AdegaMãe lança projecto de valorização para jovens reclusos

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão […]

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão disponíveis para os consumidores e são o resultado deste projecto que visa potenciar ferramentas de reinserção social. Desde a viticultura e vindima até ao trabalho final de adega, o processo produtivo destes vinhos conta com o empenho dos jovens reclusos.

O Projecto Inclusus arrancou com a vindima de 2018, quando foram colhidas as uvas que deram origem aos primeiros vinhos agora colocados no mercado. A vindima 2019 também já foi realizada, precisamente na Quinta Lagar D’El Rei, uma área sob administração do EPL, onde se encontram 3,6 hectares de vinha em produção. Das cerca de 17 toneladas de uvas colhidas, 9 destinam-se à vinificação na AdegaMãe, em Torres Vedras, dando origem a 8 mil garrafas. Numa primeira fase, os vinhos estão disponíveis para venda nas lojas da AdegaMãe, no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), bem como nas lojas Boa Vizinhança, no Rato, e na loja CVR Lisboa, no Mercado da Ribeira, em Lisboa.

“Este é um projecto de grande valor simbólico para nós. É um orgulho para a AdegaMãe estar associada ao EPL e contribuir para o sucesso de todo o trabalho de reinserção social que tem vindo a ser desenvolvido. Para além de toda a colaboração no processo produtivo, o lançamento desta nova marca de vinhos, Inclusus, é, por si só, um importante alerta para todas as questões relacionadas com as boas práticas de reinserção social e com o futuro destes jovens”, afirma Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe.

Joana Patuleia, directora deste Estabelecimento Prisional refere que se trata de “uma parceria muito importante para o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), considerando como pontos fortes a formação profissional na área da vitivinicultura e o aumento dos postos de trabalho, tendo como foco a valorização dos jovens através do trabalho, contribuindo assim para o êxito da sua reinserção social”.

Os vinhos, já no mercado, têm um preço de €3,99, sendo o tinto feito de Castelão e Aragonez e o branco de Fernão Pires e Arinto.

AdegaMãe: Novidades caídas do céu

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[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Como visitar seis vinhas diferentes, algumas separadas por muitos quilómetros, em apenas uma hora? Para Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe, a resposta é simples: de helicóptero. A isto chama-se entrar em grande no lançamento dos novos Dory Reserva.

TEXTO Mariana Lopes

O cenário das vinhas lisboetas de Outono, visto do ar, é de ficar sem fôlego. A manta de retalhos pintada a tons quentes e, em certas localizações, quase banhada pelo azul do Atlântico, forma uma visão privilegiada a que poucos têm acesso. “Atlântico.” A palavra-chave de um terroir que origina vinhos originais, nos quais se sente a influência marcadamente marítima.
São assim os brancos da AdegaMãe, que tem as suas seis vinhas divididas pelo sistema montanhoso Montejunto-Estrela, três brancas de um lado, em Torres Vedras e Cadaval, e três tintas do outro, em Alenquer e Arruda dos Vinhos. As primeiras num clima precisamente atlântico, mais ameno, entre o mar e a cadeia de montanhas, e as segundas num clima continental, onde a amplitude térmica é maior. Em solos argilo-calcários, estes vinhedos foram alvo de restruturação quando a AdegaMãe iniciou a sua actividade, em 2010. A equipa de enologia, constituída por Diogo Lopes e Anselmo Mendes, orientou todo o processo que, juntamente com a construção dos edifícios, adega e implementação do enoturismo representou, até hoje, um investimento de 6,5 milhões de euros, por parte do Grupo Riberalves, detentor da empresa.
Juntando paixão a profissionalismo, João e Bernardo Alves, pai e filho, fizeram nascer em poucos anos um negócio de qualidade e sucesso, com uma produção actual de 1 milhão e 300 mil garrafas, que se traduz numa facturação de 3 milhões de euros, em 2018. Um aumento de 20% face ao ano anterior, que se deve a um forte crescimento no mercado internacional (60% da facturação) e na restauração da Grande Lisboa. Bernardo e os dois enólogos são agora o rosto de uma casa que se ergueu sem vícios e sem bagagem, pronta para retirar da região, e daquele quadriculado pitoresco à beira-mar plantado, todo o seu potencial e reflecti-lo nos vinhos.
“O ano de 2015 foi o melhor de sempre para os tintos da AdegaMãe”, disse Diogo Lopes. O novo Dory Reserva tinto não o deixa mentir. Das vinhas da Quinta da Laje e da Quinta dos Ferrões, ambas em Alenquer, tem no lote Touriga Nacional, Merlot, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot. Tendo estagiado 14 meses em barricas de carvalho francês, resultou num vinho sublime, intenso, especiado e muito equilibrado. O Reserva Branco 2017, por sua vez, é feito de Viosinho, Alvarinho e Chardonnay da Quinta da Archeira (onde são as instalações da AdegaMãe), em Ventosa, Torres Vedras, a apenas 10 quilómetros do mar. Com estágio de nove meses em barrica, este branco quase não a acusa, muito mineral e gastronómico, longevo na prova. Os Dory colheita, branco e tinto, também chegaram há pouco ao mercado, e a sua prova está incluída neste artigo.
E para compreender o presente, nada melhor do que provar o passado com uma vertical destes dois vinhos. Começando no Reserva branco de 2012, que mostrou um nariz fantástico de querosene e sílex, e uma boca super-mineral com amargos deliciosos. O 2013, ainda jovem e ascendente, revela citrinos e folha de limoeiro, num conjunto ainda fechado. Depois o 2014, que, segundo Anselmo Mendes, é “O Vinho”, com uma acidez e força incríveis. O 2015 representa uma mudança na base, que a partir daqui é Viosinho e Alvarinho com menos Chardonnay, um perfil mais verde, de espargos no aroma. Já o 2016 é todo equilíbrio entre verdes, minerais e salinidade.
A vertical do Reserva tinto arrancou com o 2010, aqui ainda de Touriga Nacional e Syrah, um conjunto já finalizado, redondo e pronto a beber. Em 2011 adicionou-se o Cabernet Sauvignon, sendo o vinho bem salino e fresco, vegetal e intenso. O 2012, já com o lote actual, é, segundo Diogo, “um dos melhores anos, a par do 2015”. Um tinto desafiante, muito bom, com taninos ainda bem activos. O 2013, o meu favorito, revelou-se completo, alcalino, puro e com notas de tabaco, pleno de finesse. No 2014 sente-se bem a pirazina do Cabernet, a par da elegância.
Entre bacalhau e vinho, a família Alves tem mostrado que é possível aliar a emoção à razão, tornando-se um negócio exemplar da região de Lisboa, onde também há espaço para experimentação. Num futuro próximo pode ser que surja um monocasta Vital, mas isso é assunto para outros voos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Edição Nº20, Dezembro de 2018

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