Henri Giraud Ay + Pinot + barrica = grande Champagne
Robert Parker classificou, um dia, os vinhos da casa Henri Giraud como “o maior Champagne de que nunca ouviu falar”. O elogio vale o que vale, mas a verdade é que os Champagnes desta empresa familiar merecem (e muito) ser falados e, sobretudo, apreciados. Algo agora mais fácil de conseguir neste cantinho ocidental da Europa, […]
Robert Parker classificou, um dia, os vinhos da casa Henri Giraud como “o maior Champagne de que nunca ouviu falar”. O elogio vale o que vale, mas a verdade é que os Champagnes desta empresa familiar merecem (e muito) ser falados e, sobretudo, apreciados. Algo agora mais fácil de conseguir neste cantinho ocidental da Europa, uma vez que são importados e distribuídos em Portugal pela Disalto.
A casa Henri Giraud é relativamente recente, pois foi registada enquanto “Negociant-Manipulant” apenas em 1975, o que significa que cria as suas próprias uvas e compra uvas a terceiros. As suas raízes, porém, remontam 1625, quando François Hémart e sua família se instalaram em Ay, onde o Champagne nasceu no século XVIII e uma das 17 Grand Cru entre as 323 “villages” que compõem a região. A família Hémart produziu uvas e vinhos ao longo de muitas gerações, até que a filoxera, primeiro, e a Primeira Guerra Mundial, depois, arruinaram o seu principal sustento.
No princípio do século XX, Léon Giraud casou com Madeleine Hémart e dedicou-se a reconstruir todo o património vitivinícola familiar, que viria a ser desenvolvido e ampliado pelos seus descendentes, o filho Henri Giraud e o neto Claude Giraud, membro da 12ª geração.
Reputação e estilo
Foi Claude que desenvolveu a reputação e o estilo Henri Giraud, assentando-o em três pilares: vinhos Grand Cru Ay; uvas Pinot Noir; e barricas de carvalho de Argonne. Este último é hoje absolutamente definidor do estilo da casa. Claude reintroduziu progressivamente a fermentação em barrica a partir de 1993, algo que, com poucas excepções (Krug, Bollinger…) foi abandonado pelas casas de Champagne desde os anos 50. Mas, para Claude, não bastava fermentar todos os seus vinhos em barrica, objectivo atingido em 2016. Era fundamental fazê-lo em barricas construídas a partir de carvalhos da histórica floresta de Argonne, plantada no século XIV a 60 km de Reims, onde tiveram origem as clássicas barricas de Champagne. Convencido de que “não existem grandes vinhos que não estejam associados a uma grande floresta”, Claude levou mais de duas décadas estudando e selecionando carvalhos muito antigos (de grão super fino e alta densidade), encarregando-se de tostar directamente as madeiras, depois levadas à Tonnelerie de Champagne para o fabrico das barricas cuja certificação oficial Argonne alcançou. Ao mesmo tempo, lançou-se na recuperação da floresta de Argonne, abandonada a partir dos anos 60 do século XX, assumindo, perante a organização florestal do estado francês, a sua gestão. Como resultado, a casa Henri Giraud patrocinou a replantação em Argonne de 50.000 árvores nos últimos 10 anos.
A empresa orgulha-se de ser a única casa de Champagne a utilizar exclusivamente barricas da floresta de Argonne. E não são poucas. Na cave alinham-se cerca de 2000 barricas, usadas durante apenas 8 a 10 anos, para fermentar e estagiar os vinhos base que irão ser espumantizados, contribuindo decisivamente para a cremosidade, complexidade e carácter “boisé” dos champanhes Henri Giraud. Para algumas cuvées mais singulares, a empresa usa igualmente pequenas ânforas de grés (arenito com terracota e caulino), no sentido de potenciar a micro-oxigenação e interacção do vinho base com as borras finas. Outro factor distintivo é a baixa pressão dos seus Champagnes, a rondar os 3,6 bar (o mínimo legal é 3,5 bar e a média em Champagne anda pelos 5,5 bar), o que acentua a voluptuosidade e sensação de volume dos vinhos.
Expulso da fermentação, na Henri Giraud o inox mantém, no entanto, uma função: conservar intocada aquela que é um dos grandes ex libris da casa, a chamada “reserva perpétua”, constituída a partir de 1990 e considerada como um “segredo de família”. Consiste em 28 tanques quadrangulares, de 10 mil litros cada um, enterrados no solo, contendo vinhos velhos sem sulfuroso e com dezenas de anos de idade. A uma temperatura constante de 10,5ºC, estes vinhos não “mexem”, envelhecendo com enorme lentidão. Em cada ano, 20% do vinho velho é retirado para o blend, sendo atestado com vinho novo.
No entanto, o carácter dos champanhes Henri Giraud não começa na cave, mas sim na vinha e, em particular, no terroir de Ay. A quase totalidade é Pinot Noir de encosta (nada de Pinot Meunier) com uma pequena quantidade de Chardonnay de zonas mais baixas do vale do Marne. Toda a uva utilizada tem origem no Grand Cru, com uma camada superficial (por vezes 20 centímetros) de terra arável sobre a rocha de giz, profundamente calcária. Cerca de 10 hectares pertencem à empresa, trabalhando 30 hectares de outros proprietários, mas com o seu próprio pessoal.
Cuidado com o detalhe
Este cuidado com o detalhe associado a uma identidade muito própria é algo que tem sido possível manter graças à pequena dimensão (entre 300 e 350 mil garrafas/ano) e ao carácter intrinsecamente familiar: para além de Claude Giraud, os outros pilares da empresa são sua filha Emmanuele Giraud, na gestão, e o seu genro Sébastien Le Golvet, enólogo principal.
“Ne s’interdire à rien, ne s’obliger à rien, faire du bom vin naturellement” (não se proibir de nada, não se obrigar a nada, fazer o bom vinho naturalmente) era o lema de Henri Giraud, que os seus descendentes têm procurado seguir. A tradição e a inovação coexistem bem neste conceito, como o demonstram os vinhos que Stephane Barlerin, director comercial da casa, nos apresentou recentemente e onde se incluem, para além de champanhes de primeiríssima linha, uma Ratafia Champenoise, ou seja, uma irreverente e imprevista…jeropiga, criada por Claude para acompanhar o seu charuto. “Fazemos vinhos complexos, mas não complicados”, diz Stephane. Para Portugal estão alocadas 3000 garrafas de Champagne Henri Giraud. É aproveitar.
(Artigo publicado na edição de Outubro de 2024)
Louis Roederer: O champanhe em família
A visita foi organizada pela Ramos Pinto. tudo começou com um almoço em Paris, numa brasserie bem perto da torre Eiffel. Momento de abertura das actividades que seriam, durante dois dias, regadas a champanhe, a rosés da Provence e tintos de Bordéus. Pas mal, como diriam os franceses… Quando visitamos a casa da família em […]
A visita foi organizada pela Ramos Pinto. tudo começou com um almoço em Paris, numa brasserie bem perto da torre Eiffel. Momento de abertura das actividades que seriam, durante dois dias, regadas a champanhe, a rosés da Provence e tintos de Bordéus. Pas mal, como diriam os franceses…
Quando visitamos a casa da família em Reims mostram-nos um mapa onde estão localizadas as diferentes parcelas de vinha que entram nos lotes dos vinhos da empresa, que mostra uma manta de retalhos, de numa região bem grande, onde vemos assinaladas, com uma leve cor alaranjada, as parcelas de vinha da casa. Muitas parcelas? Nem por isso. Apenas 420! Um número assim tão elevado coloca-nos de imediato perante uma dúvida séria: como é que se gere esta miríade de parcelas, como é que se faz a vindima no ponto certo em cada parcela, enfim, como é que tudo isto se organiza? A Roederer, que adquiriu, em 2006 o Château Pichon Longueville Comtesse de Lallande, em Bordéus, confronta-se com duas abordagens completamente distintas: em Bordéus temos a área da vinha toda bem delimitada e contínua e, em Champagne, o que mais existem são pequenas parcelas e não vinhas contínuas. Ainda assim falamos de 250 ha de vinhas próprias, com idades que vão até aos 80 anos. Isto corresponde a 70% das necessidades de uva da empresa, o que quer dizer que, na boa tradição local, se mantêm contratos com muitos lavradores da região.
Jean-Baptiste Lécaillon é chef de cave da Louis Roederer e mentor da criação da enorme colecção de clones e variedades da empresa, para assegurar a continuação das inovações para gerações futuras.
Vintages das mesmas parcelas
A história é antiga e remonta a 1776. Mas foi em 1833 que Louis Roederer herdou a gerência da casa. Em 1830, por cada 10 garrafas em cave só duas eram vendidas porque oito, entretanto, explodiam devido à pressão excessiva no interior da garrafa. A solução para este problema foi encontrada por Jean-Baptiste François, farmacêutico de profissão, que inventou, em 1836, o medidor de açúcar que passou a indicar, com precisão, a quantidade de açúcar que se deveria adicionar ao vinho-base, precisamente para evitar que, por excesso de refermentação, as garrafas explodissem.
Comprou, em 1845, muitas parcelas (15 ha) em zonas mais tarde classificadas como Grand Cru. No entanto, tão importante como isso, fez questão de ter as suas próprias vinhas em vez de comprar só as uvas, como era hábito em meados do séc. XIX. O seu herdeiro, Louis Roederer II manteve a política de aquisição de parcelas, partindo da ideia que um grande vinho depende sempre de um grande solo. Desde então todos os vintages da Roederer têm origem em vinhas próprias e, em alguns casos, (como a cuvée Cristal) usam sempre as mesmas parcelas com pelo menos 20 anos de idade, para que as raízes cheguem ao giz. Até atingir essa idade as uvas serão usadas para fazer vin de reserve.
Assim se foi percebendo a diversidade dos Cru, das castas, das parcelas, dos terroirs diferentes e esse estudo não mais parou até hoje. A 1ª edição do branco Cristal data de 1876 e o mercado russo – para onde se tinha iniciado a exportação em 1870 – passou a ser, junto com os Estados Unidos, o principal foco da exportação da casa francesa. Cristal é, desde então, uma cuvée de prestígio reconhecida em todo o mundo.
Por volta de 1920, Léon Olry-Roederer criou um champagne que juntava vinhos de vários anos, com o objectivo de manter o perfil ano após ano. Nasceu assim a cuvée Brut Premier. Quando morreu, a viúva Camille assegurou a gestão, a partir de 1932, numa época especialmente difícil porque a empresa tinha cerca de 25 anos de stocks de vinhos por vender.
A delimitação da região teve lugar em 1927, ou seja, bem antes da grande vaga de criação de Appéllations Contrôlées francesas, levada a cabo no final dos anos 30. O que aconteceu foi que, coincidindo com a delimitação da região, se vivia uma crise tremenda em Champagne: fim do mercado russo, como consequência da Revolução Bolchevique; fim do mercado americano por via da Lei Seca e falta generalizada de dinheiro suscitada pela crise financeira de 1929. Como quadro desanimador não poderia ser pior, mas foi também o momento oportuno de adquirir muitas parcelas, então vendidas a preços irrisórios. A Roederer conseguiu assim adquirir mais vinhas em zonas de excelência na Montagne de Reims, Côte des Blancs e Vallée de la Marne.
Os homens fazem o vinho mas as leveduras é que fazem o Champagne!
Conhecer a terra, palmo a palmo
O neto de Camille, Jean-Claude Rouzaud, enólogo e agrónomo, expandiu e cultivou mais vinhas. Esteve à frente da empresa cerca de 30 anos e ganhou a alcunha de Rei de Champagne, com gestão ponderada, sempre com um pé na vinha e um “tu cá, tu lá” com os fornecedores. Promoveu ainda aquisições meticulosas como a casa de Champagne Deutz e a Ramos Pinto, esta em 1990. Actualmente é Frédéric Rouzaud a 7ª geração à frente da empresa. Além do foco na zona de Champagne, a Roederer tem forte presença na zona francesa da Provence, onde detém o Domaine Ott, com três propriedades que perfazem 300.000 garrafas.
Desde finais do século passado que a agricultura Roederer se pretende biológica e com práticas biodinâmicas. Desde 2000 que a “nova” filosofia, que assenta no cuidado parcela a parcela, trabalhada em função do solo específico, tem dado os seus frutos e, dos 250 ha são já 135 que têm certificação bio. Pratica-se uma agricultura regenerativa e selecção massal das varas para novas plantações. Este trabalho da vinha tem merecido toda a atenção da equipa técnica, onde se destaca Jean-Baptiste Lécaillon, chef de Cave e mentor da criação da enorme colecção de clones e variedades, para assegurar a continuação das inovações para gerações futuras. A selecção massal ganhou muito protagonismo nos finais dos anos 90, com a consequente preocupação com a variabilidade genética. Em todo este trabalho há uma componente, digamos, “espiritual”: uma cruzada pelo gosto, pela perfeição e pela autenticidade.
Todos sabemos que a agricultura bio não é totalmente limpa ou isenta de químicos e que alguns metais pesados como o cobre estão longe de serem amigos do ambiente. Aqui faz-se o possível, com a certeza. “Usamos em tratamentos 3 kg cobre por ano; no tempo dos nossos pais usavam 4 kg em cada tratamento”, dizem-nos. A estatística também ajuda: em agricultura bio perdem anualmente 5 a 10% da produção, em ciclos de 20 anos mas, em anos bons, ganham 15%, sobretudo nas vinhas velhas que entram no Cristal, terras calcárias de giz.
Além das clássicas Chardonnay e Pinot Noir, a empresa tem também entre 3 e 4% de Pinot Meunier que é usado, juntamente com uvas adquiridas a lavradores, nos vinhos de entrada de gama. Quando se torna necessário arrancar uma vinha velha, a terra fica em pousio por quatro anos. Depois planta-se a nova vinha com garfos da colecção da casa e é preciso esperar mais quatro anos para começar a produzir. Um trabalho de paciência. A casa tem três centros espalhados na região onde estão as prensas e, assim, à adega já chega só o mosto.
A Cuvée Cristal nasceu em 1876, mas a versão em rosé só foi produzida na vindima de 1974
Da precisão nasce a excelência
Este cuidado com cada parcela estende-se depois à vinificação, também ela parcelar. As leveduras usadas são o mais neutras possível, por forma a respeitarem a regra de ouro da região: os homens fazem o vinho mas as leveduras é que fazem o Champagne! As uvas – no caso da Pinot Noir estamos a falar de um rendimento de 45 hl/ha – são vinificadas no estado “básico”, ou seja, com as carências ou excessos que a parcela pode gerar, mas que identificam perfeitamente as características da vinha. É depois o blend que tudo vai corrigir. Assim se percebe também a importância capital que a arte do blend tem na produção de champanhe.
Se atendermos a que a Roederer “assina” três milhões de garrafas, podemos perceber a complicação do trabalho de enologia. A minúcia deste trabalho levou ao desenvolvimento de uma técnica chamada de “infusão”. O próprio nome, de reminiscências japónicas, utiliza, com a casta Pinot Noir, o mesmo método que se usa para o chá. Da própria casa chega-nos a explicação: “significa uma imersão a frio dos Pinot Noirs durante 5 a 7 dias sem qualquer extracção mecânica. O resultado é a libertação total dos precursores aromáticos e da textura carnuda contidos nas peles do Pinot Noir, mas uma extracção mínima dos taninos. No final do estágio a frio, adicionamos alguns mostos de Chardonnay para dar frescura e acidez. Esta adição de Chardonnay antes da fermentação alcoólica permite que os aromas se tornem mais precisos e elegantes. Após a fermentação alcoólica, obtém-se um vinho de cor clara, com muitos perfumes de pétalas e uma textura suave e aveludada!” Esta técnica apenas é usada para champanhes millesimé e a cor pode apresentar por isso diferenças em cada edição, em função da infusão, que nunca dá resultados exactamente iguais.
Após 100 anos de Cristal feito com Chardonnay, surgiu o Cristal rosé, criado por Jean-Claude Rouzaud. Nasceu na colheita de 1974, é um lote de Pinot Noir de Aÿ, Chardonnay de Avize e Le Mesnil-sur-Oger e comemora este ano os seus 50 anos. Usa as uvas de vinhas mais velhas, de onde é também possível fazer uma selecção massal. O Cristal rosé é actualmente o produto mais luxuoso da casa. A qualidade é, em nossa opinião, estratosférica e daí a classificação que atribuímos. Lamentando que ela não possa ir além dos 20 valores, na escala usada na Grandes Escolhas…
Recentemente a cuvée Brut Premier foi substituída pela Collection, que incorpora vinhos de muitas colheitas e uvas adquiridas a lavradores. A ideia que presidiu à criação da Collection foi a de adaptar o vinho, em cada ano, em função das alterações climáticas; assim, ao contrário do anterior Brut Premier, este Collection é sempre diferente em cada ano. Daí também a numeração que ajuda a perceber de que lote falamos. No lote aqui provado entram as três castas, com predominância da Chardonnay. É sempre bom recordar que a região é dominada por pequenos lavradores. Cerca de 90% das uvas de toda a região vêm de lavradores; as grandes casas apenas detêm 10% das vinhas. Por outro lado, as inúmeras adegas cooperativas (e muitas delas apenas fazem mosto), representam 20% da produção. O tempo e a História estabeleceram a regra que hoje se mantém: os lavradores cuidam das uvas e fazem a vindima (manual); as empresas fazem o resto! E a Roederer faz três milhões de garrafas/ano que, aos preços que se imaginam, é caso para dizer: é só fazer as contas!
Nos 6 km de caves repousam alguns milhões de garrafas, esperando pacientemente que o tempo faça o seu papel. Mas na Roederer a paciência não falta, “o tempo é o nosso parceiro”, como nos disse Jean-Baptiste Lécaillon.
(Artigo publicado na edição de Agosto de 2024)
Rozés: Champanhe e Douro pour tout le monde!
O título desta peça não é acidental. A expressão champagne pour tout le monde é usada, em França, no final de uma apresentação ou ocasião determinante, na qual o orador pretende impressionar ou acarinhar uma audiência. A expressão, ampliada e devidamente contextualizada à região duriense, agora usada, poderia facilmente ter sido proferida como corolário da […]
O título desta peça não é acidental. A expressão champagne pour tout le monde é usada, em França, no final de uma apresentação ou ocasião determinante, na qual o orador pretende impressionar ou acarinhar uma audiência. A expressão, ampliada e devidamente contextualizada à região duriense, agora usada, poderia facilmente ter sido proferida como corolário da apresentação vínica que decorreu nas caves de vinhos da Rozès, da zona ribeira de Vila Nova de Gaia, quase junto à margem direita do rio Douro.
O local escolhido, também usado como enoturismo da empresa, serviu inicialmente para apresentar o novíssimo champanhe Pommery Apanage Brut 1874. Trata-se de uma referência dedicada às artes culinárias, criada com o objetivo de traçar uma forte ligação entre a região de Champagne e os melhores restaurantes do mundo. Esta referência tem, como traço característico, o uso de 20% da reserva perpétua da empresa no lote final.
Curiosamente, a data inscrita no rótulo assinala o ano em que Madame Pommery terá cunhado o termo “Brut” e, com isso, revolucionado o seu consumo. Tradicionalmente bebido à sobremesa até então, foi, a partir daí, se transformando na bebida eclética que é hoje, consumida ao longo de todo o dia.
Apetência gastronómica
O momento serviu também para apresentar referências durienses desta empresa do grupo Vranken-Pommery Monopole, que inclui várias casas de Champagne, como a Pommery, e vinhos do Sul de França. Foram três brancos, um tinto e um rosé da gama Terras do Grifo, produzidos com castas autóctones do Douro. Apresentando boa apetência gastronómica a preços ponderados capazes de seduzir uma gama alargada de apreciadores.
No Douro, o património da Rozès está distribuído por nove quintas que contabilizam 230 hectares de superfície: a Quinta do Paço e a do Monte Redondo, ambas em São João da Pesqueira, a Quinta da Estrela de Desejosa, a de Santo Aleixo e a de Ponte de Ferreira, em Tabuaço, a Quinta da Veiga Redonda, a do Grifo e a da Canameira, em Freixo de Espada à Cinta, e a Quinta de Monsul, em Lamego. Por ano, comercializa cerca de 1,5 milhões de garrafas de Vinho do Porto e 350 mil garrafas de vinhos do Douro, com a marca Grifo.
(Artigo publicado na edição de Agosto de 2024)
Champagne Nicolas Feuillatte chega a Portugal com a Vinalda
A distribuidora Vinalda assumiu a representação em Portugal, de forma exclusiva, da marca de Champagne Nicolas Feuillatte, produzida pela Terroirs & Vignerons de Champagne, empresa que defende que “embora o Champagne seja um produto verdadeiramente excepcional, não são só os momentos excepcionais que merecem Champagne”. Segundo a Vinalda, o produtor “está entre os três maiores […]
A distribuidora Vinalda assumiu a representação em Portugal, de forma exclusiva, da marca de Champagne Nicolas Feuillatte, produzida pela Terroirs & Vignerons de Champagne, empresa que defende que “embora o Champagne seja um produto verdadeiramente excepcional, não são só os momentos excepcionais que merecem Champagne”.
Segundo a Vinalda, o produtor “está entre os três maiores operadores de Champagne e funciona num inovador modelo cooperativo, representando 5000 viticultores e 3000 hectares, ou seja, 9% da superfície da Denominação de Origem”.
“Ficamos muito satisfeitos por poder trazer esta marca icónica de Champagne para Portugal. Uma marca com um posicionamento de ‘luxo acessível’ e que tem um modelo económico justo”, afirma José Espírito Santo, director-geral da Vinalda.
No mercado nacional, serão comercializados os Champagne Nicolas Feuillatte Réserve Exclusive Brut; Réserve Exclusive Rosé; Organic Extra Brut e Collection Vintage Brut.
Champagnes Henriot chegam a Portugal pela José Maria da Fonseca Distribuição
A José Maria da Fonseca Distribuição vai passar a representar e distribuir, em Portugal, os champagnes Henriot, da Maison & Domaines Henriot. Os champagnes Henriot são produzidos há 8 gerações — pela casa com o mesmo nome fundada em 1808 — a partir de 35 hectares que incluem vinhas Grand Cru e Premier Cru, nas […]
A José Maria da Fonseca Distribuição vai passar a representar e distribuir, em Portugal, os champagnes Henriot, da Maison & Domaines Henriot.
Os champagnes Henriot são produzidos há 8 gerações — pela casa com o mesmo nome fundada em 1808 — a partir de 35 hectares que incluem vinhas Grand Cru e Premier Cru, nas zonas de Côte des Blancs e Montagne de Reims.
Esta é uma aposta quem vem reforçar portefólio da José Maria da Fonseca Distribuição, e alargar a oferta de produtos da distribuidora. António Maria Soares Franco, administrador da José Maria da Fonseca com o pelouro do Marketing e Vendas, refere: “Este alargamento de portefólio na categoria de champagnes, com um produtor internacional, resulta de um objectivo de alargar a oferta aos nossos clientes, com produtos de alta qualidade e com uma filosofia alinhada com a José Maria da Fonseca. Os champagnes Henriot são de um estilo único, não só pela sua história familiar, como também pelos seus terroirs caracterizados pelos solos calcários da Côte des Blancs”.
Champagne Ruinart apresenta Second Skin, um packaging eco-responsável
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A tempo deste Natal, a casa de champagne Ruinart dispensou as caixas de presente tradicionais e lançou Second Skin, um embrulho eco-responsável (e estiloso) para as garrafas, em linha com o seu auto-proclamado conceito de “luxo disruptivo”, […]
[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A tempo deste Natal, a casa de champagne Ruinart dispensou as caixas de presente tradicionais e lançou Second Skin, um embrulho eco-responsável (e estiloso) para as garrafas, em linha com o seu auto-proclamado conceito de “luxo disruptivo”, com uma abordagem sustentável.
O novo estojo Second Skin da Ruinart pretende ser precisamente o que indica o seu nome, uma “segunda pele” para as garrafas, que as envolve à sua forma. Segundo a marca, esta é “composta por 99% de papel (1% é cola), feito de fibra de madeira proveniente de florestas geridas ecologicamente na Europa. É nove vezes mais leve que a anterior geração de ‘gift boxes’, reduzindo a pegada de carbono das embalagens em 60%, de acordo com o ADEME’s BEE método”.
Além da componente ecológica, a Second Skin protege o vinho da luz, é resistente à humidade e “permanece intacta num frapê de gelo até três horas”, diz a Ruinart. De cor branca, tem um padrão em relevo a invocar as “Crayéres”, as caves calcárias da Maison Ruinart, em Reims, França.
Com importação e distribuição Empor Spirits, as garrafas com Second Skin encontram-se exclusivamente à venda no Club Gourmet do El Corte Inglés, em versão Ruinart Rosé e Ruinart Blanc de Blancs, ambas de 0,75l e com p.v.p. de €97,50.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Roger Federer protagoniza campanha em vídeo da Moët & Chandon
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Em cinco pequenos episódios — a sair semanalmente nas redes sociais da Moët & Chandon — Federer explora as vinhas e as caves do famoso produtor de Champagne, acompanhado por Benoît Gouez, “chef de cave”, e por outros nomes importantes da casa, como Nathalie Perrin, directora de viticultura sustentável.
“Esta experiência de bastidores foi um dos momentos mais autênticos que já passei em Champagne, porque consegui realmente sentir a paixão das pessoas da Moët & Chandon. E isso vai fazer com que o meu próximo brinde seja ainda mais memorável.”, declarou Roger Federer.
Filmada por Eric Valli, especializado em filmografia de “natureza”, a série foi totalmente rodada nas instalações da Moët, em Epernay. Valli contou: “A propriedade da Moët & Chandon foi especialmente sedutora para a câmara em cada detalhe, das vinhas às caves. Permitiu-me capturar a beleza da região e a dedicação das pessoas da empresa à arte da produção de Champagne”.[/vc_column_text][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=oh0hqPPY_B0″ align=”center”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/3″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]
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Moët & Chandon Ice Impérial: o tempo dele chegou
TEXTO Mariana Lopes Quando Claude Moët criou a marca em Epernay, em 1743, com certeza não pensou que aconteceriam duas coisas: que a Moët & Chandon viria a ser a marca de Champagne líder de vendas a nível mundial, e que ao portfólio se juntaria um Champagne para beber com gelo. Mas muitas décadas depois, […]
TEXTO Mariana Lopes
Quando Claude Moët criou a marca em Epernay, em 1743, com certeza não pensou que aconteceriam duas coisas: que a Moët & Chandon viria a ser a marca de Champagne líder de vendas a nível mundial, e que ao portfólio se juntaria um Champagne para beber com gelo. Mas muitas décadas depois, em 2011, surgiu precisamente o Ice Impérial e com ele veio uma mensagem muito clara, a de que este produto não pretende substituir o Champagne clássico nos seus habituais momentos de consumo, mas sim preencher um “buraco no mercado”. Na mais recente apresentação à imprensa portuguesa, Severine Gaspar, responsável de marketing da Moët em Portugal, explicou que “foi um produto de certa forma idealizado pelo consumidor, pois este começou a beber Champagne com gelo em momentos de descontracção e diversão, em bares e na piscina”. E desmistificou preconceitos, dizendo que “a Moët & Chandon, em vez de ir na onda da maioria dos profissionais do sector e ficar chocada e melindrada, decidiu que haveria aqui uma oportunidade de criar este produto, próprio para ser consumido desta forma”. Assim, a marca testou, até 2010, várias fórmulas até encontrar a ideal.
Rodrigo Santos, responsável comercial nacional, indicou que o serviço perfeito do Ice Impérial será refrescar a garrafa até cerca de 7ºC, verter 12cl do Champagne para o copo (que deverá ser largo, como um copo de vinho branco grande) e adicionar três cubos de gelo. “Um ou dois morangos pequenos e hortelã, também serão um bom complemento opcional”. E não deixou dúvidas quanto ao conceito do produto: “Deve ser consumido apenas com sol e calor, até ao pôr-do-sol. Champagne não é só palacetes, luva branca e seriedade. Champagne também é chinelo no pé, amigos, descontracção”. E tem razão, este Ice Impérial tem fruta muito pura e fresca, sente-se bem a maçã, o alperce e a ameixa branca. Tem alguma doçura que não choca (é um demi-sec, ou meio-seco), e o objectivo é esse, pois o gelo corta-a. E a bolha não esmorece com a diluição. Um produto bem feito, que serve com competência a sua função e que sabe bem. E prova de que funciona é que, apesar de a Moët ter sido pioneira, outros se seguiram, como a portuguesa Caves da Montanha, com o seu Montanha Ice.
O Moët & Chandon Ice Impérial tem um p.v.p. recomendado de €59 e está à venda no El Corte Inglés, Auchan, Continente, Apolónia e Makro.