Casa Relvas e Xutos & Pontapés 88 lançam Edição Especial

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A Casa Relvas celebra mais uma vez o legado dos Xutos & Pontapés, com a edição especial “Casa Relvas Xutos & Pontapés 88”, desta vez numa homenagem ao icónico álbum “88”. Lançado em 1988, este álbum reúne alguns dos maiores sucessos da banda, como “À Minha Maneira” ou “Para Ti Maria”, tornando-se um marco na […]

A Casa Relvas celebra mais uma vez o legado dos Xutos & Pontapés, com a edição especial “Casa Relvas Xutos & Pontapés 88”, desta vez numa homenagem ao icónico álbum “88”. Lançado em 1988, este álbum reúne alguns dos maiores sucessos da banda, como “À Minha Maneira” ou “Para Ti Maria”, tornando-se um marco na história do rock português.

“Esta parceria da Casa Relvas com os Xutos conta já com 15 anos, e tem sido um orgulho e um prazer enorme para nós, anos após ano, lançar uma versão ‘engarrafada’ da música da banda mais emblemática do rock português. Juntar o nosso vinho a músicos tão carismáticos, como é o caso dos Xutos, é celebrar e valorizar o que é nosso, a nossa cultura e tradição. E deixo-vos a sugestão de juntarem os amigos, abrirem uma garrafa deste vinho, e porem o “88” a tocar, e vão ver que o sabor é diferente, à maneira dos Xutos. Esta colheita de 2022 é tanto uma homenagem da Casa Relvas e dos Xutos & Pontapés ao mítico álbum lançado em 1988, mas também um tributo à legião de fãs da banda.” – afirma Alexandre Relvas.

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Esta edição limitada de 8.888 garrafas Magnum (1,5l), da colheita de 2022, está disponível com embalagem especial, por 44€.

Casa Relvas & Friends – O melhor do Alentejo, em boa companhia

Absolut lança as primeiras garrafas em papel

absolut Vodka papel

É a primeira vez que estas garrafas de papel são vendidas por uma empresa global de bebidas espirituosas após a realização de alguns testes experimentais efetuados por Absolut, em festivais no Reino Unido e na Suécia. Esta garrafa será testada com Absolut Vodka, com um teor de álcool de 40%, sendo objetivo da marca testar […]

É a primeira vez que estas garrafas de papel são vendidas por uma empresa global de bebidas espirituosas após a realização de alguns testes experimentais efetuados por Absolut, em festivais no Reino Unido e na Suécia. Esta garrafa será testada com Absolut Vodka, com um teor de álcool de 40%, sendo objetivo da marca testar a forma como a garrafa de papel é transportada e como os consumidores a percepcionam.

Absolut Vodka papel

As garrafas de papel de molde único de 500 ml serão vendidas em 22 lojas Tesco, na região de Grande Manchester, durante o Verão. Estas garrafas de primeira geração, são feitas de 57% de papel com uma barreira integrada de plástico reciclável, em que o consumidor vai poder simplesmente reciclar a embalagem como papel através do lixo doméstico normal.

Embora as garrafas de vidro normais também sejam recicláveis, as garrafas de papel são oito vezes mais leves e mais fáceis de transportar, sendo ideais para ocasiões fora de casa, tais como festivais. Esta inovadora garrafa de papel vai manter o design da icónica garrafa de vidro Absolut, e vem complementá-la, não substituir.

Salvador Guedes, Senhor do Vinho (1957-2022)

Salvador Guedes

TEXTO: Luís Lopes Após uma década de luta contra uma das mais insidiosas doenças neurodegenerativas, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), deixou-nos ontem Salvador da Cunha Guedes. Tive, ao longo da sua e da minha vida, o privilégio de com ele privar inúmeras vezes. E em todas elas valorizei a sua cultura, o seu conhecimento, o […]

TEXTO: Luís Lopes

Após uma década de luta contra uma das mais insidiosas doenças neurodegenerativas, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), deixou-nos ontem Salvador da Cunha Guedes. Tive, ao longo da sua e da minha vida, o privilégio de com ele privar inúmeras vezes. E em todas elas valorizei a sua cultura, o seu conhecimento, o seu entusiasmo, a sua forma de estar; e fiquei eu próprio mais valorizado pela troca de ideias e experiências.

Conheci-o em 1990, quando Salvador Guedes era director de marketing e presidente da Sogrape Distribuição. O “patrão” era seu pai, Fernando Guedes (falecido em 2018), pessoa encantadora e extraordinário empresário, de quem Salvador herdou o fino trato, os dotes de conversador, o talento e a paixão pelo negócio do vinho. Dez anos depois, em 2000, coube-lhe a ele assumir a liderança da Sogrape. Mas já antes tivera oportunidade de dirigir pessoalmente algumas das negociações mais importantes da empresa, como a entrada no sector do vinho do Porto com a aquisição da Ferreira, em 1987, a compra da Offley, em 1996 ou a aquisição da Finca Flichman, na Argentina, em 1997. Já ao leme da casa mãe, acabaria por adquirir a Sandeman, em 2002, a Framingham, na Nova Zelândia, em 2007, e Viña Los Boldos, no Chile, em 2008 e a Bodegas Lan, em Espanha (Rioja) em 2012.

Foi precisamente em 2012, já diagnosticada a doença e perceptíveis os primeiros sintomas, que enquanto jornalista lhe fiz aquela que seria, provavelmente, a sua última grande entrevista. Se a minha admiração por ele já era grande, tornou-se enorme depois de nos despedirmos. Ao longo de quase quatro horas de conversa encontrei um Salvador um pouco diferente, menos preocupado com o “politicamente correcto” e com a reserva institucional. Percebendo a sua abertura, “apertei-o” com as perguntas mais difíceis, enumerando um conjunto de casos, produtos, negócios menos sucedidos numa Sogrape que é, inquestionavelmente, um caso de enorme sucesso empresarial e de visão estratégica. A todas as questões respondeu com uma frontalidade e clareza impressionantes, sem nada esconder ou disfarçar, assumindo os erros de julgamento, as dúvidas, as apostas que não resultaram. Como se dissesse (na verdade, disse-o) que não há empresas nem pessoas perfeitas, que não se pode acudir a tudo ao mesmo tempo, que, por vezes, temos de recuar para depois avançar mais fortes, que nem sempre as coisas correm como queremos, introduzindo uma dimensão muito humana e realista numa conversa profissional. Depois, almoçámos como sempre, falando de tudo um pouco, o vinho apenas abordado para comentar o conteúdo do copo.

Não é a última imagem que guardo dele, longe disso. Várias vezes o encontrei depois na Sogrape onde, mesmo muito debilitado ao nível da fala e da locomoção, e já depois de ter deixado a presidência do grupo (entregue ao seu irmão Fernando da Cunha Guedes em 2015), continuava a ir para se inteirar de tudo e para intervir nas decisões estratégicas do grupo empresarial familiar. Mas nem só os destinos da Sogrape o preocupavam: em 2015 lançou a iniciativa “Todos Contra ELA”, criada para ajudar e encaminhar os que são diagnosticados com esta doença.

Em 2018, a Grandes Escolhas atribuiu-lhe o seu mais ambicionado prémio, Senhor do Vinho. Salvador Guedes, já sem voz e sem mobilidade, fez questão de o ir receber, pessoalmente, ao velódromo de Sangalhos, acompanhado por toda a família. Envolveu-se e participou nas mais de três horas que durou o evento, recebeu com um sorriso largo muitas dezenas de abraços e felicitações e foi levado ao palco pelo seu irmão Fernando, que leu o discurso que Salvador escreveu com a ajuda da tecnologia que lhe permitia comunicar. E ouviu, emocionado, o prolongado aplauso, de pé, que mais de um milhar de profissionais do sector do vinho, também eles emocionados, lhe proporcionaram.

Essa sim, é a última imagem que dele tenho: lutador, resistente, empenhado, participativo, capaz de gestos de enorme significado, que ficam para a vida. O abraço que então lhe dei, agradecendo-lhe o sacrifício que fez para ali estar presente, ainda hoje o sinto. E o seu sorriso aberto, como que a dizer “nada disso, o prémio é meu, vim recebê-lo”, permanece para sempre na minha memória. Adeus, Salvador, descansa em paz.