Vinalda distribui vinhos da Quinta da Biaia

Situada entre as encostas de Castelo Rodrigo, a Serra da Marofa e o rio Douro, na Beira Interior, a Quinta da Biaia junta-se a gora ao portfolio da distribuidora Vinalda. Com a sua marca distintiva da borboleta nos rótulos, esta Quinta remonta ao século XVII e inclui várias propriedades que totalizam 100 hectares, com cerca […]

Situada entre as encostas de Castelo Rodrigo, a Serra da Marofa e o rio Douro, na Beira Interior, a Quinta da Biaia junta-se a gora ao portfolio da distribuidora Vinalda.

Com a sua marca distintiva da borboleta nos rótulos, esta Quinta remonta ao século XVII e inclui várias propriedades que totalizam 100 hectares, com cerca de 30 de vinhas de altitude em modo de produção biológico (750m), plantadas há várias décadas e que reúnem as castas características da região: Síria, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca. Os vinhos são provenientes de três parcelas com características muito próprias: vinha da Alvandeira, em terrenos argilo-limosos; vinha dos Castros, de transição de granito e xisto; e vinha das Lameiras de granito.

“A parceria com a Vinalda resulta da comunhão da paixão por vinhos com forte personalidade, pelo gosto de partilhar do que mais nos orgulhamos e pela visão alinhada de como estar no mercado”, sublinha Ricardo Lopes Ferro, gestor do projecto. Já José Espírito Santo, Diretor-Geral da Vinalda, refere que “o segmento dos vinhos biológicos está em crescimento”, salientando que “a Quinta da Biaia é uma referência nesta região, que tem enorme potencial”.

Almaviva – Velho e Novo Mundo no Chile

O projecto Almaviva foi pensado de raiz, resultando de uma joint-venture entre o velho e o novo mundo, um château em território chileno; eis Almaviva, um tinto cuja qualidade e consistência não se esquecem. TEXTO Nuno de Oliveira Garcia FOTOS Almaviva Ao contrário da vizinha Argentina, o Chile tinha pouca tradição de vinho até aos […]

O projecto Almaviva foi pensado de raiz, resultando de uma joint-venture entre o velho e o novo mundo, um château em território chileno; eis Almaviva, um tinto cuja qualidade e consistência não se esquecem.

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia

FOTOS Almaviva

Ao contrário da vizinha Argentina, o Chile tinha pouca tradição de vinho até aos anos ’80 do século passado. Ainda hoje, o consumo de vinho no país é relativa¬mente residual, apesar da produção ter, entretanto, explodido, fazendo do Chile um dos grandes produtores mundiais (sétimo, mais precisamente). Nos anos 90, muitos produtores passaram a olhar para o Chile, sobretudo para a região de Maipo (não muito longe da capital, Santiago), como um destino dos seus investimentos. Para isso também contribuíam as excelentes condições do país, como sejam terrenos e mão-de-obra pouco dispendiosos, solos relativamente férteis, permitindo boas produções, e um clima tendencialmente mediterrânico, sem muitas oscilações, e temperado por influência do oceano pacífico.
Os dados revelam que em 1995 existiam cerca de vinte adegas e produtores no Chile; agora são praticamente trezentos…

UMA PARCERIA DE SUCESSO

Um dos projectos mais aliciantes desde o início, cuja primeira colheita foi a de 1996, foi o Almaviva, resultado de um acordo celebrado entre a Baronesa Philippine de Rothschild e Eduardo Tagle, ou melhor entre os gigantes empresariais Baron Philippe de Rothschild (França, Bordéus) e Vinícola Concha y Toro (Chile, Maipo). Como é sabido, o grupo Baron Philippe de Rothschild marcou presença vínica em vários países na viragem do século, numa clara política de dispersão de investimentos, quase sempre recorrendo a parcerias com produtores locais (inclusivamente em Portugal), sendo que Almaviva, a par do projeto americano Opus One, tem sido das mais bem-sucedidas.
A influência bordalesa, e a lógica de châteaux (a própria casa da propriedade tem inspiração francesa), foi sempre evidente, predominando no encepamento e no lote (é praticamente um field blend) o Cabernet Sauvignon, sempre maioritário. Igualmente relevante é a presença de Carménère, a casta rainha do Chile (mas francesa de origem), confundida no passado por Merlot. O ‘sal e a pimenta’ ficam a cargo do Cabernet Franc e do Petit Verdot, com a primeira casta a chegar quase aos 10% em algumas colheitas. No solo da propriedade – são 63 hectares em produção dos 68 totais da propriedade – é visível a presença de muita pedra rolada advinda do leite do rio Maipo e a pluviosidade raramente ultrapassa os 200ml. A propriedade, sita em Puente Alto, é muito próxima da vinha que produz outro ícone chileno – Don Melchor – o que atesta a grandeza deste terroir. Igualmente revelador da preponderância francesa, o escoamento dos vinhos é feito quase todo – cerca de 90% – para Bordéus, e daí para o mundo, com cerca de 5% a ser comercializado pela Concha & Toro e outros tanto que fica para consumo interno no Chile e alguns clientes privados muito especiais.

Vinha com a cordilheira nevada em plano de fundo.

NOME DE ORIGEM FRANCESA

Apesar do bonito nome soar espanhol, vem da literatura francesa clássica, pois o Conde de Almaviva era o herói das Bodas de Fígaro, a famosa comédia de Pierre-Augustin Beaumarchais, adaptada para ópera por Mozart. A marca é sinónimo do que melhor se faz no Chile, sendo agraciado com fama e prestígio dentro e fora do seu país. Em viagem que fizemos há algum tempo ao Chile, e na qual percorremos várias regiões, podemos comprovar isso mesmo. Almaviva é porventura o nome mais repetido no Chile quando se pergunta qual o ícone vínico que mais respeita a qualidade e consistência, ao lado de nomes famosos como Don Melchor, Viña Santa Rita Casa Real, Viña Montes Alpha M, Viñedo Chadwick e Lapostolle Clos Apalta.

PROVA VERTICAL: 2015 BRILHOU A GRANDE ALTURA

Recentemente tivemos a oportunidade de fazer uma pequena vertical do vinho a convite do importador nacional, a Luxury Drinks (www.luxury-drinks.pt), empresa que, como o nome indica, é especialista na importação de marcas de renome como Gaja, Ornellaia ou Domínio de Pingus. Das várias colheitas provadas, comprovou-se a excelência do ano 2015 (o vinho obteve 100 pontos na Wine Spectator, atribuídos por James Suckling), um tinto absolutamente sedutor, com uma prova de boca sedosa e leve-mente mineral; um verdadeiro must! A colheita de 2010 revelou-se jovem ainda, ou seja, a dar boas indicações quanto à longevidade da marca. Isto comprovou-se com a prova das colheitas de 1999 e 2000, ainda que estas revelassem um perfil mais bordalês e menos novo-mundista (inclusivamente com um toque de fenol volátil no 1999…). A mais recente colheita no mercado é a de 2016, mantendo um registo muito acessível e prazeroso, de enorme atração, mas sem a complexidade demonstrada no vinho de 2015.

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Edição Nº25, Maio 2019

“Esporão no Porto” abre na Rua do Almada

O Esporão acaba de abrir portas na Rua do Almada 501, no Porto, com restaurante, loja e provas de vinhos, azeites e cerveja. Esta é a primeira vez que a empresa marca presença numa cidade e fora dos seus territórios de produção. Para Catarina Santos, Directora de Marketing do Esporão, “Estar aqui no Porto reforça […]

O Esporão acaba de abrir portas na Rua do Almada 501, no Porto, com restaurante, loja e provas de vinhos, azeites e cerveja. Esta é a primeira vez que a empresa marca presença numa cidade e fora dos seus territórios de produção.

Para Catarina Santos, Directora de Marketing do Esporão, “Estar aqui no Porto reforça a proximidade do universo Esporão à rotina dos dias na cidade. Através das nossas histórias, dos nossos produtos ou da gastronomia tradicional – centrada nas regiões e na sazonalidade dos produtos – queremos proporcionar momentos de pausa e com sabores únicos, entre amigos e família”.

No Porto, o Esporão terá uma equipa de cozinha local que, com a liderança e coordenação do chef Carlos Albuquerque, executará um menu de inspiração tradicional, onde o produto, região e estação são elementos centrais. Pratos descomplicados e genuínos, exclusivos deste espaço, para usufruir com os vinhos, azeites e cervejas do Esporão.

Para além das provas, almoços e jantares, será possível petiscar durante a tarde e participar em workshops e provas especiais que serão agendadas todos os meses.

A Escolha do Mestre – Álcool e tendências de consumo

O sector do vinho está a ser alvo de várias campanhas internacionais que apontam o álcool como malefício e não distinguem entre o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a apreciação responsável de um vinho. Uma boa parte dos produtores reage, fazendo vinhos com menor teor alcoólico, mas outros apostam precisamente no contrário, para criar […]

O sector do vinho está a ser alvo de várias campanhas internacionais que apontam o álcool como malefício e não distinguem entre o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a apreciação responsável de um vinho. Uma boa parte dos produtores reage, fazendo vinhos com menor teor alcoólico, mas outros apostam precisamente no contrário, para criar diferenciação.

TEXTO Dirceu Vianna Junior MW

FOTOS Arquivo

Por séculos, o álcool tem desempenhado um papel importante nas nossas interações sociais auxiliando pessoas a relaxarem, diminuindo inibições, ajudando a criar relacionamentos e melhorando amizades. É provável que o consumo de bebidas alcoólicas se tenha originado no período Paleolítico. De acordo com a revista National Geographic, a evidência mais segura e antiga de consumo de bebida alcoólica vem de Jiahu na China por volta de 7000 a.C onde agricultores fermentavam uma mistura entre arroz, uvas, bagas de espinheiro e mel em potes de barro. O álcool teve um papel considerável no desenvolvimento da nossa cultura, influenciando diversos aspectos incluindo linguagem, arte e religião.

Nos últimos tempos, porém, o sector do vinho e das bebidas alcoólicas tem estado sob assédio. Essa perseguição vem acontecendo gradualmente e parece ter acelerado recentemente. De acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens devem limitar o consumo de álcool a quatro unidades por dia e as mulheres não devem ultrapassar três, o que equivale a um copo grande de vinho. Recentemente, Sally Davies, Chief Medical Officer da Inglaterra, afirmou que não existe nível seguro para o consumo de álcool e criticou os estudos que defendem os benefícios do vinho. Esses sinais apontam para uma campanha que visa transformar o álcool em algo negativo, ao exemplo do que foi feito com o tabaco nas últimas décadas. Esse grupo ‘anti-álcool’ cria mensagens tentando minimizar os benefícios do consumo moderado de álcool para a saúde como, por exemplo, estudos que mostram redução no risco de morte por doença cardíaca em cerca de 15 a 30%, além de outras vantagens. Décadas de evidências mostrando que pessoas que bebem moderadamente vivem mais do que abstémios estão sendo gradualmente corroídas. Kari Poikolainen, doutor em ciências médicas na Universidade de Helsínquia, examinou décadas de pesquisas sobre os efeitos do consumo de álcool e acredita que beber apenas se torna prejudicial quando o consumo é excessivo. Na sua opinião, as evidências mostram que o consumo moderado é melhor que abster-se. No entanto, beber demasiadamente é mais prejudicial à saúde do que a abstinência. Atualmente existe um plano de acção endossado pelos 53 membros europeus da OMS visando reduzir consumo de álcool e em Portugal o Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos e as Dependências 2013-2020 acompanha essa estratégia. Embora seja indispensável alertar os cidadãos contra o uso nocivo do álcool, é importante fazer distinção entre as mensagens negativas provenientes de neo-proibicionistas que visam mudar as normas sociais e reduzir a aceitação do álcool na sociedade e uma mensagem sensata sobre os perigos do consumo excessivo. Esse grupo adopta uma abordagem radical e trata todas bebidas alcoólicas da mesma forma, apesar de o vinho ser consumido de maneira diferente do que gin, a vodka e tequila. O vinho é frequentemente consumido durante refeições. Raramente é o combustível que incendeia os centros das cidades por jovens saindo de bares e clubes nas primeiras horas do dia causando barulho, confusão e sujidade.

MUDANÇAS NA VINHA E NA ADEGA

Existem evidências que apontam para uma gradual mudança no comportamento das pessoas entre 25 e 44 anos. Brandy Rand, diretor de marketing da IWSR, responsável por fornecer estatísticas sobre o consumo global de bebidas alcoólicas, acredita que esse segmento está procurando reduzir o álcool que consome. De acordo com a Wine Intelligence, um estudo dos mercados do Reino Unido, EUA, Canadá, Suécia, Nova Zelândia e Austrália, indica que um terço dos consumidores de vinhos premium tentaram moderar o consumo de álcool nos últimos meses. Uma das opções está na busca de vinhos com menor graduação alcoólica. Além de menos intoxicantes, atraem menos impostos. Na Noruega, o imposto é calculado dependendo do teor alcoólico. Nos EUA, vinhos com mais de 16% atraem maiores impostos, o que também é o caso na Europa onde vinhos com mais de
15% são punidos. Esses são motivos pelos quais algumas empresas estão lançando vinhos com menor graduação. A Cooperativa de Plaimont, no sudoeste da França, lançou recentemente um Côte de Gascogne com 9% de álcool. “A demanda por vinhos de baixo teor alcoólico é forte”, diz Olivier Bourdet-Pees, director administrativo da empresa. A Wine Intelligence estudou onze importantes mercados de vinho para entender oportunidades para vinho sustentáveis, orgânicos e de baixa graduação e revelou que a maior oportunidade para vinhos com baixo teor alcoólico se encontra na Nova Zelândia e Austrália, em contraste com a Alemanha, Suécia e Japão onde a oportunidade é menor. Em termos de produção, existem várias maneiras de diminuir a graduação alcoólica de um vinho. No vinhedo, a escolha do material vegetativo, incluindo clones, capazes de atingir a maturação com menos açúcar é vital. A estratégia de nutrição da planta e gestão da copa podem exercer grande influência. Optar por um rendimento maior e antecipar a colheita ajudam reduzir os níveis, embora essas opções, quando não bem geridas possam causar efeitos adversos na qualidade do produto final.

Na adega, condições específicas de fermentação, tratamentos do mosto e o uso de leveduras selecionadas podem causar um impacto significativo. Por exemplo, Ionys, uma levedura descoberta pela empresa canadense Lallemand, é capaz de realizar a total conversão alcoólica atingindo redução de até 0,8% de álcool. Fazer a sangria das cubas também ajuda, pois o vinho lágrima contém mais açúcar, deixando para trás mosto com potencial alcoólico menor. Outras opções incluem fazer lote com componentes menos alcoólicos, cessar a fermentação deixando uma fracção do açúcar residual ou até mesmo diluir com água onde essa técnica é permitida como é o caso na Califórnia. Há também o uso de tecnologia, como Osmose Inversa ou Cones Giratórios que diminuem a graduação alcoólica. Na Herdade do Rocim, Pedro Ribeiro, administrador e enólogo, explica que as estratégias para fazer um vinho com a graduação alcoólica mais baixa é resultado de duas opções naturais, colheita antecipada e o facto da videira ter porte retumbante promovendo o ensombramento dos cachos, o que gera uvas com menos açúcar. Em busca de vinhos que são naturalmente mais baixos em álcool, o Programa de Pesquisa da Nova Zelândia é uma parceria entre produtores e o governo que visa o desenvolvimento de vinhos de alta qualidade que sejam naturalmente baixos em álcool. O investimento de NZD 17 milhões de dólares ao longo de 7 anos tem como objetivo aperfeiçoar o cultivo de uvas com maturação perfeita cujo potencial alcoólico seja 30% inferior. Os produtores neozelandeses, como Mt Difficulty Wines, Pernod Ricard e Villa Maria, estão entre as empresas envolvidas que tem como objetivo fazer da Nova Zelândia o líder dessa categoria até 2025.

E A QUALIDADE, COMO É?

Embora exista uma certa tendência para valorizar vinhos mais frescos, a maioria dos produtores busca a qualidade acima de tudo e a graduação alcoólica é apenas consequência. Não há dúvida que o desenvolvimento do conhecimento de viticultura nas últimas duas décadas tem ajudado viticultores a manter as uvas na vinha por mais tempo em busca de maturação fenólica. No entanto isso gera níveis de açúcar mais altos e consequentemente teores alcoólicos elevados. Esse é um tema que desafia produtores em muitas partes do mundo, principalmente nas regiões mais quentes. Novas técnicas de gerenciamento da canópia também exercem um impacto considerável. Copas abertas concedem maior incidência solar à planta e a prática da remoção das folhas ao redor dos cachos melhora a exposição. Isso, por sua vez, aumenta o açúcar. Além dessas técnicas, certas castas como Viognier e Zinfandel, são reconhecidas pelas suas capacidades de acumular altos níveis de açúcar. António Aguiar, sócio-gerente da Brites Aguiar Lda, explica que a primeira versão do vinho Bafarela 17 surgiu em 2004 quando a colheita de uma das parcelas aconteceu acidentalmente tarde. Apesar da análise apontar teor alcoólico de cerca de 14%, havia grande percentagem de uvas passas no cachos que se foram abrindo durante o processo fermentativo, resultando num vinho com 17%, eis o nome. Outro exemplo de um vinho português com alta graduação alcoólica é Carmim Primitivo tinto, com 16%. Um vinho composto por uvas de vinhedos velhos de Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez e Castelão. Tiago Garcia, enólogo do Grupo CARMIM, aponta a baixa produção (3 ton/ha) e um ano quente (2017) como factores principais que deram origem ao estilo. O vinho foi elaborado em lagares com pisa a pé, leveduras indígenas e sem estágio em madeira. O teor alcoólico de centenas de vinhos testados pelo Australian Wine Research Institute subiu de uma média de 12,4% em 1984 para 14,2% em 2002 e essa tendência continua. Há cinquenta anos atrás, muitos vinhos de Bordéus tinham graduação alcoólica de 10,5%, hoje, grande parte excede 13,5%. Além de exercer impacto na nossa saúde, vinhos com álcool mais elevado, de forma geral, não harmonizam tão bem com certos pratos mas isso não parece incomodar os consumidores de Bafarela 17 cujas 13.333 garrafas da 1ª edição se esgotaram em apenas duas semanas. António Aguiar sente entusiasmo por parte do consumidor e acredita que esse estilo terá futuro duradouro. Por outro lado, na opinião de Pedro Ribeiro os mercados mais sofisticados valorizam graduação alcoólica mais baixa.

O consumo de álcool vem diminuindo, excepto nos grupos com maiores rendimentos, que representam a maior parte dos consumidores de vinho. O grupo anti-álcool que não faz distinção entre as diferentes formas de álcool e está constantemente criando mensagens negativas e confusas sobre o seu consumo. O sector precisa fazer mais para educar consumidores sobre os aspectos positivos do consumo moderado de vinho para a saúde. Sempre haverá um pequeno mercado para vinhos com alto teor de álcool, especialmente em países onde a cultura do vinho ainda está em fase de desenvolvimento. Em países onde a comercialização e o consumo de vinhos tem um maior histórico, como é o caso da maioria dos países europeus, é provável que os consumidores continuem reduzindo o consumo de álcool no futuro e essa tendência favorecerá estilos de vinhos mais frescos, mais leves, mais fáceis de beber e com menor teor alcoólico.

 

Edição Nº25, Maio 2019

Às quintas há provas no Bago du Vin

A partir de Outubro, na primeira quinta-feira de cada mês, o Bago du Vin Gourmet Bar & Terrace,  wine bar do hotel Intercontinental Cascais-Estoril, convida os hóspedes e visitantes externos a conhecer mais sobre o universo dos vinhos. Serão provas de vinho, das 19 às 20 horas, com três vinhos, orientadas pelos respectivos produtores. O […]

A partir de Outubro, na primeira quinta-feira de cada mês, o Bago du Vin Gourmet Bar & Terrace,  wine bar do hotel Intercontinental Cascais-Estoril, convida os hóspedes e visitantes externos a conhecer mais sobre o universo dos vinhos. Serão provas de vinho, das 19 às 20 horas, com três vinhos, orientadas pelos respectivos produtores.

O primeiro produtor, dia 3 de Outubro, será a Adega Mãe, da região de Lisboa. No dia 7 de Novembro, será a vez da alentejana Monte da Raposinha. Já em Dezembro, dia 5, entrará em cena a Quinta do Monte d’Oiro, também de Lisboa.

Marque TDI celebrou 25 anos e inaugurou novas instalações

A Marque TDI, subsidiária em Portugal do Grupo Domino Printing Sciences, celebrou, dia 19 de Setembro, o seu 25º aniversário. Para comemorar, a data a empresa juntou clientes, colaboradores, fornecedores e demais entidades, na sua sede na Zona Industrial da Maia, inaugurando assim o seu novo espaço, que conta agora com 2500 m2 de armazém, […]

A Marque TDI, subsidiária em Portugal do Grupo Domino Printing Sciences, celebrou, dia 19 de Setembro, o seu 25º aniversário. Para comemorar, a data a empresa juntou clientes, colaboradores, fornecedores e demais entidades, na sua sede na Zona Industrial da Maia, inaugurando assim o seu novo espaço, que conta agora com 2500 m2 de armazém, showroom e escritórios, melhorando assim as condições para todos os integrantes da empresa.

“Quisemos partilhar este momento com os nossos clientes, parceiros e colaboradores que se mantêm empenhados, dia após dia, para prestar um serviço de excelência “– sublinha a Administração da Marque TDI.

A Marque TDI é um fornecedor de referência na instalação de equipamentos industriais de codificação e etiquetagem, atingindo uma quota de mercado de 59%.

A aposta dos últimos anos tem incidido na integração e IOT (Internet of Things) para responder às novas exigências da Indústria 4.0 e redução da pegada ecológica.

Na foto estão Henrique Gonçalves e Ricardo Gonçalves, ambos administradores da Marque TDI.

As novas instalações da empresa.

Mercado de Vinhos do Campo Pequeno regressa em Outubro

De 18 a 20 de Outubro, a oitava edição do Mercado de Vinhos voltará a animar o Campo Pequeno, dando palco a pequenos e médios produtores de vinho nacionais. A organização, a cargo do Campo Pequeno e da House of Wines, promete que não faltarão novidades, como novos projectos e enólogos. A região de Lisboa […]

De 18 a 20 de Outubro, a oitava edição do Mercado de Vinhos voltará a animar o Campo Pequeno, dando palco a pequenos e médios produtores de vinho nacionais. A organização, a cargo do Campo Pequeno e da House of Wines, promete que não faltarão novidades, como novos projectos e enólogos. A região de Lisboa será a protagonista deste ano, sendo a região convidada.
No Mercado de Vinhos, os visitantes podem provar e comprar os produtos das marcas presentes, mas também participar, de forma gratuita, em actividades paralelas, como a apresentação da ACIBEV sobre a iniciativa Wine in Moderation, visitas temáticas, circuitos guiados com a sommelier Teresa Gomes e o momento “Conversas e um copo de vinho”. Também a exposição “Da Vinha ao Vinho – As Castas Portuguesas” volta a estar no evento.
O bilhete de entrada tem um valor de €3 sem copo de prova, e €6 com copo.

Espumante Quinta de São Lourenço 2008 vence concurso na Bairrada

No âmbito do evento Aqui na Bairrada – Beber e Saborear, realizou-se a edição de 2019 do Concurso de Espumantes e Vinhos Bairrada. O painel de 15 provadores elegeu, com Grande Medalha de Ouro, o Quinta de São Lourenço Espumante branco 2008, das Caves do Solar de São Domingos. A concurso estiveram quase 70 referências, […]

No âmbito do evento Aqui na Bairrada – Beber e Saborear, realizou-se a edição de 2019 do Concurso de Espumantes e Vinhos Bairrada. O painel de 15 provadores elegeu, com Grande Medalha de Ouro, o Quinta de São Lourenço Espumante branco 2008, das Caves do Solar de São Domingos.
A concurso estiveram quase 70 referências, entre espumantes, vinhos tranquilos brancos e vinhos tintos. Com uma qualidade geral bastante elevada, não houve medalhas de prata, tendo todos os vinhos premiados – correspondentes a 30% da amostra – alcançado medalhas de ouro: dois espumantes com estágio até 24 meses; nove espumantes com estágio igual ou superior a 24 meses; três brancos e sete tintos.

Os premiados:

Grande Medalha de Ouro
Quinta de São Lourenço Espumante branco 2008 – Caves do Solar de São Domingos, S.A.

ESPUMANTES ESTÁGIO MENOS DE 24 MESES

Ouro
Aplauso Espumante branco 2017 – Ampulheta Mágica, Lda.
Marquês de Marialva Espumante rosé – Adega Cooperativa de Cantanhede, C.R.L

ESPUMANTES IGUAL OU SUPERIOR A 24 MESES

Ouro
Aliança Grande Reserva Espumante branco 2012 – Aliança – Vinhos de Portugal, S.A.
Casa do Canto Baga Bairrada Espumante branco 2015 – Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda.
Elpídio Espumante branco 2013 – Caves do Solar de São Domingos, S.A.
Marquês de Marialva Espumante branco 2014 – Adega Cooperativa de Cantanhede, C.R.L
Messias Espumante branco 2013 – Soc. Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, S.A.
Milheiro Selas Espumante branco 2014 – António Assunção Coelho Selas
Montanha Baga & Chardonnay Grande Cuvée Espumante branco 2010 – Anadiagro, Lda.
Quinta de São Lourenço Espumante branco 2008 – Caves do Solar de São Domingos, S.A.
Quinta do Poço do Lobo Baga Bairrada Espumante branco 2016 – Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda.
Samião Espumante branco 2015 – Quinta Vale do Cruz, Lda.

VINHOS BRANCOS

Ouro
Marquês de Marialva branco 2015 – Adega Cooperativa de Cantanhede, C.R.L
Quinta dos Abibes branco 2015 – Quinta dos Abibes Vitivinicultura Unipessoal, Lda.
Samião branco 2017 – Quinta Vale do Cruz, Lda.

VINHOS TINTOS

Ouro
A. Henriques tinto 2016 – Caves Montanha – A. Henriques, Lda.
Marquês de Marialva tinto 2014 – Adega Cooperativa de Cantanhede, C.R.L
Nelson Neves tinto 2013 – Célia Moreira Briosa Neves – Herdeiros
Quinta do Poço do Lobo tinto 2015 – Caves São João – Sociedade dos Vinhos Irmãos Unidos, Lda.
Quinta dos Abibes tinto 2015 – Quinta dos Abibes Vitivinicultura Unipessoal, Lda.
São Domingos tinto 2015 – Caves do Solar de São Domingos, S.A.
Samião tinto 2017 – Quinta Vale do Cruz, Lda.

Bairrada cria marca identitária

A Bairrada acaba de apresentar a sua primeira marca identitária e territorial, que visa funcionar como símbolo agregador de toda a região. O anúncio foi feito durante o evento vínico e gastronómico “Aqui na Bairrada”, realizado em Anadia. No ano em que celebra o 40º aniversário da demarcação enquanto região vitivinícola, a Bairrada resolveu comemorar […]

A Bairrada acaba de apresentar a sua primeira marca identitária e territorial, que visa funcionar como símbolo agregador de toda a região. O anúncio foi feito durante o evento vínico e gastronómico “Aqui na Bairrada”, realizado em Anadia.

No ano em que celebra o 40º aniversário da demarcação enquanto região vitivinícola, a Bairrada resolveu comemorar com a apresentação de uma marca identitária. O conceito, desenvolvido pela Ivity Brand Corp, procura resumir as principais valências e mais valias dos oito concelhos que integram a região (Anadia, Águeda, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada, Oliveira do Bairro e Vagos) e vai muito para além do vinho: água, leitão, desporto (com ciclismo em destaque), cerâmica, ciência, indústria, paisagem florestal, agrícola e marítima são alguns dos pontos em destaque.

A ideia é apresentar a Bairrada com um centro de bem viver (a assinatura da marca, aliás, é “Terras de Bem-Viver”), conceito que se desdobra por outros “bem”: a simbologia integra a garrafa em “Terras de bem-beber”, o leitão em “Terras de bem-comer”, o copo em “Terras de bem-receber”, a bicicleta em “Terras de bem-pedalar” e a fonte termal em “Terras de bem-estar”. Eventualmente mais importante do que a nova marca, terá sido o que a ela esteve subjacente: a colaboração e compromisso entre os oito municípios, a Rota da Bairrada e a Comissão Vitivinícola da região. Esperemos que esses pressupostos se mantenham e conduzam a uma região mais unida e solidária no seu desenvolvimento.

 

No centro desta apresentação esteve o evento “Aqui na Bairrada – Beber e Saborear”, promovido pela CV Bairrada, Rota da Bairrada e Município de Anadia, que teve lugar nos dias 14 e 15 de Setembro no pavilhão desportivo desta cidade e contou com a participação empenhada dos agentes económicos da região, bem como a afluência de muitos visitantes que assim puderam apreciar os vinhos e gastronomia regionais e confraternizar com os seus produtores. No âmbito deste evento foi igualmente realizado o “Concurso de Espumantes e Vinhos Bairrada”, com cerca de 70 referências em prova, que apurou 22 medalhas de ouro e elegeu como grande vencedor absoluto o espumante Quinta de São Lourenço branco 2008, da Caves Solar de São Domingos. Paralelamente, e aproveitando a estadia de diversos jornalistas na Bairrada, foi inaugurada a remodelada adega Regateiro, em Aguada de Cima, e oficialmente apresentados os vinhos Caves São João 99 anos de História (desta vez, um rosé de 2018) e Lopo de Freitas branco 2017, da São Domingos. Duas masterclasses bastante concorridas, realizadas no Museu do Vinho, em Anadia, lembraram os 40 anos da demarcação da Bairrada e os (quase) 130 anos da produção de espumante na região, iniciada em 1890. Luís Lopes

The Yeatman conquista 4 prémios pela World of Fine Wine

O hotel vínico de luxo venceu, pela primeira vez, a categoria geral de “Melhor Carta Regional de Vinhos do Mundo”, e revalidou os prémios de “Melhor Carta Regional de Vinhos da Europa”, “Carta de Vinhos 3 Estrelas” e “Prémio do Júri”, atribuídos pela publicação inglesa World of Fine Wine. O “Wine Book”, como é apelidada […]

O hotel vínico de luxo venceu, pela primeira vez, a categoria geral de “Melhor Carta Regional de Vinhos do Mundo”, e revalidou os prémios de “Melhor Carta Regional de Vinhos da Europa”, “Carta de Vinhos 3 Estrelas” e “Prémio do Júri”, atribuídos pela publicação inglesa World of Fine Wine.

O “Wine Book”, como é apelidada a carta de vinhos do The Yeatman, apresenta mais de 1.500 referências, das quais 97% são vinhos nacionais. Listando várias colheitas, formatos especiais, edições limitadas e recuando anos e décadas, o Wine Book procura retratar o perfil sensorial dos actuais 105 parceiros vínicos nacionais do hotel.

Jan-Erik Ringertz, Diretor do The Yeatman, afirmou que “é um orgulho receber esta distinção internacional que consolida a nossa reputação e reconhece a seriedade, o rigor e o empenho com que as equipas trabalham diariamente. Esta distinção, que se considera como a versão do sommelier das estrelas Michelin, faz adivinhar a exclusiva experiência que pretendemos oferecer a quem nos visita”. Refira-se ainda que boa parte da responsabilidade deste prémio cabe à directora de vinhos da unidade hoteleira, Beatriz Machado (à frente da equipa, na foto).