pedro Magalhães Ribeiro, começou por enaltecer “o extraordinário trabalho” desenvolvido pelas autarquias, juntamente com os produtores e operadores de turismo, na afirmação do vinho e dos territórios e na afirmação da própria associação, que hoje representa mais de três milhões de portugueses, abarcando cerca de um terço do território nacional.

“Grande parte desta área é território rural, que tem potencialidades extraordinárias. Temos factores de diferenciação que nos dão potencial de desenvolvimento. Por isso, temos em mão uma grande missão, desenvolver os territórios, e com isso atrair população mais jovem, com vontade de inovar e abraçar novos desafios”, referiu, reforçando que “o vinho e a gastronomia continuam a ser os principais factores para trazer turistas ao nosso país”.

Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, reforçou esta ideia: “o turismo não existiria hoje se não houvesse vinho, que é o grande embaixador de marca no mundo e grande factor de atracção: 2,5 milhões de turistas vêm a Portugal atraídos pelo enoturismo e 80% dos que nos visitam dizem que irão voltar pela gastronomia e pelos nossos vinhos”.

Ana Mendes Godinho
Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, foi “Personalidade do Ano”

A governante acabou por ser uma das agraciadas na cerimónia, recolhendo o prémio Personalidade do Ano. Mas não foi a única: a homenagem da noite foi para Vasco d’Avillez, actual presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e com uma longa carreira na fileira do vinho, incluindo uma passagem pela direcção da ViniPortugal. O prémio foi-lhe entregue pelo Secretário de Estado da Agricultura, Luís Medeiros Vieira. Vasco d’Avillez é ainda um dos Embaixadores da “Cidade Europeia do Vinho 2018”. A distinção, atribuída anualmente pela Rede Europeia das Cidades do Vinho, está entregue aos concelhos de Torres Vedras e Alenquer durante este ano. José Bento dos Santos, da Quinta Monte d’Oiro, José Luís Oliveira e Silva, da Casa Santos Lima, e Sandra Tavares da Silva, enóloga da Quinta da Chocapalha, são as personalidades ligadas ao mundo do vinho que integram o grupo de Embaixadores, que foi apresentado no Palácio Chiado, em Lisboa, e que contou ainda com a presença de José Arruda, secretário-geral da AMPV.

Voltando à cerimónia, as distinções abrangeram ainda o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Frederico Falcão, o presidente da Recevin – Rede Europeia das Cidades do Vinho, José Calixto, o presidente da Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, Manuel Pinheiro, o presidente da Federação das Confrarias Báquicas, Pedro Castro Rego, a presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Olga Cavaleiro, entre muitos outros.

Os Prémios Prestígio distinguiram, na categoria de Revelação, Ana Sofia Fonseca, realizadora do filme “Setembro A Vida Inteira”, que foi exibido numa sessão especial integrada nas comemorações do 11º aniversário da AMPV. Na categoria de Enoturismo, o prémio foi entregue à Iter Vitis – Os Caminhos da Vinha na Europa e a categoria Museus do Vinho reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Museu do Alvarinho de Monção. O prémio Entidade do Ano foi entregue à ViniPortugal.

Nesta gala, a AMPV homenageou ainda, a título póstumo, Carlos Silva e Sousa, ex-presidente da Câmara Municipal de Albufeira, que faleceu em Fevereiro deste ano, aos 60 anos.

Ramos Pinto não declara Vintage 2016

“O ano de 2016 caracterizou-se por uma série de eventos climáticos que afectaram gravemente o bom desenvolvimento das vinhas da Quinta de Ervamoira. Foram registados dois episódios de trovoada e granizo no mês de Julho, que contribuíram substancialmente para a decisão” de a Ramos Pinto optar por não declarar Porto Vintage da Casa. As aspas […]

“O ano de 2016 caracterizou-se por uma série de eventos climáticos que afectaram gravemente o bom desenvolvimento das vinhas da Quinta de Ervamoira. Foram registados dois episódios de trovoada e granizo no mês de Julho, que contribuíram substancialmente para a decisão” de a Ramos Pinto optar por não declarar Porto Vintage da Casa. As aspas indicam a justificação da empresa duriense em comunicado de imprensa, que acrescenta: a Ramos Pinto “apenas declara em anos nos quais os vinhos revelam ser de excepcional qualidade. Os critérios de selecção são rígidos e, como consequência, as quantidades produzidas são invariavelmente reduzidas.

As uvas que dão origem ao Vintage Ramos Pinto provêm de 3 das 4 quintas da Casa: da Quinta do Bom Retiro e da Quinta da Urtiga, situadas em Cima Corgo, e ainda da Quinta de Ervamoira, localizada no Douro Superior.

Jorge Rosas, administrador da Ramos Pinto, afirma que “A decisão de declarar ou não Vintage é tomada pela Ramos Pinto exclusivamente em função da qualidade das uvas vindimadas, que têm obrigatoriamente de ser extraordinárias”. Acrescenta ainda que “(…) sempre foi assim e é uma regra da Casa que nos orgulhamos de manter” declara o CEO da empresa.

Historicamente, a Casa Ramos Pinto declara Vintage aproximadamente 3 vezes a cada 10 anos. Na presente década, até à data, foram produzidos em 2011 e em 2015.

63 ‘ouros’ lusos no International Wine Challenge 2018

É um dos mais importantes concursos britânicos de vinhos e decorreu durante duas semanas em Londres. Apurados os resultados, os vinhos portugueses trouxeram, do International Wine Challenge 2018, 532 medalhas: 63 medalhas de Ouro, 195 de Prata, 274 de Bronze: De resto, a produção lusa trouxe ainda 242 distinções de Commended, uma espécie de selo […]

É um dos mais importantes concursos britânicos de vinhos e decorreu durante duas semanas em Londres. Apurados os resultados, os vinhos portugueses trouxeram, do International Wine Challenge 2018, 532 medalhas: 63 medalhas de Ouro, 195 de Prata, 274 de Bronze: De resto, a produção lusa trouxe ainda 242 distinções de Commended, uma espécie de selo de aprovação. No total, o concurso outorgou 486 Ouros, 2.504 Pratas, 3.150 Bronze e 3.002 Commended.

A maioria (43) dos ‘Ouros’ portugueses foram para vinhos generosos (especialmente Porto e Madeira) e foram também estes vinhos a conseguirem as pontuações mais altas. O DR Port L70 (da Agri-Roncão Vinícola), o Kopke Colheita 1958 e o Burmester Porto Colheita 1952 (ambos da Sogevinus Fine Wines), o S. Leonardo 40 Anos (Mário Braga) e o Quinta dos Murças Vintage 2015 (Esporão) – conseguiram uma formidável avaliação dos jurados: 97 pontos. A única excepção foi para o duriense tinto Quinta do Pégo Vinhas Velhas 2014, que conseguiu o mesmo valor, apenas atribuído a um número restrito de vinhos, dos milhares provados e de todo o mundo… De resto, os ouros nacionais ficaram para os tintos (16) e brancos (4).

No concurso entraram vinhos de 55 países, mas a organização não revelou no total quantos foram. Pode consultar os resultados em https://www.internationalwinechallenge.com/canopy/search.php

Vinho do Porto no Lisbon Bar Show concorre ao Guiness

O Lisbon Bar Show, maior evento de bar e cocktails a nível nacional, vai concorrer, no dia 15 de Maio, a um título do Guiness World Records: Maior prova comentada de Vinho do Porto. Esta iniciativa terá lugar pelas 11h e contará com a presença de quatro marcas de vinho do Porto, entre as quais, […]

O Lisbon Bar Show, maior evento de bar e cocktails a nível nacional, vai concorrer, no dia 15 de Maio, a um título do Guiness World Records: Maior prova comentada de Vinho do Porto. Esta iniciativa terá lugar pelas 11h e contará com a presença de quatro marcas de vinho do Porto, entre as quais, Porto Cruz, Cálem Velhotes, Porto Réccua e Porto Barros. A prova será orientada por um sommelier profissional, terá a participação de cada um dos responsáveis das marcas mencionadas e será feita num copo desenhado por Siza Vieira especificamente para provar Vinho do Porto.

“Sendo o Lisbon Bar Show um evento que tem como objectivo promover os profissionais e as bebidas nacionais, vemos esta iniciativa como uma oportunidade de divulgar e potenciar um dos nossos produtos, cuja qualidade e reconhecimento é indubitável, o Vinho do Porto. Este ano representa um marco significativo no crescimento do evento, não só pelo painel de profissionais que vamos receber, mas também por organizarmos esta iniciativa que acreditamos que dará ainda mais visibilidade a esta bebida portuguesa tão reconhecida internacionalmente”, refere Alberto Pires, organizador do Lisbon Bar Show.

 Um evento a não perder
O Lisbon Bar Show tornou-se uma autêntica plataforma de conhecimento e networking, através da qual fornecedores, marcas, bartenders, especialistas ou simples apaixonados da área podem ficar a par do que se está a fazer no sector. Este evento é responsável por trazer a Portugal alguns dos mais reconhecidos nomes do bartending internacional, como Simone Caporale, considerado o International Bartender of the Year em 2014, e Alex Kratena, duas das principais referências na área a nível mundial; a equipa daquele que é considerado o melhor bar do mundo pela ‘World 50 Best Bars’, o American Bar, no Hotel Savoy, em Londres; Naren Young, do Cafe Dante, em Nova Iorque, considerado o 16º melhor bar do mundo; ou Philip Duff, director de educação do maior evento de cocktails a nível internacional, Tales of the Cocktail.
Com mais de 100 expositores, workshops, seminários e concursos de cocktails, o Lisbon Bar Show apresenta-se como um evento de referência, que tem como principal objectivo demonstrar ao público português as tendências internacionais do sector e destacar a qualidade das bebidas, marcas e profissionais portugueses.
Para todos os que quiserem fazer parte da maior prova comentada de vinho do Porto e ajudar o Lisbon Bar Show a realizar um título do Guiness World Records, a inscrição deve ser feita para: contacto@lisbonbarshow.com
Para ter acesso ao Lisbon Bar Show, que vai decorrer no Convento do Beato (Rua do Beato nº 44, 1950-427, Lisboa), o preço é de 23€ até dia 10 de Maio e 30€ à porta do evento, sendo que 1€ reverte para a associação de solidariedade social Let’s Help. O horário do evento nos dias 15 e 16 de Maio é das 13h às 21h. Mais informação no site http://lisbonbarshow.com/

Utilização de cobre na vinha pode ser sujeita a restrições

Não é segredo para ninguém que os produtos à base de cobre são largamente utilizados na agricultura biológica, em especial na vinha e para o tratamento do míldio. O cobre como protector é conhecido desde os finais do século XIX. Ora, investigações recentes sobre o teor de cobre nas vinhas fizeram soar o alerta: esses […]

Não é segredo para ninguém que os produtos à base de cobre são largamente utilizados na agricultura biológica, em especial na vinha e para o tratamento do míldio. O cobre como protector é conhecido desde os finais do século XIX. Ora, investigações recentes sobre o teor de cobre nas vinhas fizeram soar o alerta: esses teores são demasiado elevados e, segundo disse a um site francês a especialista Maxime Davy, “este elemento pode gerar efeitos negativos sobre os auxiliares ou as culturas, porque é fitotóxico”.

Como todos os produtos para a protecção de plantas, o cobre deve submeter-se a uma inscrição ao nível europeu, ao que se segue uma homologação ao nível de cada país. Neste momento o cobre está classificado como substância candidata à substituição; ou seja, se aparecerem outras soluções alternativas, o cobre pode ser proibido.

No início do ano, o cobre sujeitou-se a uma nova aprovação, mas a decisão foi adiada a pedido da França e da Alemanha. A partir de agora, existem três possibilidades: as soluções à base de cobre são reprovadas; ou são aprovadas com restrições (dose anual, período de utilização, etc); ou ainda, finalmente, a Europa pode deixar as condições de aprovação a cada um dos estados, o que iria certamente provocar diferenças concorrenciais.

Ora, o problema é que não existe neste momento uma boa alternativa para o cobre na agricultura biológica. Maxime Davy fala então de “combinar soluções de efeito parcial”. Ou ainda recorrer a novas formulações, a programas de ajuda à decisão, ao bio controlo ou aos ‘bio estimulantes’. Para ver uma comunicação sobre o correcto uso de formulações com cobre aponte para o site http://www.advid.pt/imagens/comunicacoes/13639703968280.pdf, realizado por J.R. Ribeiro. (AF)

Periquita renova a sua imagem

Periquita, a marca de vinhos mais antiga de Portugal, lançada em 1850, acaba de chegar ao mercado com a imagem renovada. Com este rebranding, o produtor José Maria da Fonseca pretende reforçar a Portugalidade deste icónico vinho que está presente em mais de 70 países. A última renovação, diga-se, tinha cerca de uma década. Nos […]

Periquita, a marca de vinhos mais antiga de Portugal, lançada em 1850, acaba de chegar ao mercado com a imagem renovada. Com este rebranding, o produtor José Maria da Fonseca pretende reforçar a Portugalidade deste icónico vinho que está presente em mais de 70 países. A última renovação, diga-se, tinha cerca de uma década.
Nos novos tinto, branco e rosé, e tinto Reserva, existem várias novidades nos elementos visuais presentes no rótulo: a marca “umbrella” José Maria da Fonseca surge reforçada, como “símbolo de mérito e qualidade”; a assinatura do enólogo Domingos Soares Franco no rótulo concede ao Periquita “mais legitimidade e relevância”; os acabamentos reforçados no rótulo “enobrecem a marca e a recuperação do brasão da Ordem da Torre e Espada (distinção atribuída pelo rei D. Pedro V a José Maria da Fonseca em 1856 pelo Valor, Lealdade e Mérito no âmbito da indústria portuguesa) no rótulo é um regresso às origens da marca”. Soubemos ainda que a próxima colheita ostentará no rótulo as castas que a compõem.
Para António Maria Soares Franco, administrador, ‘esta gestão entre a história e a inovação é sempre muito delicada. São 168 anos ininterruptos a produzir Periquita, 70 mercados e mais de 4 milhões de garrafas produzidas anualmente pelo que, alterar a imagem de uma marca icónica e bem implementada no mercado, é sempre uma ousadia. No entanto acreditamos que é no equilíbrio entre a história, as raízes e o carácter original da marca e a nossa constante insatisfação que vamos não só manter o legado que nos foi deixado, como vamos deixá-lo ainda melhor para as futuras gerações”.
Refira-se ainda que a marca Periquita é uma das que mais exporta. Brasil e Suécia são os dois maiores mercados da marca da José Maria da Fonseca.