Concurso Escolha do Mercado: Estão abertas as inscrições

A revista Grandes Escolhas organiza no próximo mês de MAIO (dia 15) a 4ª edição de um concurso exclusivamente dedicado aos vinhos brancos de Portugal. De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, […]
A revista Grandes Escolhas organiza no próximo mês de MAIO (dia 15) a 4ª edição de um concurso exclusivamente dedicado aos vinhos brancos de Portugal.
De características inéditas, este é um concurso totalmente focado no mercado e para o mercado. E por isso os jurados desta prova são seleccionados entre os compradores profissionais: restaurantes, sommeliers, lojas de vinhos, wine bars, compradores de grandes e médias superfícies e outros responsáveis de compras.
Um concurso com as regras do mercado.
Saiba todas as informações e inscreva-se AQUI.
Quinta do Casal Branco: Uma fábula para gente crescida

De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto […]
De todos os recantos e pormenores que caracterizam a Quinta do Casal Branco em Almeirim, o mais impressionante são as vinhas centenárias. Ao dar o primeiro passo para dentro de uma delas — neste caso, a Vinha do Tojal, a primeira da visita — senti-me como a Ofélia a descobrir, pé ante pé, o Labirinto do Fauno. É certo que a movimentada estrada está mesmo junto à vinha, mas as videiras com mais de cem anos são aqui tão imponentes no tamanho, e surreais nas formas, que o ruído sonoro e visual que de lá advém é por elas abafado, como se o labirinto se fechasse atrás de nós após a entrada. Com 3,20 hectares, a Vinha do Tojal foi plantada ainda na primeira década do século XX, por D. Manuel Braamcamp Sobral. As cepas velhas (hoje bem afastadas em compasso), que desenham curvas e contracurvas retorcidas em todas as direcções, como que feitas com magia, escondem Castelão e Alicante Bouschet. Os maiores e mais largos braços, da maioria das videiras, acusam a passagem do tempo pela vontade que mostram em descansar no solo. Em comprimento, algumas devem aproximar-se dos dois metros, e as oliveiras presentes, também elas centenárias, parecem gostar da companhia. Tanto que há pelo menos uma cepa e uma oliveira que se abraçam, a primeira em jeito de trepadeira e a segunda firme e altiva, sem vacilar.
Plantada na mesma altura, e com características semelhantes, foi a Vinha Velha do Castelão, só desta casta tinta, com 2,70 hectares. Vinhas velhas há muitas, mas poucas são as que nos mesmerizam assim. E o resultado dentro da garrafa não é difícil de adivinhar, também tendo em conta que a enologia é chefiada por Manuel Lobo de Vasconcellos — reconhecido enólogo de projectos como Quinta do Crasto ou Roquette & Cazes, e agora no próprio, Lobo de Vasconcellos Wines — membro da família proprietária. Manuel Lobo entrou com esta função no Casal Branco, juntamente com a agora enóloga residente Joana Silva Lopes, em 2014.
História
Fundada em 1755, a propriedade conhecida como Quinta do Casal Branco — que foi coutada real durante quatro séculos — totaliza 1100 hectares e, como é tradicional nas propriedades da região desta dimensão, sempre foi local de várias culturas agrícolas e de dedicação ao cavalo, com a Coudelaria do Casal Branco a remontar ao século XIX e ao 2º Conde de Sobral, D. Luis de Mello Breyner, cujo trabalho foi continuado pelos seus sucessores, até hoje. Através de várias gerações Braamcamp Sobral e Lobo de Vasconcelos, o Casal Branco manteve-se sempre na mesma família, que acabou por se dedicar de forma mais afincada à vinha e ao vinho, face aos outros projectos agrícolas, tendo já celebrado 200 anos de produção vitivinícola. Muito recentemente, como resultado de um processo de partilhas do património agrícola familiar, o negócio de vinhos da empresa “Casal Branco, Sociedade de Vinhos” passou a ser unicamente detido por José Lobo de Vasconcelos, neto de D. Manuel Braamcamp Sobral, que já geria esta parte, traduzida em cerca de 400 hectares, 118 dos quais de vinha. Na verdade, o Casal Branco foi, de acordo com José Lobo de Vasconcelos, o primeiro produtor do Tejo a certificar um vinho, da colheita 1989 e marca Falcoaria, em 1990, ano que marca o nascimento do projecto de vinho engarrafado. Esta marca, que hoje representa o segmento dos topos de gama no portefólio da casa, é inspirada na prática da falcoaria, cujo único testemunho actual na propriedade é um pombal secular, destinado outrora ao treino dos falcões.
A primeira adega do Casal Branco data de 1817 e já sofreu algumas intervenções, uma das mais importantes e profundas no século XX, por parte de D. Manuel Braamcamp Sobral, transformando-se na primeira adega industrial a vapor da região. A vinificação é ainda realizada nesta adega, que teve uma remodelação total em 2004, e a produção anual bate sensivelmente nos 900 mil litros de vinho, 90% da qual é exportada para mais de 20 mercados. Para José Lobo de Vasconcelos, a região do Tejo ainda sofre de muito preconceito em Portugal, uma das razões para um peso tão grande da percentagem de exportação.
Vinhas e terroir
Estamos na zona da Charneca (um dos três grandes terroirs da região, juntamente com o Bairro e o Campo) — na margem esquerda do Tejo, a Sul e Sudeste — com solos pobres franco-arenosos e, segundo Manuel Lobo, “quatro zonas de transição com barro e calhau rolado”. É uma zona mais seca e quente do que as outras duas, o que, juntamente com a componente arenosa e a pobreza geral dos solos, gera condições de rendimento controlado que favorecem especialmente o Castelão. Isto em oposição, sobretudo, à zona do Campo, de solo bem fértil e hidratado, pela proximidade ao rio. A Charneca é, assim, uma zona que acaba por ser ideal para a generalidade dos tintos e óptima para alguns brancos, com destaque para a Fernão Pires, casta bandeira da região, ao lado da tinta Castelão.
A área de vinha do Casal Branco passou, em grosso modo, por três fases determinantes. A primeira foi a plantação das vinhas centenárias já referidas, do Tojal e a Velha do Castelão. Depois, nos anos 50/60 do século XX, o pai de José Lobo de Vasconcelos, o engenheiro agrónomo Francisco Xavier Lobo de Vasconcellos, foi responsável pela plantação da também já bem velha Vinha do Tanxual, 7,5 hectares de Fernão Pires agora com 70 anos. É esta que origina o branco Falcoaria Vinhas Velhas. Este plantou, ainda, a Vinha dos Sertões, com 15,3 hectares de Fernão Pires e 11 de Castelão, tendo importado também Cabernet Sauvignon e Merlot de França (onde estudou), que representam a Vinha do Bico, com dois hectares.
Já na actual geração, entre 1999 e 2000, apostou-se nas castas tintas Syrah, Petit Verdot, Alicante Bouschet e Touriga Nacional, e mais tarde nas brancas Gouveio, Viognier, Alvarinho e Sauvignon Blanc. Em 2018, já com a presença da dupla actual de enólogos, iniciou-se a restruturação da Vinha dos Sertões, tendo sido arrancado parte do Castelão e plantado Moscatel, Touriga Franca e Sousão. Em 2022, plantou-se mais Touriga Franca, Touriga Nacional e Syrah, na mesma vinha. “Para 2023 está planeado continuar a fase de expansão da vinha, com a plantação total de 11 ha das castas Arinto, Sousão e Alicante Bouschet. “O plano estratégico passará sempre por manter as vinhas centenárias e potenciar ao máximo a sua qualidade, também reconverter parcelas cujo resultado é menos interessante do ponto de vista qualitativo, e introduzir castas que aportem aos nossos vinhos características melhoradoras, adaptadas ao terroir e à realidade das alterações climáticas”, explica Joana Silva Lopes.
Vinhos e espumantes
A Quinta do Casal Branco completou agora 30 anos de produção do seu espumante Monge, de Castelão, “o primeiro espumante com certificação na região”, marco que celebrou com o lançamento do Monge Blanc de Noirs Castelão Reserva 2015. Ambos produzidos pelo método clássico, de segunda fermentação em garrafa, distinguem-se pela utilização de leveduras encapsuladas no Monge Colheita, e livres no Reserva, que “trabalharam” na garrafa durante os cinco anos de estágio em cave. Ambos foram provados nesta reportagem. Em prova estão também os “entrada de gama” Terras de Lobos — branco, rosé e tinto — Quinta do Casal Branco — nas edições Alvarinho, Sauvignon Blanc, Syrah e Red Blend — e os “topos” Falcoaria Vinhas Velhas branco, tinto e Grande Reserva tinto. Em jeito de micro-vertical, provaram-se também duas colheitas anteriores do Falcoaria Vinhas Velhas branco e outra do Grande Reserva tinto. O Vinhas Velhas branco 2018 já mostra bem a excelente capacidade de evolução em garrafa deste vinho, com muita pólvora no nariz e alguma redução mas a revelar toda a sua finesse, elegância e complexidade na boca (18,5). O 2016, por sua vez, confirma mesmo isso, a trazer uma amplitude excelente, gigante complexidade e frescura natural de luxo (19). O Falcoaria Grande Reserva tinto 2015, tal como a edição que está no mercado, invoca fruta madura, componente mentolada e resinoso, resultando exótico, com cedro, sândalo, cera de abelha e tabaco tipo cigarrilha. Com muito “para andar” (18,5). Mas todos estes vinhos vêm reforçar sobretudo uma coisa: que o preconceito (sobretudo nacional, como desabafou José Lobo de Vasconcelos) sobre o Tejo já é só mesmo isso, e está na altura de ser largado.
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)
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Falcoaria
Tinto - 2018 -
Falcoaria
Tinto - 2020 -
Quinta do Casal Branco
Tinto - 2021 -
Quinta do Casal Branco Red Blend
Tinto - 2018 -
Terra de Lobos
Tinto - 2021 -
Terra de Lobos
Rosé - 2022 -
Falcoaria Vinhas Velhas
Branco - 2020 -
Quinta do Casal Branco
Branco - 2021 -
Quinta do Casal Branco
Branco - 2021 -
Terra de Lobos
Branco - 2021 -
Monge
Espumante - 2015 -
Monge
Espumante - 2015
Bairrada à Mesa e no Copo: Menus especiais entre Aveiro e Coimbra

Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada. De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que […]
Começou a Primavera e são muitos os motivos para aproveitar e viajar. A Comissão Vitivinícola da Bairrada e a Associação Rota da Bairrada desafiaram os restaurantes da Região (entre Aveiro e Coimbra) para criarem um motivo adicional de visita à Bairrada.
De 24 de Março a 6 de Abril várias são as hipóteses para que venha provar as iguarias da região acompanhadas de um copo de vinho (ou espumante) Bairrada ou Beira Atlântico. Leitão à Bairrada, Chanfana, Cabrito ou uma boa Caldeirada de Enguias fazem parte das propostas com que se vai poder deliciar.
É possível descarregar a lista de restaurantes e ementas em www.bairrada.pt, verificar datas e horários, fazer a(s) sua(s) escolha(s), reservar (preferencialmente) e apreciar o que de bom existe para oferecer nestas “Terras de Bem-Viver”. Aproveite e visite a Região, as suas belezas naturais e os seus produtores.
Bairrada à Mesa – Menus Especiais – 2023
Menus de 20€e 35€ em 46 restaurantes da Região.
Data: de 24 de Março a 6 de Abril
Horário: informação disponível em www.bairrada.pt
Susana Esteban Tira o Véu do Vinyle Sem Vergonha… e Procura a vinha Centenária

Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em […]
Na procura por vinhas alentejanas que mostrassem potencial para reflectir os vinhos que pretendia fazer, Susana Esteban encontrou em Portalegre, concretamente na Serra de São Mamede, o “match” perfeito. Foi em 2011 — depois de já ter passado, enquanto enóloga, por vários produtores do Douro e do Alentejo — que assim iniciou o projecto em nome próprio, com base em duas vinhas: uma velha, em Salão Frio, com muitas castas misturadas e baixa produção, e outra com 25 anos (na altura), de Alicante Bouschet. Ao primeiro vinho, e em homenagem a este caminho, Susana Esteban chamou-lhe Procura.
Depois, veio o Aventura e, entretanto, surgiram também os Sem Vergonha, Cabriolet, Sidecar (vinho que a produtora faz sempre em parceria com um amigo convidado, na sua adega) e Tira o Véu. Hoje, Susana é reconhecida como uma das impulsionadoras desta “nova” Portalegre vínica, sub-região alentejana hoje muito valorizada, pela qualidade dos vinhos que lá nascem e carácter único dos terroirs nela inseridos, que se reflectem no líquido engarrafado.
Em Janeiro deste ano, Susana apresentou ao mercado novas colheitas dos já conhecidos Tira o Véu branco, Procura branco e tinto e Sem Vergonha tinto e, adicionalmente, as referências inéditas Vinyle, em branco, e os tintos A Centenária e Special Edition, todos sob a marca “umbrella” Susana Esteban. Quanto a estreias absolutas, o Susana Esteban Vinyle branco 2021 (1800 garrafas) vem de uma vinha centenária na serra e com mistura de castas tradicionais. Um terço dele fermentou e estagiou em duas barricas de 500 litros, onde já tinha vinificado o Sidecar 2020, que Susana fez com Emmanuel Lassaigne, produtor de Champagne. Emmanuel, “apaixonado por música e discos vinil” (inspiração para o nome do vinho) utilizava estas mesmas barricas para vinificar bases para os seus Champagne. O Susana Esteban A Centenária 2021, por sua vez, é o primeiro tinto da produtora feito exclusivamente de vinha velha, sem o “extra” de Alicante Bouschet. Tendo originado 2500 garrafas, estagiou em barricas de carvalho francês e resultou num vinho completamente luxuoso.
Já o Special Edition 2018 — com 60% de Alicante Bouschet, 20% de Touriga Nacional e o resto de “field blend” — é considerado por Susana como o “tinto mais especial” que produziu até hoje, com as suas “melhores uvas de Alicante Bouschet, de sempre”. Para o conseguir, seleccionou as 5 barricas que mais se destacaram, “pela enorme complexidade e capacidade de guarda”, diz. Antes do estágio de 3 anos em barricas usadas, o mosto vinificou em lagares. Depois, estagiou mais um ano em garrafa. Segundo Susana, não se sabe se o Special Edition voltará a existir. É, por isso, um vinho muito exclusivo. Além disso, originalmente existiam 1470 garrafas, e sobraram apenas 1300 de um “desgraçado acidente”, revela a produtora nascida em Tui.
Entre as referências já conhecidas de Susana Esteban, merece também destaque o branco Tira o Véu 2021 (2615 garrafas), aqui na sua segunda edição, feito com 30% de contacto com as películas (mantidas no vinho apenas até Dezembro), em ânforas revestidas a epoxy “com o objectivo de preservar a identidade da vinha”, diz Susana, que adianta ainda que “o contacto pelicular faz polimento do tanino”. O primeiro Tira o Véu foi de 2019, e chamou-se assim porque o vinho criou, acidentalmente, véu de flor na Primavera, daí o nome. O fenómeno passou a acontecer propositadamente, para se manter o conceito, e o branco estagia em ânfora até Julho. A vinha onde tem origem, por sua vez, tem cerca de 85 anos e várias castas misturadas, e está a 700 metros de altitude.
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)
12 rosés para celebrar a Primavera

Na Grandes Escolhas somos fãs de Rosés e por isso sugerimos 12 vinhos rosados, em diferentes segmentos de preço. Uma forma de dar as boas-vindas à Primavera!
Na Grandes Escolhas somos fãs de Rosés e por isso sugerimos 12 vinhos rosados, em diferentes segmentos de preço. Uma forma de dar as boas-vindas à Primavera!
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Kompassus Coleção Privada Tête de Cuvée Nature
Rosé - 2017 -
Quinta da Rede
Rosé - 2021 -
Casal Sta Maria Mar de Rosas
Rosé - 2021 -
Heritage
Rosé - 2021 -
Mamoré de Borba
Rosé - 2021 -
Quinta da Alameda
Rosé - 2021 -
São Luiz Winemakers Collection
Rosé - 2021 -
Pousio Selection
Rosé - 2021 -
Manoella
Rosé - 2021 -
Bacalhôa Vinha dos Frades
Rosé - 2021 -
Maria Francisca
Rosé - 2021 -
Quanta Terra Phenomena
Rosé - 2021
Millèsime Encontro Nacional de Espumantes – Programa das provas comentadas

MILLÈSIME – 1º ENCONTRO NACIONAL DE ESPUMANTES A 25 E 26 DE MARÇO O programa do evento que decorre já nos dias 25 e 26 de Março no Curia Palace Hotel pode ser consultado AQUI . São 36 os produtores nacionais e mais 2 produtores espanhóis que participam no evento Millèsime – Encontro Nacional […]
MILLÈSIME – 1º ENCONTRO NACIONAL DE ESPUMANTES A 25 E 26 DE MARÇO
O programa do evento que decorre já nos dias 25 e 26 de Março no Curia Palace Hotel pode ser consultado AQUI .
São 36 os produtores nacionais e mais 2 produtores espanhóis que participam no evento Millèsime – Encontro Nacional de Espumantes.
A entrada tem o valor de 10€ com direito a copo Schott e o visitante pode provar livremente todos os vinhos que desejar. Pode também adquirir especialidades gastronómicas da região e abastecer-se dos vinhos dos produtores presentes na loja dinamizada pela Garrafeira Bohemios.
Para quem quiser saber mais sobre o tema tem ainda 4 provas comentadas pelos especialistas Luis Lopes e Luis Antunes onde os espumantes topo de gama são decifrados ao detalhe e harmonizados com leitão ou com iguarias várias fornecidas pelo restaurante Rei dos Leitões. Tudo isto envolto num ambiente sofisticado e glamoroso a lembrar a época dourada do termalismo de luxo no princípio do século XX, de que o Palace Hotel da Curia é um dos exemplos mais brilhantes. Dois dias imperdíveis!
Fique agora a par de todas as provas comentadas, pode inscrever-se directamente em: inscricoes@grandesescolhas.com (fornecendo os seus dados: nome/entidade, morada e nif).
Para outras informações ligue: 215810526.
Provas para Sábado dia 25 de Março:
16h – Prova orientada por Luís Lopes 18h – Prova orientada por Luís Antunes
Provas para Domingo dia 26 de Março:
16h – Prova orientada por Luís Lopes 18h- Prova orientada por Luís Antunes
Grande Prova: No doce mundo dos Colheita Tardia

Os Colheita Tardia são vinhos doces não fortificados, o que os difere dos Porto, Madeira e outros licorosos, onde para preservar o açúcar natural acumulado nas uvas, a fermentação é interrompida por adição de aguardente. No caso dos Colheita Tardia o próprio nome explica, em parte, a forma como o vinho é obtido. As uvas […]
Os Colheita Tardia são vinhos doces não fortificados, o que os difere dos Porto, Madeira e outros licorosos, onde para preservar o açúcar natural acumulado nas uvas, a fermentação é interrompida por adição de aguardente. No caso dos Colheita Tardia o próprio nome explica, em parte, a forma como o vinho é obtido. As uvas são colhidas mais tarde, entrando em processo de desidratação, concentrando o açúcar e modificando os aromas.
Na história da humanidade, os vinhos doces eram muito apreciados em vários períodos a começar pela Roma Antiga – Vinum Dulce, Vinum Diachytum e Passum – feitos de uvas com maior ou menor grau de passificação.
Existem várias técnicas que permitem promover a desidratação dos bagos. A mais simples – passerillage – é deixar as uvas secarem na vinha. Cessa a ligação vascular entre a videira e o bago e a água começa a evaporar. Este processo pode ser acelerado, torcendo os caules dos cachos.
Outra forma é colher as uvas mais cedo e deixar secar ao sol, como fazem na Toscana para produzir Vin Santo ou em Jura para o Vin de Paille. Assim preservam-se melhor os ácidos do bago, mas alguns aromas degradam com a temperatura. O Eiswein na Alemanha e Áustria ou Icewine no Canadá é o extremo de colheita tardia – as uvas ficam na vinha até congelarem com temperaturas negativas. A vindima ocorre em Janeiro, resultando em mostos altamente concentrados em açúcares. E finalmente, a forma mais difícil e sofisticada de fazer o vinho doce é usando as uvas afectadas pelo fungo Botrytis cinerea, chamada “podridão nobre” que só é possível em condições muito específicas. O Botrytis também pode ser induzido quer antes, quer depois de vindima e estudos confirmam que em ambas as situações, o fungo cumpre a sua função de transformação profunda da composição dos bagos.
O início dos vinhos botritizados é associado à região de Tokaj na Hungria, onde os primeiros registos datam de 1560. Os vinhos ganharam notoriedade em XVII e XVIII e hoje o Tokaji Aszú é um dos mais famosos vinhos doces no mundo.
A Alemanha também contribuíu para o desenvolvimento de vinhos botritizados, ocorrendo a primeira experiência em 1775 por mero acaso. O dono da propriedade Schloss Johannisberg, em Rheingau, esqueceu-se de dar ordem para vindima e as uvas acabaram por ficar afectadas pela podridão nobre. A região de Sauternes, em Bordeaux, é outro exemplo clássico, onde, segundo reza a história, o primeiro vinho botritizado também foi feito por acaso em 1815.
Podridão sim, mas nobre!
Vinhos produzidos com a ajuda involuntária do fungo Botrytis cinerea é o fenómeno mais espantoso que existe no mundo vitivinícola. É um fungo patogénico, normalmente temido pelos viticultores dada a sua natureza extremamente danosa quando ataca as uvas. Provoca podridão cinzenta. Mas em condições certas, na altura certa, revela o seu alter ego – podridão nobre, actuando de forma benevolente e preparando a matéria-prima para os vinhos únicos.
Se o fungo é o mesmo, quando e como o lado bom de Dr. Jekyll domina o carácter sombrio de Mr. Hyde?
Há vários factores em jogo: meso- e microclima apropriado durante o tempo necessário; castas com determinadas características (em termos de maturação, anatomia do bago e cacho, produção de fitoalexinas em reação ao stress biológico etc.); e maturação total de uva na altura da invasão de Botrytis.
Numa situação ideal, as noites húmidas e nevoeiros matinais permitem o desenvolvimento do fungo, enquanto os dias solarentos e secos travam a sua evolução e ajudam a evaporação da água e desidratação dos bagos. E assim, repetidamente durante 2-4 semanas. No tempo demasiado chuvoso com pouco sol, as uvas não secam e outros microorganismos juntam-se à festa. Se, pelo contrário, o tempo permanecer muito seco, o desenvolvimento do fungo-maravilha é comprometido e o seu impacto benéfico fica sem efeito.
É facil concluir que só em alguns terroirs as condições ideais se verificam com a frequência comercialmente viável. O exemplo clássico é Sauternes e comunas adjacentes (Barsac, Cérons, Louipac, etc.) localizadas na proximidade do rio Garonne e o seu afluente Ciron de águas frias, alimentados por nascentes, onde o contraste da temperatura das águas é responsável pelo mesoclima. E mesmo nestes locais, com as alterações climáticas, hoje tudo se torna mais imprevisível.
O papel do Botrytis
O Botrytis sinerea penetra o bago através de mircrofissuras na pele e começa a batalha enzimática entre a planta e o fungo. A película fica macerada e mais fina, funciona como uma esponja, facilitando a evaporação da água; o bago diminui em tamanho até 5 vezes, o que explica a concentraçã dos açúcares. Isto provoca o aumento da pressão osmótica no meio e o fungo acaba por morrer. A vindima tem de acontecer no momento certo e, como a evolução do fungo nos cachos é muito díspar, obriga a várias passagens na vinha.
Curiosamente quando B. cinerea coloniza as uvas, o fungo tende a ser dominante e a quantidade de outros fungos diminui drasticamente. Aliás, quanto mais pura for a colonização de botrytis, melhor será a qualidade do vinho. Entretanto, as bactérias acéticas são bem presentes nas uvas afectadas pelo botrytis e não perdem a oportunidade de participar no processo, sendo muitas vezes responsáveis pela alta produção de ácido acético.
A presença do fungo altera significativamente a composição do bago com forte impacto na vinificação e, sobretudo, nas características organolépticas do vinho. A textura extremamente cremosa e macia dos vinhos botritizados deve-se ao glicerol abundante, podendo a sua concentração ser superior a 20 g/l. Alguns precursores aromáticos não existem nas uvas sãs, sendo criados pela acção da podridão nobre e outros ficam dramaticamente ampliados. A desidratação favorece a acumulação de compostos terpénicos (responsáveis pelos aromas florais, frutados e tabaco) enquanto a presença de B. cinerea facilita o seu desprendimento dos precursores através das enzimas presentes no mosto.
Tióis voláteis estão também bem presentes nos vinhos botritizados e conferem aromas típicos de casca de limão, toranja e maracujá. Variadíssimos tipos de lactonas benefeciam os vinhos de podridão nobre com aromas de damasco e pêssego, caramelo, notas mentoladas, aromas de coco em certos casos, sobretudo se o vinho tiver estágio em madeira, reforçando o tal famoso aroma de laranja cristalizada. O sotolon, responsável pelos aromas de caril, feno-grego e nozes, frequente nos vinhos do Porto e Madeira devido ao seu envelhecimento oxidativo, também foi identificado em Sauternes.
Outros compostos aromáticos muito importantes em vinhos botritizados são os benzaldeído e furfural com aromas amendoados, e fenilacetaldeído (não encontrado em uvas ou mostos sãos), com aroma de mel e cera de abelha. Os álcoois superiores como o feniletanol juntamente com o seu éster feniletil acetato também são compostos associados aos vinhos botritizados, conferindo o aroma de rosas. O cheiro a cogumelo pode ser identificável em alguns vinhos. Geralmente, os vinhos de uvas desidratadas caracterizaram-se por um maior teor de compostos com aromas a fruta fresca, enquanto a podridão nobre induz a maior complexidade aromática.
Castas e vinificação
Entre as castas mais utilizadas para colheitas tardias com podridão nobre estão Sémillon e Sauvignon Blanc em Sauternes e Barsac, Riesling no perfil Beerenauslese e Trockenbeerenauslese na Alemanha e Áustria, Furmint nos famosos Tokaji Aszú da Húngria, Riesling, Gewurztraminer, Pinot Gris e Muscat em Vendange Tardive da Alsácia. Curiosamente, não são todos de película fina: algumas castas, como a Furmint ou a Gewurztraminer têm a película grossa, mas demonstram a susceptibilidade à podridão nobre.
Em Portugal utiliza-se muito a casta Sémillon, sobretudo no Douro sob a sinonimia Boal (não confundir com o Boal da ilha da Madeira que é a Malvasia Fina no continente). Arinto e Fernão Pires também são opções. No Dão, Encruzado em parceria com Malvasia Fina e, na Casa de Santar, com Furmint. Viognier entra no lote da Quinta da Folgorosa e Falcoaria (Manuel Lobo reconhece uma grande textura que esta casta confere ao vinho). Casa de Vilacetinho, nos Vinhos Verdes, aposta no Avesso e faz um colheita tardia com carácter muito particular. Na Herdade da Malhadinha Nova optaram por utilizar uma outra casta francesa, Petit Manseng.
A vindima das uvas com Botrytis é muito exigente. A selecção na adega é extremamente rigorosa – é preciso separar os cachos (ou uma parte deles) bem afectados pela podridão nobre, mas livres de outro tipo de podridões (branca ou preta) – conta Jorge Moreira, responsável de enologia na Real Companhia Velha. O enólogo Pedro Baptista da Fundação Eugenio de Almeida também frisa que tiram para fora os cachos em passa.
Devido à grande viscosidade, o mosto lágrima não pode ser obtido das uvas botritizadas. A prensagem tem de ser forte para conseguir extrair sumo e a separação de mostos é importante. Quando se trata das uvas saudáveis, o mosto lágrima e de primeira prensagem são os mais ricos em açúcar, mas nas uvas com podridão nobre é ao contrário: a maior concentração de açúcar só se consegue nas últimas fracções da prensa. “Prensamos como se fosse para o vinho tinto – explica Jorge Moreira – o mosto sai castanho a lembrar lama e depois da clarificação fica dourado.” A melhor prensa para isto é a antiga prensa vertical hidráulica. O enólogo Manuel Lobo conta que quando resolveram avançar com Colheita Tardia, tiveram de arranjar uma.
A fermentação é outra luta. O alto teor de açúcar é o primeiro obstáculo que dificulta o processo pela sua alta pressão osmótica prejudicial às celulas das leveduras. Como se não bastasse, o B. cinerea produz substâncias com propriedades antifúngicas, limitando o crescimento da população das leveduras e esgota os nutrientes, como o azoto, por exemplo, que são necessários para a sua actividade. Por estas razões, a fermentação é muito lenta, dura cerca de 3-4 semanas, podendo variar entre os lotes, e tem de ser monitorizada por perto para evitar a paragem ou que o vinho fique desequilibrado (muito álcool e pouco açúcar ou, ao contrário, muito açúcar e álcool baixo). A fermentação é parada no momento desejado com frio e adição de sulfuroso para cessar a actividade das leveduras.
A mais alta acidez volátil dos vinhos botritizados pode ter várias origens. As primeiras responsáveis são bactérias acéticas presentes nas uvas, que podem ter “ajuda” acidental das bactérias lácticas no mosto e, finalmente, as próprias leveduras a trabalhar na fermentação em condições pouco favoráveis também podem produzir mais acidez volátil. Por esta razão, o limite de acidez volátil para colheitas tardias é mais alto do que para outros vinhos. No caso de um branco ou um rosé novo e fresco, isto seria um desastre, mas nos Colheitas Tardias acidez volátil um pouco mais alta fica contextualizada na matriz aromática e até acrescenta complexidade.
Colheita Tardia em Portugal
Em Portugal a tradição de vinhos doces prende-se mais com os vinhos fortificados e nesta matéria não há outro país igual no mundo. Por termos uma grande oferta destes, os Colheita Tardia não fazem parte da tradição nacional. É uma corrente mais recente.
Mas existe um Colheita Tardia histórico – o Grandjó da Real Companhia Velha. Parece incrível que no Douro, no início do século passado alguém se tenha lembrado de produzir um vinho branco doce a partir da casta Sémillon e ainda contratar um professor de Bordéus, J.Laborde para ensinar a fazê-lo. Foi o que aconteceu na Real Companhia Velha em 2010. E em 1912 foi registada a mais antiga marca da empresa (e do Douro) a Grandjó – da junção dos nomes Granja e Alijó.
O sucesso comercial, infelizmente, levou à diminuição da qualidade do vinho até ao seu desaparecimento na década dos anos 60. A produção só foi retomada a partir de 2002 sob supervisão do reputado enólogo da California, Jerry Luper. A seguir vieram colheitas de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.
Em Portugal não é fácil encontrar um local onde se verifiquem as condições certas para o desenvolvimento da podridão nobre. No caso do Grandjó, a vinha com Sémillon fica a 600 metros de altitude no planalto do Alijó, com humidade matinal e dias solarentos. Mas com o aquecimento global, o clima torna-se cada vez mais quente e seco, não deixando que a podridão nobre se instale – lamenta Jorge Moreira. Se na primeira década do século foi possível produzir o Grandjó quase todos os anos, na segunda década só existe Grandjó de 2013 e fizeram também em 2020 apenas 700 litros (o que não chegará a 2000 garrafas de 350 ml). Tentam fazer todos os anos, deixam uvas na vinha e sem resultado.
Precisamente por ser difícil, são poucos os produtores que insistem em fazer Colheita Tardia com uvas afectadas pela podridão nobre. Pedro Baptista confirma que na Fundação Eugénio de Almeida também tentam fazer todos os anos, mas só se consegue em alguns.
Na Quinta do Casal Branco, na região do Tejo, a proximidade do rio em certos anos cria condições para o desenvolvimento do Botrtytis. Manuel Lobo que presta consultadoria enológica na propriedade do seu tio, contou que o ano chuvoso de 2014 deu origem ao primeiro Falcoaria doce. Houve umas parcelas que ficaram para trás e quando se descobriu os cachos afectados, instalou-se o pánico – as uvas apodreceram! Felizmente, não era a podridão cinzenta, era a sua versão nobre. Manuel Lobo convenceu o seu tio e a equipa a avançar com um Colheita Tardia. Foi um ensaio à escala real. O Falcoaria de 2014 saiu muitíssimo bom e em 2016 ficou ainda mais afinado e elegante.
A dificuldade e carácter imprivisível associados aos vinhos botritizados levam a que a maior parte das empresas produz Colheita Tardia com uvas sãs, apanhadas mais tarde.
Uma estratégia diferente foi seguida na J. Portugal Ramos. Ali optaram por replicar as condições de produção de icewine – as uvas colhidas ficam na câmara frigorifica com temperaturas negativas (cerca de -8ºC). Pela lei da física, só congelam as uvas com menor concentração de açúcar. Posteriormente são prensadas rapidamente, dando origem a um mosto com uma riqueza enorme em açúcares. Segue-se a fermentação e estágio em barrica de carvalho francês e húngaro. Para manter o perfil que pretendem, o vinho final é um lote de várias colheitas de 2017 a 2020.
Os Colheita Tardia não podem (e não devem) ser baratos devido aos altos custos de produção e rendimentos extremamente baixos. O bago desidratado produz pouco sumo. Em Sauternes, por exemplo, o rendimento não ultrapassa 25 hl/ha e no caso de Château d’Yquem é apenas 9 hl/ha. Jorge Moreira refere que para a produção do Grandjó são necessários 7 kg de uva para obter um litro de vinho. Já para não falar nas uvas estragadas nas tentativas que não foram bem-sucedidas.
Embora a legislação europeia estabeleça como o limíte mínimo para um vinho ser considerado doce 45 g/l de açúcar, o teor de açúcar dos Colheita Tardia em Portugal varia entre 80 e 160 g/l aproximadamente. É claro que com esta doçura, a vertente acídica assume uma responsabilidade acrescida de assegurar o equilíbrio. Os estilos variam dos mais concentrados, com açúcar e acidez proeminentes até as versões mais leves com menos corpo, doçura e estrutura.
Sugestões de harmonização
Uma das harmonizações clássicas para Colheitas Tardias é foie gras, mas as generalizações por vezes falham. Nem todos os Colheita Tardia são um par perfeito para esta iguaria. Para combinar um produto tão intenso de sabor e com alto teor de gordura é preciso assegurar uma intensidade e concentração no sabor do vinho com acidez alta. Isto automaticamente exclui os colheita tardia mais leves (mesmo que tenham uma boa acidez, ficam em “categorias de peso” diferentes em termos de sabor e concentração) e os mais doces que tendo muita concentração, não conseguem oferecer o equilíbrio necessário a nível de acidez e a junção de untuosidade com untuosidade pode ser excessiva.
O sommelier dos restaurantes JNcQUOI, Ivo Peralta, vê Colheita Tardia como vinho de sobremesa quando os vinhos fortificados são demasiado fortes em virtude do álcool mais elevado. Sobremesas com cremes e natas, por exemplo, ou com fruta (que tem sempre um componente ácido que pede uma acidez mais presente no vinho).
Do mundo dos queijos, o Roquefort é outra combinação clássica. O queijo de cabra curado também pode ser uma opção. Ivo Peralta sugere experimentar um Colheita Tardia com queijo de cabra e compota de alperce. Pessoalmente, aprecio o queijo de São Jorge curado com bons Colheita Tardia, onde o salgado e o picante do queijo é harmonizado pela cremosidade e doçura do vinho. E os melhores Colheita Tardia convidam à meditação, dispensando o acompanhamento. Sendo doces, não se tornam enjoativos. É uma doçura intelectual. São viciantes pela sua envolvência que apraz o palato, deixando uma frescura no fim, estimulando a repetir esta experiência sensorial.
(Artigo publicado na edição de Fevereiro de 2023)
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Malhadinha
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2018 -
Fonte do Ouro
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2017 -
D. Graça
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2018 -
Casa Santos Lima
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2017 -
Bridão
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2021 -
Três Bagos
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2017 -
Rozès Noble
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2019 -
Quinta do Boição
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2009 -
Pacheca
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2019 -
Marquês de Borba
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2018 -
Foral de Évora
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2016 -
Dalva
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2015 -
Casa de Santar Outono de Santar
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2018 -
Quinta da Folgorosa
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2019 -
Casa de Vilacetinho
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2017 -
Grandjó
Colheita Tardia/ Late Harvest - 2007
Millèsime – 1º Encontro Nacional de Espumantes a 25 e 26 de Março

Millèsime – Encontro Nacional de Espumantes pretende reunir no mesmo espaço os melhores produtores nacionais de espumantes com denominação de origem e que contará também com alguns convidados internacionais. De acordo com a natureza do espaço onde vai decorrer, o Curia Palace Hotel, pretende-se fazer um evento sofisticado, com uma imagem inspirada na época dourada […]
Millèsime – Encontro Nacional de Espumantes pretende reunir no mesmo espaço os melhores produtores nacionais de espumantes com denominação de origem e que contará também com alguns convidados internacionais.
De acordo com a natureza do espaço onde vai decorrer, o Curia Palace Hotel, pretende-se fazer um evento sofisticado, com uma imagem inspirada na época dourada dos primeiros anos do século XX, com glamour e classe.
Este é um evento pensado e desenhado para apreciadores de espumantes e que convoca também os profissionais ligados ao sector. O acesso do público ao evento faz-se mediante a compra de um copo que tem o valor de 10€. Uma loja de espumantes a instalar no espaço permitirá a venda ao público dos espumantes dos produtores presentes que o desejarem. Estão previstos conteúdos aliciantes para apreciadores e profissionais, tais como provas comentadas de espumantes, provas de harmonização de espumantes com iguarias e um debate profissional e troca de experiências entre enólogos e produtores. Para além dos stands de vinhos, também está prevista a mostra e venda de produtos gourmets.
É já conhecido o programa assim como os 38 produtores que participam na 1º edição deste evento exclusivamente dedicado aos espumantes.
Sábado, 25 de Março 2023
10:30 – À conversa com Pedro Guedes
Enólogo da Caves Transmontanas e autor do livro «Fizziologia – Elaboração dos Vinhos Espumantes segundo o Método Clássico»
Experiência e conhecimento na produção de espumantes
Reservado a profissionais – Entrada livre – Inscrições limitada à capacidade da sala. Inscrições em inscricoes@grandesescolhas.com
15:00 horas –Inauguração do Millèsime – Encontro Nacional de Espumantes
Abertura da mostra e degustação dos Espumantes nos stands dos 38 produtores presentes.
16:00 horas– Prova comentada por Luís Lopes, Director da Grande Escolhas: «Espumantes de Portugal e Espanha»
18:00 horas – Prova comentada por Luís Antunes, jornalista e crítico de vinhos e gastronomia: «Harmonias – Espumantes e Leitão»
21:30 às 22:00 – Actuação do Coro da Casa de Pessoal da RTP.
22:00 – Encerramento da Exposição
Domingo, 26 de Março 2023
15:00 horas – Abertura da mostra e degustação dos Espumantes nos stands dos 37 produtores presentes
16:00 horas – Prova comentada por Luís Lopes, director da Grandes Escolhas: «Espumantes da Bairrada»
18:00 horas – Prova Comentada por Luís Antunes, jornalista e crítico de vinhos e gastronomia: «Harmonias – Espumantes e Iguarias»
19:00 – Encerramento do Millèsime – Encontro Nacional de Espumantes
Conheça aqui os produtores que vão estar presentes no evento:
«No Show», o maior pesadelo dos restaurantes

A expressão é inglesa mas o fenómeno é bem português, a avaliar pelas estatísticas apresentadas pela plataforma de reserva TheFork que coloca Portugal como um dos países em que este problema mais se faz sentir. Falamos das reservas feitas em restaurantes em que o cliente depois nem aparece nem se dá ao trabalho de cancelar […]
A expressão é inglesa mas o fenómeno é bem português, a avaliar pelas estatísticas apresentadas pela plataforma de reserva TheFork que coloca Portugal como um dos países em que este problema mais se faz sentir. Falamos das reservas feitas em restaurantes em que o cliente depois nem aparece nem se dá ao trabalho de cancelar quando decide não comparecer. Como é evidente, esta situação acarreta graves prejuízos para os restaurantes que não só deixam de ter disponível uma quantidade de mesas e lugares que ficam sem ser utilizados, como leva a um desperdício de comida, de mobilização de recursos humanos e de perdas económicas. Segundo aquela plataforma, a par da Espanha, Itália, e Reino Unido, Portugal é um dos países mais afectados por estas faltas de comparência sem aviso que atingirá mais de 4% do total das reservas efectuadas.
Segundo TheFork, que realizou um estudo sobre este assunto em Outubro de 2021, as razões apontadas pelos clientes para a não comparência são “os imprevistos de última hora” (47%), “esquecimento” (21%), mudanças de opinião (5%), reservas em múltiplos restaurantes (3%) e “vergonha em cancelar” (2%).
A plataforma TheFork, do grupo Tripadviser, quer ajudar a combater esta prática através da adopção de medidas que ajudem os restaurantes a combater este flagelo. Estão entre estas, um sistema de reconfirmação de reservas por email, sms ou pela aplicação, o impedimento do utilizador em fazer mais que uma reserva para o mesmo dia e serviço e por ultimo na atribuição a cada utilizador da plataforma de um índice de confiança, uma espécie de lista negra com a informação sobre o histórico das now shows realizados nos últimos meses. Outra hipótese consiste em permitir que os clientes possam avisar previamente a desistência da reserva através da plataforma, uma vez que uma percentagem significativa deles revelou ser constrangedor ligar para o restaurante a cancelar.
Kranemann Wine Estates inaugura enoturismo

A Quinta do Convento de São Pedro das Águias, com raízes no Séc. XII, passa a receber experiências em torno da vinha e do vinho. Visitas e provas incluem uma “Masterclass” com a enóloga Susete Melo e estão disponíveis por marcação. Propriedade icónica do Douro, a Quinta do Convento de São Pedro das Águias foi […]
A Quinta do Convento de São Pedro das Águias, com raízes no Séc. XII, passa a receber experiências em torno da vinha e do vinho. Visitas e provas incluem uma “Masterclass” com a enóloga Susete Melo e estão disponíveis por marcação.
Propriedade icónica do Douro, a Quinta do Convento de São Pedro das Águias foi adquirida em 2018 pelo enófilo Christoph Kranemann, que descobriu em Portugal os vinhos nacionais e, mais tarde, esta quinta no Vale do Távora. “Existe sítio mais perfeito do que este? As vinhas, o rio, toda esta paisagem fantástica… A arquitetura… Tenho raízes alemãs e sempre me interessei muito por arquitetura e história. Então este convento do século XII, com estes claustros e toda esta memória, é uma espécie de sítio perfeito, que reúne aquilo de que mais gosto. É um sítio mágico!”, afirma Christoph Kranemann, lembrando o porquê da sua escolha.
O projeto vitivinícola arrancou em 2018, com a enologia a cargo de Maria Susete Melo e Diogo Lopes, trazendo ao mercado vinhos DOC Douro e Porto diferenciadores, bem como um azeite, produtos marcados pelo terroir de altitude onde surge a propriedade. A produção de vinho esteve sempre presente, desde o séc. XII, quando os monges da Ordem de Císter se estabeleceram, introduziram a prática agrícola e as bases do convento que hoje existe. E é este mesmo convento, um miradouro que se ergue perante o vale, conhecido pelos seus claustros e antiga capela, que acolhe as experiências de enoturismo agora disponíveis.
Consulte toda a informação e programação AQUI.
As marcações e esclarecimentos fazem-se através do email info@kranemannestates.com e do telefone 254782070.