Enoturismo: AdegaMãe

AdegaMãe

Ao longo das encostas suaves que descem em direção ao Atlântico, a região vitivinícola de Lisboa desenha-se como um corpo vivo que respira tradição, resistência e renovação. Aqui, onde o vento salgado do mar encontra as vinhas que se estendem como veias pela terra, o vinho não é apenas “bebida” – é memória líquida, um […]

Ao longo das encostas suaves que descem em direção ao Atlântico, a região vitivinícola de Lisboa desenha-se como um corpo vivo que respira tradição, resistência e renovação. Aqui, onde o vento salgado do mar encontra as vinhas que se estendem como veias pela terra, o vinho não é apenas “bebida” – é memória líquida, um gesto ancestral que persiste contra o tempo.
A região de Lisboa é uma joia que se revela em silêncios e detalhes. São nove as denominações de origem que compõem o mosaico vitivinícola — de Colares, com as suas vinhas rasteiras fincadas na areia e protegidas dos ventos marítimos por caniçais, a Bucelas, berço dos brancos vibrantes de Arinto, que já encantavam a corte inglesa nos tempos de Shakespeare.

Cada sub-região traz consigo um relato próprio, como se o vinho fosse um conto narrado pela boca da terra. Em Óbidos e Alenquer, o clima ameno e a diversidade de solos dão origem a tintos robustos e aromáticos. Já em Torres Vedras e Lourinhã, o legado se expande para além do vinho, com a produção de aguardente vínica certificada — uma raridade europeia que acrescenta camadas à identidade líquida da região.
Mas talvez o mais fascinante desta região esteja na sua capacidade de se manter fiel à essência, mesmo em tempos de globalização enológica. Há aqui uma filosofia implícita de resistência – preservar castas autóctones como a Ramisco ou a Vital é, ao mesmo tempo, um ato político e poético. Significa acreditar que o terroir — essa aliança mística entre solo, clima e mão humana — carrega uma verdade que não pode ser reproduzida em laboratório.

Ao percorrer as vinhas de Lisboa, o visitante atento não encontrará apenas belas paisagens ou vinhos bem pontuados. Encontrará, antes, um diálogo entre passado e futuro, entre natureza e cultura. Porque fazer vinho, aqui, é escutar o rumor da história que se infiltra no presente. É cultivar o tempo, como escreveu o filósofo Gaston Bachelard, e engarrafá-lo com a paciência de quem sabe que a pressa é inimiga da profundidade.
A região vitivinícola de Lisboa é, portanto, mais do que um território de produção: é um lugar de reflexão. Um espelho onde se pode ver o que somos — um povo que transforma adversidade em arte, que sabe colher beleza do chão árido, e que, entre goles e silêncios, ainda reconhece no vinho uma forma de dizer o indizível.

AdegaMãe

As nove faces de um terroir…

A Região Vitivinícola de Lisboa ergue-se como um corredor de memórias e ventos atlânticos, onde a vinha floresce entre brumas e colinas. Não é apenas um conjunto de nomes geográficos, mas uma constelação de identidades, cada qual com o seu caráter, a sua história, a sua filosofia líquida.
Alenquer, por exemplo, respira um classicismo aristocrático. As vinhas abraçadas pelas encostas da Serra de Montejunto criam tintos encorpados, de taninos firmes e alma quente, quase como se a terra ali tivesse memória de sangue e batalhas. Aqui, o vinho é um discurso sério, uma carta escrita à mão, com tinta escura e caligrafia firme.
Arruda dos Vinhos, mais discreta, é como um poema sussurrado. A sua localização mais interior afasta-a da influência direta do Atlântico, permitindo uma maturação mais calma das uvas. Os vinhos que nascem ali são equilibrados, de estrutura média, como quem sabe contar histórias sem levantar a voz — há uma elegância contida, uma sobriedade que conforta.
Já Bucelas, a norte de Lisboa, é um caso à parte. Conhecida desde os tempos romanos, foi exaltada por Shakespeare e Napoleão. É a terra do Arinto, casta que aqui atinge um fulgor quase metafísico. Os vinhos de Bucelas são como aforismos de Nietzsche: acidez cortante, frescura estonteante, longevidade quase eterna. É o vinho que pensa, que filosofa, que guarda silêncio com densidade.

Carcavelos, uma DOC quase desaparecida, é um suspiro do passado que resiste ao esquecimento. Entre o urbano e o litoral, entre o betão e a brisa, os vinhos fortificados de Carcavelos são feitos com a paciência do tempo. Doce, complexo, enigmático — como um manuscrito antigo resgatado das cinzas da modernidade.
Colares é, talvez, a mais heroica das denominações. As vinhas sobrevivem enterradas na areia, próximas do mar bravo, plantadas em pé franco, como quem desafia a lógica e a filoxera. Os tintos, feitos com Ramisco, são vinhos de tempo e temperamento, austeros e salinos, como um fado gravado em vinil gasto. Os brancos, por sua vez, têm a luz do Atlântico e a alma da resistência. Colares é um manifesto existencial.

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Encostas d’Aire, partilhada com a região do Centro, é a transição, o limiar. Os vinhos que aqui nascem espelham essa condição: há diversidade, há contrastes, há a beleza dos lugares que não se deixam definir por uma só palavra. São vinhos que nos lembram que a identidade pode ser múltipla sem perder a essência.
Lourinhã, curiosamente, é uma DOC dedicada apenas à aguardente vínica. É uma exceção no país e uma ode à destilação como alquimia. A aguardente de Lourinhã é o espírito depurado da vinha — literal e metaforicamente. É o vapor transformado em ouro, é a filosofia líquida levada ao extremo: essência sem corpo, fogo sem labareda.
Óbidos revela outra face deste mosaico. Com influências atlânticas e uma tradição agrícola viva, os vinhos de Óbidos têm frescura, vivacidade, um certo encanto campestre. Os brancos, em particular, são notas de piano em manhãs de nevoeiro, e os tintos, embora mais contidos, mantêm uma tensão elegante — como quem dança sem querer ser visto.

E por fim Torres Vedras é a força produtiva. Antigamente associada a vinhos de volume, hoje renasce com uma nova consciência. Aqui, o trabalho do homem é visível na reinvenção. A diversidade de castas e solos permite estilos distintos, desde os mais simples até os mais ambiciosos. É o lugar onde a tradição se encontra com o futuro, onde o vinho começa a filosofar sobre si mesmo.

Sabores sentidos … nos livros de História

Na região vitivinícola de Lisboa, a gastronomia tradicional revela-se como um eco do tempo. Entre vinhas que respiram brisas atlânticas e colinas e se entrelaçam com a história, a mesa é sempre um lugar sagrado. Em Alenquer, o cabrito assado dança com tintos robustos; em Bucelas, o Arinto encontra sua harmonia nas caldeiradas delicadas; em Colares, onde o chão de areia resiste ao esquecimento, o peixe fresco e o vinho envelhecido em casco invocam o espírito da resistência. Cada prato é um território e cada copo, um testemunho de culturas que não se apagam, de um saber que é mais do que técnica: é pertença. Num tempo que valoriza a velocidade, estes sabores pedem pausa e contemplação, como quem entende que comer é, também, lembrar-se de onde se vem.

Mas Torres Vedras, onde se localiza a AdegaMãe, não é apenas um nome marcado nos livros de História por batalhas e linhas defensivas — é também território onde a memória se senta à mesa. No ventre da região Oeste, entre colinas suaves e vinhas generosas, a gastronomia tradicional Torreense resiste ao tempo como um prato que nunca esfria. Comer aqui não é apenas nutrir o corpo, é um ato de pertença, uma conversa silenciosa com o passado.
A cozinha de Torres Vedras é feita de gestos herdados. Cada receita, por mais singela, carrega um fragmento de mundo antigo. As feijoadas ricas, os ensopados fumegantes, as sopas espessas e os doces conventuais falam em voz baixa sobre um tempo onde tudo era aproveitado. O bacalhau — presença quase litúrgica na mesa portuguesa — ganha aqui interpretações comedidas, onde a cebola se confunde com azeite até se tornar quase doçura.

Mas é nos sabores da terra que a alma se revela com mais nitidez. O pão ainda nasce dos fornos a lenha, com a crosta marcada pelo fumo e a miolo guardando o calor como um segredo. As couves, batatas e feijões vindos das hortas de quintais humildes não são apenas ingredientes, são testemunhos vivos de uma ligação entre homem e chão que não se deixou quebrar.
E depois há os doces, esse capítulo à parte. Os “pastelinhos de feijão”, herdeiros de tradições conventuais, são exemplo de como o açúcar pode ser uma forma de eternidade. Pequenos bolos de aparência modesta, mas com interior denso, perfumado, quase místico. Em cada dentada, uma monja anónima parece sorrir através dos séculos.
Num mundo onde a cozinha se rende à pressa e ao plástico, a gastronomia tradicional de Torres Vedras é um exercício de resistência filosófica. Ela recusa o efémero e celebra o duradouro. Alimentar-se, aqui, é uma forma de respeitar o tempo. E talvez seja isso que a filosofia da mesa torreense nos sussurra: que o verdadeiro luxo é o que permanece, o que se transmite, o que se partilha com vagar.

Entre o aroma do pão quente e o brilho do vinho local, a tradição gastronómica de Torres Vedras não é apenas algo que se saboreia, é algo que nos saboreia de volta, porque ao degustarmos os seus pratos, somos também degustados pela história. E, de alguma maneira, voltamos a ser inteiros.
Neste quadro quase que idílico passei ao lado da Capital Portuguesa numa “pressa” desenfreada para chegar à AdegaMãe, em Ventosa, Torres Vedras, para ver um edifício que não se impõe, mas que observa e convida a observar.

O Bacalhau foi o mote, o vinho a paixão

No coração da região Vitivinícola de Lisboa, entre os ventos atlânticos e os solos férteis de Torres Vedras, ergue-se a AdegaMãe, não apenas como um edifício de linhas modernas entre colinas ondulantes, mas como uma ideia encarnada: a de que o vinho pode ser um ponto de partida, um ventre simbólico onde tradição e inovação se encontram num mesmo gesto criador.
Fundada em 2011 pela família Alves — também fundadora do grupo Riberalves (o Bacalhau) —, a AdegaMãe nasceu de um sonho antigo de erguer uma adega que celebrasse a herança histórica da região, fortemente marcada pela cultura da vinha e do vinho.

Erguida pela família Alves, fundadora do Grupo Riberalves, a AdegaMãe nasce, também, como homenagem à matriarca, Manuela Alves. E é, ao mesmo tempo, a inspiração para um espaço de nascimento, de criação, no qual se pretende potenciar as melhores uvas e fazer nascer os melhores vinhos.
O nome não é acaso: “Mãe” evoca origem, cuidado, nutrição. Fazer vinho, aqui, é um ato quase maternal, que exige paciência, escuta e entrega. Não se trata apenas de transformar uva em líquido, mas de acompanhar um processo de maturação onde cada decisão — da vinha à cave — carrega o peso do tempo e o eco do futuro.
Desenhada pelo arquiteto Pedro Mateus, ela insere-se na paisagem sem a dominar, como se procurasse dialogar com a natureza ao invés de impor. A AdegaMãe nasce do solo com a mesma humildade que caracteriza as vinhas que a rodeiam. Com linhas retas e volumes depurados, a construção parece prolongar-se no espaço como uma contemplação silenciosa da paisagem. O betão, o vidro e o aço coexistem num equilíbrio discreto, quase monástico, como se a própria arquitetura respirasse ao ritmo das vinhas.

Mais do que um edifício funcional, trata-se de um espaço onde a técnica e a estética dialogam. A adega está orientada segundo os princípios da gravidade, respeitando o percurso natural do vinho, desde a receção da uva até ao estágio em barrica. Mas é no modo como o edifício se abre ao exterior que reside a sua poesia maior. As amplas superfícies envidraçadas revelam o vinhedo em todas as direções, como se a paisagem fosse parte integrante da experiência do visitante, do enólogo, do vinho.
Lá dentro, o silêncio impõe-se com a solenidade de um templo. A cave de barricas, mergulhada numa penumbra quase litúrgica, convida à introspeção. A fermentação, esse milagre da natureza guiado pela mão humana, é aqui tratada com a dignidade de um ritual. Há uma espécie de espiritualidade moderna no modo como a arquitetura da AdegaMãe acolhe os elementos — a luz, o tempo, o vinho.
No topo, a sala de provas abre-se ao infinito. Não há janelas, há molduras. O olhar percorre o vale, toca as serras ao longe, escuta o vento que chega do Atlântico que se perde por entre os corredores de vinha. Aqui, provar um vinho é mais do que um ato sensorial: é uma experiência existencial. Cada copo contém um território, cada aroma evoca uma estação, cada trago é memória e promessa.

A AdegaMãe é, portanto, mais do que um espaço de produção — é um lugar de encontro entre o homem e a terra, entre a técnica e o espírito. A arquitetura não serve apenas o vinho, serve a ideia de que a beleza também pode, e deve, estar presente no gesto produtivo. Que o vinho, sendo cultura, merece um lar que o celebre com a mesma nobreza com que nasce.
No plano técnico, a AdegaMãe representa uma nova geração de vinhos portugueses comprometida com a qualidade e a autenticidade, mas sem medo de experimentar. Aqui combinam-se castas autóctones, como a Touriga Nacional ou a Vital, com variedades internacionais como Chardonnay, Syrah e Pinot Noir, resultando em vinhos que respiram mundo sem perder o sotaque da terra. A influência atlântica, marcada por dias amenos, noites frescas e solos diversos, imprime aos vinhos uma frescura e elegância que os tornam distintos, quase meditativos, sob a orientação do enólogo Diogo Lopes. A arte da enologia atinge uma expressão rara de precisão e sensibilidade. O seu trabalho excecional traduz-se em vinhos que respeitam o território, revelando com elegância a frescura atlântica e a complexidade do terroir desta região. É dele a visão que conduz a AdegaMãe por um caminho de inovação sem desviar da autenticidade — uma alquimia de saber e paixão que se prova em cada copo.

Mas talvez o traço mais filosófico da AdegaMãe esteja na sua postura em relação ao tempo. Num mundo acelerado, ela cultiva a lentidão. Os seus vinhos pedem escuta, não pressa. Pedem presença. Cada garrafa é um convite à contemplação, à pausa, ao retorno a uma forma mais sensível de estar no mundo. Como escreveu Heidegger, “a origem é aquilo que nunca deixa de nascer” — e a cada vindima, a AdegaMãe recomeça esse parto simbólico, lembrando-nos que o essencial se cultiva devagar.
Mais do que um produtor de vinhos, a AdegaMãe é um espaço, um território de pensamento. Um lugar onde a técnica serve ao sentido, e o comércio se curva à cultura. É, sobretudo, um lembrete de que o vinho, quando feito com verdade, é uma forma de dizer aquilo que a linguagem não alcança: o sabor do tempo, o mistério da terra, e o gesto amoroso de quem transforma o fruto em permanência.

O enoturismo… sensorial e contemplativo

Um nome que mais parece sussurro de ancestralidade do que marca comercial. A sua proposta de enoturismo transcende o simples ato de degustar vinho. É uma viagem sensorial e meditativa pelos caminhos do tempo, da terra e da memória.
O enoturismo na AdegaMãe é pensado como uma travessia que conjuga o rigor técnico com uma rara sensibilidade estética. A paisagem que a acolhe é o preâmbulo perfeito para o que se vai viver ali dentro. Ao chegar, o visitante é recebido por uma arquitetura que se funde com o território — linhas modernas em diálogo com a rusticidade das vinhas antigas. Há uma serenidade quase monástica nos percursos propostos, como se cada passo fosse uma oferenda à paciência das videiras, que crescem ao ritmo da natureza e do silêncio.

A visita começa com a paisagem. Diante das vinhas, o olhar perde-se entre linhas de videiras que seguem o ritmo ondulante do solo, marcado pela influência marítima que imprime aos vinhos da região uma frescura identitária. O guia não se limita a descrever castas e técnicas — partilha o espírito do lugar, como se cada cepa fosse uma personagem numa narrativa coletiva, feita de geologia, clima e mãos humanas, metáfora viva da espera, do cuidado e da finitude.

O percurso segue para o interior da adega, onde se acede às áreas de vinificação. O espaço é funcional, mas carregado de simbolismo. Cubas de inox alinham-se como sentinelas silenciosas, onde o vinho começa a tomar forma — não apenas como bebida, mas como expressão sensorial de uma paisagem. Cada fase da produção é apresentada como um rito de passagem: da fermentação ao estágio, da espera ao engarrafamento. Aqui, o tempo não é inimigo, mas cúmplice. É neste espaço que se escuta o murmúrio do vinho a fermentar — um som discreto, mas carregado de promessas. Aqui não se trata o vinho como um produto, mas como um ser em metamorfose – vivo, mutável, sujeito ao capricho das estações e ao gesto do enólogo.

 

AdegaMãe
Bernardo Alves, filho dos fundadores da empresa e Ceo da AdegaMãe

 

Luz contida e aromas lenhosos

Segue-se a sala de barricas, onde a luz é contida e o ar denso de aromas lenhosos. É um lugar que convida ao silêncio e à introspeção. O vinho, encerrado em madeira, parece meditar — ou sonhar. Quem percorre este espaço compreende que fazer vinho é, antes de tudo, um exercício de escuta. Escutar a uva, o ano, a madeira, o silêncio. Escutar, até que o vinho se revele.
A experiência culmina na sala de provas, realizada num espaço que se abre sobre o horizonte, onde a “linha do mar” se insinua entre vales. Cada copo oferece mais do que sabor: oferece um instante de contemplação. Os vinhos da AdegaMãe — brancos minerais, tintos elegantes, rosés subtis — são expressão de um terroir moldado pelo Atlântico, e de uma filosofia que alia ciência e alma. Provar é, aqui, uma forma de pensar. De estar presente.

Por fim, há ainda a loja e o espaço cultural, onde se contemplam garrafas com rótulos poéticos e se promovem eventos que cruzam arte, vinho e filosofia. Visitar este lugar é compreender que o enoturismo pode ser um ato de introspeção — e que beber um vinho, em silêncio, pode ser tão revelador quanto ler um poema ou contemplar a natureza. Provar é, aqui, uma forma de pensar. De estar presente.
Também, é possível almoçar ou jantar no restaurante “Sal na Adega” que combina a tradição culinária com a sofisticação dos vinhos atlânticos, criando uma experiência única para os amantes da boa mesa.

O restaurante destaca-se pela sua localização privilegiada, com uma vista deslumbrante sobre as vinhas que definem a paisagem da região. No menu, o bacalhau, ícone da cozinha portuguesa, assume um papel de destaque, acompanhado por outros produtos sazonais e locais, que refletem a riqueza da terra e do mar. A harmonização com os vinhos da AdegaMãe, conhecidos pela sua frescura e mineralidade, eleva cada prato a um novo patamar de sabor.
Além da experiência gastronómica, o “Sal na Adega” oferece um ambiente requintado e acolhedor, ideal para momentos especiais. O espaço inclui ainda um wine bar, onde os visitantes podem explorar os vinhos produzidos numa adega que não é um destino. É um intervalo no tempo onde o vinho serve de ponte entre o que somos e o que poderíamos ser. Onde o tempo desacelera, e onde o vinho — tal como a Mãe — nutre, guarda e devolve ao mundo algo mais inteiro.

O autor deste texto escreve segundo o novo acordo ortográfico

Caderno de visita

COMODIDADES

– Línguas faladas: português, inglês e espanhol

– Loja de vinhos: Sim

– Restaurante com lugar para 56 pessoas

– Bar com 16 lugares

– Sala de eventos para 120 pessoas

– Duas salas de reuniões

– Diferentes atividades e refeições (sob consulta)

– Parque para automóveis ligeiros: 50 Lugares

– Parque para autocarros

– Posto de carregamento de carros elétricos: Não tem

– Provas comentadas (ver programas)

Wifi gratuito disponível

– Visita às vinhas

– Visita à Adega

 

EVENTOS

Eventos corporativos (sob consulta)

Atividades team building: ações como provas de vinho e atividades como Winemaker for a day, a 80 €.

 

 PROGRAMAS

Horários das visitas (sujeitos a confirmação de disponibilidade): 10h30, 12h00, 14h30, 16h00 e 18h30 (Esta é apenas realizada em dias de jantar).

 Visita sem prova – 10€/pessoa

Duração: 30 a 40 minutos

 Provas

Duração: 30 minutos

 AdegaMãe Bronze – 18€/pessoa

Três vinhos: Dory Branco, Dory Tinto, AdegaMãe Reserva Tinto

AdegaMãe Silver – 25€/pessoa

Seis vinhos: Dory Branco, Dory Tinto, um Monocasta Branco, um Monocasta Tinto, AdegaMãe Reserva Branco, AdegaMãe Reserva Tinto

AdegaMãe Gold – 45€/pessoa

12 vinhos: Dois Dory colheita, um Bio ou Palhete, quatro Monocastas, dois  AdegaMãe Reserva, um Espumante AdegaMãe 221, um Vinho de Parcela

AdegaMãe Special Editions – 65€/pessoa

Seis vinhos: Um Espumante Rosé, três Vinhos de Parcela, dois AdegaMãe Terroir

 

PROVAS GASTRONÓMICAS

(Visita guiada incluída/Mínimo duas pessoas)

 Harmonização petiscos – 60€/pessoa

Seis vinhos e quatro petiscos. Duração: 90 minutos.

 Harmonização Sal na Adega – 85€/pessoa

Seis vinhos e quatro momentos.

 Brunch – 50€/pessoa

Várias iguarias e quatro vinhos. Duração: 90 minutos.

 

CONTACTOS

AdegaMãe

Estrada Municipal 554, Fernandinho

2565-841 Ventosa

Site: www.adegamae.pt

Email: geral@adegamae.pt

Tel.: +351 261 950 100

Restaurante e Enoturismo

Email: enoturismo@adegamae.pt

Tel.: +351 261 950 105

(Artigo publicado na edição de Maio de 2025)

 

AdegaMãe lança vinho de tributo ao Carnaval de Torres Vedras

A AdegaMãe, produtor de vinhos sediado no concelho de Torres Vedras, lançou no mercado uma edição especial de tributo ao centenário do Carnaval de Torres Vedras. O vinho AdegaMãe 100 Anos Carnaval de Torres Vedras é uma homenagem ao Carnaval mais português de Portugal, cujas celebrações se iniciaram em 2023. Trata-se de um tinto premium […]

A AdegaMãe, produtor de vinhos sediado no concelho de Torres Vedras, lançou no mercado uma edição especial de tributo ao centenário do Carnaval de Torres Vedras. O vinho AdegaMãe 100 Anos Carnaval de Torres Vedras é uma homenagem ao Carnaval mais português de Portugal, cujas celebrações se iniciaram em 2023. Trata-se de um tinto premium resultante de um lote de castas nacionais e internacionais, com estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês.

“O Carnaval de Torres Vedras leva à cidade cerca de meio milhão de visitantes e é a inspiração verdadeira de uma região, da sua história e das suas gentes. Este vinho, também ele expressão pura da terra onde nasce, é o nosso tributo a esta festa única”, conta Bernardo Alves, diretor-geral da AdegaMãe, a propósito deste lançamento. Tradição fortemente enraizada na cultura local, com heranças rurais e urbanas, o Carnaval de Torres Vedras evoluiu, no último século, para um evento de dimensão única, onde se destaca a sátira política e dos costumes. Inspirado na metáfora da irreverência e da transgressão social, que se impõe pelo seu carácter genuíno e desafia o imaginário de provocação carnavalesca, este evento cativa muitos milhares de portugueses e turistas todos os anos. Parceira oficial do Carnaval de Torres Vedras na edição de 2024, a AdegaMãe volta a ter um ponto de venda no centro da cidade, onde partilha, mais uma vez, as suas matrafonas Priscila (vinho branco), Jéssica (rosé) e Sheila (tinto), vinhos em lata inspirados no imaginário de irreverência característico da festa.

Inclusus tinto 2022 e branco 2022 são os novos vinhos do projecto de parceria entre o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) e a AdegaMãe, produtor de Torres Vedras, na região vitivinícola de Lisboa. Esta parceria, nascida em 2018, surge no âmbito da valorização de competências profissionais dos jovens reclusos do estabelecimento prisional, na área da viticultura e da produção de vinho.

Joana Patuleia, directora do Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), destaca a “importância dos mecanismos de formação e valorização profissional, enquanto ferramentas que contribuem para o sucesso da reinserção social dos jovens”. “A parceria com a AdegaMãe é muito importante para o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens). Estamos a dotar os jovens de novas competências e, ao mesmo tempo, a criar uma marca, Inclusus, que honra o empenho que colocam no projecto”, sublinha.

Inclusus Estabelecimento Prisional Leiria

Já Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe, dá conta do orgulho pela participação no projecto. “É para nós uma enorme satisfação estarmos associados ao EPL e contribuir para o trabalho de reinserção social que tem vindo a ser desenvolvido. Parabéns ao EPL e, em particular, aos jovens que têm estado connosco”, afirma.

Segundo a AdegaMãe, estão já em preparação os vinhos da vindima de 2023 que, mais uma vez, desde a viticultura até ao trabalho final de adega, contaram com o contributo e empenho dos jovens reclusos. Estes vinhos têm origem em vinhas da Quinta Lagar D’El Rei, em Leiria, uma área sob administração do Estabelecimento Prisional de Leiria, onde se encontram 6 hectares de vinha em produção. Após a colheita, a vinificação é feita na AdegaMãe, em Torres Vedras, onde os jovens participam igualmente em diversas acções de formação.

Os vinhos Inclusus branco 2022 e tinto 2022 podem ser encontrados na loja da quinta localizada no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), e custam €4,20.

AdegaMãe: Lisboa de carácter e ambição

lisboa adegamãe

Mais de uma década depois do seu nascimento, a AdegaMãe assume-se como um projecto maduro e sólido, um dos produtores que mais contribuem para a afirmação qualitativa da região de Lisboa. Nos vinhos, e no enoturismo. Texto: Mariana Lopes    Fotos: AdegaMãe Ventosa, Torres Vedras, apenas a 10 quilómetros do oceano atlântico. É aqui que fica […]

Mais de uma década depois do seu nascimento, a AdegaMãe assume-se como um projecto maduro e sólido, um dos produtores que mais contribuem para a afirmação qualitativa da região de Lisboa. Nos vinhos, e no enoturismo.

Texto: Mariana Lopes    Fotos: AdegaMãe

Ventosa, Torres Vedras, apenas a 10 quilómetros do oceano atlântico. É aqui que fica a AdegaMãe, erguida em 2011 pela família fundadora do Grupo Riberalves, entre o mar e a Serra de Montejunto. Dois factores muito importantes: a proximidade ao mar, porque define largamente o perfil de vinhos da casa, e o profissionalismo e experiência empresarial de quem a criou e gere que, sabendo rodear-se das pessoas certas, fez com que a AdegaMãe se afirmasse, em pouco mais de 10 anos, como um dos mais promissores produtores da região de Lisboa. É assim mesmo que se escreve, “AdegaMãe”, sem espaço entre as duas palavras. João e Bernardo Alves, pai e filho, homenageiam desta forma Manuela Alves, a matriarca da família. Mas “Mãe” é, aqui, também referência aos conceitos de “nascimento” e “criação”, de uvas, de vinhos e de experiências.

Actualmente, é Bernardo Alves que está ao leme, enquanto director-geral, do projecto e dá continuidade ao sonho do pai, que começou em 2010 com a primeira vindima, altura em que as infra-estruturas da AdegaMãe estavam ainda em processo de construção. Em 2011, é concluído o edifício principal, a adega, e lançado o primeiro vinho para o mercado, o Dory tinto 2010. A marca Dory — inspirada nos Dóris, pequenos barcos que se presume terem surgido no século XVII ou XVIII, usados na pesca do bacalhau — é ainda hoje a principal e mais “famosa” do portefólio da casa, que integra também o entrada de gama Pinta Negra e a linha AdegaMãe, dedicada sobretudo a vinhos varietais e de parcela. Em 2021, para marcar 10 anos de existência, a empresa sofreu um rebranding total, da autoria da M&A Creative Agency, mas a imagem dos rótulos dos Dory manteve o seu elemento principal: o Dóri nº 37 e o seu tripulante, um pescador português embrenhado na sua função. Este cenário foi retirado de uma fotografia original e bem antiga, que a AdegaMãe obteve permissão para usar, onde se vê também a embarcação-mãe, o Creoula, em plano de fundo. Construído e lançado ao mar pela primeira vez em 1937, o ex-bacalhoeiro Creoula pertence hoje à Marinha Portuguesa. Entretanto, já depois desta imagem ser utilizada nos rótulos dos Dory, o verdadeiro Dóri 37 foi oferecido à AdegaMãe, pela família que o detinha, e está exposto mesmo à entrada da adega, não deixando dúvidas sobre a influência do mar na génese e herança espiritual do produtor.

Montejunto: três de um lado, três do outro

Embora tudo tenha começado com um tinto (provavelmente porque, na altura, era o que mais sentido fazia a nível de mercado), rapidamente a equipa da AdegaMãe percebeu que o potencial daquela zona de Lisboa residia nas uvas e vinhos brancos, pelo clima e pelos solos. Anselmo Mendes e Diogo Lopes — hoje talvez a dupla de enólogos mais cobiçada do país — acompanham a empresa desde a sua fundação e orientaram, logo no início, a restruturação das vinhas que circundam a AdegaMãe: substituíram as castas tintas que, na verdade, não faziam ali grande sentido, como Alicante Bouschet ou Aragonez, entre outras, por uvas brancas. Nos 30 hectares de vinhedos que ali estão hoje, apenas uma tinta ficou, a Pinot Noir. Amândio Cruz, viticólogo consultor da AdegaMãe e também ele uma referência na sua profissão, entrou em cena em 2014, e explica que a Pinot Noir se comporta “mais como uma branca, a nível de exigências térmicas”, por isso faz sentido ali. E ainda bem para Bernardo Alves, que confessa ser uma das suas favoritas…

Porém, para Amândio Cruz, o maior potencial da casa reside nas três brancas mais plantadas ali, Chardonnay, Viosinho e Sauvignon Blanc, “o ex-libris da AdegaMãe”. Em 2021, lembra, plantaram Gouveio, que era praticamente inexistente nas vinhas do produtor, e este ano reforçaram a área de Alvarinho. Ainda na zona da adega, há também Riesling e Arinto, mas é noutra vinha de 32 hectares, na zona mais interior do concelho, que estão Fernão Pires e Viognier, além de Arinto e Sauvignon Blanc. Adicionalmente, já na encosta poente da Serra de Montejunto, em Pereiro, encontra-se uma vinha de 3 hectares com a casta Vital, uma das pouquíssimas ainda existentes na região. Durante vários anos, a equipa de enologia da casa esteve a estudar o que fazer com ela, culminando no lançamento do AdegaMãe Vinhas Velhas Vital, em 2021, integrado numa nova gama de vinhos de parcela. “O clima de Torres Vedras é excepcional para castas brancas, é o factor principal”, elucida Amândio Cruz. “É mais fresco em geral, as temperaturas máximas são mais baixas e as nocturnas também, e temos uma neblina matinal óptima. Há até menos horas de sol, porque está muitas vezes nublado até às onze da manhã”, desenvolve. Mas também o solo tem a sua importância no potencial da zona para brancos: “O solo é argilo-calcário, o que imprime excelente acidez nas uvas, com a particularidade de ter muito cálcio, mais do que potássio. Isto é bom porque o potássio, embora importante para a nutrição das uvas, em excesso retira-lhes alguns ácidos essenciais”, refere o viticólogo.

Já do outro lado da serra, num clima mediterrânico de influência mais continental e (um pouco) menos atlântica, estão as uvas tintas, divididas por outras três vinhas nas zonas de Alenquer e Arruda dos Vinhos: Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Touriga Nacional, Castelão, Tinta Roriz, Aragonez e Alicante Bouschet. Deste lado as amplitudes térmicas são maiores (essencial para a maturação das uvas tintas) e os Verões mais quentes.

lisboa adegamãe Especialidade da casa

Os vinhos brancos varietais, incluindo os de uma só parcela, são claramente o campo onde a AdegaMãe dá mais cartas. Durante a última década, a empresa esteve à procura “do seu lugar no Mundo”, e foi aqui que o encontrou. Ainda em 2013, ano em que a AdegaMãe fez um dos vários reforços à gama de varietais brancos, com 4 novos vinhos, Bernardo Alves já dizia: “O objectivo é contribuir para uma nova reputação da região de Lisboa. Esta região e a AdegaMãe têm muito para dar ao país. As condições naturais, a proximidade do oceano Atlântico e os próprios solos oferecem-nos vinhos com características especiais, com uma mineralidade e com uma acidez natural que é de realçar. Temos condições únicas para fazer grandes vinhos”.

Diogo Lopes, que hoje é o principal enólogo da casa, recorda que “os primeiros 10 anos serviram para eu e o Anselmo Mendes aprendermos sobre a região. As variedades, as zonas, os estilos de vinho e todos os seus potenciais. Aprofundar o conhecimento e ter mais certezas do que queríamos fazer. O corolário disto tudo, é a gama dos vinhos de parcela”. Esta gama, com a marca umbrela AdegaMãe, abrange, além do já referido Vinhas Velhas Vital, também o Tinto Atlântico, um 100% Pinot Noir da vinha do produtor mais próxima ao mar, e mais recentemente a novidade absoluta, Parcela Amarela, 100% Viosinho, casta que a equipa considera como a “crème de la crème” da casa, estando presente nos principais brancos de lote). No entanto, não é só a parcela e a casta que fazem este vinho, na edição de 2019, especial. “Com o decorrer da fermentação, ouve duas barricas que desenvolveram um pouco de ‘flor’ naturalmente, e eu deixei ficar… achei que ia dar riqueza ao vinho”. A “flor”, ou “véu de flor”, é uma espécie de manto, formado por leveduras, que se forma no topo do vinho, a maior parte das vezes quando a barrica ou o depósito não estão totalmente atestados, devido ao contacto com o oxigénio. E ainda bem que Diogo Lopes o deixou ficar, porque neste caso o resultado foi excelente, um branco original e com enorme complexidade e elegância, com um lado evoluído nobre.

Igualmente ambiciosa é a gama dos AdegaMãe varietais brancos. Para esta reportagem, provou-se o Sauvignon Blanc 2020, Riesling 2019, Chardonnay 2020, Arinto 2019, Alvarinho 2018 e Viosinho 2019. Em comum, têm o facto de serem vinhos de elevadíssima qualidade, por um preço altamente democrático. Quando se diz a Bernardo Alves que estas referências poderiam custar bem mais, “nas prateleiras”, do que custam, o director-geral da AdegaMãe torce o nariz: “Claro que poderiam custar mais, têm qualidade para isso, mas não é esse o nosso objectivo. Queremos que toda a gente possa beber excelentes vinhos de Lisboa”, sublinha.

lisboa adegamãe

Investir na qualidade

É também Bernardo Alves que critica o sector do enoturismo português, com assertividade. “Enoturismo não é só dormir nas quintas de vinho, nem ter apenas uma porta aberta ao público. Ou se tem à seria, com uma estrutura dedicada, ou mais vale não ter”. Como se costuma dizer “errado ele não está”. É com base nesta premissa que a AdegaMãe tem investido largamente nesta área, com o último investimento maior a recair (a par da área da produção) sobre a abertura do restaurante Sal na Adega, em 2020. O espaço, moderno mas aconchegante em simultâneo, e com vista privilegiada para as vinhas, serve cozinha tradicional portuguesa com um toque de elegância e identidade, da autoria do chef santareno Tiago Fitas Rodrigues. O bacalhau tem, naturalmente, forte presença na carta, mas nem só dele se faz a oferta gastronómica, havendo muito mais por onde escolher, e acima de 20 referências de vinho para harmonizar. À entrada, logo a seguir à loja, uma zona estilo wine bar para quem espera ou para quem não se quer comprometer com uma refeição completa. É também aqui, no Sal na Adega, que se pode desfrutar do Brunch AdegaMãe, que custa €40 por pessoa e inclui harmonização com 4 vinhos da casa: Dory Colheita branco ou tinto, varietal branco, varietal tinto e Dory Reserva branco ou tinto. Ainda no âmbito do enoturismo, há todo um leque de provas comentadas diferentes, visitas guiadas e experiências personalizadas. “As pessoas vêm pouco ao Oeste, e nós estamos a tentar criar motivos para que venham”, conclui Bernardo Alves.

Tendo já todas as fases do processo de produção nas suas instalações, incluindo linha de engarrafamento, a AdegaMãe produz, actualmente, 2 milhões de garrafas por ano, um aumento de 700 mil desde 2018. Cerca de 75% vai para mais de 30 países, com o Brasil, os Estados Unidos, a Ásia e a Colômbia a afigurarem-se como os mercados mais importantes. Também desde 2018, a facturação quase duplicou, com Março a fechar nos 5,8 milhões de euros. E o próximo grande objectivo, qual é? Diogo Lopes responde: “Acho que falta, na região, alguma identidade, e nós já descobrimos a nossa. Queremos assumir a AdegaMãe como um dos grandes produtores de vinho branco do país”.

 

AdegaMãe renova imagem e lança especialidades

AdegaMãe imagem

Para assinalar os dez anos de AdegaMãe, o produtor de Torres Vedras renova agora toda a sua imagem corporativa (incluindo rótulos), lança novas referências da marca homónima, os Vinhos de Parcela, nova colheita (2020) do Dory tinto, já conhecido pelo mercado, e novas referências de AdegaMãe Reserva e de Pinta Negra. “Tudo em sequência daquilo […]

Para assinalar os dez anos de AdegaMãe, o produtor de Torres Vedras renova agora toda a sua imagem corporativa (incluindo rótulos), lança novas referências da marca homónima, os Vinhos de Parcela, nova colheita (2020) do Dory tinto, já conhecido pelo mercado, e novas referências de AdegaMãe Reserva e de Pinta Negra. “Tudo em sequência daquilo que é a génese e o terroir AdegaMãe, marcadamente influenciados pelo mar.”, refere a empresa.

A AdegaMãe nasce na família fundadora do Grupo Riberalves e a principal marca, Dory, surge “como um tributo à herança portuguesa da pesca do bacalhau”. Por isso mesmo, nesta renovação de imagem os vinhos Dory assumem um protagonismo especial, num trabalho desenvolvido pela M&A Creative Agency.

Bernardo Alves, CEO da AdegaMãe, explica: “Este é um momento muito especial para nós, que acaba por traduzir toda a dinâmica e exigência associada ao projecto. Alcançámos muito em 10 anos, mas procuramos continuar a contribuir, da melhor forma, para a afirmação da região dos Vinhos de Lisboa enquanto região diferenciadora, de qualidade e excelência. Os nossos vinhos atlânticos são cada vez mais procurados pelo mercado e todo o trabalho desenvolvido, ao nível do produto, da imagem e comunicação, só pode ser bem-vindo”.

Já os novos Vinhos de Parcela AdegaMãe assentam em expressões particulares do terroir da casa de Lisboa: AdegaMãe Vinhas Velhas (100% Vital, de uma encosta da Serra de Montejunto, já no mercado), um Viosinho e um Pinot Noir. Também os AdegaMãe Reserva e os entrada de gama Pinta Negra vêm a “família” aumentar, com o AdegaMãe Castelão e o Vinha Experimental (para venda exclusiva nas lojas online e física do produtor); e com os Pinta Negra Reserva, Espumante e “lata”.

Saiba mais sobre este lançamento na próxima edição, de Novembro, da revista Grandes Escolhas.

AdegaMãe lança branco de Vital, uma casta rara e especial

AdegaMãe Vital

A AdegaMãe — empresa de Ventosa, Torres Vedras, na região vitivinícola de Lisboa — revelou recentemente algumas novidades, mas há uma que se destaca: o lançamento do AdegaMãe Vinhas Velhas Vital 2018 (p.v.p. €20), um branco desta que é uma casta rara, segundo os registos existente em “apenas cerca de 20 hectares em todo o […]

A AdegaMãe — empresa de Ventosa, Torres Vedras, na região vitivinícola de Lisboa — revelou recentemente algumas novidades, mas há uma que se destaca: o lançamento do AdegaMãe Vinhas Velhas Vital 2018 (p.v.p. €20), um branco desta que é uma casta rara, segundo os registos existente em “apenas cerca de 20 hectares em todo o país”, como diz o produtor.

A vinha onde nasce este Vital tem mais de 40 anos e localiza-se na Serra de Montejunto, numa costa com exposição poente, próxima das aldeias de Avenal e Pereiro. Na sequência de uma parceria com o proprietário da vinha, um agricultor local, a AdegaMãe iniciou, em 2018, a vinificação das suas uvas da casta Vital. O enólogo da AdegaMãe, Diogo Lopes, desenvolveu vários testes de fermentação e estágio, incluindo em madeira e num ovo de cimento, e é precisamente um lote dessa experimentação que agora chega ao mercado, em apenas 3 mil garrafas, com a designação AdegaMãe Vinhas Velhas Vital branco 2018. Este é o primeiro Vinhas Velhas do produtor e, ao mesmo tempo, a referência de estreia numa série de novos vinhos de parcela que, após dez anos de experiência acumulada no projeto AdegaMãe, começa agora a ser lançada.

Diogo Lopes comenta, sobre o AdegaMãe Vinhas Velhas Vital: ““Talvez a palavra complexidade seja a que melhor define o Vital. É uma casta reconhecidamente difícil e, por isso, progressivamente abandonada, mas que pode revelar vinhos extraordinários, com uma evolução sublime. Três anos depois da vindima, em 2018, a nossa primeira experiência está precisamente a começar a revelar-se. Acredito que estamos perante um vinho muito especial, que ajuda a valorizar a variedade e, em particular, o notável trabalho de viticultura desenvolvido pelo produtor, o senhor Delfim, que, desde logo, aceitou desenvolver esta parceria tão especial com a AdegaMãe”.

Além deste vinho único, a AdegaMãe lança agora a colheita de 2020 do já conhecido Dory branco, e também o primeiro Dory rosé, do mesmo ano. Estes dois vinhos entram no mercado (p.v.p. €4,99) já com novos rótulos, num “teaser” daquela que será a nova imagem dos produtos AdegaMãe, a ser apresentada depois do Verão.

vinho da casa #36 – Adega Mãe Arinto 2017

AdegaMãe lança Dory tinto 2019 e celebra 10 anos deste vinho

O Dory tinto foi o primeiro vinho da AdegaMãe, produtor de Torres Vedras, Lisboa, que acaba de lançar a décima edição deste tinto, da colheita 2019. Manifestamente “um tributo aos antigos pescadores portugueses da faina do bacalhau”, o Dory tinto 2019 apresenta-se agora com uma novidade no seu lote de castas: a Pinot Noir, no […]

O Dory tinto foi o primeiro vinho da AdegaMãe, produtor de Torres Vedras, Lisboa, que acaba de lançar a décima edição deste tinto, da colheita 2019.

Manifestamente “um tributo aos antigos pescadores portugueses da faina do bacalhau”, o Dory tinto 2019 apresenta-se agora com uma novidade no seu lote de castas: a Pinot Noir, no lugar da Merlot, que já não faz parte deste vinho. Diogo Lopes, enólogo consultor da casa, explica: “A nova vinha de Pinot Noir na AdegaMãe, graças ao clima mais fresco, está a revelar-se uma excelente fonte de matéria-prima para alguns dos novos vinhos que estamos a desenvolver. A casta tem um carácter interessantíssimo neste terroir atlântico e impôs-se claramente para aquilo que é a nossa interpretação de um tinto de Lisboa: perfil elegante, fresco e descomplexado, muito versátil e guloso. No fundo, é isso o nosso Dory tinto”.

O Dory tinto 2019 tem um p.v.p. recomendado de €4,99.