França anuncia criação de quatro novas castas

Chamam-se Floreal, Voltis, Artaban e Vidoc – e são as quatro novas castas criadas em França, ao cabo de 18 anos de investigação. Segundo o Instituto Nacional de Investigação Agrícola (INRA, na sigla francesa), as novas variedades, duas brancas e duas tintas, são resistentes a duas das principais doenças da vinha: o míldio e o […]

Chamam-se Floreal, Voltis, Artaban e Vidoc – e são as quatro novas castas criadas em França, ao cabo de 18 anos de investigação. Segundo o Instituto Nacional de Investigação Agrícola (INRA, na sigla francesa), as novas variedades, duas brancas e duas tintas, são resistentes a duas das principais doenças da vinha: o míldio e o oídio.

Por dispensarem muitos dos actuais tratamentos, estas novas castas “trazem consigo a promessa de uma revolução verde na vinha”, afirmou Christophe Schneider, investigador-chefe do INRA Grand Est-Colmar, citado pelo site French Tribune. A França é o maior utilizador europeu de pesticidas e a vitivinicultura é o sector que mais recorre a estes produtos.

As novas variedades serão plantadas em cerca de seis hectares já este ano e há planos para alargar a mais outros 100 na campanha de 2019. Segundo os investigadores, a Floreal é uma casta branca com “notas a frutos exóticos”, a Voltis pertence à “família dos brancos sedosos”, Vidoc é um tinto “robusto” e Artaban dá origem a vinhos “leves e frutados”.  

Cinema francês: onde o vinho é estrela

filmes franceses

O grande peso do vinho nos filmes franceses pode parecer óbvio, mas o que impressiona são os números que revelam uma presença quase obrigatória, como revela o site Vitisphere. Foued Cheriet, professor catedrático do Montpellier SupAgro (Instituto Superior de Estudos Agronómicos de Montpellier) viu, em 2015 e 2016, 47 sucessos da bilheteira francesa lançados entre […]

O grande peso do vinho nos filmes franceses pode parecer óbvio, mas o que impressiona são os números que revelam uma presença quase obrigatória, como revela o site Vitisphere. Foued Cheriet, professor catedrático do Montpellier SupAgro (Instituto Superior de Estudos Agronómicos de Montpellier) viu, em 2015 e 2016, 47 sucessos da bilheteira francesa lançados entre 1970 e 2014.

Foram mais de 90 horas de cinema popular francês a tentar identificar onde as garrafas e os copos eram figurantes, e o resultado tem tanto de surpreendente como de espectável: em 92% da amostra, há pelo menos uma cena com vinho presente e, em média, aparece a cada 20 minutos. Isto traduz-se em 5,2 vezes por filme, especificamente 3,5 para vinhos tintos e 1,7 para champagnes. Em dois terços destes casos, o aparecimento representa um investimento comercial, com uma marca visível ou citada. Curiosamente, a lei EVIN, aprovada em França em 1991 e visando a censura de publicidade a bebidas alcoólicas, não se aplicou ao product placement nas longas-metragens.

Mas o estudo foi mais além, analisando os termos dessas comparências. Se já existiam clichês, então nos filmes franceses estão ainda mais exacerbados. Foued Cheriet explicou: “Vinho tinto para refeições comuns, familiares ou profissionais; rosé na praia, nas férias e no Sul; champagne para luxo, sedução e restaurantes; tinto para homens e branco para mulheres”. Estes estereótipos, apesar de maioritariamente obsoletos, são compreensíveis dado o extenso período de pesquisa.

No futuro, outras indústrias cinematográficas, como Hollywood, irão ser alvo do mesmo estudo. Estamos curiosos por saber o resultado…