[ADIADO]Prova e colóquio “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”

ADIADO PARA 26 DE MAIO, NO MESMO LOCAL, EM VIRTUDE DOS ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS DO COVID-19 Será na Casa do Vinho Verde (sede da CVRVV) que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na […]

ADIADO PARA 26 DE MAIO, NO MESMO LOCAL, EM VIRTUDE DOS ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS DO COVID-19

Será na Casa do Vinho Verde (sede da CVRVV) que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”, Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, orientará uma prova de trinta vinhos desta região e de outras, como Rias Baixas, Ribeiro e Ribeira Sacra . De seguida, no colóquio em mesa redonda, Luís Lopes e os enólogos Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura – que apoiarão o crítico também na prova – discutirão, com a contribuição dos participantes, assuntos como as castas, perfis de vinho, quais devem ser os tintos do futuro na região, e outros.

Programa

09:00 – Recepção dos participantes
09:30 – Dos tintos que produzimos para os tintos que queremos – Manuel Pinheiro (Presidente CVRVV)
10:15 – Prova comentada de vinhos. Mesa redonda com Luís Lopes, Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura
13:30 – Almoço

Duração: 4h

Inscrições aqui.

Valor e modo de pagamento: €50 (inclui o almoço e a prova dos 30 vinhos). A inscrição é aceite após o pagamento para o NIB PT50 0007 0410 00611980005 21.

[ADIADO]Beira Interior Gourmet 2020 tem participação de 33 restaurantes

ADIADO POR TEMPO INDETERMINADO A primeira edição do Concurso Beira Interior Gourmet terá 33 restaurantes aderentes, um evento que decorrerá entre os dias 14 de Março e 16 de Abril. Em conjunto com os produtores de vinhos da região, estes restaurantes pretendem potenciar um dos ex-libris da Beira Interior, a sua gastronomia e os seus […]

ADIADO POR TEMPO INDETERMINADO

A primeira edição do Concurso Beira Interior Gourmet terá 33 restaurantes aderentes, um evento que decorrerá entre os dias 14 de Março e 16 de Abril. Em conjunto com os produtores de vinhos da região, estes restaurantes pretendem potenciar um dos ex-libris da Beira Interior, a sua gastronomia e os seus vinhos.

Estarão diferentes pratos a concurso, harmonizados com vinhos da região, que o público terá oportunidade de provar durante este período. Os restaurantes estarão em competição no âmbito das seguintes categorias:

O menu a concurso é composto por entrada, prato principal e sobremesa, que deverão ser acompanhados por vinhos da Beira Interior certificados (DO e/ou IG) inseridos na carta de vinhos do restaurante.

Esta iniciativa insere-se na estratégia de promoção do enoturismo da região, no qual a recentemente criada Rota dos Vinhos da Beira Interior faz deste evento uma aposta no desenvolvimento da região. Para avaliação, foi reunido um júri das áreas da cozinha; turismo e cultura; ensino e enologia, cuja presidência estará a cargo de Fernando Melo, conceituado crítico de vinhos e cozinha, colaborador da Grandes Escolhas.

Os restaurantes aderentes:

José Maria da Fonseca Distribuição comercializa vinhos da Lima&Smith

A José Maria da Fonseca Distribuição vai assegurar, a partir do próximo dia 1 de Abril, a comercialização em território nacional dos vinhos da Lima&Smith, produtor das regiões do Douro e dos Vinhos Verdes. As suas referências já são bem conhecidas, como Covela, Quinta da Boa Vista e Quinta das Tecedeiras. Com este alargamento do […]

A José Maria da Fonseca Distribuição vai assegurar, a partir do próximo dia 1 de Abril, a comercialização em território nacional dos vinhos da Lima&Smith, produtor das regiões do Douro e dos Vinhos Verdes. As suas referências já são bem conhecidas, como Covela, Quinta da Boa Vista e Quinta das Tecedeiras.

Com este alargamento do portefólio, de vinhos de elevada qualidade da região do Douro e do Vinho Verde, a José Maria da Fonseca Distribuição vê assim reconhecido o trabalho desenvolvido nos últimos cinco anos, como refere António Maria Soares Franco, administrador da José Maria da Fonseca com o pelouro de Marketing e Vendas: “Ao fim de cinco anos de franca expansão, conseguirmos alargar o portefólio da José Maria da Fonseca Distribuição com a comercialização dos vinhos de mais um produtor de excelência é sinal de reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido. Os vinhos da Lima&Smith são sobejamente conhecidos e apreciados e consideramos que vêm enriquecer e diversificar, ainda mais, o nosso portefólio, acrescentando valor ao serviço que prestamos aos nossos parceiros e clientes”.

Tony Smith, sócio gerente da Lima&Smith, sublinha “esperar com este novo acordo de distribuição levar as marcas da Lima & Smith para um novo patamar no mercado nacional. Partilhando com o nosso novo parceiro a José Maria da Fonseca Distribuição o dinamismo, a preocupação com qualidade e com a ética, pretendemos crescer as vendas das nossas marcas e consolidar a sua notoriedade de Norte a Sul, incluindo as ilhas.”

Okah Restaurant & Rooftop recebe Paulo Laureano para jantar vínico

Dia 12 de Março, quinta-feira, será dia de jantar vínico no ŌKAH Restaurant & Rooftop, com uma vista privilegiada sobre Lisboa e o rio Tejo. A experiência, que terá início às 20h00, contará com os vinhos do enólogo e produtor Paulo Laureano, harmonizados com as propostas criativas do chef Luís Barradas. A refeição começará com […]

Paulo Laureano.

Dia 12 de Março, quinta-feira, será dia de jantar vínico no ŌKAH Restaurant & Rooftop, com uma vista privilegiada sobre Lisboa e o rio Tejo. A experiência, que terá início às 20h00, contará com os vinhos do enólogo e produtor Paulo Laureano, harmonizados com as propostas criativas do chef Luís Barradas.

A refeição começará com Vieira, Tupinambour e Cogumelos Shimeji. Seguir-se-á o prato de peixe, um Carolino de Lingueirão com Algas do Sado, que fará par com um Verdelho 2018. Para os amantes de carne, será servido Borrego acompanhado de Beringela, Pão Pita e Hortelã, harmonizado com um Alfrocheiro 2016. Lombelo e Pastinaca com Legumes do Poial serão conjugados com um Dolium Tinto 2014. Para terminar, o chef Luís Barradas apresentará um Pudim Abade de Priscos, que Paulo Laureano complementará com um Tinta Grossa 2015.

O jantar tem o valor de €45 por pessoa e as reservas podem ser feitas através do e-mail reservas@okah.pt ou do contacto telefónico 914 110 791.

O espaço do novo edifício do Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Alcântara, marca pela sua gastronomia única, com uma filosofia que integra diversas influências da cozinha de Portugal e do Mundo, e que neste jantar irá inspirar-se no vinho.

Chef Luís Barradas.

Frederico Falcão vai ser o novo presidente da ViniPortugal

Frederico Falcão

O antigo presidente do Instituto da Vinha e do Vinho e ex-administrador da Bacalhôa Vinhos de Portugal foi o escolhido pelos representantes dos oito organismos que votam na escolha da liderança desta associação interprofissional: são eles a ACIBEV e ANCEVE, ligadas ao comércio, a FENAVI e FEVIPOR, ligadas à produção, a FENADEGAS (das cooperativas), AND […]

O antigo presidente do Instituto da Vinha e do Vinho e ex-administrador da Bacalhôa Vinhos de Portugal foi o escolhido pelos representantes dos oito organismos que votam na escolha da liderança desta associação interprofissional: são eles a ACIBEV e ANCEVE, ligadas ao comércio, a FENAVI e FEVIPOR, ligadas à produção, a FENADEGAS (das cooperativas), AND (associação dos destiladores), CAP, ligada aos agricultores e finalmente a ANDOVI, que agrupa as CVR’s de Portugal. A próxima Assembleia Geral da ViniPortugal, a ocorrer em 25 de Março, irá apenas ratificar esta escolha. Frederico Falcão mostrou-se muito satisfeito com a votação, “que, disseram-me, foi unânime”. Ou seja, todos os 2.200 votos foram para ele.
Frederico disse-nos que não pretende fazer grandes inflexões na política da ViniPortugal, até porque se tem identificado com a linha que tem sido seguida pelo actual presidente, Jorge Monteiro. Apenas irá fazer força em 3 aspectos: 1. a criação de um observatório de mercados internacionais, “um pouco à semelhança do que faz Espanha”; 2. Reforçar a aposta na formação dos agentes económicos; 3. Promover mais acções para valorizar os vinhos portugueses no mercado internacional. Ou seja “conseguir aumentar o preço médio por garrafa”. (texto de António Falcão)

Taylor’s em Lisboa promove prova de vinho do Porto com chocolate

A Taylor’s Port em Lisboa, morada de uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto na capital, promove, no dia 13 de Março, uma prova harmonizada de vinho do Porto e chocolates, em associação com a marca portuguesa Annobon. A experiência convida a conhecer e provar quatro estilos diferentes de vinho do […]

A Taylor’s Port em Lisboa, morada de uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto na capital, promove, no dia 13 de Março, uma prova harmonizada de vinho do Porto e chocolates, em associação com a marca portuguesa Annobon. A experiência convida a conhecer e provar quatro estilos diferentes de vinho do Porto, em duetos perfeitos com chocolates e trufas, cuja combinação realça o melhor de cada um.

A prova comentada irá permitir distinguir os aromas, texturas e sabores tanto dos vinhos como dos chocolates, identificando características como a complexidade, volume de boca e acidez.

Os vinhos em prova convidam a descobrir o universo da casa Taylor’s, com mais de três séculos de história, atravessando diferentes estilos de vinho do Porto: Taylor’s Chip Dry, Taylor’s LBV, Taylor’s Quinta de Vargellas Vintage 2012 e Taylor’s Tawny 10 Anos.

Esta experiência de prova (€25) tem início marcado para as 19h00, com duração aproximada de uma hora, e requer reserva antecipada, sendo que a participação estará limitada a 20 pessoas.

Com uma localização privilegiada no bairro histórico de Alfama, vizinha do Chafariz d’El Rei, a Taylor’s Port em Lisboa pretende ser uma janela aberta para a história e tradição do vinho do Porto, disponibilizando uma das mais amplas colecções de vinhos da marca, para prova ou venda.

Morada:
Rua Cais de Santarém 6-8, 1100-104 Lisboa

Contactos para reservas:
Telf.: 218 863 105
E-mail: ana.sofia@taylor.pt

Horário:
Todos os dias, das 11h00 às 19h30.

A vinha à sombra dos painéis fotovoltaicos

painéis fotovoltaicos em cima de vinha - França

Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas. Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima […]

Com os indícios claros de aquecimento global e suspeitas de períodos de seca prolongada, os cientistas agrícolas procuram soluções para resolver, ou amortizar os efeitos do clima em zonas geográficas mais quentes e secas.
Um interessante estudo acabou de ser publicado pela Câmara de Agricultura da região de Vaucluse (no sul de França, logo acima de Marselha). Em estudo estava o comportamento de uma parcela de vinha da casta Grenache Noir. Uma parte da parcela foi deixada como de costume (como testemunha), mas cerca de 600 m2 tinham por cima, a 4,20 m de altura, painéis solares (para deixar passar os tractores e outras máquinas). Ora, estes painéis são controlados por um programa informático que foi concebido com base nas necessidades da videira: ora se inclinava mais ou menos, consoante seria necessário mais sol ou sombra. Os painéis conseguiam, no limite, cobrir 66% da área de vinha. Os investigadores criaram ainda várias situações intermédias, para tentar tirar o máximo partido da experiência.
Ora bem, os primeiros resultados mostram que as vinhas abrigadas pelos painéis conseguiram resistir melhor aos fortes calores do Verão de 2019. Estas videiras não só maturaram mais tarde (6 a 13 dias depois) como demonstraram ter menos stress hídrico. Ou seja, precisariam de menos 12 a 34 % de água, consoante as configurações dos painéis. O sombreamento teve ainda um efeito positivo no peso dos bagos, superior em 17% nas videiras protegidas.
As uvas da testemunha e da zona sombreada foram vinificadas à parte e verificou-se que nestas últimas foi mais alto o nível de antocianas (+13%), assim como na acidez total (de +9 a +14% consoante os testes). Ou seja, melhores resultados para a sombra. Curiosamente, o teor de álcool revelou-se igual em todos os testes.
Estes ensaios foram promovidos pela empresa Sun’Agri, empresa francesa especializada em agricultura e painéis fotovoltaicos. Se forem confirmados em futuras experiências, estes resultados podem ajudar a resolver três problemas: mais espaço para a instalação de painéis, a produção (vendável) de energia eléctrica e, ao mesmo tempo, um meio de melhorar a qualidade das uvas nas regiões mais quentes e ensolaradas de Portugal. (texto de António Falcão. Foto: direitos reservados)

Alentejo: novo espaço da Rota dos vinhos com muita tecnologia

Rota dos vinhos do Alentejo

Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Tiago Caravana (director de marketing) foram os grandes anfitriões da visita de inauguração das novas instalações da Rota de Vinhos do Alentejo, das mais antigas de Portugal (está em funcionamento desde 1997). As novas instalações, em Évora, estão a ocupar uma antiga casa senhorial, que […]

Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Tiago Caravana (director de marketing) foram os grandes anfitriões da visita de inauguração das novas instalações da Rota de Vinhos do Alentejo, das mais antigas de Portugal (está em funcionamento desde 1997).
As novas instalações, em Évora, estão a ocupar uma antiga casa senhorial, que foi integralmente modificada para a Rota, possuindo muito mais espaço que as anteriores. Em termos de localização, esta nova ‘Rota’ está também melhor situada, mais perto do centro turístico da cidade. Espaço é coisa que aqui não falta, até porque o edifício possui dois andares. Se nas anteriores instalações o espaço dava apenas para provas de vinhos (ou quase), este permite ter mais centros de interesse, a começar num completo roteiro do histórico da vinha e do vinho no Alentejo. Enormes painéis ilustrados mostram o que aconteceu desde datas tão remotas como a de dez mil antes de Cristo, e continua até aos nossos dias. Um outro painel fala da sustentabilidade nas vinhas e adegas alentejanas. A informação é completada por vários televisores que mostram filmes da actividade vínica alentejana.

Requintes tecnológicos
Destaque para dois apontamentos muito interessantes, dirigido aos enófilos mais avançados. Um deles é um conjunto de cinco recipientes verticais, contendo tipos de solo existente nas vinhas do Alentejo. Só por curiosidade, diremos que três deles têm como rocha mãe o xisto; os restantes dois repousam em granito. Francisco Mateus disse-nos que a CVR já tem cadastrados mais de 60 tipos de solo diferentes; esta é apenas uma selecção dos mais comuns.
O outro destaque vai para cinco painéis de bom tamanho, contendo a foto e a descrição de cinco castas emblemáticas: as brancas Antão Vaz e Roupeiro e as tintas Aragonês, Alicante Bouschet e Trincadeira. Cada um destes painéis tem por baixo uma espécie de recipiente (tipo decanter) cheio com um líquido transparente; dentro do líquido está um tubo flexível que termina, já cá fora, numa bomba de pêra. O visitante aperta a bomba, que provoca bolhas no líquido e, ao mesmo tempo, aproxima o nariz da boca do decanter. Sente assim os aromas fundamentais da casta. É, quanto a nós, uma iniciativa bem interessante e informativa.

Entrada da Rota dos vinhos do Alentejo
Entrada da Rota dos vinhos do Alentejo

Se quiser provar os vinhos, contudo, terá de passar ao lado oposto da sala, onde está a secção de provas. A Rota tem cerca de seis vinhos diferentes todas as semanas (usualmente dois vinhos de três produtores) e a prova custa 5 euros. Se gostou de algum vinho pode comprá-lo de seguida. Tal como pode adquirir muitos outros, consultando uma lista que a rota terá disponível. Os vinhos estão em gavetões de madeira com o logotipo dos respectivos produtores impresso a laser, mas a sua capacidade é, obviamente, limitada. Logo ao lado, a rota dispõe ainda de um grande monitor interactivo onde é possível visitar virtualmente as explorações e marcar visitas. Esta facilidade, disse-nos Teresa Chicau, que gere este espaço, está também disponível no site da Rota, e com ainda maiores funcionalidades.
O piso superior alberga uma sala onde podem ser realizadas formações e provas especiais, assim como duas salas de generosas dimensões, para toda a espécie de eventos. Até agora, a maioria dos visitantes tem vindo de três nações: Estados Unidos, França e Brasil.

Uma história do n.º 88 da Rua 5 de Outubro
O projecto das novas instalações iniciou-se em 2017, tendo implicado um investimento de 750 mil euros, que teve o apoio do Turismo de Portugal no âmbito da Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior (no valor de 320 mil euros). A CVRA realizou depois um concurso para apresentação de propostas para a criação de experiência e vinhos no Alentejo, onde seleccionou a LLYC e a agência NOSSA, ambas sediadas em Lisboa, para desenvolver, acompanhar e implementar a parte criativa e de conteúdos. Para o projecto de arquitectura e obras de requalificação do edifício a CVRA optou por empresas alentejanas: entraram assim a Arquitecturar e Yábura, ambas sedeadas em Évora.
O primeiro grande objectivo deste espaço, ligado directamente ao departamento de marketing da CVR alentejana, é o de mostrar os vinhos alentejanos; mas o fundamental, disse-nos Francisco Mateus, “é que as pessoas depois saiam e vão visitar”. E continua: “o lançamento deste novo espaço transmite a visão e a ambição da CVRA para os próximos anos, com o objectivo de tornar o Alentejo uma referência mundial na área do enoturismo.” Considerando que, desde 2014, o Alentejo já recebeu 9 distinções sucessivas enquanto destino de enoturismo, chegar ao objectivo parece estar muito próximo. (texto de António Falcão. Fotos cortesia CVR Alentejana)

Prova e colóquio “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”

Será na Casa do Vinho Verde, no dia 1 de Abril, que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”, Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, orientará uma […]

Será na Casa do Vinho Verde, no dia 1 de Abril, que acontecerá a prova e o colóquio organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes em parceria com a Grandes Escolhas. Sob o tema “Os tintos do futuro na região dos Vinhos Verdes”, Luís Lopes, director da revista Grandes Escolhas, orientará uma prova de trinta vinhos desta região e de outras, como Rias Baixas, Ribeiro e Ribeira Sacra . De seguida, no colóquio em mesa redonda, Luís Lopes e os enólogos Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura – que apoiarão o crítico também na prova – discutirão, com a contribuição dos participantes, assuntos como as castas, perfis de vinho, quais devem ser os tintos do futuro na região, e outros.

Programa

09:00 – Recepção dos participantes
09:30 – Dos tintos que produzimos para os tintos que queremos – Manuel Pinheiro (Presidente CVRVV)
10:15 – Prova comentada de vinhos. Mesa redonda com Luís Lopes, Frederico Falcão, Anselmo Mendes e António Ventura
13:30 – Almoço

Duração: 4h

Inscrições aqui.

Valor e modo de pagamento: €50 (inclui o almoço e a prova dos 30 vinhos). A inscrição é aceite após o pagamento para o NIB PT50 0007 0410 00611980005 21.

Algarve muda imagem e afina estratégias

A nova imagem dos vinhos do Algarve e Sara Silva

Para o consumidor do resto do país, os vinhos algarvios não são desconhecidos, mas quase. Muitos dos vinhos aqui produzidos (cerca de 80%!) ficam no próprio mercado algarvio, que não só consegue suportar grande parte da produção, como inclusive paga melhor, em média, que no resto do país. Um produtor de nacionalidade alemã vende a […]

Para o consumidor do resto do país, os vinhos algarvios não são desconhecidos, mas quase. Muitos dos vinhos aqui produzidos (cerca de 80%!) ficam no próprio mercado algarvio, que não só consegue suportar grande parte da produção, como inclusive paga melhor, em média, que no resto do país. Um produtor de nacionalidade alemã vende a totalidade das suas garrafas no seu país de origem.
Por outro lado, apesar do aumento do número de produtores, a área de vinha e respectiva produção pouco tem aumentado. Não há falta de investidores, nem falta de dinheiro para investir. De facto, em 2019 foram pedidos cerca de 150 hectares para novas plantações, mas a grande maioria não foi aceite, garantiu-nos a presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVR), Sara Silva. Muito encepamento tem recaído em castas estrangeiras, mas tem aparecido algum revivalismo, aqui e ali, no que toca às castas mais tradicionais, como a Negra-Mole e Crato-Branco. “Os produtores estão a agora a tirar todo o potencial da Negra-Mole, que é uma casta muito versátil, produzindo palhetes, brancos de tintas, rosés e tintos pouco alcoólicos”, garante Sara Silva. Infelizmente, são poucas e pequenas as vinhas de cepas muito velhas. De tal maneira que Sara nos disse que considera neste momento Vinhas Velhas as que têm cerca de 25 anos e acima. A CVR está ainda a fazer o cadastro de todas as vinhas da região.

Distribuição da cultura da vinha na região do Algarve

Sara divulgou-nos mais alguns dados do Algarve vínico: dos 45 produtores de vinho registados, só 30 possuem marcas no mercado. Os maiores certificadores são a Casa Santos Lima, a Quinta dos Vales e a Quinta do Barranco Longo. Ao todo estamos a falar de uma produção de quase 1,4 milhões de garrafas/ano, sobretudo em tintos e a grande maioria em Regional Algarve (DOC é apenas 5%!). Mas, diz Sara Silva, “os brancos e rosés estão em subida”. No total, a área de vinha apta para vinho do Algarve é de apenas 800 hectares. Note-se, em comentário à parte, que alguns produtores portugueses têm maior área de vinha e muitos outros produzem mais do que toda a região algarvia!
Considerando isto e o que se disse antes, a CVR Algarve resolveu afinar as suas estratégias de promoção e, ao mesmo tempo, mudar a identidade visual dos Vinhos do Algarve. No primeiro caso, Sara Silva, diz que “a focalização na qualidade será o caminho a seguir pela região”. A direcção da CVR acha que, dada a dimensão geográfica do Algarve, não será possível competir em escala. Por isso, a aposta de promoção vai ser dirigida ao mercado nacional, e mais especificamente, ao mercado regional. Neste sentido, vão iniciar-se acções dirigidas ao canal Horeca (hotelaria, restauração, cafés) o qual ainda apresenta, diz-nos Sara, um “enorme potencial de crescimento para os Vinhos do Algarve”. Ao mesmo tempo, a CVR irá realizar outras acções, dirigidas ao mercado do turismo (nacional e internacional), em parceria com a Região do Turismo do Algarve. O principal alvo serão as feiras, postos de turismo e o aeroporto de Faro.
Para reforçar a estratégia e o esforço de promoção, foi criada uma nova logomarca que irá reforçar, junto da restauração e do público final, “a qualidade, diversidade e exclusividade dos Vinhos do Algarve”. O novo logotipo retrata assim os principais ícones e lifestyle do Algarve – sol, gastronomia, férias, património, tradições e praia.
Para levar este plano adiante, a CVR do Algarve irá investir 120 mil euros ao longo dos próximos dois anos. (texto de António Falcão)