vinho da casa #3 – Casa de Vilacetinho Avesso Alvarinho branco 2019

Aguardente Bagaceira Velha Soalheiro surge após 20 anos de envelhecimento

Após mais de 20 anos a envelhecer, em alternância entre cascos de carvalho novos e usados, a Aguardente Bagaceira Velha Soalheiro – produzida a partir da destilação dos melhores bagaços da casta Alvarinho – surge no mercado em garrafas numeradas. Em comunicado, é aplicado o processo de produção desta aguardente especial: “As películas aromáticas das […]

Após mais de 20 anos a envelhecer, em alternância entre cascos de carvalho novos e usados, a Aguardente Bagaceira Velha Soalheiro – produzida a partir da destilação dos melhores bagaços da casta Alvarinho – surge no mercado em garrafas numeradas.

Em comunicado, é aplicado o processo de produção desta aguardente especial: “As películas aromáticas das uvas da casta Alvarinho, separadas do mosto por prensagem na vindima, fermentam durante cerca de um mês em ambiente sem a presença de ar (anaerobiose). Esta fermentação transforma o açúcar residual existente em álcool, extraindo os melhores aromas das películas. A destilação lenta em alambique tradicional contribui para concentrar esses aromas, dando origem a uma aguardente muito aromática característica da casta Alvarinho”.

A primeira edição desta Bagaceira Velha Alvarinho surgiu em 1999, com o lançamento da primeira série de 1428 garrafas numeradas.

Veja o vídeo:

Provámos uma cerveja Mesmo Boa… e valeu a pena

TEXTO Mariana Lopes É uma grape ale artesanal de Alvarinho e está no mercado nacional desde 2016 sob o nome Mesmo Boa. Foi a CAA – Carlos Alberto Araújo – que a criou, quando decidiu aventurar-se no (apetecível, confessemos) mundo da cerveja. A Mesmo Boa, sendo uma grape ale, conjuga precisamente mosto de uva, neste […]

TEXTO Mariana Lopes

É uma grape ale artesanal de Alvarinho e está no mercado nacional desde 2016 sob o nome Mesmo Boa. Foi a CAA – Carlos Alberto Araújo – que a criou, quando decidiu aventurar-se no (apetecível, confessemos) mundo da cerveja.

A Mesmo Boa, sendo uma grape ale, conjuga precisamente mosto de uva, neste caso Alvarinho de Melgaço, com cerveja “Ale”, o que resulta numa explosão de sabores com a fruta do Alvarinho a par do sabor típico deste tipo de cerveja ao estilo belga, mais clara.

Tivemos oportunidade de a provar e, surpresa das surpresas, é mesmo boa: o lado frutado da casta não se sobrepõem de forma enjoativa – como é fácil acontecer nas grape ale – muito pelo contrário, eleva tudo aquilo que procuramos (pelo menos eu procuro) numa cerveja: a frescura, o leve amargor agradável que nos enche as medidas e um equilíbrio fantástico. Se juntarmos isto à espuma finíssima da Mesmo Boa, temos a combinação que nos faz soltar aquele “Ahhh….” no final de cada trago.

A versão de 33cl, com 5.7% vol., é vendida por €2.50 + IVA. Para saber como adquirir, contacte a Bebipedala – Carlos Araújo, em geral@bebipedala.pt ou +351919227419.

Nasceu o Sou, da Quinta de Santiago e Nuno do Ó

Sou Alvarinho branco 2018

Em Julho de 2018, Joana Santiago, da Quinta de Santiago, e o enólogo/produtor Nuno Mira do Ó ficaram na mesma mesa de jantar de um encontro de produtores de vinho branco de todo o país. Duas mentes inquietas sempre à procura de fazer coisas novas, acabaram por se desafiar mutuamente e, um mês e tal […]

Em Julho de 2018, Joana Santiago, da Quinta de Santiago, e o enólogo/produtor Nuno Mira do Ó ficaram na mesma mesa de jantar de um encontro de produtores de vinho branco de todo o país. Duas mentes inquietas sempre à procura de fazer coisas novas, acabaram por se desafiar mutuamente e, um mês e tal depois, estavam a fazer a vindima juntos. Joana diz que “a grande decisão foi o momento da colheita. O objetivo era colher o mais cedo possível, preservando acidez e baixo teor alcoólico, mas sem colher uvas verdes e desequilibradas”. A vindima foi a 31 de Agosto de 2018, mais cedo do que qualquer outra que algum dia tinha sido feita na Quinta de Santiago.

O resultado desta ligação já aí está e chama-se “Sou” e foi produzido apenas com uvas de Alvarinho. O vinho teve uma tiragem de 3.500 garrafas de 0,75 litros e 150 magnums. A garrafa de 0,75 irá custar cerca de 32 euros no retalho. O curioso ‘lettering’ do rótulo foi inspirado em música rock, uma outra paixão dos dois intervenientes no Sou. De tal maneira que Joana e Nuno não hesitam em recomendar a prova deste vinho ao som de um bom rock.

Nuno do Ó e Joana Santiago
Nuno do Ó e Joana Santiago na vinha da Quinta de Santiago.

O “Acordo do Alvarinho”, três anos depois

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O acordo que terminou com uma fase de grande agitação na região dos Vinhos Verdes, designada pela imprensa como “guerra do Alvarinho”, foi assinado há três anos. Tempo e distância emocional suficientes para olhar os números e […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]O acordo que terminou com uma fase de grande agitação na região dos Vinhos Verdes, designada pela imprensa como “guerra do Alvarinho”, foi assinado há três anos. Tempo e distância emocional suficientes para olhar os números e avaliar os resultados alcançados.

TEXTO: Luís Lopes

Não foi um acordo fácil. Mesmo quem não acompanha de perto o sector do vinho deu-se conta, através dos jornais e da televisão, da perturbação que, em 2014, revolvia os concelhos de Monção e de Melgaço. Levantamentos populares, ameaças de corte de estradas, Assembleia da República, partidos, Governo e Comissão Europeia metidas ao barulho, a coisa esteve muito feia. Valeu na altura o paciente e talentoso trabalho diplomático de Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), conseguindo trazer à mesa das negociações os “inimigos”, fazendo imperar o bom senso e alcançando internamente aquilo que as pressões e interferências externas não conseguiram: um acordo entre as partes.
O que estava em causa era a impossibilidade de manter para a sub-região de Monção e Melgaço um estatuto de excepção, que lhe conferia, dentro da denominação de origem Vinho Verde, o uso exclusivo da designação Alvarinho na rotulagem. Um direito histórico, construído pelo trabalho e pelo mérito dos produtores da sub-região, mas que deixava em condições desvantajosas os restantes produtores da região dos Vinhos Verdes, obrigados a usar a designação Regional Minho ou a omitir o nome da casta na rotulagem.
Isto enquanto produtores de todo o país, do Douro ao Algarve, plantavam Alvarinho (as castas não têm dono nem fronteiras…) e vendiam os seus vinhos com o nome da uva em destaque. Uma situação insustentável, que feria as leis europeias, mas que exigia cedências de ambas as partes para que nenhuma delas ficasse prejudicada, nem os produtores de Monção e Melgaço, nem os restantes produtores de Vinho Verde.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Moratória até 2021
Em traços muito gerais, o acordo alcançado em Janeiro de 2015 traduziu-se em nova legislação que deu a todos os produtores da região o direito a utilizar a designação Alvarinho em conjunto com a denominação Vinho Verde, mas estabeleceu uma moratória até 2021 para esse alargamento. Ao longo desses seis anos, seria feito um forte investimento (3 milhões de euros) na promoção da “marca” Monção e Melgaço, de forma potenciar a sua imagem, valorizar os seus vinhos e tornar o nome da sub-região tão ou mais forte do que o nome da casta.
Três anos passados, a CVRVV disponibilizou à imprensa um documento onde se avalia o desenvolvimento da sub-região ao longo deste lapso temporal. Como principais dados objectivos, destaca-se o facto de as vendas de Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho terem crescido 32% desde o fecho do acordo. As vendas de Alvarinho-Trajadura (o lote tradicional da sub-região) subiram 17% e as de Alvarinho-Loureiro (lote “proibido” pela lei anterior) representam já 3,3 milhões de litros/ano. No mesmo período, as vendas globais de Vinho Verde aumentaram 5%, o que diz muito do impulso alcançado pelos vinhos de Monção e Melgaço.
Ao mesmo tempo, assiste-se ao crescente interesse de produtores de fora de Monção e Melgaço em investir na sub-região, ao contínuo processo de reconversão de vinha e de novas plantações e à manutenção do preço da uva acima do €1/quilo, o que a torna na uva mais cara de Portugal, com benefícios evidentes para toda a economia local.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”No Line” custom_height=”60″][image_with_animation image_url=”27376″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A revolução deu, portanto, lugar à evolução. Para já, são muito boas notícias para Monção e Melgaço, espelhando um sucesso mais do que merecido, pela qualidade e singularidade dos seus vinhos. Depois de 2021, os benefícios totais do “acordo do Alvarinho” serão finalmente extensíveis ao resto da região dos Vinhos Verdes.

 

Edição Nº13, Maio 2018

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Muros de Melgaço num vídeo de Arcade Fire?

O que vale uma garrafa de Muros de Melgaço? Segundo a banda de indie rock Arcade Fire, vale dinheiro e amor. O clássico Alvarinho de Anselmo Mendes, marca que agora completa 20 anos de existência, é figurante no videoclipe Money + Love. Num vídeo com mais de quinze minutos, Régine Chassagne, membro-fundador do conjunto canadiano, é […]

O que vale uma garrafa de Muros de Melgaço? Segundo a banda de indie rock Arcade Fire, vale dinheiro e amor.

O clássico Alvarinho de Anselmo Mendes, marca que agora completa 20 anos de existência, é figurante no videoclipe Money + Love.

Arcade Fire Muros de Melgaço

Num vídeo com mais de quinze minutos, Régine Chassagne, membro-fundador do conjunto canadiano, é vista a utilizar algumas garrafas de vinho como instrumento musical, sendo uma delas a famosa garrafa alongada de Muros de Melgaço. Na verdade, é a única garrafa reconhecível e com o rótulo visível.

O vídeo Money + Love é a junção de duas músicas do álbum Everything Now, de 2017, Put Your Money on Me e We Don’t Deserve Love. Para os mais curiosos: a cena em questão acontece a partir do minuto 8:30, já na parte da segunda música.

Anton Ttchekhov, médico, dramaturgo e escritor russo do século XIX, disse “O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas”. E os Arcade Fire que o digam…