Vinhos da Symington no Alentejo têm a marca Quinta da Fonte Souto

Os primeiros vinhos da primeira incursão da Symington Family Estates fora do Douro sairão para o mercado no início do Verão de 2019, sob a chancela Quinta da Fonte Souto, exactamente o nome da propriedade na serra de S. Mamede, Portalegre, adquirida pela empresa no início de 2017. Os primeiros vinhos da marca serão exactamente […]
Os primeiros vinhos da primeira incursão da Symington Family Estates fora do Douro sairão para o mercado no início do Verão de 2019, sob a chancela Quinta da Fonte Souto, exactamente o nome da propriedade na serra de S. Mamede, Portalegre, adquirida pela empresa no início de 2017. Os primeiros vinhos da marca serão exactamente os dessa colheita de 2017.
A Symington faz, entretanto, um balanço muito positivo da campanha de 2018: “O Alicante Bouschet e Syrah, de duas vinhas maduras de baixas produções, produziram vinhos excecionais, assim como uma pequena parcela de excelente Touriga Nacional. Este apresenta uma acidez muito equilibrada, consequência direta da cota elevada das vinhas. Os vinhos de Fonte Souto de 2018 têm uma intensa concentração com frescura natural e elegância — resultado de maturações muito equilibradas”, pode ler-se em comunicado.
A Quinta da Fonte Souto está situada em cotas que vão dos 490 aos 550 metros de altitude e as noites frescas “foram determinantes no ciclo final das maturações na vinha”: “Ao longo do mês de Setembro, e já em Outubro, as pronunciadas amplitudes térmicas, fruto das cotas elevadas, resultaram em condições perfeitas para o desenvolvimento das vinhas.”
Depois de um ano precoce como 2017, a campanha de 2018 afirmou-se pelo “ciclo de maturação gradual e longo”. Ambas as colheitas foram vinificadas na adega da propriedade, que beneficiou de profundas modificações após a aquisição, pela equipa de enologia dirigida por Charles Symington e que conta com o enólogo residente José Daniel Soares.
Quatro novidades e mais histórias das Servas

Ricardo Constantino, André Lourenço Marques, Luis Serrano Mira e Carlos Serrano Mira Edição nº11, Março 2018 Lançamento O começo da nova aventura da família Serrano Mira data de 1998, mas há mais história para trás e estes produtores reclamam para si uma tradição que vem de 13 gerações ligadas ao vinho. Mas, mesmo com esse […]
Ricardo Constantino, André Lourenço Marques, Luis Serrano Mira e Carlos Serrano Mira
Edição nº11, Março 2018
Lançamento
O começo da nova aventura da família Serrano Mira data de 1998, mas há mais história para trás e estes produtores reclamam para si uma tradição que vem de 13 gerações ligadas ao vinho. Mas, mesmo com esse passado, é com um pé no futuro que pretendem estar. Voltaram a Lisboa para trazer quatro novos vinhos, dois em estreia absoluta.
TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Cortesia do produtor
Para os leitores da Grandes Escolhas, ouvir falar da Herdade das Servas, e dos novos vinhos que vão colocando no mercado, já se tornou um hábito. Um hábito bom que também nos diz que a família Serrano Mira quer mostrar o que de novo vai produzindo e tem a preocupação de o fazer periodicamente. Entre muitos outros métodos, este é um, bem útil para que o nome Servas continue a fazer parte do quotidiano dos consumidores. Este momento foi agora o escolhido para anunciar que as Servas vão apoiar a edição de um livro onde se irá contar a história da família, recuando até 1667. É essa herança de 13 gerações que querem assumir e a nova inscrição nas garrafas quer dizer isso mesmo: Family Winegrowing Legacy. O momento escolhido foi apenas usado para mostrar quatro novidades.
A Herdade das Servas fica no concelho de Estremoz e ocupa uma área de 350 hectares, com as vinhas espalhadas por oito parcelas, muitas delas plantadas recentemente mas também com algumas a mostrarem a bonita idade de 70 anos. Solos variados, ligeiras diferenças de altitude das parcelas e o clima específico de Estremoz explicam a diversidade dos vinhos produzidos. Os trabalhos de viticultura e enologia, a cargo de Ricardo Constantino e os irmãos Carlos e Luís Mira, abrangem as 11 castas tintas e as 9 brancas plantadas na sua propriedade.
Os novos vinhos agora apresentados incluem a nova edição do branco Reserva, do tinto Vinhas Velhas e, em estreia, dois vinhos licorosos: um branco de Colheita Tardia e um Licoroso tinto. Ambos respondem a novas tendências do consumo. Os licorosos tintos sempre foram produtos escondidos e muito pouco divulgados, tradicionalmente ligados a algumas adegas cooperativas. No entanto, mesmo no Alentejo, havia tradição antiga (caso do Mouchão) de fazer este tipo de vinho, inspirado no Vinho do Porto. Nos anos mais recentes surgiram vários licorosos alentejanos no mercado e há assim campo para a divulgação deste tipo de vinho. São normalmente uma grande surpresa em prova cega. Os colheita tardia são vinhos que estão a interessar produtores um pouco por todo o país e temos vindo a conhecer novas marcas todos os anos. Ambos, embora feitos em quantidades muito pequenas, podem ser produtos bem interessantes e que valorizam o portefólio.

O Reserva branco estagia 9 meses em barrica mas só 50% corresponde a barrica nova. Tem Arinto (50%), com Verdelho e Alvarinho em partes iguais. O vinhas velhas tinto vai na quarta edição, vem de vinha velha com mais de 50 anos implantada em terrenos pedregosos, de baixa produção. Inclui Alicante Bouschet, Trincadeira, Touriga Nacional e Petit Verdot, por ordem de importância no lote. O estágio prolongou-se por 18 meses em carvalho francês e americano, mas, dizem-nos, no futuro será apenas francês.
O licoroso tinto resulta de um conjunto de três castas, o Alicante Bouschet em 60% e depois Trincadeira e Aragonez em partes iguais. São várias as colheitas que entram no lote e por isso não tem data de colheita. Estagiou 24 meses em barricas usadas e mais um ano em inox. É comercializado em meias-garrafas e terá edição anual daqui em diante.
A outra novidade, o colheita tardia, resulta de uvas da castas Sémillon, parcialmente atacadas de botrytis (podridão nobre), a que se juntaram outras apenas desidratadas pelo longo tempo que passaram na vinha. Foram vindimadas ao mesmo tempo. A parcela, plantada em 2007, tem apenas 2ha e é uma vinha não regada. A vindima foi em Outubro. Fermentou e estagiou em inox durante 18 meses. É comercializado em meias-garrafas.
Alentejo escolheu os Melhores do Ano

Poliphonia Reserva branco 2016, Valcatrina by Santos Lima rosé 2016 e Vinhas da Ira tinto 2011 foram os vinhos distinguidos pela Confraria dos Enófilos do Alentejo com o prémio Excelência, no decorrer da quinta edição do Concurso Melhores Vinhos do Alentejo, organizada em colaboração com a CVR da região. O júri, composto enólogos, escanções e […]
Poliphonia Reserva branco 2016, Valcatrina by Santos Lima rosé 2016 e Vinhas da Ira tinto 2011 foram os vinhos distinguidos pela Confraria dos Enófilos do Alentejo com o prémio Excelência, no decorrer da quinta edição do Concurso Melhores Vinhos do Alentejo, organizada em colaboração com a CVR da região.
O júri, composto enólogos, escanções e jornalistas da especialidade, analisou 132 vinhos, divididos por três categorias: branco, rosé e tinto. No final foram outorgadas 18 medalhas de Ouro (dez tintos, sete brancos e um rosé) e 9 de Prata (todos tintos). O Concurso foi dirigido aos vinhos produzidos no Alentejo, certificados como Denominação de Origem Controlada Alentejo (DOC) ou Indicação Geográfica Alentejano (IG).
Pode ver de seguida todas as principais medalhas:
PRÉMIOS DE EXCELÊNCIA
Poliphonia Reserva Branco 2016, Granacer
Valcatrina by Santos Lima Rosado 2016, Casa Santos Lima
Vinhas da Ira Tinto 2011, H. Uva
MEDALHA DE OURO – BRANCOS
Poliphonia Reserva 2016, Granacer
Esporão Private Selection Garrafeira 2015, Esporão
Guadalupe Winemaker’s Selection 2016, Quinta do Quetzal
Monte da Capela Premium 2016 Antão Vaz e Arinto, Monte da Capela
Tiago Cabaço Vinhas Velhas de Estremoz 2016, Tiago Mateus Cabaço e Cabaço
EA/Biológico 2016, Fundação Eugénio de Almeida
Conventual Reserva Branco 2016, Adega de Portalegre Winery
MEDALHA DE OURO – ROSÉS
Valcatrina by Santos Lima 2016, Casa Santos Lima
MEDALHA DE OURO – TINTOS
Vinhas da Ira 2011, H. Uva
Monte da Caçada 2015 Alicante Bouschet, Casa Santos Lima
Esporão 2013 Aragonez, Esporão
Nunes Barata Grande Reserva 2013, Nunes Barata Vinhos
Quetzal Reserva 2013, Quinta do Quetzal
Herdade dos Grous Moon Harvested 2015, Monte do Trevo
Herdade do Peso Reserva 2014, Sogrape Vinhos
Reguengos Reserva dos Sócios Reserva 2014, CARMIM
AR Reserva 2014, Adega Cooperativa de Redondo
Poliphonia Signature 2013, Granacer
Alentejo cresce nas exportações

Os primeiros seis meses deste ano trouxeram boas notícias aos vinhos do Alentejo. Dados divulgados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) apontam para um crescimento das exportações que atinge os 28 por cento em valor e 17 por cento em quantidade, face a igual período de 2016. O preço médio por litro subiu nove por […]
Os primeiros seis meses deste ano trouxeram boas notícias aos vinhos do Alentejo. Dados divulgados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) apontam para um crescimento das exportações que atinge os 28 por cento em valor e 17 por cento em quantidade, face a igual período de 2016. O preço médio por litro subiu nove por cento.
Brasil, Angola, EUA, Suíça e França são os principais mercados externos – no seu conjunto, estes cinco países representam mais de metade (57%) do valor exportado e da quantidade (55%). Os vinhos DOC Alentejo e Regional Alentejano chegam a 112 mercados internacionais e a quantidade exportada duplicou nos últimos dez anos. Francisco Mateus, presidente da CVRA, assume que o objectivo é “fechar 2017 como o melhor ano na exportação”.
Os vinhos alentejanos cresceram mais do que a média nacional em termos de valorização no mercado externo. No primeiro semestre de 2017, os vinhos portugueses venderam-se a 2,75 euros por litro, uma variação de +4% face ao ano anterior; os néctares alentejanos saíram para o mercado a um preço médio de 3,08 euros, mais 9% do que em 2016. Dados que indiciam uma “maior percepção da qualidade por parte dos importadores e consumidores internacionais”, comenta Francisco Mateus.