Vinhos do Tejo certificam mais 76% no primeiro quadrimestre de 2020

O primeiro quadrimestre deste ano dá conta de um aumento de 76,26% na certificação de Vinhos do Tejo, face ao período homólogo de 2019. De Janeiro a Abril de 2020, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo certificou quase 10,4 milhões de litros. Este crescimento deve-se, entre outros factores, à chegada de novos “players” à região […]

O primeiro quadrimestre deste ano dá conta de um aumento de 76,26% na certificação de Vinhos do Tejo, face ao período homólogo de 2019. De Janeiro a Abril de 2020, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo certificou quase 10,4 milhões de litros. Este crescimento deve-se, entre outros factores, à chegada de novos “players” à região e ao maior comprometimento por parte de produtores de grande dimensão, tanto de privados como das três maiores adegas cooperativas do Tejo. No total, a região produz 61 milhões de litros por ano, por isso é expectável que estes números de certificação continuem a subir.

É ainda de realçar que, mesmo com a pandemia de covid-19, as vendas dos vinhos do Tejo têm aumentado, e também se verificou uma subida nos números da exportação na ordem dos 39%. Os principais mercados-destino são a França, Brasil, Suécia, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Polónia e Angola.

Foto: Gonçalo Villaverde

Portugal foi o único país europeu que aumentou a produção de vinho em 2019

Já saíram as estatísticas da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho – sobre a produção, exportação e consumo de vinho no Mundo, entre outros indicadores, em 2019. A nível de produção, as notícias não são muito animadoras, tendo 2019 registado 260 milhões de hectolitros, um decréscimo substancial (-11.5%) face a 2018, que […]

Já saíram as estatísticas da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho – sobre a produção, exportação e consumo de vinho no Mundo, entre outros indicadores, em 2019. A nível de produção, as notícias não são muito animadoras, tendo 2019 registado 260 milhões de hectolitros, um decréscimo substancial (-11.5%) face a 2018, que tinha batido no número histórico de 293 milhões de hectolitros.

Os três países que perfazem juntos praticamente metade da produção mundial (48%), Itália, Franca e Espanha, tiveram todos uma diminuição acentuada na sua produção, em 2019. Ainda na Europa, outros como a Alemanha, Roménia, Áustria, Hungria e Grécia também se viram em situação idêntica. A excepção europeia reside unicamente em Portugal (sim, em Portuga!) que registou um aumento de 10% na produção em 2019, face ao ano anterior.

Quanto à área mundial de vinha, esta mantém-se estável desde 2016, nos 7.4 milhões de hectares.

Já o consumo de vinho aumentou 0.1% em 2019, situando-se nos 244 milhões de hectolitros.

Também a exportação mundial de vinho expandiu, tanto em volume (cerca de 105 milhões de hectolitros, +1.7%), como em valor (31.8 biliões de euros, +0.9%).

Veja o relatório da OIV aqui.

Visitantes das Caves de Vinho do Porto atingem número recorde em 2019

A AEVP – Associação das Empresas de Vinho do Porto, acaba de divulgar que, em 2019, o número de visitantes das Caves de Vinho do Porto certificadas (mais info aqui) bateu um novo recorde, atingindo 1 376 243, número notável que traduz um aumento de 8.8% face ao ano anterior, e de 6.1% em relação […]

A AEVP – Associação das Empresas de Vinho do Porto, acaba de divulgar que, em 2019, o número de visitantes das Caves de Vinho do Porto certificadas (mais info aqui) bateu um novo recorde, atingindo 1 376 243, número notável que traduz um aumento de 8.8% face ao ano anterior, e de 6.1% em relação a 2017 que, até à data, tinha sido o melhor ano de sempre.

De notar que o nível de qualidade e de profissionalismo das Caves é certificado pela SGS, que o classifica como “Exemplar”.

O quadro com todos os números, disponibilizado pela AEVP:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Real Companhia Velha

Produção mundial terá baixado em 2017

Lista de maiores produtores mundiais 2017

Apesar das condições climatéricas muito secas, Portugal deverá ter produzido mais 10% de vinho que no ano passado. Os números foram divulgados pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), em conferência de imprensa em Paris, onde a OIV tem a sede. Os valores portugueses, ainda provisórios, foram fornecidos pelo Instituto da Vinha e […]

Apesar das condições climatéricas muito secas, Portugal deverá ter produzido mais 10% de vinho que no ano passado. Os números foram divulgados pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), em conferência de imprensa em Paris, onde a OIV tem a sede. Os valores portugueses, ainda provisórios, foram fornecidos pelo Instituto da Vinha e do Vinho. Os valores mais seguros serão conhecidos a partir do dia 15 de Novembro, data para entrega das Declarações de Colheita e Produção. Nessa altura, os números poderão sofrer alguma alteração…

A verificar-se, o panorama português foi a excepção à regra: os quatro maiores produtores mundiais sofreram descidas em 2017. De tal maneira que afectaram o volume total de vinho produzido no mundo: face ao ano passado, a produção de vinho deverá ter descido mais de 8% (estes números ainda são provisórios). Este ano, o planeta terá produzido apenas 246,7 milhões de hectolitros, contra 268,8 em 2016. Esta será a segunda descida consecutiva, mas é confrontada com um consumo mundial a crescer. Lentamente, mas cresce. Ora, pela lei inexorável da oferta e procura, a descida na produção e o aumento do consumo poderá ter consequências a nível de preços do vinho. O “quanto” é a grande incógnita…

Frederico Falcão, presidente do IVV, disse-nos a propósito que “a produção mundial de vinho anda historicamente um pouco acima do consumo. Com uma tendência crescente, a nível mundial, do consumo de vinho e com este decréscimo de produção, estamos já a assistir a um aumento do preço das uvas e do vinho a granel”. No entanto, considera este executivo, “creio que na maioria das situações não irá haver aumento do preço dos vinhos ao consumidor, pelo menos num curto prazo. A maioria dos produtores irá sacrificar margens e manter preço de venda dos seus produtos”.
Mas voltemos aos números…

Quebra nos quatro maiores
A maior quebra de produção terá ocorrido na Itália, com 23% abaixo de 2016. Só não foi desalojada do primeiro lugar mundial porque os dois países seguintes, França e Espanha, também terão descido significativamente face a 2016: menos 19 e 15 por cento, respectivamente.
Os maiores crescimentos nos grandes produtores surgiram no hemisfério sul (Argentina e Austrália cresceram 25 e 6%, respectivamente). Note-se, contudo, que 2016 foi um ano muito fraco de produção na Argentina.
Mas os mais espectaculares crescimentos deverão ter surgido em países com níveis um pouco mais modestos de produção: no Brasil e na Roménia, com valores de 169% e 64%, respectivamente. A Áustria (23%) e a Moldávia (20%) também cresceram.
Portugal mantém o 11º lugar no ranking mundial de países produtores, situação que se deverá manter nos próximos anos. O nosso ‘concorrente’ mais próximo, a Alemanha, está o suficiente acima para não ‘temer’ uma ultrapassagem. Na parte de baixo, a Rússia, acontece o mesmo, embora os russos não tenham ainda dado estimativas de produção para 2017…
(texto de António Falcão)