Okah Restaurant & Rooftop recebe Paulo Laureano para jantar vínico

Dia 12 de Março, quinta-feira, será dia de jantar vínico no ŌKAH Restaurant & Rooftop, com uma vista privilegiada sobre Lisboa e o rio Tejo. A experiência, que terá início às 20h00, contará com os vinhos do enólogo e produtor Paulo Laureano, harmonizados com as propostas criativas do chef Luís Barradas. A refeição começará com […]

Paulo Laureano.

Dia 12 de Março, quinta-feira, será dia de jantar vínico no ŌKAH Restaurant & Rooftop, com uma vista privilegiada sobre Lisboa e o rio Tejo. A experiência, que terá início às 20h00, contará com os vinhos do enólogo e produtor Paulo Laureano, harmonizados com as propostas criativas do chef Luís Barradas.

A refeição começará com Vieira, Tupinambour e Cogumelos Shimeji. Seguir-se-á o prato de peixe, um Carolino de Lingueirão com Algas do Sado, que fará par com um Verdelho 2018. Para os amantes de carne, será servido Borrego acompanhado de Beringela, Pão Pita e Hortelã, harmonizado com um Alfrocheiro 2016. Lombelo e Pastinaca com Legumes do Poial serão conjugados com um Dolium Tinto 2014. Para terminar, o chef Luís Barradas apresentará um Pudim Abade de Priscos, que Paulo Laureano complementará com um Tinta Grossa 2015.

O jantar tem o valor de €45 por pessoa e as reservas podem ser feitas através do e-mail reservas@okah.pt ou do contacto telefónico 914 110 791.

O espaço do novo edifício do Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Alcântara, marca pela sua gastronomia única, com uma filosofia que integra diversas influências da cozinha de Portugal e do Mundo, e que neste jantar irá inspirar-se no vinho.

Chef Luís Barradas.

Taylor’s em Lisboa promove prova de vinho do Porto com chocolate

A Taylor’s Port em Lisboa, morada de uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto na capital, promove, no dia 13 de Março, uma prova harmonizada de vinho do Porto e chocolates, em associação com a marca portuguesa Annobon. A experiência convida a conhecer e provar quatro estilos diferentes de vinho do […]

A Taylor’s Port em Lisboa, morada de uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto na capital, promove, no dia 13 de Março, uma prova harmonizada de vinho do Porto e chocolates, em associação com a marca portuguesa Annobon. A experiência convida a conhecer e provar quatro estilos diferentes de vinho do Porto, em duetos perfeitos com chocolates e trufas, cuja combinação realça o melhor de cada um.

A prova comentada irá permitir distinguir os aromas, texturas e sabores tanto dos vinhos como dos chocolates, identificando características como a complexidade, volume de boca e acidez.

Os vinhos em prova convidam a descobrir o universo da casa Taylor’s, com mais de três séculos de história, atravessando diferentes estilos de vinho do Porto: Taylor’s Chip Dry, Taylor’s LBV, Taylor’s Quinta de Vargellas Vintage 2012 e Taylor’s Tawny 10 Anos.

Esta experiência de prova (€25) tem início marcado para as 19h00, com duração aproximada de uma hora, e requer reserva antecipada, sendo que a participação estará limitada a 20 pessoas.

Com uma localização privilegiada no bairro histórico de Alfama, vizinha do Chafariz d’El Rei, a Taylor’s Port em Lisboa pretende ser uma janela aberta para a história e tradição do vinho do Porto, disponibilizando uma das mais amplas colecções de vinhos da marca, para prova ou venda.

Morada:
Rua Cais de Santarém 6-8, 1100-104 Lisboa

Contactos para reservas:
Telf.: 218 863 105
E-mail: ana.sofia@taylor.pt

Horário:
Todos os dias, das 11h00 às 19h30.

Vinhos Com Sentido: um evento internacional no Pestana Palace

De 28 a 30 de Março, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, decorre o evento “Vinhos com Sentido”, organizado por Alejandro Chávarro (na foto), sommelier, formador e conhecedor de vinhos com saber adquirido, entre outros locais, na cave de vinhos do restaurante Astrance (2* Michelin), em Paris, que geriu durante anos, antes de se mudar […]

De 28 a 30 de Março, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, decorre o evento “Vinhos com Sentido”, organizado por Alejandro Chávarro (na foto), sommelier, formador e conhecedor de vinhos com saber adquirido, entre outros locais, na cave de vinhos do restaurante Astrance (2* Michelin), em Paris, que geriu durante anos, antes de se mudar para o nosso país. Nesses três dias de Encontro Internacional sobre Solos & Viticultura e masterclasses, irão debater-se os temas mais prementes da viticultura no mundo, haverá lugar a provas de vinhos e champagnes exclusivos, debates e palestras, encontros com produtores, e almoços especiais concebidos por prestigiados chefs – como o de domingo 29, que conta com uma equipa de excepção: Pascal Barbot (Astrance, 2* Michelin), Vincent Farges (Epur, 1* Michelin), André Lança Cordeiro (Essencial, Lisboa), Vasco Coelho Santos (Euskalduna, Porto) e Pedro Inglês Marques (Pestana Palace) irão preparar uma refeição memorável.

Ao longo dos três dias de evento, discutir-se-á a fertilidade de solos e outras problemáticas actuais, pela voz de Dominique Massenot, consultor especializado em fertilidade de solos, agronomia e viticultura biodinâmica; será promovido um encontro com mais de 15 produtores de vinho e de champagne, pioneiros nas suas regiões e com larga experiência na matéria, tendo ainda a possibilidade de conhecer e provar vinhos das regiões do Loire, da Alsácia, da Borgonha, de Itália e de Espanha.

“Um dos objectivos do “Vinhos com Sentido” é poder proporcionar a vários públicos – dos simples enófilos, a sommeliers ou profissionais da hotelaria e da restauração – o acesso a produtores e patrimónios que dificilmente encontramos em Portugal de forma tão concentrada”, explica Alejandro Chávarro, criador da iniciativa e fundador da empresa “Vinhos Livres”, especializada na importação de vinhos estrangeiros.

Os bilhetes podem ser adquiridos no site oficial: eventos.vinhoslivres.com, sendo possível comprar vários tipos de ingresso (para os três dias ou para um único dia). Quem optar pelo dia 28, “Raízes 2020”, dedicado à partilha e procura de soluções para a viticultura biodinâmica, terá acesso a 3 horas de palestra/debate de manhã, almoço, e novas 3 horas de palestra/debate à tarde, pelo valor de 95€. Caso escolha o dia 29, que inclui a masterclass de Champagne e o almoço com os cinco chefs de renome, o preço é de 195€ (com valores diferentes em caso de profissionais ou estudantes de hotelaria). Por fim, caso opte pelo dia 30, em que terão lugar as masterclasses dos vinhos do Loire, Alsácia, Hungria, Itália e Espanha, e a masterclass da Borgonha, com provas comentadas pelos próprios produtores e almoço incluído, o valor é outro ainda. Há 50 lugares para cada dia, e toda a informação pode ser consultada em eventos.vinhoslivres.com.

Foto: Thomas Padilla

Romana Vini: Boutique vínica no Tejo e em Lisboa

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Romana Vini é o nome da empresa que produz vinhos a partir de uvas de duas quintas próximas entre si. Quis o destino que ficassem em duas regiões vitivinícolas diferentes: Lisboa e Tejo. Só uma tem adega, mas as duas compartilham o compromisso do proprietário de fazer apenas vinhos de excepção.

TEXTO António Falcão           NOTAS DE PROVA Nuno de Oliveira Garcia            FOTOS Ricardo Gomez

O património da Romana Vini começa na Quinta do Porto Nogueira, que data da primeira metade do século XVIII e esteve sempre na posse da mesma família. Sem herdeiros, por volta de 1980, o último proprietário ofereceu a quinta à Academia das Ciências de Lisboa. Em 2002 é vendida aos actuais proprietários, António Barreira e sua mulher. O nome da empresa vem da ponte romana sobre o rio Arnóia, quase encostada à adega. O conjunto de edifícios é importante e é atravessado pela estrada que sai para sul de Alguber, a escassos 250 metros desta aldeia.
A outra propriedade chama-se Quinta da Escusa e uma parte dela já pertencia aos avós e aos pais dos actuais proprietários, que aí exerceram a agricultura e a viticultura ao longo de décadas. A área é sobretudo agrícola, vinha e muita floresta, mas existe ainda uma pequena adega na aldeia de Quintas.
Quis a sorte que a Quinta do Porto Nogueira ficasse na região de Lisboa (sub-região de Óbidos), no concelho do Cadaval, cerca de 60 Km a norte de Lisboa, em linha recta. É aqui que está a sede da exploração e onde chegam todas as uvas da casa. Incluindo as que vêm da Quinta da Escusa, que fica a 10/15 minutos de carro, mas está na região do Tejo e no concelho de Rio Maior. O produtor tem uma licença para vinificar tudo na mesma adega, um procedimento normal nestes casos.
Quem gere a Romana Vini é António Barreira, consultor de gestão e habituado a tudo o que é empresarial. E é sobretudo alguém que sabe fazer contas. Antes de se lançar nesta aventura, António estudou a sua lição e vai optar, desde o início, por uma estratégia arriscada: criar marcas premium baseadas em vinhos de muito alta qualidade. E é exactamente aqui que esta empresa produtora se destaca face a muitas outras deste país.

António Barreira (proprietário), Manuel Botelho (viticultura), António Ventura (enologia) e Filipe Catarino (residente em viticultura e enologia).

Dois terroirs a caminho do biológico

A vinha da Quinta do Porto Nogueira, com os edifícios da casa em segundo plano. Ao fundo, a povoação de Alguber.

A pergunta seguinte que António Barreira se colocou foi esta: como se fazem vinhos de ‘muito alta’ qualidade? Essa é fácil, bastando saber perguntar a quem sabe. E um dos que mais sabe neste país é sem dúvida António Ventura, um dos enólogos mais experientes deste país e que cada vez mais, na nossa opinião, está à vontade a fazer pequenos volumes, como é este o caso. Na viticultura está Manuel Botelho Moreira, um técnico da região já com bastante experiência e que faz uma perninha no ensino universitário, no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. No dia-a-dia da vinha e adega pontua Filipe Tomé Catarino, que faz o interface com os dois consultores. António Barreira vai-se informando, chegando à conclusão de que os “grandes vinhos são feitos de pequenos pormenores”.
E tudo começou na vinha, com a escolha dos melhores terroirs para cada uma das castas. Depois, tudo é feito para ter as videiras saudáveis e conseguir as melhores uvas possíveis. As práticas agrícolas para isso apontam: pouca mobilização do solo, não se usam herbicidas nem fertilizantes, apenas estrume natural. Manuel Botelho diz-nos ainda que “estamos também a reduzir os fungicidas e queremos, no futuro, deixar de os usar”. As vinhas estão em modo de produção integrada, mas há a intenção de as passar, em breve, para o modo biológico.
A empresa, já agora, tem tomado medidas para potenciar a biodiversidade e ser o mais sustentável possível. Por exemplo, diz-nos António Barreira, “toda a energia consumida na nossa adega é produzida em Porto Nogueira a partir de energia solar e conseguimos auto-suficiência energética”. As áreas de floresta que rodeiam a vinha, em ambas as quintas, estão certificadas pelas normas FSC – Forest Stewardship Council. A terceira cultura da casa, já agora, é a Pêra Rocha. Esta fruta, a vinha e a floresta são, portanto, os 3 pilares onde assenta a agricultura da casa.
No total estamos a falar de 27 hectares de vinha: 17 em Porto Nogueira, com terrenos argilosos, e 10 na Escusa, que possui solos mais arenosos. O encepamento é variado, mas a viticultura privilegiou as castas tintas na Escusa, onde o clima mais quente permite melhores maturações para os tintos. Quase toda a vinha é recente e, à excepção de uma pequenina parcela de vinha velha, as plantas mais antigas são de 2012. As mais recentes nem sequer estão em produção.

A importância dos pormenores

As instruções que Manuel Botelho recebe vão no sentido de “fazer as melhores uvas possíveis”. podas estão, logo no início, adaptadas ao perfil dos vinhos, e não existem restrições a nível de produção por hectare, gastos de mão-de-obra ou quaisquer outras. O pináculo desta estratégia chega na altura da vindima, onde há escolha de cachos no campo e depois na adega. Mas não acaba aqui: uma mesa de inox permite ainda a escolha de bagos. Não entra assim um bago de uva com defeito na adega. Um único. É por isso que António Ventura nos diz que “aqui tudo é fácil para o enólogo, com esta qualidade da uva”. Neste sentido, Ventura tem ainda o encargo de deixar que os vinhos reflictam o terroir onde nasceram as uvas. António Barreira não hesita neste aspecto: “quero que os nossos vinhos sejam verdadeiros”. Outra exigência do proprietário é que os vinhos consigam suportar o teste do tempo: “Trabalhamos também para vinhos longevos”, afirma, mas que quer ainda, ao longo das futuras vindimas, “consistência e comparabilidade“. Ou seja, fidelizar os seus consumidores mais assíduos, ano após ano.

Vista aérea da vinha da Quinta da Escusa.

A Romana Vini só usa as uvas próprias e nem todo o vinho vai para as marcas da casa: qualquer branco ou tinto que não seja de topo é vendido a terceiros. O resto do processo na adega é o normal e, como se calcula, não faltam equipamentos de qualidade. Incluindo o parque de barricas, das melhores marcas e proveniências.
As produção começou em 2015, com apenas 21 mil garrafas. Têm vindo a aumentar anualmente e para 2020 o objectivo é chegar às 45 mil garrafas. António Barreira espera conseguir atingir a velocidade de cruzeiro em 2022/2023, com 75 mil garrafas. E não quer mais. Nessa altura espera vender 60% no mercado de exportação, que já se iniciou na Alemanha, Bélgica, Canadá, Japão, França e EUA.
Na distribuição nacional, António Barreira trilhou também um caminho pouco usado: prefere trabalhar directamente na Grande Lisboa e na região Oeste, usando distribuidores apenas no resto do país. “se entregássemos toda a produção num distribuidor seríamos apenas mais um; assim conseguimos explicar os nossos vinhos aos compradores”, garante o gestor.

Estratégia arriscada, mas bem calculada

O portefólio da casa está também definido, sendo igual para as duas quintas. De um lado os vinhos de lote, do colheita ao Grande Reserva ou Grande Escolha. Por outro, um conjunto de monovarietais, “produzidos e engarrafados apenas em anos de uvas excepcionais”. Pelo meio, alguma coisa especial, como um espumante, que já existe e tem o nome de Berbereta (nome dado à borboleta em tempos que já lá vão) ou, quem sabe, um colheita tardia.
O leitor já calculou que, com estas exigências, os preços não podem ser baratos. É uma consequência da estratégia seguida e dos custos assumidos. Diga-se em abono da verdade que há muito vinho a ser vendido mais caro e não tem a qualidade e consistência da gama da Romana Vini. Os vinhos são sérios, bem feitos, distintos, e um sinal disto é que os prémios já começaram a chover, um pouco por todo o mundo.

Em força para o enoturismo

Para o futuro mais próximo, a empresa pretende fazer uma aposta muito forte no enoturismo. As instalações estão praticamente prontas e incluem vários quartos para hospedes. Uma visita rápida deixou-nos água na boca, com excelentes instalações e primorosa decoração, a cargo da mulher de António Barreira.
Fica assim completo o ciclo do vinho: vinha, adega, vinhos e agora o enoturismo. Só falta mesmo o mais importante, o estabelecimento da marca como um ponto de referência entre os enófilos com maior poder de compra. Os primeiros passos nesta estratégia já foram dados, com o lançamento de vinhos bem-apresentados e com inegável qualidade. O resto vai levar mais tempo, mas António Barreira já o sabe e não está muito preocupado. Todos os negócios têm os seus timings e este não é diferente: só precisa um pouco mais de tempo…

Instalações em Porto Nogueira, a anunciarem um ambicioso projecto enoturístico.

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Edição n.º32, Dezembro 2019

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AdegaMãe lança projecto de valorização para jovens reclusos

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão […]

A AdegaMãe e o EPL – Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens) – estabeleceram uma parceria de valorização de competências profissionais para jovens reclusos, na área da viticultura e da produção de vinho, que se traduz igualmente no lançamento de uma nova marca de vinhos no mercado. Os vinhos Inclusus, colheitas Tinto e Branco, já estão disponíveis para os consumidores e são o resultado deste projecto que visa potenciar ferramentas de reinserção social. Desde a viticultura e vindima até ao trabalho final de adega, o processo produtivo destes vinhos conta com o empenho dos jovens reclusos.

O Projecto Inclusus arrancou com a vindima de 2018, quando foram colhidas as uvas que deram origem aos primeiros vinhos agora colocados no mercado. A vindima 2019 também já foi realizada, precisamente na Quinta Lagar D’El Rei, uma área sob administração do EPL, onde se encontram 3,6 hectares de vinha em produção. Das cerca de 17 toneladas de uvas colhidas, 9 destinam-se à vinificação na AdegaMãe, em Torres Vedras, dando origem a 8 mil garrafas. Numa primeira fase, os vinhos estão disponíveis para venda nas lojas da AdegaMãe, no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), bem como nas lojas Boa Vizinhança, no Rato, e na loja CVR Lisboa, no Mercado da Ribeira, em Lisboa.

“Este é um projecto de grande valor simbólico para nós. É um orgulho para a AdegaMãe estar associada ao EPL e contribuir para o sucesso de todo o trabalho de reinserção social que tem vindo a ser desenvolvido. Para além de toda a colaboração no processo produtivo, o lançamento desta nova marca de vinhos, Inclusus, é, por si só, um importante alerta para todas as questões relacionadas com as boas práticas de reinserção social e com o futuro destes jovens”, afirma Bernardo Alves, director-geral da AdegaMãe.

Joana Patuleia, directora deste Estabelecimento Prisional refere que se trata de “uma parceria muito importante para o Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), considerando como pontos fortes a formação profissional na área da vitivinicultura e o aumento dos postos de trabalho, tendo como foco a valorização dos jovens através do trabalho, contribuindo assim para o êxito da sua reinserção social”.

Os vinhos, já no mercado, têm um preço de €3,99, sendo o tinto feito de Castelão e Aragonez e o branco de Fernão Pires e Arinto.

Os vinhos dos Paulistas

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Ninguém iria adivinhar que, a 10 quilómetros do centro de Lisboa, se estão a fazer vinhos especiais. E que este é um projecto ‘fora da caixa’, quase de inspiração… digamos… divina.

TEXTO António Falcão NOTAS DE PROVA João Paulo Martins FOTOS Ricardo Gomez

A terra chama-se Apelação e era, até 2013, uma das freguesias do concelho de Loures. Não há muito que enganar: trata-se de um ambiente típico de arredores de Lisboa, com uma mistura de casas antigas e muitos prédios modernos, especialmente de construção económica. Pelo meio, um enorme terreno murado alberga a Quinta Rainha dos Apóstolos. É aqui que estão as instalações da congregação Paulista. No seio da igreja católica, os Paulistas estão encarregues da comunicação, incluindo edições em papel. “Ou seja, evangelizamos através da comunicação”, diz-nos o padre José Carlos Nunes, à frente desta congregação. Os Paulistas possuem várias edições, em vários formatos (veja aqui) e uma rede de seis livrarias.
Ora, calhou que o padre José Carlos, em diversos eventos, fosse conhecendo dois técnicos ligados à vinha e ao vinho. E as conversas iam surgindo, ao mesmo tempo que a amizade. Como diz o sacerdote, “a amizade traz bons frutos”, e desta vez deu mesmo: Um belo dia, António Cláudio, especialista em viticultura, e Filipe Sevinate Pinto, enólogo, desafiaram o padre Nunes a plantar vinha na quinta. Afinal, a congregação, que é internacional, presente em 38 países, precisa de vinho de missa. E, à parte a água, o vinho, convém não esquecer, é o líquido mais referenciado na Bíblia (a seguir à água). E, como se isso não bastasse, foi o vinho que constituiu o primeiro milagre de Jesus, que transformou água em, note-se, bom vinho. Ora, havendo espaço e fundos para isso, porque não avançar para uma vinha?

Nasce uma vinha

Regressemos um pouco atrás: houve de facto uma vinha neste local, mas apenas para subsistência dos locais. Nesta quinta chegaram a viver, nos anos 50, cerca de 70 seminaristas e 12 padres; existiam mesmo dois caseiros, um para o gado, outro para a agricultura. Nos anos 80 começaram a escassear as vocações, os caseiros foram-se embora e a vinha ficou ao abandono.
E eis que chega 2014. Decidida a plantação, António e Filipe escolheram as castas a plantar, no pressuposto de que as uvas teriam de ir para dois lados: vinhos de consumo (branco e tinto), e vinhos de missa (licoroso). Antes da decisão final, os técnicos provaram alguns vinhos de missa, só para verem o estilo. E a escolha foi para a casta branca Malvasia, num clone “muito amoscatelado”, isto é, a pender para aromas mais intensos e adocicados. António sabe do que fala porque é ele o distribuidor dos Viveiros Rauscedo, um dos fornecedores de plantas mais prestigiados do mundo, com origem em Itália. “Esta Malvasia é uma casta terpénica, que nos permite fazer macerações longas e vinhos com longevidade”, adianta Filipe. Ao lado da Malvasia, entrou a cada vez mais popular Alvarinho, direccionada sobretudo para o vinho não-generoso. Nos tintos ficou a casta Merlot e um bocadinho de Alicante Bouschet. Esta última faz um pouco o papel do Cabernet Franc no lote com Merlot, tão típico de Saint Emillion. Filipe tem excelentes experiências com Merlot na Quinta de São Sebastião e achou que aqui se iria dar bem.
Não foi planeado, mas o primeiro pé de videira foi plantado a 13 de Maio de 2014, 97 anos depois da primeira aparição em Fátima. Foi escolhida a parte mais fácil, mais plana e desmatada. Pareceu milagre, mas as plantas pegaram muitíssimo bem e já houve uvas no ano seguinte! O entusiasmo foi tanto que ficou decidido plantar mais vinha, que entrou na encosta, que teve de ser desmatada. O padre José Carlos explica: “o reino de Deus, simbolizado com vinha, tem que ser expandido”. No total estão agora quatro hectares mas existe mais algum terreno para ampliações. A comunidade, de apenas 9 membros permanentes, ajuda no que pode no amanho da vinha e na vindima. Menos mal que António Cláudio, que supervisiona a vinha, mora a 5 minutos, e existe ainda uma espécie de feitor, que trata de todos os espaços verdes. Nos trabalhos maiores contrata-se gente, até porque alguns membros da congregação são já de idade avançada. Em contrapartida, reza-se muito no seio da vinha e a mesma é benzida todos os anos. Talvez por isso seja tudo muito natural: “evitamos ao máximo o uso de produtos químicos; queremos tudo o mais biológico possível”, refere o padre José Carlos. António Cláudio reforça: “esta zona é boa e a vinha não é problemática; aliás, as maturações mostram-se até agora muito homogéneas”. Tudo a correr de feição, portanto.

Falta a adega

A quinta teve em tempos uma adega e os restos ainda por lá estão, incluindo algumas velhas pipas em ruínas. Enquanto a adega não é restaurada (se é que alguma vez irá acontecer), as uvas para os brancos e tintos são vinificadas na Quinta de São Sebastião, onde Filipe dirige a enologia. As uvas para o vinho de missa vão para a Quinta do Piloto, em Palmela, onde existem melhores condições para o trabalho com a aguardente. Diz Filipe Sevinate Pinto que a designação “vinho de missa é um bocado genérica e simples; é um vinho puro, sem aditivos, que normalmente se faz como um licoroso, para não se estragar”. Não leva, portanto, qualquer aditivo salvo aguardente: nem sulfuroso, correctores de acidez ou de outros, etc. Este é o primeiro vinho de missa feito por uma congregação.
Neste momento, António e Filipe estão em processo de aprendizagem e vão variando estilos e lotes. O primeiro vinho para o mercado será o de 2017, que será disponibilizado nas livrarias da congregação (só vinho de missa) e outros mercados (branco e tinto). No caso do vinho de missa, e segundo as leis canónicas, faltava a autorização do Cardeal Patriarca de Lisboa. A marca já foi decidida e será Vinha de São Paulo mas os rótulos estão em fase de produção.
O ideal agora era trazer cá o Papa Francisco, para abençoar a vinha. Pode parecer uma quimera, mas nunca se sabe: afinal, o padre José Carlos é o tradutor do Papa em Portugal…

NA FOTO

Equipa abençoada: Filipe Sevinate Pinto, António Cláudio e o padre José Carlos Nunes.

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Edição Nº26, Junho 2019

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Vinalda distribui vinhos da Quinta de S. Sebastião

Os vinhos das marcas S. Sebastião e Mina Velha, produzidos pela Quinta de S. Sebastião, na Arruda dos Vinhos, vêm agora reforçar o portefólio da distribuidora Vinalda. O projecto da Quinta de S. Sebastião nasce da vontade do seu proprietário – António Parente – colocar no mapa a região de Arruda dos Vinhos, unindo vários […]

Os vinhos das marcas S. Sebastião e Mina Velha, produzidos pela Quinta de S. Sebastião, na Arruda dos Vinhos, vêm agora reforçar o portefólio da distribuidora Vinalda.

O projecto da Quinta de S. Sebastião nasce da vontade do seu proprietário – António Parente – colocar no mapa a região de Arruda dos Vinhos, unindo vários produtores locais num projecto único, sob a umbrela da Quinta. Um dos objectivos é combater uma percepção negativa antiga com a produção de vinhos de qualidade.

“Um marco da própria vida, associado à memória e ligação com a terra, fizeram da Quinta de S. Sebastião o meu lugar”, confessa António Parente. E adianta: “A minha paixão não são os vinhos, mas o que eles contam sobre um lugar. A minha ligação com a terra vem das memórias de infância, em especial da paixão pelos cavalos, pela sensação de liberdade e pela relação de afinidade que estes exigem. É este o espírito com que me dediquei à produção dos vinhos da Quinta”.

Enquanto José Espírito Santo, Diretor-Geral da Vinalda, diz que “os vinhos da Quinta de S. Sebastião vêm trazer mais diversidade e competitividade ao nosso portefólio, numa região que tem registado grande crescimento”. Ao mesmo tempo, salienta que “é uma aposta no renascer de uma sub-região com muita história, como é a Arruda dos Vinhos”.

A Quinta tem hoje várias marcas, no mercado nacional e internacional, tendo uma boa capacidade de crescimento alavancada na parceria com alguns produtores da zona da Arruda. A equipa de produção acompanha directamente todas as vinhas, de castas nacionais e internacionais, de diversas idades e com altitudes entre os 70 e os 450 metros.

Novo espaço Legaaal(mente) cool

Mais que um restaurante, é também uma loja de vinhos. O Legaaal casa as duas vertentes de negócio no Bairro Alto, na Rua da Rosa 237, num espaço onde os melhores produtos portugueses são exaltados através de técnicas francesas. À frente desta cozinha poliglota está o chef brasileiro Alexandre da Silva Santos, que fez escola […]

Mais que um restaurante, é também uma loja de vinhos. O Legaaal casa as duas vertentes de negócio no Bairro Alto, na Rua da Rosa 237, num espaço onde os melhores produtos portugueses são exaltados através de técnicas francesas.

À frente desta cozinha poliglota está o chef brasileiro Alexandre da Silva Santos, que fez escola no Le Cordon Bleu, em Paris. Curiosamente, é o seu idioma nativo que baptiza o restaurante. Guy-David Gharbi, o proprietário do espaço, deu-lhe este nome com o lado cool da palavra. Porquê os três “a”? “Porque este é um restaurante de qualidade triple A”.

O Legaaal começou em soft-opening no final de 2018, e agora o menu renovado traz-lhe novo fôlego. Com uma herança histórica de proximidade, Portugal e França juntam-se à mesa deste restaurante para dar a provar a melhor fusão das duas gastronomias. Neste menu que respeita a portugalidade da matéria-prima, mas não dispensa a terminologia francesa, encontramos Fricassée de lula com salsa e chouriço (8€) e Foie Gras de pato rougié com alperce assado (14€) nas entradas; Filê de entrecôte maturado com molho béarnaise e batata gratin (18€) e Filê de alcatra, chalotas e batatas gratinadas dauphinois (17€) nos pratos principais; e claro, os clássicos Petit gâteau (5€) e Creme brulée (4€) nas sobremesas. Em todas as secções há uma opção surpresa de acordo com o humor do chef, confeccionada com os ingredientes frescos disponíveis naquele dia.

A garrafeira do Legaaal tem perto de 200 referências, todas portuguesas e, caso queiramos levar para casa o vinho que acabámos de provar, é vendido a preço de compra, e não de consumo. O Legaaal sugere ir com companhia para quebrar a rotina, para provar novos vinhos portugueses e partilhar as experiências daquele dia num ambiente intimista e acolhedor.