2015 é ano de Barca-Velha

Barca - Velha

A mais recente edição de Barca-Velha, um dos vinhos mais icónicos de Portugal, irá chegar ao mercado em Junho próximo. Desde 1952, até hoje, apenas foram lançadas 21 referências, de um tinto que é o expoente máximo da Casa Ferreirinha. “Graciosidade, carácter e persistência” são alguns dos adjetivos que o enólogo Luís de Sottomayor utiliza […]

A mais recente edição de Barca-Velha, um dos vinhos mais icónicos de Portugal, irá chegar ao mercado em Junho próximo. Desde 1952, até hoje, apenas foram lançadas 21 referências, de um tinto que é o expoente máximo da Casa Ferreirinha.

“Graciosidade, carácter e persistência” são alguns dos adjetivos que o enólogo Luís de Sottomayor utiliza para descrever um vinho que destaca pela sua “impressionante capacidade de guarda”. Foi isso que ditou a decisão final de lançamento do Barca-Velha 2015.

Declarado apenas em anos verdadeiramente excecionais, o Barca-Velha é, desde a sua criação, produzido a partir de uvas selecionadas em diferentes altitudes no Douro Superior. A Quinta da Leda, com 170 hectares de vinha, dá atualmente origem à maior parte do lote, que é composto por castas tradicionais da região.

“O anúncio de um novo Barca-Velha é sempre um momento muito especial e de enorme alegria”, salienta Fernando da Cunha Guedes, presidente da Sogrape, acrescentando que “por um lado, há o orgulho de ver nascer um dos mais emblemáticos e reconhecidos vinhos nacionais e, por outro, a consciência do cuidado imprescindível para escrever um novo capítulo, nesta história sem igual no setor vitivinícola”.

O Barca-Velha e eu

Lançamento Barca Velha

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Tudo começou com o 1966. De então para cá tenho acompanhado a história deste vinho icónico. Com percalços e momentos de exaltação, como compete a uma relação que se preze.

 TEXTO: João Paulo Martins

Foi na minha juventude, no final dos anos 60, que comecei a ouvir falar neste tinto do Douro. Não liguei. Não só eu não comprava vinhos como não tinha qualquer informação sobre a região, o vinho e a sua história. Mas falava-se, é verdade. Na altura já se dizia que não era um vinho barato, mas para mim era estratosférico.

Foi na segunda metade dos anos 70 que me dispus a comprar uma garrafa, com um intuito comemorativo, após o nascimento da minha filha Rita. Lembro-me que a compra me custou. Mas não doeu muito. À época (1978) eu já comprava vinhos, mas, seguindo os gostos da época, eram os vinhos velhos que me chamavam a atenção. Numa era pré-histórica, sem Net ou telemóvel, sem imprensa especializada, o que se falava de vinhos era no boca-a-boca, ouvia-se aqui e ali uns comentários e pronto.

Para o meu tecto habitual de gasto em vinho, o meu Barca-Velha 1966 custou quatro vezes mais e, por isso, foi sempre tido como vinho especial. Só retomei o contacto com a marca quando saiu o Reserva Especial de 1980, nos finais dessa década. Desde então tenho estado atento ao perfil, ao estilo e às mudanças de personalidade do vinho.

Confesso que, por gosto pessoal, me inclino sempre mais para as edições mais recentes, que procuro consumir no máximo até 10 anos depois da saída do vinho. Eu sei que ele dura mais, mas o prazer já não é o mesmo. Apercebi-me que alguns Reserva Especial poderiam ter sido Barca-Velha (como o 1980 ou o 1986) e que outros (como o Barca-Velha 1982) deveriam ter tido outra designação.

Essa é a idiossincrasia do vinho, sempre capaz de nos surpreender, para um lado ou outro. Não cheguei a conhecer pessoalmente Fernando Nicolau de Almeida, mas a enologia da Ferreira aprendeu bem a lição de não ceder nos princípios e de não facilitar na decisão. Por isso demora tanto tempo escolher o epíteto: Barca-Velha ou Reserva Especial?

Percebe-se a delonga, porque sabemos que os vinhos, nos primeiros três a quatro anos, andam “para cima e para baixo” e é na estabilização pós-tormenta que melhor se pode compreender a valia do que está dentro da garrafa. Como tive oportunidade (única) de provar esses vinhos que estão “no forno”, posso assegurar que a espera é justificada. Outros preparam os vinhos para estarem em condições de consumo dois a três anos após a colheita. Na Ferreira sabe-se que, com essa idade, os grandes tintos ainda estão em estado imberbe, ainda no infantário. Por isso tudo vai continuar como até aqui. E nós, como apreciadores da marca, agradecemos.

(Artigo publicado na edição de Outubro 2020)

lançamento Barca Velha[/vc_column_text][vc_column_text]

Não foram encontrados produtos correspondentes à sua pesquisa.

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Finalmente, Barca-Velha 2011 chega ao mercado em Abril

Depois da decisão — em Outubro passado, por parte da enologia da Casa Ferreirinha — de rearrolhar o Barca-Velha 2011 e adiar o seu lançamento, a equipa liderada por Luís Sottomayor anuncia agora que este icónico tinto tem luz verde para ser comercializado a partir de Abril. O rearrolhamento — uma medida de precaução em linha […]

Depois da decisão — em Outubro passado, por parte da enologia da Casa Ferreirinha — de rearrolhar o Barca-Velha 2011 e adiar o seu lançamento, a equipa liderada por Luís Sottomayor anuncia agora que este icónico tinto tem luz verde para ser comercializado a partir de Abril.

O rearrolhamento — uma medida de precaução em linha com a cultura de excelência da empresa — foi posto em marcha depois da Casa Ferreirinha verificar que havia bastante dificuldade em extrair as rolhas originais das garrafas de 75cl de Barca-Velha 2011. Segundo a declaração de Luís Sottomayor, ainda em Outubro, o objectivo foi “preservar a longevidade do vinho e proteger a sua notoriedade e qualidade irrepreensível”.

Para o presidente da Sogrape, Fernando Cunha Guedes, “entre todos os Barca-Velha, e por todos os episódios que o seu lançamento encerra, 2011 é o maior símbolo de uma busca apaixonada pela perfeição”.  

Sogrape adia lançamento do Barca-Velha 2011

Foi uma decisão de coragem tomada em equipa, que a Sogrape acaba de anunciar e que revela a cultura de excelência desta empresa. Depois de verificar que havia bastante dificuldade em extrair as rolhas originais das garrafas de 75cl de Barca-Velha 2011 — o mais recente, lançado em Setembro que passou — o enólogo Luís […]

Foi uma decisão de coragem tomada em equipa, que a Sogrape acaba de anunciar e que revela a cultura de excelência desta empresa. Depois de verificar que havia bastante dificuldade em extrair as rolhas originais das garrafas de 75cl de Barca-Velha 2011 — o mais recente, lançado em Setembro que passou — o enólogo Luís Sottomayor, e a sua equipa, decidiu rearrolhar toda a produção. O objectivo, segundo o comunicado de imprensa, será “preservar a longevidade do vinho e proteger a sua notoriedade e qualidade irrepreensível (…)”. 

Este processo exige, naturalmente, que o lançamento deste Barca-Velha para o mercado seja adiado para “depois de 2020 (…), por forma a garantir que o vinho expresse em pleno o seu tradicional bouquet”, reforça a Sogrape no comunicado.

Assim, ao longo dos próximos tempos, a equipa de enologia do Douro desta empresa vai monitorizar a evolução do vinho, para que a melhor decisão seja tomada. Como diz Luís Sottomayor, “o vinho é que manda!”. E neste caso, também as rolhas…

Aí está, o Barca-Velha 2011

Luís Lopes A 20ª colheita do mais emblemático vinho do Douro foi hoje oficialmente apresentada e vai chegar ao mercado no início de outubro. O Barca-Velha aparece apenas algumas vezes por década (2000, 2004 e 2008 foram as colheitas anteriores), mas há muito que os apreciadores apostavam que, dada a excelência da vindima, 2011 não […]

Luís Lopes

A 20ª colheita do mais emblemático vinho do Douro foi hoje oficialmente apresentada e vai chegar ao mercado no início de outubro. O Barca-Velha aparece apenas algumas vezes por década (2000, 2004 e 2008 foram as colheitas anteriores), mas há muito que os apreciadores apostavam que, dada a excelência da vindima, 2011 não falharia. E assim aconteceu.

Luis Sottomayor, que lidera a enologia da casa Ferreirinha desde 2007, fez questão de confirmar isso mesmo: “Quando este vinho nasceu, percebemos logo que seria destinado a Barca-Velha”, disse durante a apresentação, que teve lugar na Quinta da Granja, contígua à Quinta da Leda. Mas ainda assim, foi preciso ultrapassar com distinção o grande teste do tempo. Nas barricas, primeiro, e depois na garrafa, foi sendo acompanhado e avaliado ao longo de nove anos, até Luis Sottomayor e a sua equipa tomarem a decisão final, uma espécie de Habemus Papam vínico: temos Barca-Velha!

Elaborado com 45% de Touriga Franca, 35% de Touriga Nacional, 10% de Tinto Cão, e de 10% de Tinta Roriz, uvas do Douro Superior recolhidas em diversas parcelas e diferentes altitudes na Quinta da Leda, o vinho passou cerca de 18 meses em barricas de carvalho francês antes de ser engarrafado em maio de 2013. Luis Sottomayor definiu-o como “um leão dominador, um vinho que diz ‘estou aqui’, cheio de garra e valentia”. Curiosa analogia na boca do fervoroso adepto de um clube mais associado a outro animal, mas que Luis graciosamente reformulou para “um leão com alma de dragão”…

O Barca-Velha de 2011 é de facto um vinho impressionante, de enorme profundidade e complexidade, que faz inteira justiça ao fabuloso histórico da marca criada em 1952, à extraordinária vindima que o originou, e ao Douro enquanto região de excelência. O preço a que chegará ao mercado é uma incógnita, já que as variações são muitas entre as lojas especializadas, sobretudo nos primeiros meses de lançamento, mas se tivermos em conta que o 2008 está “tabelado” a €685, o 2011 deverá ser daí para cima. Como se fizeram 30 mil garrafas, quem quiser ter uma ideia do valor movimentado pelo Barca-Velha é só fazer as contas…

“Extra! Extra!”, 2011 é ano de Barca Velha

A ser lançado em Maio de 2020, o próximo e icónico Barca Velha ostentará 2011 no rótulo. Oito anos depois desta colheita, a vigésima edição da marca assinada pela Casa Ferreirinha, da Sogrape, é finalmente anunciada, um momento sempre muito aguardado por consumidores e mercados nacionais e internacionais. “O ano de 2011 foi extraordinário, dos […]

A ser lançado em Maio de 2020, o próximo e icónico Barca Velha ostentará 2011 no rótulo. Oito anos depois desta colheita, a vigésima edição da marca assinada pela Casa Ferreirinha, da Sogrape, é finalmente anunciada, um momento sempre muito aguardado por consumidores e mercados nacionais e internacionais.

“O ano de 2011 foi extraordinário, dos melhores de sempre no Douro, intenso e de grande qualidade, pelo que da nossa parte foi só uma questão de paciência até podermos confirmar o potencial que a vindima deixou antever”, descortinou o enólogo Luís Sottomayor (na foto).

Declarado apenas em anos considerados pela Casa Ferreirinha como excepcionais, o tinto Barca Velha é, desde a sua criação em 1952, elaborado com uvas seleccionadas de diferentes altitudes no Douro Superior. A Quinta da Leda, com 160 hectares de vinha, dá hoje origem à maior parte dos vinhos que integram o lote composto pelas castas tradicionais da região.

Próximo ‘Reserva Especial’ é de 2009

Luís Sottomayor, Reserva Especial 2009

É sempre um evento o lançamento do Casa Ferreirinha Reserva Especial. E desta vez não foi diferente… O Palácio da Ajuda, em Lisboa, serviu de cenário para o lançamento deste vinho ‘aristocrático’, da colheita de 2009. Reza a história que o Reserva Especial é um tinto que não chega ao supremo patamar de qualidade para […]

É sempre um evento o lançamento do Casa Ferreirinha Reserva Especial. E desta vez não foi diferente… O Palácio da Ajuda, em Lisboa, serviu de cenário para o lançamento deste vinho ‘aristocrático’, da colheita de 2009. Reza a história que o Reserva Especial é um tinto que não chega ao supremo patamar de qualidade para ser considerado Barca Velha, o seu irmão com maior notoriedade. Mas ambos partilham, pelo menos, a mesma característica: só são lançados quando o estágio em garrafa os ‘amacia’, um prazo que pode levar anos. Não espanta assim que esta colheita seja de 2009 e só agora chegue ao mercado, oito anos depois da vindima. Poderia ter sido Barca Velha? A questão não tem resposta, a não ser na mente da equipa de enologia, liderada por Luís Sottomayor. São eles que decidem quais as colheitas que vão para Barca Velha e os que vão para Reserva Especial. O resto são discussões…

Para os registos fica que é a 17ª edição deste vinho, que começou em 1960. As uvas vêm das cotas mais altas da Quinta da Leda, no Douro Superior, e são aí vinificadas na adega especial. A composição do lote inclui Touriga Franca (45%), Touriga Nacional (30%), Tinta Roriz (15%) e Tinto Cão (10%). Fizeram-se 18.000 garrafas, que deverão ser vendidas no retalho – a partir de Novembro – a um preço de 175 euros.

Diz quem lá esteve e provou que o Reserva Especial 2009 já se bebe muito bem e é um grande vinho. Veja a nossa avaliação na edição de Dezembro da VINHO Grandes Escolhas… (texto de António Falcão)