É já hoje a apresentação do projecto que pretende fazer os agentes económicos do vinho, do Douro e do Porto, poupar dinheiro. O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e a NOVA Information Management School (NOVA IMS) vão desenvolver o IVDP Data+, one “a inteligência artificial e a ciência de dados vão apoiar os processos de planeamento e gestão, visando a optimização de processos com impacto, nomeadamente, nos custos de produção ou na identificação das melhores rotas e destinos dos vinhos do Douro e do Porto”, explica o IVDP em comunicado.

Este projecto, financiado pelo Portugal 2020 ao abrigo do programa SAMA IA, decorrerá até Dezembro de 2021, com um orçamento global de, aproximadamente, 300 mil euros.

Este modelo permitirá “realizar estimativas de produção para o viticultor – e prever os respetivos custos de produção – identificar os trânsitos de vinhos mais favoráveis e sugerir potenciais mercados mediante as características do vinho, além do rastreamento fidedigno de toda a produção, desde a uva até à garrafa, garantindo assim a total fiabilidade do produto final”, desenvolve o IVDP.

Gilberto Igrejas, Presidente do IVDP, reforça: “O projeto IVDP Data+ cria um novo paradigma de planeamento e gestão de toda a cadeia de valor do vinho do Douro e Porto, lançando as bases para que as políticas públicas que prosseguimos assentem em dados, quer no momento da sua construção, quer na sua monitorização e avaliação. Criamos assim as bases para que as dimensões económica, social e ambiental sejam integradas numa abordagem holística capaz de tirar partido das actuais capacidades analíticas ao nosso dispor numa aposta que denominamos de Winalytics – a ciência dos dados ao serviço da viticultura do Douro e Porto”.

Inteligência Artificial vai ajudar a calcular volume da vindima

Uvas brancas

A Universidade de Lincoln (www.lincoln.ac.nz), da Nova Zelândia, está a desenvolver um sistema que se pretende vir a conseguir ‘olhar’ para uma vinha e determinar qual vai ser a produção final. O sistema, baseado em inteligência artificial e com sensores electrónicos, consegue contar e analisar o número, tamanho e distribuição dos cachos numa vinha. A […]

A Universidade de Lincoln (www.lincoln.ac.nz), da Nova Zelândia, está a desenvolver um sistema que se pretende vir a conseguir ‘olhar’ para uma vinha e determinar qual vai ser a produção final. O sistema, baseado em inteligência artificial e com sensores electrónicos, consegue contar e analisar o número, tamanho e distribuição dos cachos numa vinha. A intenção é acelerar o processo de preparação de vindima e poupar alguma mão-de-obra no processo. Este sistema permite ainda calcular, à posteriori, quanto vinho irá ser produzido nesse ano.
O estudo para conceber este sistema começou já com a casta mais famosa na Nova Zelândia, a branca Sauvignon Blanc, mas está já a ser adaptado para a tinta Pinot Noir.
Por outro lado, à medida que os dados forem sendo adquiridos (e eventualmente afinados), o sistema tenderá a ficar cada vez mais preciso nas avaliações. Ou seja, vai tirar partido do histórico de dados. O programa vai durar cinco anos e envolve dois organismos de investigação e vários produtores de vinho.
Não se sabe ainda como vai funcionar concretamente o sistema e se este poderá ser adaptado a climas mais quentes, como o português, onde existe uma maior tendência a esconder os cachos na folhagem da videira.