Enoturismo aumentará vendas à porta da adega em 50%

O Projeto CV3 – Criação de Valor na Vinha e no Vinho, uma parceria da AESE Business School com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), apurou recentemente alguns dados interessantes sobre economia do vinho, para a realização de um evento sobre o tema: o seminário “Enoturismo – Como crescer e competir?”, que se […]
O Projeto CV3 – Criação de Valor na Vinha e no Vinho, uma parceria da AESE Business School com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), apurou recentemente alguns dados interessantes sobre economia do vinho, para a realização de um evento sobre o tema: o seminário “Enoturismo – Como crescer e competir?”, que se realizará dia 12 de Março na AESE, em Lisboa.
Nos próximos anos, o negócio do vinho crescerá por uma via inesperada: a porta das quintas e das adegas. Com o investimento que tem sido feito no enoturismo, pelo mundo fora, os estudos prevêem que as vendas à porta das instalações aumentem, em valor, entre 30% e 50% nos próximos cinco anos, em todos os mercados, incluindo Portugal. Esta subida dará às empresas do setor uma margem adicional significativa, para além de qualificar a imagem das respetivas marcas, o que é considerado “muito relevante” por 96% dos produtores portugueses.
Ramalho Fontes, presidente da AESE e mentor do Projecto CV3, explica: “O enoturismo posiciona-se como uma vertente importante da actividade da indústria do vinho e contribui para criar valor através de três pilares complementares, a afirmação de uma oferta turística diferenciada, o reforço da geração de valor no sector da vinha e do vinho e o fortalecimento de um motor de desenvolvimento económico e de ordenamento do território”. Segundo a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em 2018 vieram a Portugal 2,5 milhões de turistas atraídos pelo Enoturismo (face a 2,2 milhões em 2016), sendo que “80% dos que nos visitaram afirmaram que a nossa gastronomia e os nossos vinhos os farão voltar”. Se Portugal acompanhar a evolução verificada noutras regiões do mundo, é previsível que nos próximos anos os turistas enófilos aumentem os seus consumos no enoturismo português em cerca de 20%.
O seminário “Enoturismo – Como Crescer e Competir?” terá como principais oradores Damià Serrano, da Universidade de Barcelona, que falará sobre “O Enoturismo 4.0”; o presidente da Visit Nappa Valley Organization, Clay Gregory, que discursará a partir da Califórnia (através de transmissão vídeo) sobre “A Região Vitivinícola a Trabalhar para Um Objetivo Comum”; e a francesa Catherine Leparmentier Dayot, diretora-executiva da Great Wine Capitals Global Network, que irá descrever “A Experiência Europeia do Enoturismo”.
Sandeman é campeã nos prémios internacionais

Em 2018, a Sandeman, marca da Sogrape com mais de 225 anos de história, foi a marca de Vinho do Porto mais premiada do mundo, pelo sexto ano consecutivo. Foram 24 as medalhas recebidas nesse ano, dos concursos Decanter World Wine Awards, International Wine Challenge e International Wine & Spirit Competition. Só de 2014 a […]
Em 2018, a Sandeman, marca da Sogrape com mais de 225 anos de história, foi a marca de Vinho do Porto mais premiada do mundo, pelo sexto ano consecutivo.
Foram 24 as medalhas recebidas nesse ano, dos concursos Decanter World Wine Awards, International Wine Challenge e International Wine & Spirit Competition. Só de 2014 a 2018, a Sandeman recebeu um total de 123 medalhas nestes três concursos, sendo que, no ano passado, os vinhos mais galardoados foram o Sandeman Porto Tawny 30 Years Old e o 40 Years Old.
João Gomes da Silva, administrador da Sogrape, declarou: “A constatação de que Sandeman é a marca de Vinho do Porto com maior número de distinções internacionais nos últimos anos diz muito do nível consistente de qualidade alcançado. Trabalhamos para que Sandeman continue a ser líder mundial na categoria de Vinho do Porto, e obter este tipo de reconhecimento por parte dos maiores especialistas do mundo resulta certamente num reforço do prestígio da marca”.
Família Soares lançou novo vinho no Algarve Trade Experience

Quem não conhece os vinhos da Malhadinha Nova? Os rótulos Monte da Peceguina? Pois bem, o projecto da família Soares no Baixo Alentejo tem agora um novo elemento, chamado Vale Travessos. Neste momento é constituído por um vinho branco e um tinto, criados com base em uvas de umas vinhas com cerca de 70 anos […]
Quem não conhece os vinhos da Malhadinha Nova? Os rótulos Monte da Peceguina? Pois bem, o projecto da família Soares no Baixo Alentejo tem agora um novo elemento, chamado Vale Travessos. Neste momento é constituído por um vinho branco e um tinto, criados com base em uvas de umas vinhas com cerca de 70 anos que os Soares adquiriram ao sr. Isidro Patriarca, um pedreiro viticultor de Albernoa. A chegar aos 90 anos, sem sucessores para o seu pequeno projecto agrícola, Isidro decidiu vender os dois hectares e meio de terras, onde tem árvores de fruto, oliveiras e vinhas, plantadas por ele antes dos anos 50. A família Soares lançou agora os primeiros vinhos feitos dessas uvas, da colheita de 2016. Os vinhos chamam-se Vale Travessos Vinhas Velhas e já estão a chegar ao mercado, mas a edição é muito limitada: encheram-se apenas 370 garrafas de tinto e 670 de branco. O preço está por definir, mas a qualidade, podemos atestá-lo, é muito boa.
Rumo ao maior evento de bebidas no Algarve

O lançamento do Vale Travessos decorreu durante o evento Algarve Trade Experience, que todos os anos reúne profissionais do vinho & bebidas do Algarve (e não só). Organizado pelas Garrafeiras Soares, esta mostra decorreu durante dois dias em Faro. Trata-se de uma espécie de showroom do portefólio dos produtos da distribuidora Garrafeira Soares, tanto a nível de vinhos como de outras bebidas alcoólicas e produtos para cocktails. O evento, pelo que nos foi dado ver, foi um sucesso. Ao contrário dos outros anos anteriores, celebrados em hotéis, em 2019 acabou por ficar na zona histórica de Faro: os vinhos no Museu Municipal de Faro, a comemorar 125 anos, e os destilados (e outras bebidas) num edifício contíguo, a antiga fábrica da cerveja. Sem infra-estruturas especiais para o efeito, a família Soares teve de improvisar bastante para ter o show no ar a tempo e horas. Rita Soares, gestora nas Garrafeiras Soares, dizia-nos que “fazer num hotel, com todas as infra-estruturas ao dispor é mais fácil: se for preciso casas de banho, águas, mesas, cadeiras, qualquer coisa. Aqui quase nada está preparado…” No final, e com algumas madrugadas de trabalho para ultimar os detalhes, a Algarve Trade Experience abriu com pompa e circunstância e com tudo no sítio. O programa constava de muito mais do que apenas a mostra dos produtos: incluiu várias provas especiais de vinhos e workshops variados de bebidas. Os visitantes puderam ainda apreciar as tapeçarias de Vanessa Barragão e as peças feitas em plástico recuperadas do mar, de Xico Gaivota.

Soares de vento em popa
Entretanto, as novidades da empresa Garrafeira Soares não param. O ano passado esta distribuidora e proprietária de 19 garrafeiras no Algarve registou um volume de facturação a caminho dos 50 milhões de euros, um resultado histórico na casa. Nos últimos tempos, a família Soares não esteve parada nas aquisições: comprou um distribuidor de vinhos em Beja e inicia aí as suas operações. E abriu um espaço no Porto, na parte velha (e turística) da cidade, onde vai abrir uma garrafeira. Mas não existem planos, garantiu-nos Paulo Soares, para uma expansão na direcção da capital. Sobre o futuro, João Soares, o seu irmão, disse, durante uma apresentação dos novos vinhos Vale Travessos que esta gestão está apenas a levar a empresa para as gerações vindouras. “Este é um projecto para os próximos 100 ou 200 ou 300 anos”, disse o gestor perante a restante direcção da casa, convidados e imprensa.

Após 40 anos, Mário Neves deixa a Aliança

Em comunicado oficial, o Grupo Bacalhôa deu notícia da saída de Mário Neves, reconhecido director de exportação da empresa. Aquele que foi um autêntico embaixador dos vinhos portugueses pelo mundo fora, dedica-se agora à família e “segundo prometeu, a escrever um muito esperado livro de memórias”: “Comunicamos que, a partir de 1 de Março de […]
Em comunicado oficial, o Grupo Bacalhôa deu notícia da saída de Mário Neves, reconhecido director de exportação da empresa. Aquele que foi um autêntico embaixador dos vinhos portugueses pelo mundo fora, dedica-se agora à família e “segundo prometeu, a escrever um muito esperado livro de memórias”:
“Comunicamos que, a partir de 1 de Março de 2019, o Dr. Mário Neves deixará de fazer parte da nossa equipa enquanto colaborador do Grupo Bacalhôa Vinhos de Portugal.
Na nossa perspectiva, o Mário foi sempre um membro extremamente valioso na nossa organização, altamente focado no negócio e capaz de cultivar fortes amizades em todos os quadrantes do planeta.
Traduzindo para dentro uma ideia do que de melhor se faz lá fora e lutando sempre, insistentemente, por ter melhores vinhos, melhores marcas, melhores estratégias de internacionalização, conquistando interna e externamente o respeito do trade, dos opinion makers, dos seus colegas e concorrentes, é provavelmente, e será por muitos anos, o “homem (Senhor) do vinho” português mais conhecido no estrangeiro.
Conhecendo minimamente o Mário, será expectável que continue bastante activo, de uma forma ou de outra ligado a um mundo que ajudou a moldar e que o moldou, o competitivo mundo dos vinhos, que sempre abraçou numa perspectiva global, culta e inteligente.
Com muita pena e com a nossa infinita gratidão, após mais de 40 anos de trabalho na Aliança, o Mário dedicar-se-á certamente à sua família, a viajar pelo mundo visitando amigos e vinhos, a praticar excitantes experiências eno-gastronómicas e segundo prometeu, a escrever um muito esperado livro de memórias.
Encosta-se uma porta, abrem-se outras mais, para que nos possamos sempre tornar a encontrar, com novas histórias e novos vinhos.”
Rubro com carne de Porco Preto, de 21 de Março a 4 de Abril

De 21 de Março a 4 de Abril, os três restaurantes Rubro apresentam as Jornadas de Porco Preto Bellota. Este ano é na melhor altura, que coincide com o final do período de montanheira (Novembro a Março), durante o qual o porco se alimenta sobretudo de bolota. Nos restaurantes Rubro serão servidos secretos, plumas entre […]
De 21 de Março a 4 de Abril, os três restaurantes Rubro apresentam as Jornadas de Porco Preto Bellota. Este ano é na melhor altura, que coincide com o final do período de montanheira (Novembro a Março), durante o qual o porco se alimenta sobretudo de bolota.
Nos restaurantes Rubro serão servidos secretos, plumas entre outras peças, como o Chuletón Maturado de Porco Preto (em que o Rubro foi pioneiro em Portugal) e que a par dos enchidos, completam a oferta que o Chef Filipe Quaresma seleccionou para estas Jornadas.
Recorde-se que os restaurantes Rubro têm um conceito muito próprio, baseado em três pilares essenciais: Vinho, Grelha e Tapas. Tudo assenta num princípio base de qualidade e simplicidade, ou seja, dando muita importância à qualidade dos ingredientes e apostando em confecções muito simples. Neste momento existem três restaurantes: dois em Lisboa (Campo Pequeno e Rua Rodrigues Sampaio) e Cascais. Mais informações em www.restauranterubro.com
Aveleda adquiriu Quinta do Morgado da Torre, no Algarve

Depois dos Vinhos Verdes, o berço da casa, da Bairrada (com a Quinta da Agueira, adquirida em 1990) e do Douro (Quinta do Vale do Sabor, Douro Superior, em 2015, e Vale D. Maria em 2017), a Aveleda acabou de fazer mais uma incursão vínica. Desta vez rumou ao sul de Portugal e adquiriu 80 […]
Depois dos Vinhos Verdes, o berço da casa, da Bairrada (com a Quinta da Agueira, adquirida em 1990) e do Douro (Quinta do Vale do Sabor, Douro Superior, em 2015, e Vale D. Maria em 2017), a Aveleda acabou de fazer mais uma incursão vínica. Desta vez rumou ao sul de Portugal e adquiriu 80 hectares de terra na freguesia de Alvor (concelho de Portimão). O alvo foi a Quinta do Morgado da Torre, propriedade do produtor João Mendes, com vinhos desde 1998. Da parte da Aveleda, esta zona “tem condições perfeitas: está na zona de influência da Serra de Monchique, significando que tem um clima mediterrânico ameno; excelentes solos argilo-calcários; parte da quinta é plana (excelente para castas brancas) e parte em encosta (excelente para castas tintas)”. As palavras são de Martim Guedes, da administração da Aveleda, que já revelou também que a empresa vai investir cerca de 7 milhões de euros até 2021, tanto em vinha como em enoturismo. Segundo este administrador, em declarações à Comissão Vitivinícola Regional do Algarve, a família provou recentemente vinhos do Algarve e ficou surpreendida com a qualidade: “percebemos que o Algarve tem o potencial para vir a ser uma grande região de vinhos e temos vontade de fazer parte desse caminho”.

Martim Guedes referiu ainda que a Aveleda irá tirar partido do mercado algarvio: “sentimos que há aqui um enorme potencial, sobretudo no canal HORECA (hotéis, restaurantes e cafés), que valoriza os vinhos da região, mas onde a larga maioria do consumo ainda é de outras regiões. (…) Por isso o nosso primeiro objectivo é a presença nos canais de venda da região, com um posicionamento muito qualitativo”. E acrescenta: ““ainda não começámos a comercializar e já temos pedidos, dos EUA, do Canadá….o nome Algarve é muito conhecido e gera muito interesse”.

A Aveleda vai continuar com as marcas, sobretudo Alvor. Mas a marca Tapada da Torre tem também muitos pergaminhos no Algarve (e não só).
O enoturismo vai ser uma parte forte na estratégia. Ainda segundo Martim Guedes, “a região precisa de diversificar a oferta para além da praia e do golfe, e o enoturismo faz todo o sentido. E a nossa leitura é que essa procura não é só no Verão, mas sim ao logo de todo o ano. Por isso vamos fazer um investimento importante no enoturismo”.
Herdade das Servas investe nos Vinhos Verdes

São raros os investimentos do Alentejo na região dos Vinhos Verdes. Na nossa memória está, por exemplo, João Portugal Ramos, com vinhos na sub-região de Monção e Melgaço, da casta Alvarinho. Mas eis que agora outro peso pesado alentejano, da também região norte alentejana de Estremoz, decide investir na zona de Amares, um concelho do […]
São raros os investimentos do Alentejo na região dos Vinhos Verdes. Na nossa memória está, por exemplo, João Portugal Ramos, com vinhos na sub-região de Monção e Melgaço, da casta Alvarinho. Mas eis que agora outro peso pesado alentejano, da também região norte alentejana de Estremoz, decide investir na zona de Amares, um concelho do distrito de Braga. De facto, os irmãos Luis e Carlos Serrano Mira, os proprietários da Herdade das Servas, adquiriram a Casa da Tapada em Amares, distrito de Braga. A incursão dos irmãos envolveu um património importante, constituído por 24 hectares de área total, dos quais 12 são de vinha, 10 de mata centenária e os restantes 2 de casario, incluindo uma casa senhorial com uma capela anexa.

A equipa de enologia já está em campo e para breve está o lançamento dos primeiros vinhos desta nova geração da Casa da Tapada. Referentes à colheita de 2018, vão envergar as marcas ‘CT’ e a histórica ‘Casa da Tapada’, ambas DOC Vinho Verde. O enoturismo não foi esquecido e em breve irá renascer a loja de vinhos da Casa da Tapada, cuja oferta será complementada com visitas e provas de vinhos.
“Sempre acreditámos no potencial dos Vinhos Verdes, região que dá origem a vinhos com muita frescura, o que potencia a harmonização gastronómica, ponto forte dos vinhos que produzimos. São vinhos cítricos e aromáticos, em que a acidez está bastante presente. É uma região complementar ao Alentejo. Há também o factor “memória”: em casa do nosso avô materno sempre houve Vinho Verde; um dos seus grandes amigos era lá produtor”, revelam Luís e Carlos Serrano Mira.
O solar da Casa da Tapada foi erguido em 1540 (séc. XVI) pelo poeta e conhecido humanista Francisco de Sá de Miranda – responsável pela introdução do movimento literário renascentista no nosso país –, que ali se instalou e começou a produzir vinho. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1977. Um valor histórico-cultural que pesou no investimento feito pela família Serrano Mira.
Recorde-se que a família Serrano Mira é dos maiores produtores privados portugueses, com 350 hectares de vinha própria, até agora na região de Estremoz e Borba.
Um único símbolo vidreiro para a Verallia no mundo

Um novo símbolo vidreiro (uma espécie de punção), comum para todos os países, irá constar no fundo das garrafas e frascos produzidos pelas 31 fábricas do Grupo Verallia presente em 10 países. Através desta iniciativa, a Verallia pretende facilitar a identificação da marca Verallia pelo mundo. O símbolo é um “V” e será seguido da […]
Um novo símbolo vidreiro (uma espécie de punção), comum para todos os países, irá constar no fundo das garrafas e frascos produzidos pelas 31 fábricas do Grupo Verallia presente em 10 países. Através desta iniciativa, a Verallia pretende facilitar a identificação da marca Verallia pelo mundo. O símbolo é um “V” e será seguido da letra do país de fabricação. As primeiras produções com esta nova punção foram realizadas nas fábricas da Argentina, Chile, Itália, Alemanha, Portugal e Espanha. O projecto tem como objectivo facilitar a identificação das garrafas e dos frascos Verallia no mundo.
Em 2017, a Verallia apresentou um volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros. Produziu 16 mil milhões de garrafas e frascos de vidro. Conta com cerca de 10.000 colaboradores e 32 fábricas vidreiras em 11 países, incluindo Portugal.