A alma da margem esquerda do Guadiana

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Pode até parecer a parte desconhecida do Alentejo vitícola, mas na verdade está em verdadeira mudança. A margem esquerda do Guadiana está a usufruir do renascimento da Cooperativa de Granja, a cargo do empresário Manuel Bio, homem […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Pode até parecer a parte desconhecida do Alentejo vitícola, mas na verdade está em verdadeira mudança. A margem esquerda do Guadiana está a usufruir do renascimento da Cooperativa de Granja, a cargo do empresário Manuel Bio, homem de grande visão e capacidade de gestão.

TEXTO António Falcão
NOTAS DE PROVA Luis Lopes e João Paulo Martins
FOTOGRAFIAS Ricardo Palma Veiga

Ali ao pé de Mourão, o rio Guadiana desvia para dentro do território nacional e deixa de fazer fronteira entre Portugal e Espanha. Faz depois uma espécie de barriga para dentro do território português, inflectindo outra vez para Espanha até desempenhar novamente o papel de divisor dos dois países, uns bons 100 quilómetros mais a sul, ao pé de Alcoutim, já no Algarve. Esta área, de bom tamanho, é o que costuma referir-se como a margem esquerda do Guadiana. Antes uma zona seca e muito quente, agora potencialmente mais fresca e mais húmida graças à enorme albufeira da barragem do Alqueva, quase omnipresente por onde andamos.
Em termos vitivinícolas, parte desta zona – mais a norte – pertence à sub-região Granja-Amareleja, uma das oito existentes no Alentejo. Aqui pontua a Cooperativa Agrícola de Granja, uma empresa com mais de 60 anos de história, fundada em 1952. É a mais pequena das cooperativas alentejanas e começou, com a aguardente de figo e azeite. Ainda faz o Azeite, embora o lagar não seja muito grande (labora até mil toneladas de azeitona). Mas, verdade seja dita, rapidamente a actividade se estendeu aos vinhos. À falta de grandes produtores na sub-região, a Granja sempre foi o maior produtor de vinhos da margem esquerda do Guadiana. No final da década de 80, a sua fama vínica atingiu o seu expoente máximo com um vinho de 1983 que ganhou um concurso de vinhos em Ljubljana (ex-Jugoslávia) e passou a ser conhecido por cá como “Campeão do Mundo”.
Mas, daí para a frente, as coisas começaram a correr mal. Acontece que, conta-nos José Piteira, da enologia da casa, “a cooperativa não se soube actualizar e modernizar nos anos seguintes, ao contrário do que aconteceu com as outras cooperativas alentejanas; ficámos para trás”. Por isso, a Granja Amareleja começa a passar gradualmente por momentos cada vez mais difíceis. De tal maneira que, em 2005 estava num estado de pré-falência, com atrasos no pagamento de quatro ou cinco colheitas aos seus associados![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34060″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#f4f4f4″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Um grupo em Forte Expansão ” title_align=”separator_align_left” align=”align_left”][vc_column_text]A actividade empresarial de Manuel Bio na região está longe de estar restringida à Adega da Granja. O empresário tem sociedades e parcerias aqui, mas também em outras zonas do país. Por exemplo, com três outras cooperativas: Alijó, no Douro, onde vai inclusive fazer a gestão nos próximos 15 anos; Adega de Penalva do Castelo, no Dão; e Dois Portos, na região de Lisboa (parceria comercial). Mas possui ainda parceria nos Vinhos Verdes, com a holding de cooperativas da região, chamada Viniverde. E, finalmente, o empresário explora a comercialização dos vinhos da Quinta Vale de Fornos (Tejo) e é o maior accionista da Herdade da Madeira Velha (Evoramonte, Alentejo). Existe ainda uma parceria comercial de peso, com a Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito (Alentejo). E existe ainda a Amareleza Vinhos, uma sociedade de Manuel Bio e José Piteira, para néctares de grande qualidade, incluindo os vinhos de talha da marca Piteira e José Piteira.

Centro logístico em Mourão
Em Mourão está instalado um enorme parque que concentra toda a distribuição das empresas do grupo. São milhares de metros quadrados de área coberta que conseguem albergar, num dia cheio, mais de 1,2 milhões de garrafas! Luís Bio, responsável pela Exportação (área em grande expansão) e sobrinho de Manuel, diz-nos que vão aqui implementar um sistema de picking com o objetivo de ter erro zero.
Pode parecer uma loucura criar aqui o centro logístico, mas o facto é que o espaço é barato e os acessos bons. Ou seja, importa menos a localização, ao pé de Espanha. Daqui saem os transportes para os maiores clientes (a grande distribuição nacional) e para mais de 20 países. Falamos de praticamente todas as grandes cadeias de supermercados do país e os mercados externos mais relevantes. E existem marcas/vinhos que existem apenas para determinadas cadeias de supermercados em Portugal e no exterior.

Qual é o segredo da equipa?
A estratégia parece simples: assegurar a viabilidade comercial das empresas, e, em alguns casos ir mesmo mais longe. De facto, a comercialização é a tarefa mais complicada para a maioria dos produtores de vinho, grandes e pequenos. Esta é uma das maiores mais-valias da equipa de Manuel Bio: a sua visão estratégica e comercial e a busca de soluções na produção, para dar resposta a esta expansão.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34062″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A Recuperação
Na história entra Manuel Bio, um empresário e gestor originário da zona. O seu pai era associado da Cooperativa e Manuel, por herança, foi ver o que se passava. O que descobriu deixou-o assustado. Mas, como bom filho da terra, propôs-se ajudar. Os seus préstimos na área de gestão (especialmente na área comercial) acabaram por levá-lo à presidência da direcção, em 2007. Manuel Bio tomou conta do negócio e conseguiu, em poucos anos, não só dar credibilidade como também recuperar a colaboração de quase todos os associados; na verdade, sem receber, muitos estavam a entregar a uva a outros produtores de vinho da região alentejana. Pior ainda, outros abandonaram a vinha, seja por idade avançada, seja por venda de licenças de plantação para outras sub-regiões; ou ainda pela simples falta de dinheiro ou motivação para tratar a vinha. Ou tudo junto… “Em dez anos houve uma redução drástica na produção de uva”, considera José Piteira, que observava de perto esta situação.[/vc_column_text][vc_column_text]A vinha da Aldeia da Luz
Com pouca uva, a primeira grande ajuda passou pela vinha da Aldeia da Luz. Para quem não sabe, o enchimento da albufeira do Alqueva submergiu a aldeia original e, em compensação, o estado português fez uma nova aldeia mais acima, respeitando ao máximo o que as pessoas já tinham em termos de áreas e inclusive tentou manter as mesmas vizinhanças. O estado não só ‘ofereceu’ uma vinha ali ao pé, com parcelas atribuídas a cada morador, como investiu cerca de 1 milhão de euros na modernização da Adega da Cooperativa da Granja, para receber e vinificar essas uvas. Estamos a falar de vinha de tamanho considerável, com 80 hectares. Ora, toda a uva vai para a cooperativa de Granja, que beneficiou, e muito, desta solução. Até porque, diz José Piteira, “esta vinha dá uvas de muito boa qualidade”.
Actualmente a Granja Amareleja produz mais de 2 milhões de litros de vinho, quase 90% de tinto. Mas há 40 anos, essa quantidade era, pelo menos, duas vezes maior. E era, em grande maioria, vinho branco! Ficamos boquiabertos. Porquê, se estamos provavelmente na região mais quente de Portugal? José Piteira dá duas hipóteses: “já vem do tempo dos romanos; e depois aqui, numa taberna, quando você pede um copo de vinho, dão-lhe um branco. Se for em Reguengos (ali a 20 Km), esse copo é de tinto”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34061″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#f4f4f4″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Abegoaria, uma jóia a crescer no Alqueva” title_align=”separator_align_left” align=”align_left”][vc_column_text]Mais recentemente, Manuel Bio adquiriu uma herdade nos arredores de Mourão, com cerca de 500 hectares de terra. A Herdade da Abegoaria é uma pequena jóia, que começa no enorme muro que rodeia as muitas edificações e termina na espantosa entrada, adornada por dois torreões que servem de depósitos de água. Pouco comum no Alentejo, para não dizer único, cortesia de influências espanholas. O território espanhol está a menos de 4 quilómetros! Coincidência curiosa, esta herdade era refúgio de caça de gente poderosa e o próprio Conde de Barcelona – avô do rei de Espanha – tinha aqui o seu quarto.
Ao redor do enorme monte nasceu há dois anos uma vinha com cerca de 55 hectares. Manuel Bio queria mais, mas as autoridades não deixaram: esta é uma área protegida, porque frequentada por espécies migratórias, especialmente Grous e Abetardas, aves de grande tamanho. Mas descansem os enófilos, vão existir uvas mais do que suficientes para fazer vinho em boa quantidade. E aqui o objectivo é claro: fazer os melhores vinhos que for possível, com o melhor enólogo. A adega também já está planeada. Este vai ser aquilo que Manuel Bio apelida de “projecto de referência no Alentejo”, e vai incluir um hotel de 28 quartos e enoturismo a condizer. Na forja está a possibilidade, por exemplo, de os hóspedes poderem fazer os seus próprios vinhos. E têm muitas castas ao dispor, tanto tintas como brancas.
Em 2020, Manuel Bio espera ter quase tudo pronto. Um dos braços da albufeira do Alqueva está ali próximo e o ambiente circundante é muito bonito. A Abegoaria é definitivamente um projecto a seguir com muita atenção.[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34064″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]As castas da margem esquerda
José Piteira avança ainda outra razão: a casta branca Diagalves, que, tal como a tinta Moreto, se dá muito bem com o calor, quase sem perder frescura. Este é o terroir certo para estas duas castas, possivelmente as que melhor se adaptam às (potenciais) alterações climáticas que aí vêm. E o resto das brancas eram companheiros de viagem, como a Manteúdo, o Rabo de Ovelha, o Roupeiro ou o Perrum. E, para o provar, Piteira avança-nos um copo de um ‘talha’ branco de 1999, ainda cheio de vida e frescura. Impressionante…
Outra curiosidade: a partir de Mourão em direcção à Amareleja, o solo vai passa de granito a xisto. Amareleja é assim de predomínio xistoso, um pouco como no Douro, com algumas partes de areia. “É nestas terras pobres que o Moreto atinge o seu auge”, considera Piteira. Essas uvas são mais bem pagas à entrada da adega, para incentivar a sua continuação e, inclusive, ampliação de área.[/vc_column_text][vc_column_text]Uma região difícil
Reguengos, fora desta sub-região, tem 12 grandes produtores de vinho. Aqui só existe a cooperativa, um dos maiores empregadores da zona. De facto, a Granja Amareleja possui um generoso corpo de pessoal, mas é de propósito: é uma forma de manter emprego nesta zona, mesmo à custa de alguma rentabilidade. Ou seja, existe aqui consciência social, provavelmente compensando algum distanciamento dos centros de poder. Na verdade, José Piteira considera que a Granja-Amareleja tem sido votada a algum esquecimento, até pelas entidades vitivinícolas e universitárias. Menos mal que dois professores do Instituto Superior de Agronomia aparecem por aqui com frequência: Virgílio Loureiro (já jubilado) e Manuel Malfeito Ferreira são consultores da adega há vários anos. Virgílio Loureiro está aqui desde 2009 e ajudou à formação de José Piteira, ele próprio um autodidacta, mas com grande experiência em vinhos de talha, que começou a fazer desde adolescente, com o padrinho.
Com nova gestão, a adega foi-se modernizando, e não só em equipamentos. Mas a mais-valia continua a ser o seu terroir e o seu conjunto de castas, algumas inéditas no resto do mundo. Melhor ainda: considerando o clima quente e seco, fazer viticultura biológica será mais fácil que em qualquer outro lado. Tudo isto para dizer que, num mundo onde a diferença é cada vez mais valorizada, diz José Piteira com um sorriso nos lábios, “nós estamos mais perto do que muitos outros, porque não nos actualizámos e modernizámos tanto ao longo dos anos”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][image_with_animation image_url=”34063″ alignment=”” animation=”Fade In” border_radius=”none” box_shadow=”none” max_width=”100%”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” bg_color=”#f4f4f4″ scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom” shape_type=””][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_text_separator title=”Três perguntas a Manuel Bio” title_align=”separator_align_left” align=”align_left”][vc_column_text]O que o levou a investir numa cooperativa que estaria à beira da falência?
A Cooperativa estava em falência. No entanto, sempre tive uma visão social das empresas e acredito que quem melhor defende a pequena agricultura e os pequenos agricultores são o associativismo e o cooperativismo. Assim não tive dúvidas que o caminho que iria percorrer, passava pela sua recuperação e nunca a deixar cair para depois adquirir os activos. Na verdade, o que construímos foi muito mais do que uma cooperativa, foi uma associação de várias entidades com uma gestão profissional e com o objetivo claro de melhorar o rendimento de todos, dinamizando a economia local e criando postos de trabalho. Esta “Coooperativa” (Cooperativa, Empresas Privadas, Associações) emprega em média mais de 60 pessoas por ano e está de muito boa saúde, apresentando hoje excelentes resultados e libertando anualmente um valor significativo para reinvestir na adega.

Considerando o chamado aquecimento global, não tem receio do futuro agrícola desta sub-região?
Temperaturas extremas há muitos que as temos neste território e cresci aqui com dias de 45 graus em Agosto. As castas que aqui encontramos já estão adaptadas a esse clima. As nossas vindimas para produzir os nossos vinhos de Talha, sempre foram feitas em final de Setembro ou início de Outubro, só assim conseguimos ter adegas climatizadas para uma boa fermentação dos vinhos dentro das talhas .

Que podemos esperar para os próximos anos da Granja Amareleja?
Hoje a Adega da Granja Amareleja tem mais de 95% de produção da região e isso duplica a nossa responsabilidade. Os grandes objectivos estão traçados:
1. Investir mais de 2 milhões de euros na Adega, criando um novo pavilhão de engarrafamento, uma completa recuperação do exterior da Adega, criar um grande espaço de enoturismo e aumentar a capacidade de produção em 50%.
2. Ser a Adega “Coooperativa” que melhor paga a uva dos seus associados. Este objectivo queremos atingi-lo em 2022 (até lá temos de concretizar os investimentos de 2 milhões de Euros).[/vc_column_text][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][nectar_animated_title heading_tag=”h6″ style=”color-strip-reveal” color=”Accent-Color” text=”Em prova”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column centered_text=”true” column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição Nº21, Janeiro 2019

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