Lagoalva de cima: Um ícone do Tejo

Lagoalva

A Quinta da Lagoalva de Cima tem 660 hectares e fica muito próxima de Alpiarça, na margem Sul do Tejo, a Nordeste de Santarém. A quinta é muito antiga. Há referências datadas de 1193. É há muitos anos propriedade da família Louçã Campilho, hoje seis irmãos, filhos da recentemente falecida Dona Isabel Juliana, aliás devidamente […]

A Quinta da Lagoalva de Cima tem 660 hectares e fica muito próxima de Alpiarça, na margem Sul do Tejo, a Nordeste de Santarém. A quinta é muito antiga. Há referências datadas de 1193. É há muitos anos propriedade da família Louçã Campilho, hoje seis irmãos, filhos da recentemente falecida Dona Isabel Juliana, aliás devidamente homenageada ainda em vida com um vinho topo de gama com o seu nome. A família explora um total de 5500 hectares, com muita floresta de sobreiros, eucaliptos e pinheiros, produção animal, incluindo gado e coudelaria, e ainda milho, batata, couves, e muitas outras diferentes culturas. De vinha são 45ha, todos em Alpiarça. Com o nome da quinta, apenas chegam ao consumidor o vinho e o azeite.

Dias quentes e noites frias
A vinha fica muito próximo do rio Tejo e o clima dá dias muito quentes e noites frias. As castas foram plantadas em diversas parcelas, e ao longo dos anos têm sido feitas alterações para optimizar o seu desempenho. Muitas vinhas estão em solos de aluvião, e já aconteceu ficarem inundadas, apesar de hoje as cheias serem pouco frequentes. Com as vinhas em dormência, quando as águas baixavam voltavam a rebentar sem problemas. Outras culturas nestes solos estariam perdidas. Segundo Pedro Pinhão, há 20 anos enólogo na propriedade e hoje com a responsabilidade desta área, em 1979 a casa da quinta chegou a estar toda alagada. No início dos anos 1990 desenvolveu-se muito o regadio, para melhor controlar os ciclos vegetativos das várias castas. O Arinto é complicado na vinha, tem cacho grande mas pouca produção, precisa de muito trabalho. O Alfrocheiro vem de uma vinha velha, oriundo dos primos Soares Franco, da José Maria da Fonseca.
A Lagoalva chegou a ter 200 ha de vinhas, mas o enfoque era na quantidade, não na qualidade. Era o tempo do granel. Essas terras passaram a produzir culturas de Primavera e Verão. O primeiro rótulo da Quinta da Lagoalva é de 1989, quando começou a conversão da quantidade para a qualidade. Aliás, este é um ano inicial para muitos outros produtores ao longo de todo o país.
A Lagoalva foi pioneira no plantio da Syrah, com uma vinha de 1984. Na altura tinham parcelas de Tinta Carvalha, a produzir 40ton/ha, para granel. A casa apostou muito na exportação, e teve algumas combinações de sucesso entre castas portuguesas e internacionais, para atrair o olhar dos consumidores. Exemplos que se tornaram clássicos são o Arinto/Chardonnay e a Syrah/Touriga Nacional.
Recentemente, a restruturação das vinhas levou à plantação de castas brancas nos solos mais profundos. Um exemplo é o Sauvignon Blanc, que é podado à máquina, primeiro pré-poda e depois poda de precisão. É mais rápida do que a poda à mão e mais eficiente do ponto de vista de mão de obra. Os tintos estão plantados em solos mais pobres, arenosos. 95% da vindima é feita à máquina, sempre à noite, entre as 2h e as 8h da manhã, já que Outubro é muito quente. Apenas os topos de gama são feitos à mão, por uma equipa de 10 a 12 pessoas. A quinta tem muitas castas exóticas, por razões históricas. Por exemplo, tem Tannat em solos de aluvião, mas esta casta precisa de solos de areia, mais pobres. Do ponto de vista agrícola, é mantido um enrelvamento natural entre as linhas de videiras. Pode inclusive ser de sementeira, para ser mais vigoroso e consumir mais água. Faz-se uma agricultura de conservação, não lavram nem mobilizam muito o solo para controlar infestantes. Esta prática começou há 30 anos na cultura do milho. Todas as vinhas estão em produção integrada e o olival também.

Lagoalva
A equipa da Lagoalva é liderada há dois anos por Pedro Pinhão, e conta ainda com Luís Paulino na enologia e Cristina Barreira no controle de qualidade.

Mais brancos que tintos
A quinta tem um talhão de 2,5ha com Alfrocheiro em agricultura biológica (“há muita pressão comercial para ter biológico”, dizem-nos), parcela isolada das outras numa zona franca de transição entre campo e areia, com pouco vigor e sem muitos problemas para controlar o míldio, que é a principal doença vitícola na região. Esta vinha foi plantada em 1974 e origina o Grande Reserva Alfrocheiro. Com muita precipitação e muito vigor, não seria competitivo produzir biológico em todos os 45ha de vinha. A vinha do Alfrocheiro fazia monda de cachos para reduzir a produção. O míldio faz uma monda natural, a vinha passa a 3ton/ha. E assim mantém a qualidade desejada.
Com solos férteis, é preciso reduzir a produção. As novas vinhas têm cepas espaçadas a 2,3m por 1m. Em 2010 ainda plantavam a 3m para os tratores passarem. Não se compravam tratores próprios para a vinha. Assim, as produções são de 15 a 16ton/ha no Chardonnay e 28 a 30 ton/ha no Fernão Pires. O Sauvignon Blanc, que é casta de cacho pequeno, aguenta 20 a 25 ton/ha e mantém a qualidade. O Arinto chega a ter cachos de 1kg e dá produção a mais, cerca de 28 a 30/ton/ha. Mas na vinha velha a produção é de 7 a 8ton/ha e tem grande qualidade.
A poda mecânica de precisão é uma ferramenta útil, em particular pela falta de mão de obra e pelas alterações climáticas que exigem acção rápida: “não podemos vacilar”, diz Pedro Pinhão, e acrescenta: “Não consigo produzir grandes tintos com grandes produções, mas os brancos sim. Com qualidade que se reflecte no bolso do consumidor.” Claro que para o Grande Reserva branco, fermentado em barrica, recorre-se à vinha velha de Fernão Pires, com menos de 2ha, podada e vindimada manualmente.
A rega nas novas plantações é também uma ferramenta para controlar os fenómenos climáticos. Sustentabilidade sim, mas com sustentabilidade económica também. Em termos de distribuição de castas, a área é metade de tintas e metade de brancas, mas a produção de brancos é 70% do total. 70/30 também é a distribuição entre mercado nacional e exportação.
A equipa é liderada há dois anos por Pedro Pinhão, e conta ainda com Luís Paulino na enologia e Cristina Barreira no controle de qualidade. Com Rita Barosa como CEO da quinta, os desafios do crescimento têm sido encarados com coragem. De 650 mil garrafas em 2022, passaram para 1,4 milhões em 2023, muito graças a um vinho colocado no cabaz do Pinto Doce. Em 2024 o orçamento prevê 1,1 milhões de garrafas. O vinho na Lagoalva passa por dores de crescimento, com o rebranding de todos os produtos, novas propostas para o mercado e grandes projectos programados para o próximo biénio, incluindo grandes obras na adega. Os depósitos de cimento de 25 mil litros são muito estáveis em termos térmicos, e permitem encarar aumentos na produção. 2023 foi já o melhor ano de sempre, com mais de 3M€ de facturação. Ao mesmo tempo, os vinhos estão melhores que nunca. O portefólio tem 14 vinhos, incluindo Lagoalva e Quinta da Lagoalva. A Syrah e o Alfrocheiro plantados em 1984 e 1974 continuam a ser bandeiras da casa. O topo de gama Dona Isabel Juliana nasceu com o tinto em 2009 e o branco em 2018. Em verdade vos digo: são grandes vinhos que vale a pena provar. Regressa um dos grandes ícones da região Tejo, que tanto deles precisa.

(Artigo publicado na edição de Maio de 2024)

Lagoalva de Cima: Um Tejo diverso e pioneiro

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text] Em Alpiarça, estende-se uma propriedade que junta algumas das mais fortes dimensões do mundo rural português: cortiça, cavalo lusitano, azeite e vinho. A Lagoalva, primeira casa portuguesa a fazer monovarietais de Syrah e Alfrocheiro, é coisa […]

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Em Alpiarça, estende-se uma propriedade que junta algumas das mais fortes dimensões do mundo rural português: cortiça, cavalo lusitano, azeite e vinho. A Lagoalva, primeira casa portuguesa a fazer monovarietais de Syrah e Alfrocheiro, é coisa séria.

TEXTO Mariana Lopes        NOTAS DE PROVA Luís Lopes     FOTOS Lagoalva

O que é que a margem Sul do rio Tejo tem? Uma propriedade de 800 hectares, rica em história, na freguesia de Santo Eustáquio de Alpiarça e a 2 quilómetros da mesma vila. É a Quinta da Lagoalva de Cima que, na verdade, detém um total de 7 mil hectares espalhados por diferentes locais. Com uma beleza natural muito sua, o terroir caracteriza-se, essencialmente, por grandes extensões planas de terrenos de regadio, muito férteis, onde o Tejo desempenha um papel preponderante e onde crescem várias culturas agrícolas. Também a floresta é parte importante do cenário. A casa mãe, uma bonita construção setecentista, pinta o cenário de amarelo torrado e transporta aquele local para o século XVIII: foi nesse século que a Lagoalva obteve uma comenda da Ordem de Santiago, sendo tutelada por um dos membros da família da Casa Lavre. Assim, a 9 de Dezembro de 1776, foram feitos vários investimentos na propriedade, já a preparar a terra para o que lá havia de ser erguido. Para minimizar os efeitos da subida do nível das águas do rio, mandou-se abrir uma vala que obrigasse o Tejo a seguir o seu leito natural, e um dique em estacada. Depois, reduziram-se os terrenos maninhos e espargais a cultura agrícola e edificaram-se paredes na herdade, de onde nasceu o palácio da Lagoalva, as suas casas e a sua capela.
Mais tarde, em 1834, a Quinta da Lagoalva é comprada por Henrique Teixeira de Sampayo, 1º Conde da Póvoa. Em 1842, todos os bens passam para Maria Luísa Noronha de Sampayo que, ao casar-se com Domingos António Maria Pedro de Souza e Holstein, 2º Duque de Palmela, acaba por reverter as posses para a Casa Palmela, de onde são descendentes os actuais proprietários. Deste modo, a Quinta da Lagoalva e os terrenos anexos pertencem à Sociedade Agrícola da Quinta da Lagoalva de Cima, encabeçada pelos irmãos Manuel e Miguel Campilho.

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Já desde o século XIX que a Lagoalva é produtora de vinho. “A ligação da nossa família a Itália motivou o surgimento do vinho, do azeite e do bicho da seda”, elucidou Manuel Campilho, que vive na Quinta há 44 anos. Sempre em grande, a Lagoalva levou, em 1888, 600 cascos de vinho para a Exibição Portuguesa da Indústria. Porém, o primeiro vinho engarrafado, com o nome Lima, data de 1989. Em 1992, a enologia passou para João Portugal Ramos que, em 2002, a passou para Rui Reguinga. Foram os primeiros, em Portugal, a fazer monovarietal de Alfrocheiro, tendo o primeiro sido em 1999, e também de Syrah, em 1994 (embora só a colheita de 97 tivesse sido apresentada como tal). Hoje é Diogo Campilho, filho de Manuel, que está à frente desta faceta da empresa. Diogo é enólogo e ao seu lado trabalha, desde 2007, o também enólogo Pedro Pinhão, numa dupla cúmplice e inseparável.
Dos 50 hectares de vinha, 35 encontram-se em plena produção, assentes em três tipos de solos: 100% arenosos (onde estão variedades tintas), argilo-arenosos (a “casa” do Alfrocheiro) e de aluvião (brancas). Neles estão plantadas as castas Sauvignon Blanc, Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Verdelho e Chardonnay; e as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat e Castelão. “Iremos plantar, em breve, Petit Verdot, no sentido de dar mais estrutura aos vinhos tintos”, contou Diogo.

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O enólogo, que passou uma temporada na Austrália a fazer vinho, trouxe inspirações do Novo Mundo para a vinha e para a adega, onde coabitam várias opções enológicas mais modernas e outras tradicionais. Tudo isto se traduz no perfil dos vinhos, juntamente com a especificidade daquele terroir. Diogo explicou a filosofia: “Os nossos vinhos têm muito que ver com o nosso modo de estar e com o nosso público alvo, que é a faixa-etária dos 20 aos 40 anos”. São quase 30 as referências presentes no portfólio, entre brancos, tintos, espumantes, colheita tardia e licorosos, perfazendo uma produção anual de 350 mil garrafas, que se traduzem em 850 mil euros. “O objectivo para 2019 são mais 100 mil”, descortinou Diogo Campilho.

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Onze foram as novas colheitas que a Grandes Escolhas provou na Quinta da Lagoalva, antes de três impressionantes provas verticais. O espumante branco, com 80% de Arinto e 20% de Alfrocheiro, a mostrar-se jovem, revelou bela acidez e frescura. O espumante rosé, por sua vez, é feito apenas com Alfrocheiro, num perfil suave, mas encorpado, também com boa acidez. A “espumantização” é feita na Lagoalva. O Lagoalva Sauvignon Blanc é expressivo com ananás e leves amargos vegetais, de uvas vindimadas durante a noite “para preservar os aromas”, e vinificadas em inox, por oposição ao Lagoalva Barrel Selection, também de Sauvignon Blanc mas em carvalho francês. A versão tinta do Barrel Selection tem, na sua composição, Syrah e Touriga nacional, numa bela combinação de fruta com barrica. O Lagoalva rosé é também ele de Syrah e Touriga Nacional em inox, e o tinto divide-se, em partes iguais, em Castelão e Touriga Nacional, com maloláctica e estágio de seis meses em barricas de carvalho francês e americano. Já o Lagoalva Talhão 1, inclui Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Sauvignon Blanc e Verelho, com fermentação em cubas de inox. O Reserva branco e o Reserva tinto têm em comum a alta aptidão para a mesa, sendo o primeiro feito de Arinto e Chardonnay, fermentados e estagiados em barrica, e o segundo de Alfrocheiro, Touriga Nacional e Syrah, com estágio de 10 meses em carvalho francês.

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O Lagoalva de Cima Alfrocheiro Grande Escolha 2016 é o mais recente de uma linhagem de quinze edições. Nascido de uma vinha de inícios da década de 70, plantada com um clone vindo da casa José Maria da Fonseca, é o vinho bandeira da Lagoalva e sempre foi. Pedro Pinhão esclareceu que “Mesmo sendo uma casta difícil na vinha, num bom ano tem uma relação produtividade/qualidade fantástica”. A “tiragem” é de 5000 garrafas, de um vinho vinificado em lagar com pisa mecânica e estagiado em barricas francesas, novas e usadas. Do Lagoalva de Cima Syrah Grande Escolha foram feitas oito edições, que culminam na de 2016, também fermentado em lagar com pisa mecânica e com estágio no mesmo tipo de barricas do Alfrocheiro.
A estória do vinho Dona Isabel Juliana é engraçada e prende-se com a avó de Diogo Campilho, que a conta com ternura. Em 2009, Diogo e Pedro decidiram criar este tinto e, no Natal do mesmo ano, foi apresentado a Isabel Juliana. Emocionada, a avó agradeceu ao neto, dizendo-lhe: “Obrigada, o vinho é muito bom, mas se não te importares dá-me um copo de rosé” – era o seu tipo de vinho favorito. O Dona Isabel Juliana tinto 2015 tem Alfrocheiro e Touriga Nacional no lote, com maloláctica e estágio de 14 meses em barricas novas e usadas. Fazem-se entre 2500 e 3 mil garrafas deste belíssimo vinho.

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Durante a nossa visita tivemos oportunidade de fazer uma prova vertical das três marcas mais emblemáticas da casa: Lagoalva de Cima Syrah, Lagoalva de Cima Alfrocheiro, e Dona Isabel Juliana. A Syrah colocou a Lagoalva “no mapa” dos grandes representantes nacionais desta casta, desde a sua estreia em 1994. Para além do vinho que está no mercado (2016) provámos as colheitas de 1997 (algo cansado de nariz, melhor na boca), 2000 (excelente fruto, tudo no sítio, em grande forma), 2005 (maduro e compotado – ano quente – mas prazeroso), 2008 (fechado, austero, especiado, ainda jovem, um portento), 2010 (leve e aberto, madeira muito presente), 2012 (todo fruta e elegância, muito bom) e 2015 (expressivo, afinado e apimentado, belo vinho). A Alfrocheiro é uva bastante acarinhada na casa, e essa atenção é patente nos vinhos provados. No mercado está o Alfrocheiro 2016 (que apresentamos à parte), mas apreciámos as colheitas de 1999 (elegante, perfumado, ainda com leve floral), 2003 (bastante frutado, jovem ainda, a acidez a mantê-lo bem vivo), 2005 (cremoso, cheio de especiaria e mirtilos, em grande forma), 2008 (sisudo – tal como o Syrah do mesmo ano – groselha e leve vegetal de grande qualidade, muita vida pela frente), 2009 (denso, rico e texturado) e 2011 (a complexidade e profundidade do ano perfeito, eucalipto, finura, garra e longevidade).
Finalmente, o Dona Isabel Juliana, o topo de gama da casa, lote de castas que varia, mas onde a Alfrocheiro tem estado sempre presente, acompanhada, consoante o ano, de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tannat ou Alicante Bouschet. Provados o 2009 (enorme surpresa, vigoroso e austero, complexo, grande), 2012 (gordo e sumarento, cheio de sabor e presença), 2013 (o mais fino de todos, muito expressivo e elegante, mineral) e 2015 (contido, com acidez muito precisa, taninos poderosos, sólido e longo).

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“Temos e fazemos aqui a excelência do mundo rural português: cavalos lusitanos, vinho, azeite e cortiça”, diz Diogo Campilho, com orgulho. A estes juntam-se milho, trigo, floresta, cevada, ervilha, gado… e mais alguns. Vinte são os cavalos, todos em competição e o azeite gera cerca de 5 mil garrafas, de olival tradicional. A agricultura, a floresta e a pecuária formam um negócio de 4,5 milhões de euros. Também a consultoria e o equipamento agrícola são actividades económicas da Lagoalva, a gerar cerca de 3 milhões de euros. Por aqui se vê a dimensão de uma empresa com tradição secular na região do Tejo, diversa e pioneira, onde se junta um legado de gerações ao know-how moderno de quem não fica parado no tempo.

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