Costa Boal: Apostar na diferença

A Costa Boal Family Estates é uma empresa produtora de vinhos nas regiões do Douro, Trás-os-Montes e, desde 2020, em Estremoz, no Alentejo. A tradição da vinha e do vinho na família de António Boal, 45 anos, o seu fundador, remonta a 1857 e tem origem numa das aldeias da região duriense, Cabêda, no planalto […]
A Costa Boal Family Estates é uma empresa produtora de vinhos nas regiões do Douro, Trás-os-Montes e, desde 2020, em Estremoz, no Alentejo. A tradição da vinha e do vinho na família de António Boal, 45 anos, o seu fundador, remonta a 1857 e tem origem numa das aldeias da região duriense, Cabêda, no planalto de Alijó. Com foco nas vinhas e apoiada numa equipa coesa, a Costa Boal tem apostado na valorização do seu património vitivinícola para construir um projeto de vinhos consistente e de qualidade. Os seus autores são o próprio António Boal, e Paulo Nunes, enólogo há muito tempo ligado a este projecto.
O património vitícola e de terroirs da Costa Boal permite-lhe produzir uma diversidade de estilos de vinhos cuja qualidade e distinção lhe tem permitido crescer e solidificar o seu posicionamento nos mercados onde está presente. E não vai parar por aqui, já que António Boal está sempre a pensar em novos investimentos, feito com base numa procura de novos terroirs, onde existam, de preferência, vinhas velhas, a partir dos quais possa produzir, e oferecer ao mercado, vinhos distintos.
A Herdade dos Cardeais fica numa zona mais fresca do Alentejo e os seus solos têm origem numa faixa de transição entre xistos e os mármores de Estremoz
Oportunidade no Alentejo
António Boal, 45 anos, é também natural de Cabêda. Desde muito novo, acompanhou o pai nos trabalhos agrícolas da família, ajudando a fazer a vindima, as podas, os tratamentos e até a plantação de vinha. Com o falecimento do progenitor, tinha então 19 anos, tomou nos braços o negócio herdado, depois de já ter adquirido algum conhecimento no curso técnico de Gestão Agrícola da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Rodo, na Régua. Mais tarde fez também o curso de Engenharia Alimentar no Instituto Piaget, em Mirandela.
Aos 24 anos começou a desenhar os primeiros vinhos para o mercado regional. Mais tarde, aventurou-se no mercado nacional e depois na exportação, sempre com muita atenção a cada passo dado, e vontade de adquirir conhecimento que lhe permitisse ir mais longe. Foi esse que o fez decidir crescer investindo noutras regiões para além da sua de origem, o Douro.
Já foi com o actual sistema de distribuição, baseado em distribuidores regionais em Portugal e distribuidores locais nos mercados externos onde está presente, já montado, que avançou, primeiro para Trás-os-Montes e, mais recentemente, para o Alentejo.
Comprou a Herdade dos Cardeais após alguns anos à procura de oportunidade de investimento na região. “Mas tudo o que me aparecia eram sempre projectos demasiado grandes, com mais de 70 hectares de vinha, o que exigiria uma estrutura enorme e a construção de uma força de vendas muito grande, o que não era o meu objectivo”, conta António Boal. Até que surgiu a oportunidade de comprar a Herdade dos Cardeais, que foi adquirida em 2020.
Nessa altura tinha 10 hectares de vinha, uma adega e um stock de vinhos de 140 mil litros. Para além disso, o encepamento era composto por vinhas com cerca de 20 anos das castas tintas Aragonez, Syrah, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Alicante Bouschet e brancas Antão Vaz, Roupeiro e Arinto, este plantado em 2014, o que agradou ao enólogo da empresa, Paulo Nunes, já que havia o potencial para produzir os vinhos mais frescos que pretendia fazer no Alentejo.
“O objectivo da nossa empresa, desde o início, é fazer pequenos volumes com valor acrescentado, e foi por isso que comprámos a Herdade dos Cardeais, pois fica numa zona mais fresca do Alentejo e os seus solos têm origem numa faixa de transição entre xistos e os mármores de Estremoz”, explicou o proprietário da Costa Boal Family Estates durante o evento de lançamento.
Vinhos com assinatura
Foi a partir do que havia em stock que foram lançadas as primeiras referências da Quinta dos Cardeais, da colheita de 2019, em 2023. Mas os dois tintos de 2020, um Reserva e um Grande Reserva, e os dois brancos apresentados à imprensa, e ao mercado, foram totalmente produzidos pela equipa da casa.
“A grande diferença entre os vinhos da colheita de 2019 e os que estamos a lançar agora é que foram pensados na vinha”, o que implicou que “o maneio e a condução das plantas foram readaptados para produzir os vinhos que pretendemos”, explicou Paulo Nunes no almoço de lançamento das novas colheitas, que decorreu no restaurante Plano, em Lisboa. Ou seja, houve redução da carga de cachos por planta, e diminuição do volume de rega, o que deu origem a uma produção significativamente menor e contribuiu, com a “enologia minimalista” usada na adega, para que os vinhos “expressem toda a identidade da região”.
Um vinho é sempre melhor com uma boa história por detrás. E se esta não existir, “nós acabamos por ser mais um dos muitos que estão no mercado”, o que tornaria o negócio da sua empresa mais difícil de gerir e António Boal não quer. Foi, por isso, que só avançou para o Alentejo nesta década. “Se fosse apenas uma marca, engarrafava e até podia fazer o melhor vinho do mundo, mas não tinha a história, a adega, a terra, as castas, o perfil que idealizamos”, defende. Em 2025 lançou os primeiros vinhos das colheitas de 2021 em diante da Quinta dos Cardeais, “produzidos com a nossa viticultura e enologia”, salienta.
A filosofia do projecto da Costa Boal Family Estates é fazer vinhos a partir de pequenas quintas, com 10 a 12 hectares de vinha até agora, com controlo total da produção nas regiões onde está activa, “para não depender de terceiros”, onde tem, em cada uma delas, uma adega. “Esta forma de estar e agir no negócio é mais dispendiosa, mas permite-nos adquirir um conhecimento essencial para fazer vinhos diferenciados, cujas características variam com as condições de cada ano”, explica. Mas é preciso vendê-los e António Boal já sabe, hoje, a melhor forma de o fazer.
Um negócio de amizades
“O negócio do vinho passa pela proximidade”, pelo estabelecimento de amizades, explica, salientando que foi isso que lhe aconteceu muitas vezes ao longo do tempo. “Hoje tenho clientes que foram, primeiro, amigos”, revela dizendo que não basta chegar a um restaurante, apresentar um vinho e deixar a garrafa.
“Sem um relacionamento estabelecido não se vende vinho, porque é um negócio que tem, como base, relacionamentos e amizades que o tornam sustentável”, pelo menos nas empresas de pequena e média dimensão, que não têm grandes equipas de vendas com acesso a toda a rede de clientes. “É, por isso, que quando vou a qualquer parte do país, faço questão de visitar sempre vários clientes, os restaurantes que conheço, para cumprimentar as pessoas, saber como está a correr a venda de vinhos e o que precisam de nós. É parte essencial dos projectos”, defende.
António começou por ser agricultor e, depois, produtor de vinho. Mas isto não basta para gerir um negócio onde é essencial saber comunicar, vender e cobrar e garantir a sustentabilidade económica de forma duradoura. As bases para isso foram-lhe comunicadas pelo pai através de uma frase que este lhe dizia muitas vezes: juntar dinheiro custa, mas gastar é rápido. “No fundo, o que tenho feito é usar essa frase sábia colocando-a em prática, mantendo uma racionalização de custos que nos tem permitido aumentar o nosso património cada vez mais, e acrescentar valor nos produtos que colocamos no mercado”, explica o proprietário da Costa Boal Family Estates. “E não vamos ficar por aqui, já que projectamos avançar para mais regiões”.
Hoje a Costa Boal está presente em três regiões, Douro, Trás-os-Montes e Alentejo, a partir das quais engarrafa cerca de 400 mil garrafas de vinho. Neste momento é uma empresa estável, que já está a apostar no enoturismo, projecto que deverá arrancar com base numa quinta de 1932, que fica em Favaios. Nela vai ser desenvolvido um hotel e um restaurante. Mas não vai ficar por aqui, porque prepara-se para entrar noutras sub-regiões em breve. No ano passado adquiriu mais 10 hectares de vinha velha em Trás-os-Montes, o que faz, da Costa Boal Family Estates, um dos principais produtores com vinhas velhas nesta região. “Tanto eu, como o enólogo e o responsável de viticultura gostamos de desafios e o nosso limite é o céu”, diz ainda António Boal.
As regiões e quintas da Costa Boal
Douro
No berço duriense da Costa Boal, na aldeia de Cabêda, está instalada a antiga adega da família, datada de 1857. Mantém os lagares tradicionais de granito, nos quais se faz ainda a pisa a pé as uvas. É a casa onde repousam, entre outros, os Vinhos do Porto velhos e muitos velhos da Costa Boal, que aqui produz as referências Costa Boal e Flor do Côa.
Nesta região, a Costa Boal possui a Quinta dos Tojais (Cabêda, Alijó), Quinta do Sobredo (Vilar de Maçada, Alijó), Quinta Vale de Mouro (Vila Nova de Foz Côa), Quinta da Pia (Porrais, Murça) e a recém adquirida Quinta de Arufe, em Favaios, onde se vai desenvolver o primeiro projecto da marca na área do enoturismo. A empresa produz também azeite a partir de oliveiras centenárias das variedades Madural, Verdeal e Cobrançosa nesta região.
Trás-os-Montes
É das vinhas velhas da Quinta dos Távoras, em Mirandela, uma das propriedades da Costa Boal na região transmontana, que são colhidas as uvas para os vinhos Flor do Tua, Quinta dos Távoras e Palácio dos Távoras. A Costa Boal detém nesta região uma vinha histórica centenária, em Miranda do Douro, nas arribas do rio, mesmo junto à fonteira com Espanha.
A aquisição de mais 10 hectares de uma vinha velha, com mais de 67 anos, fez crescer a área explorada pela empresa para os 22 hectares, reforçando o seu posicionamento como produtor de vinhos de vinhas velhas.
Alentejo
A Costa Boal Family Estates chegou em 2020 ao concelho de Estremoz, sub-região do Alentejo, uma propriedade com 10 hectares de vinha, com a compra da Quinta dos Cardeais. É a partir dela que são produzidas as gamas Quinta dos Cardeais e Monte dos Cardeais. Em 2025 foram lançados os primeiros vinhos.
(Artigo publicado na edição de Julho de 2025)
Editorial: Nº 100

Editorial da edição nrº 100 (Agosto de 2025) 100 meses, 100 edições. Um número bem redondinho que assinala um percurso bonito, iniciado em maio de 2017, recheado de desafios (um covid 19 pelo meio, parece que foi há um século…) e superações. Foram também 100 editoriais, publicados nesta página. Revisito aqui alguns deles, abrindo […]
Editorial da edição nrº 100 (Agosto de 2025)
100 meses, 100 edições. Um número bem redondinho que assinala um percurso bonito, iniciado em maio de 2017, recheado de desafios (um covid 19 pelo meio, parece que foi há um século…) e superações. Foram também 100 editoriais, publicados nesta página. Revisito aqui alguns deles, abrindo uma cápsula do tempo de memórias vínicas destes quase oito anos e meio.
“Número 1. Gosto deste algarismo e dos seus múltiplos significados. Pode querer dizer o primeiro, no sentido qualitativo do termo, mas também início e único. Acredito que todos eles se aplicam à revista que agora apresentamos. V Grandes Escolhas, é o seu nome.” (Maio 2017)
“A viticultura sustentável não é uma moda ou uma tendência, antes uma necessidade. E uma necessidade de que muitos produtores estão conscientes, sobretudo aqueles que querem deixar algo para as gerações vindouras (as suas e as dos outros).” (Dezembro 2017)
“Fico zangado com a rolha quando esta me deixa ficar mal, quando frustra as minhas expectativas, quando mata um vinho que acarinhei durante anos para um momento de glória que afinal não foi. Mais do que arruinar o vinho, o TCA destrói o momento.” (Dezembro 2018)
“A Touriga Nacional é a minha casta favorita? Não, de todo. Mas é a melhor que temos e a mais bem colocada para representar a grandeza vinícola de Portugal. É exuberante, vaidosa, impositiva, egocêntrica? Sim, claro. O Cristiano Ronaldo também.” (Maio 2019)
“Existem muitas definições para o chamado factor X. Aquela de que mais gosto explica-o desta forma: “Uma variável, numa dada situação, que pode vir a ter o impacto mais significativo no resultado”. No caso do vinho, não tenho qualquer dúvida: a variável principal, o factor X, é o factor humano.” (Setembro 2019)
“O salto digital foi gigantesco para todos. Veio para ficar? Vai ser assim de agora em diante? Vai substituir a conversa cara a cara, o aperto de mão, o abraço, o tocar dos copos? O take-away e a venda online não salva restaurantes, lojistas e produtores, tal como o WhatsApp não resolve as saudades da família e dos amigos. É um compromisso pífio e frustrante. Mas ajuda.” (Maio 2020)
“Só quem sabe muito de viticultura e enologia se pode dar ao luxo de abdicar da segurança e correr riscos. Mas só correndo riscos se criam vinhos que nos seduzem e impressionam pela sua qualidade, originalidade, personalidade. E mesmo com todo o conhecimento, talento e atenção, quem caminha na linha vermelha, sabe que, por vezes, as coisas correm mal.” (Fevereiro 2021)
“Gosto discute-se, qualidade não. A qualidade é imediatamente reconhecível, mesmo por quem não é especialista ou conhecedor. Se um vinho cheira mal, não há quem me convença de que cheira bem. Uma couve podre é uma couve podre, um guisado queimado é um guisado queimado. Não há volta a dar.” (Janeiro 2022)
“Agora que toda a gente sabe o que é Vinho de Talha Alentejo, seria bom não esquecermos os amadores (no verdadeiro sentido da palavra, ‘aqueles que amam’) que, teimosamente, ao longo das últimas décadas, mantiveram vivos não apenas a tradição como o conhecimento, o saber fazer.” (Julho 2023)
“Aqueles que se intitulam ‘fora da caixa’ (sem perceberem que assim se inserem, desde logo, numa caixa e num rótulo) são, frequentemente, os que mais se esforçam por colocar todos os outros vinhos e produtores em caixinhas muito bem fechadas, catalogadas e arrumadas num canto, de preferência escuro e longínquo. Como se o mundo do vinho se resumisse a ‘nós’ e ‘outros’.” (Dezembro 2023)
“Quantas vezes assisti, em sessões de prova, ao arrasar de um vinho com o singular argumento de que se ‘sente a madeira’. (…) Curiosamente, quem diaboliza a mais leve sugestão de fumado ou especiaria da barrica, é capaz de acolher embevecido e lacrimejante de prazer o aroma a pez da talha ou o sabor taninoso do engaço verde no lagar.” (Junho 2024)”
“Melhores vinhos. De todos os ‘prognósticos’ para 2025, este é o que podemos tomar como garantido. A cada ano que passa, nascem em Portugal melhores vinhos, brancos, rosados e tintos. Não sei quando o mundo vai verdadeiramente reconhecer (e pagar) a grandeza destes vinhos. Mas pouco importa, eu sei onde os encontrar.” (Janeiro 2025) L.L.
14 Brancos a não perder neste Verão

Combata o calor do Verão bebendo vinhos brancos frescos e vibrantes. Seleccionámos para si 14 brancos que obtiveram selo de “Boa Escolha”, o que é uma garantia de qualidade a um preço em conta. Nunca foi tão fácil beber bom e barato! Atreva-se!
Combata o calor do Verão bebendo vinhos brancos frescos e vibrantes.
Seleccionámos para si 14 brancos que obtiveram selo de “Boa Escolha”, o que é uma garantia de qualidade a um preço em conta. Nunca foi tão fácil beber bom e barato!
Atreva-se!
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	 QMBranco - 2024
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	 NostalgiaBranco - 2024
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	 Barão do HospitalBranco - 2023
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	 Quinta dos TermosBranco - 2023
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	 D. GraçaBranco - 2023
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	 Casa CadavalBranco - 2023
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	 Quinta do GradilBranco - 2023
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	 Quinta de S. FranciscoBranco - 2023
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	 ADEGA DE PENALVABranco - 2023
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	 Quinta da LapaBranco - 2021
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	 Quinta da AlornaBranco - 2021
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	 RegateiroBranco - 2022
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	 Casa de Paços Vinhas VelhasBranco - 2022
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	 KompassusBranco - 2022
Verão com boas novas no Bar 360 do The Yeatman

Porque a época de estio rima com barbecue, nada melhor que optar por uma refeição leve e fresca, inspirada na culinária mediterrânica, para saborear a céu aberto. Eis a estreia no Bar 360 do The Yeatman, o icónico rooftop desta unidade localizada em Vila Nova de Gaia, com a curadoria de Ricardo Costa, o chef […]
Porque a época de estio rima com barbecue, nada melhor que optar por uma refeição leve e fresca, inspirada na culinária mediterrânica, para saborear a céu aberto. Eis a estreia no Bar 360 do The Yeatman, o icónico rooftop desta unidade localizada em Vila Nova de Gaia, com a curadoria de Ricardo Costa, o chef executivo deste hotel de cinco estrelas virado para a cidade do Porto.
A oferta gastronómica continua em Setembro e tem como base uma seleção de ingredientes frescos e sazonais. À grelha, onde cabem as carnes, os peixes e os legumes grelhados, acrescenta-se o forno a lenha, destinado às focaccias, ao pão de alho ou ao leitão assado, prato simbólico para o chef Ricardo Costa. Na estação de saladas, o destaque vai para as combinações nutritivas e equilibradas. O momento mais guloso, criativo e original fica reservado para o final da refeição.
Quanto ao serviço, os produtos são confeccionados ou finalizados à vista do cliente num ambiente informal e descontraído. O menu varia a cada dia de evento e, na carta de bebidas, não faltam cocktails clássicos, espumantes, champagnes, Vinho do Porto, entre outros.
Esta experiência gastronómica acontece todas as sextas-feiras, das 18h30 às 21h00, aos sábados ao almoço e ao jantar, das 13h00 às 15h00 e das 18h30 às 21h00, e aos domingos, das 13h00 às 15h00. O valor é de 65€ por pessoa, sem bebidas incluídas. Impera a reserva.
Vinalda entra no mundo do bourbon

A distribuidora nacional de vinhos e de bebidas espirituosas passou a distribuir duas referências da icónica Buffalo Trace Distillery, do grupo Sazerac, localizada em Frankfort, Kentucky, nos Estados Unidos: a Buffalo Trace Kentucky Straight Bourbon Whiskey e a Eagle Rare Kentucky Straight Bourbon Whiskey. O primeiro é produzido em homenagem aos poderosos búfalos e ao […]
A distribuidora nacional de vinhos e de bebidas espirituosas passou a distribuir duas referências da icónica Buffalo Trace Distillery, do grupo Sazerac, localizada em Frankfort, Kentucky, nos Estados Unidos: a Buffalo Trace Kentucky Straight Bourbon Whiskey e a Eagle Rare Kentucky Straight Bourbon Whiskey.
O primeiro é produzido em homenagem aos poderosos búfalos e ao espírito robusto e independente dos pioneiros que os seguiram, e submetido a um envelhecimento em barricas de carvalho novas, durante vários anos, em armazéns centenários, até atingir o pico da maturidade. O segundo, considerado uma preciosidade na categoria premium, é envelhecido durante, no mínimo, dez anos. Ambos são peças preponderantes da produção da bicentenária Buffalo Trace Destillery, classificada como Património Histórico Nacional.
Com este reforço, a Vinalda torna-se um player de relevo na categoria do bourbon em Portugal e reforça o portefólio com a distribuição do Paddy Irish Whiskey, com raízes em 1779 e tido, por muitos, como a verdadeira essência do whisky irlandês.
Saiba os resultados do Concurso de Vinhos Escanções de Portugal

No dia 12 de Julho, o Hotel Holiday Inn Lisboa – Continental recebeu a 6ª edição do Concurso de Vinhos Escanções de Portugal promovido pela Associação dos Escanções de Portugal e reconhecido pelo Instituto da Vinha e do Vinho. Foram entregues seis Grandes Tambuladeiras de Ouro, prémio maior destinado aos vinhos de excelência dentro de […]
No dia 12 de Julho, o Hotel Holiday Inn Lisboa – Continental recebeu a 6ª edição do Concurso de Vinhos Escanções de Portugal promovido pela Associação dos Escanções de Portugal e reconhecido pelo Instituto da Vinha e do Vinho. Foram entregues seis Grandes Tambuladeiras de Ouro, prémio maior destinado aos vinhos de excelência dentro de cada categoria. Nesta lista, constam o “Melhor Vinho Tinto”, o Torre de Palma Reserva da Família Tinto 2017 (Torre de Palma, Alentejo); o “Melhor Vinho Branco”, o Quinta do Pinto Limited Edition Arinto Branco 2021 (Quinta do Pinto, Lisboa); o “Melhor Vinho Rosé”, o Casa Relvas Rosé Pom-Pom Rosé 2024 (Casa Relvas, Alentejo); o “Melhor Espumante”, o Quinta do Cerrado da Porta Espumante Grande Reserva Pinot Noir 2016 (Cerrado da Porta, Lisboa); o “Melhor Vinho Licoroso”, o Vista Alegre 30 Anos Tawny Porto (Vallegre Vinhos do Porto S.A., Douro); a “Melhor Aguardente”, a 32.ª Série da Aguardente Vínica XO Clássica (Adega Cooperativa da Lourinhã, Lisboa).
Além deste galardão, esta competição atribuiu 81 Medalhas de Ouro. A este número, somam-se 109 referências vínicas com Selo de Qualidade distribuída pelas referências vínicas com 90 ou mais pontos, totalizando, assim, 109 rótulos.
Presidida por Tiago Paula, Presidente da Comissão Técnica, a 6ª edição do Concurso de Vinhos Escanções de Portugal contou com um painel de mais de 50 jurados especializados, entre escanções, enólogos e outros profissionais do sector provenientes de várias regiões do país. Pela primeira vez, houve painéis específicos de prova, com um júri dedicado a espumantes e dois painéis dedicados à avaliação de vinhos licorosos e aguardentes, de modo a garantir uma avaliação mais rigorosa e tecnicamente adequada a cada categoria.
O vinho Madeira e a ligação à Noruega

O que têm a ver as comemorações do Bicentenário da Travessia do Restauration com a candidatura das Tradições do Vinho Madeira a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO? Em 1825, o navio Restauration transportou o primeiro grupo de noruegueses para Nova Iorque. Durante a viagem, a enorme embarcação fez, a 28 de Julho desse ano, […]
O que têm a ver as comemorações do Bicentenário da Travessia do Restauration com a candidatura das Tradições do Vinho Madeira a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO?
Em 1825, o navio Restauration transportou o primeiro grupo de noruegueses para Nova Iorque. Durante a viagem, a enorme embarcação fez, a 28 de Julho desse ano, uma paragem no porto do Funchal, na ilha da Madeira, mas antes, e segundo relatos históricos, a tripulação deparou-se com um barril de vinho Madeira a flutuar no oceano. Os passageiros, embriagados, foram recebidos com generosidade pela população local, que lhes ofereceu comida. Duzentos anos depois, a viagem comemorativa do Restauration – de Stavanger a Nova Iorque – torna a incluir a Madeira na rota.
E no âmbito do Bicentenário da Travessia do Restauration, o dia 30 de Julho está marcado por duas mostras gastronómicas, que contemplam as cozinhas madeirense e norueguesa. A primeira decorre às 12:30, no Porto do Funchal, e segunda tem lugar às 19:30, no Colégio dos Jesuítas. As duas acções contam com a participação do chef Bjarte Finne, membro ativo do movimento Slow Food e Embaixador de Bergen – Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO.
Na mesma data, decorrem visitas guiadas às vinhas tradicionais das costas Norte e Sul da ilha. Esta iniciativa assinala o arranque do projecto HeViTOUR MAD, centrado na valorização da viticultura heroica da Madeira, tendo esta candidatado as Tradições do Vinho Madeira à distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Esta acção é promovida pela Universidade da Madeira, em parceria com a Embaixada da Noruega, a Slow Food de Bergen, a Cátedra UNESCO do Património Cultural Imaterial da Universidade de Évora, Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira, Blandys e The Views Hotels, entre outras entidades.
Sanleti: Um poiso de petiscos na Praia da Rocha

O meu Algarve não é o meu poiso de férias, como acontece com muitos outros portugueses. É a minha terra, aquela onde brinquei, joguei ao berlinde e aos jogos de apanhada, fiz amizades eternas, estudei e aprendi, andei pelos campos, apanhando aqui e ali uma romã, uma nêspera, uma laranja, e fui à pesca, à […]
O meu Algarve não é o meu poiso de férias, como acontece com muitos outros portugueses. É a minha terra, aquela onde brinquei, joguei ao berlinde e aos jogos de apanhada, fiz amizades eternas, estudei e aprendi, andei pelos campos, apanhando aqui e ali uma romã, uma nêspera, uma laranja, e fui à pesca, à ameijoa e ao berbigão, num dos sítios para onde gosto mais de olhar: a Ria Formosa. É um Algarve de muitos algarves, parecidos, mas todos ainda um pouco diferentes uns dos outros, apesar da muralha de casario, um pouco desordenado, que separa a linha de costa do resto, parecer querer uniformizar a paisagem.
Sítio de comer
Uma das coisas que gosto é conseguir encontrar sempre sítios de comer onde me sinto bem e sou bem tratado. São vários por toda a região e um deles, na zona de Portimão, é o Sanleti Tapas & Vinhos, sobretudo porque tem uma oferta diversificada de petiscos, que vai variando ao longo do ano, uma carta bem composta de vinhos algarvios e, à noite boa música ao vivo, calma, tocada e cantada por bons interpretes. Ao longo do tempo, fui conhecendo melhor o seu proprietário, Rui Silva, moço da região que estudou e deu os primeiros passos na profissão pelo norte, mas não resistiu a voltar.
Estabeleceu o seu Sanleti em Ferragudo, perto da margem esquerda do rio Arade, e mudou-se mais recentemente para a zona da Praia da Rocha, para um espaço maior com vista para a marina de Portimão, que continua a ser essencialmente uma casa de petiscos, cuja oferta vai variando ao longo do ano. Já lá comi Peixinhos da horta, Moxama de atum, Bolinhas de alheira com chouriço e outros, mas desta vez optamos pela Tiborna de Cavala com tomate, manga e pimentos vermelhos aos cubos, em pão tostado, que repito quase sempre, mais uma Tirinhas de polvo salteadas com puré de pimentos e Brás do Sanleti, com bacalhau, batata, camarão e ovo. Tudo saboroso e agradável, como habitual, desta vez apreciado na companhia de um Lagoa Reserva single vineyard, da casta Crato Branco, um vinho branco de aroma fresco, com notas de alperce, pêssego e fruta branca e o volume e frescura apropriados para o repasto.
Faltou-me apenas a tarte de amêndoa da mãe do Rui, incontornável, mas apenas porque me esqueci de reservar, já que a concorrência é grande pela sobremesa e é apenas ela que a sabe fazer. Mas fica para a próxima.
Sanleti Tapas & Vinhos
Morada: R. Bartolomeu Dias, Loja A, Praia da Rocha, 8500-806 Portimão
Tel.: 963 405 776
Site: sanleti.wixsite.com












