Casa de Saima em destaque no The New York Times

O produtor da Bairrada Casa de Saima — situado em Sangalhos, Anadia — foi destacado recentemente no The New York Times, por Eric Asimov. Depois de procurar e comprar online vinhos que o fizessem “viajar pelo Mundo, sem sair de casa”, o crítico de vinhos elegeu 20 vinhos com base em alguns critérios: preço inferior […]
O produtor da Bairrada Casa de Saima — situado em Sangalhos, Anadia — foi destacado recentemente no The New York Times, por Eric Asimov.
Depois de procurar e comprar online vinhos que o fizessem “viajar pelo Mundo, sem sair de casa”, o crítico de vinhos elegeu 20 vinhos com base em alguns critérios: preço inferior a 20 dólares, expressão plena do terroir de origem, e excelente relação qualidade/preço. Um deles, e único português, foi o Casa de Saima Tonel 10 Baga tinto 2018.
O artigo de Eric Asimov intitula-se “20 vinhos por menos de 20 dólares: postais do Mundo” e pode ser lido online. Asimov considera que o vinho tem o poder de nos transportar, um elemento essencial para nos acompanhar nos próximos tempos, sendo que, num “quadro de congelamento pandémico, com muitas pessoas confinadas nas suas fronteiras nacionais, o vinho ainda oferece uma oportunidade de provar o Mundo”.
Neste artigo, o crítico destaca a Bairrada como uma região com uma identidade muito vincada – que se reflecte nos vinhos – devido à influência marítima do Atlântico e solos calcários. Este Baga, com enologia de Paulo Nunes, fermenta em lagar de cimento e estagia em tonel de madeira (especificamente um com o número 10, que dá o nome ao vinho).
Costa Boal lança primeiro Baga de Trás-os-Montes

TEXTO Mariana Lopes “Trabalhar em Trás-os-Montes é como ser uma criança que chega à Toys’r’Us, porque é das regiões com mais diversidade, e mais para explorar, no nosso país”. Desta forma sucinta, Paulo Nunes, enólogo consultor da Costa Boal Family Estates – produtora dos vinhos Palácio dos Távoras – contou como tem sido a sua […]
TEXTO Mariana Lopes
“Trabalhar em Trás-os-Montes é como ser uma criança que chega à Toys’r’Us, porque é das regiões com mais diversidade, e mais para explorar, no nosso país”. Desta forma sucinta, Paulo Nunes, enólogo consultor da Costa Boal Family Estates – produtora dos vinhos Palácio dos Távoras – contou como tem sido a sua experiência na região onde esta empresa labora. A apresentação de quatro vinhos novos, que se deu por videochamada, aconteceu sob o pretexto de lançar uma nova estrela de Trás-os-Montes: o primeiro monocasta Baga desta região.
António Costa Boal, proprietário, explicou o porquê da decisão de criar um vinho destes: “Em 2010, percebi que precisava de mais vinha de Touriga Nacional e o meu viveirista disse-me que já não tinha, mas que tinha bastante Baga. Perguntou-me como eram os meus solos e eu respondi que tinham bastante argila, e aí ele aconselhou-me a plantar esta casta. Perante o dilema de esperar um ano pela Touriga Nacional ou plantar Baga imediatamente, escolhi a segunda opção. Foi um acidente feliz que nos levou a este vinho”. O produtor esclareceu, ainda, que o nome “Parcela CB”, constante no rótulo do Baga, se deve à sua filha Carolina Boal que tinha apenas cinco anos quando da plantação desta vinha e nela queria passar o seu tempo. Agora, com quatorze, reforça que “quer ser produtora de vinho e diz isso desde pequena”, referiu António Boal.
Paulo Nunes falou sobre esta experiência com a uva original do Dão, mas típica da Bairrada, agora com um pequeno carimbo transmontano no seu passaporte: “Fui muito surpreendido pelo comportamento da casta em Trás-os-Montes, onde tem um perfil um pouco mais quente, mas mantendo a frescura típica da Baga. Tudo isto das castas é muito novo ainda em Portugal, e falta-nos muito tempo para percebermos com certeza que região é que as castas se portam melhor. Desta Baga estava à espera de um desequilíbrio que não existiu, muito pelo contrário. Acho que esta uva que pode ser uma ferramenta bastante interessante para a região”. O que é certo é que a nós também nos surpreendeu, revelando-se um vinho ainda bem jovem mas a dar cartas no perfil fortemente vegetal, com fruto vermelho mas também citrinos verdes como lima e toranja. É elegante e tem franca pureza, com taninos secos e a acabar com leve amargo vegetal, a mostrar a longevidade da casta.
As novidades Palácio dos Távoras Vinhas Velhas branco 2018 (1500 garrafas,€18), Palácio dos Távoras Vinhas Velhas tinto 2016 (3000 garrafas, €18), Palácio dos Távoras Vinhas Velhas Alicante Bouschet tinto 2017 (1200 garrafas, €30) e Palácio dos Távoras Parcela CB Baga tinto 2016 (1200 garrafas, €20), terão nota de prova na edição de Junho da revista Grandes Escolhas.