Domínio do Açor e Herdade da Cardeira: Os produtores revelação do ano

Produtor revelação

A história começou em 2020, quando um grupo de amigos brasileiros, apreciadores e colecionadores de vinho, se juntaram na ambição de encontrar uma elegância borgonhesa em Portugal. Onde iriam parar? Ao Dão, claro. A tarefa de encontrar o local certo coube a Guilherme Corrêa, experiente sommelier brasileiro há alguns anos sedeado no nosso país onde […]

A história começou em 2020, quando um grupo de amigos brasileiros, apreciadores e colecionadores de vinho, se juntaram na ambição de encontrar uma elegância borgonhesa em Portugal. Onde iriam parar? Ao Dão, claro. A tarefa de encontrar o local certo coube a Guilherme Corrêa, experiente sommelier brasileiro há alguns anos sedeado no nosso país onde já lançou vários negócios. A outrora chamada Quinta Mendes Pereira, situada em Oliveira do Conde, Carregal do Sal, foi o alvo selecionado. Rodeada de floresta, com um importante património de vinhas velhas, tinha tudo o que ambicionavam. Com o apoio de consultoria do famoso especialista de solos, o chileno Pedro Parra, e do enólogo Luís Lopes, com provas dadas no Dão, lançaram-se a criar brancos e tintos assentes na elegância, mais do que na potência. Os primeiros vinhos sob a marca Domínio do Açor nasceram em 2021 e desde logo conquistaram os apreciadores com vinhos de perfil “artesanal”, muito cuidados, e que expressam um Dão leve, fresco e vibrante como poucos.

Entre Oliveira do Conde (Carregal do Sal) e Orada (Borba) há um mundo de distância em termos de terroir e perfis de vinho. Mas a busca incondicional da excelência está sempre lá.

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Domínio do Açor

O projecto da Herdade da Cardeira, localizada em Orada, Borba, iniciou-se dez anos antes. Mas o casal suíço Erika e Thomas Meier levou tempo a fazer desta propriedade de 100 hectares, hoje com 21ha de vinha, aquilo que hoje é. Logo após a aquisição, Erika iniciou um curso de três anos em viticultura e enologia, e tornou-se a principal força motriz da Cardeira. O casal vê a propriedade como muito mais do que um simples investimento. É o seu espaço, o seu canto de felicidade, onde participam em todos os trabalhos que o vinho implica, da vinha à adega. A produção com a marca da casa iniciou-se apenas em 2016, contando com Filipe Ladeiras como enólogo residente e Paulo Laureano como consultor. As uvas da Cardeira, sempre vindimadas à mão, são objecto de muita seleção de modo a manter a produtividade baixa, não excedendo as quatro a seis toneladas por hectare. No total, enchem apenas 50 mil garrafas por ano, vendidas para Suíça e Luxemburgo, sobretudo, só recentemente iniciando a distribuição mais alargada em Portugal. A tremenda consistência qualitativa dos seus varietais (Verdelho e Touriga Franca) e Reservas branco e tinto, para além de um espumante e um “Talha”, impressionaram fortemente os nossos provadores. L.L.

Francisco Antunes: O enólogo do ano

francisco antunes

Deixem-me abrir, desde já, com uma declaração de interesse: sou desde há mais de trinta anos amigo de Francisco Antunes. Talvez por isso mesmo, ele não tenha recebido mais cedo, como justamente mereceria, o reconhecimento “oficial” por parte das revistas que tive o privilégio de dirigir. A sua personalidade discreta no plano profissional (que contrasta […]

Deixem-me abrir, desde já, com uma declaração de interesse: sou desde há mais de trinta anos amigo de Francisco Antunes. Talvez por isso mesmo, ele não tenha recebido mais cedo, como justamente mereceria, o reconhecimento “oficial” por parte das revistas que tive o privilégio de dirigir. A sua personalidade discreta no plano profissional (que contrasta com a exuberância pessoal, sobretudo quando falamos/vemos futebol…) também terá contribuído alguma coisa. O “Xico”, é verdade, não se põe em bicos de pés. E também não precisa, não apenas pela sua envergadura física como pela dimensão enquanto enólogo: os seus pares têm um respeito enorme pelo Francisco Antunes e muitos “famosos” não têm problema em confessar que a ele recorrem quando se deparam com um problema técnico invulgar.
Aos 64 anos de idade, Francisco Antunes alia uma sólida base teórica (engenharia agrícola pela Universidade de Évora, Diploma Nacional de Enólogo pelo Instituto de Enologia de Bordéus, entre muitos outros “canudos”) à experiência de inúmeras vindimas em diferentes regiões. O pai, médico, era produtor de vinho em Azeitão, e ali começou a interessar-se por este mundo. A carreira profissional passou por Pegões, Extremadura espanhola e Douro, até aterrar definitivamente na Aliança (depois integrada na Bacalhôa) enquanto director de enologia, tendo aí responsabilidades em regiões tão distintas quanto Douro, Dão, Alentejo e Bairrada. Paralelamente, nunca abdicou de ensinar, tendo pelas suas turmas da Escola de Viticultura e Enologia da Bairrada passado centenas de jovens profissionais.
Porém, este não é um prémio de carreira. O que aqui destacamos é o presente, não o passado. Em 2023, fruto do trabalho, conhecimento e talento de Francisco Antunes, a Grandes Escolhas teve oportunidade de provar extraordinárias aguardentes (Aliança XO 20 e 40 anos), soberbos espumantes (Aliança Grande Reserva branco 2018 e Aliança Grande Reserva Pinot Noir branco 2018) e, talvez o mais inesperado, um notável Bairrada Bical de 2021 (Bacalhôa 1931 Vinhas Velhas) que acabámos por votar como o melhor branco do ano. Digam lá: se não fosse agora, quando seria a vez de Francisco Antunes? L.L.

CONHEÇA OS MELHORES VINHOS DE 2022 E AS GRANDES NOVIDADES PARA 2023

Prémios Grandes Escolhas

Já são conhecidos os vencedores dos Prémios Grandes Escolhas 2022, revelados na cerimónia de entrega de prémios que se realizou no dia 3 de Março, em Sangalhos, com a presença de dezenas de produtores e outros profissionais da área. Dos 30 melhores vinhos portugueses de 2022, segundo a redação da Grandes Escolhas, saíram vencedores o […]

Já são conhecidos os vencedores dos Prémios Grandes Escolhas 2022, revelados na cerimónia de entrega de prémios que se realizou no dia 3 de Março, em Sangalhos, com a presença de dezenas de produtores e outros profissionais da área. Dos 30 melhores vinhos portugueses de 2022, segundo a redação da Grandes Escolhas, saíram vencedores o ‘Murganheira Assemblage Távora-Varosa Grande Reserva Espumante branco 2005’, na categoria de Melhor Espumante, ‘Anselmo Mendes Parcela Única Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho branco 2019’, como Melhor Vinho Branco, ‘Kompassus Coleção Privada Tête de Cuvée Nature Bairrada Baga rosé 2017’, o Melhor Vinho Rosé, ‘Casa da Passarella Vindima Dão tinto 2011’, na categoria de Melhor Vinho Tinto, e a distinção de Melhor Vinho Fortificado foi para o ‘Kopke Porto 50 Anos branco’.

Prémios grandes Escolhas

No decorrer da cerimónia, foram também atribuídos os 20 Troféus Grandes Escolhas, nas diversas categorias: Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa 2022 – ‘DeRaiz, Rebordinho, Viseu’; Restaurante Cozinha do Mundo 2022Ruvida, Lisboa’; Restaurante 2022 – ‘Prado, Lisboa’; Sommelier 2022Ricardo Morais, Amorim Luxury Group’; Prémio David Lopes Ramos 2022 – ‘Ricardo Nogueira do restaurante Mugasa, em Sangalhos’; Loja Gourmet 2022 – ‘Pátio das Marias, Porto’; Garrafeira 2022Estado d’Alma, Lisboa’; Wine Bar 2022Garage Wines Wine Bar, Matosinhos’; Enoturismo 2022 – ‘Quinta de Ventozelo, Douro’; Iniciativa do Ano 2022 –Amphora Wine Day, da Herdade do Rocim’; Viticultura 2022 –Ana Mota, da Amorim Family Estates’; Adega Cooperativa 2022 – ‘Adega Ponte da Barca e Arcos de Valdevez’; Produtor Revelação 2022 – ‘Quinta Dona Sancha, Dão’; Produtor 2022 – ‘Herdade da Lisboa, Alentejo’; Empresa Vinhos Generosos 2022 – ‘Sociedade Vinícola de Palmela, Península de Setúbal’; Empresa 2022 – Aveleda, várias regiões; Prémio Singularidade 2022 – ‘Lés a Lés, várias regiões’; Enólogo Vinhos Generosos 2022 – Johnny Graham, da Churchill’s; Enólogo 2022 – Diogo Lopes, Adega Mãe e outras; Senhor/a do Vinho 2022 –Leonor Freitas, Casa Ermelinda Freitas’.

Este é um evento que ano após ano assume uma maior complexidade no que respeita à eleição e escolha dos melhores, dada a excelência do que temos em Portugal no setor vitivinícola e gastronómico. É sempre um desafio escolher entre tanta qualidade, tendo por base critérios de objetividade, rigor, isenção e profissionalismo, dentro do que é possível nestas áreas”, afirma João Geirinhas, diretor de negócio da revista Grandes Escolhas.

Para além dos prémios já referidos, foram ainda anunciados os Melhores Vinhos por região, num total de 299 vinhos.

De acordo com Luís Lopes, diretor da revista, “Conseguimos reunir, nesta edição, inúmeros protagonistas do mundo dos vinhos e da restauração/gastronomia, que são a prova viva que o nosso país se destaca nestes setores. Para a nossa equipa foi um enorme prazer premiar os melhores de 2022 sejam eles produtores de vinho, chefs de cozinha, enólogos, viticólogos, sommeliers, comerciais, proprietários de restaurantes e outros profissionais da área, se bem que esta tarefa vai sendo cada vez mais difícil tendo em conta a qualidade dos projetos. Mas diria que os vinhos portugueses estão de parabéns, e que o setor está cada vez mais consistente e mais forte para se impor também no mercado internacional”.

Grandes novidades a chegar

Prémios Grandes Escolhas

 

Além dos premiados, a Grandes Escolhas teve ainda a oportunidade de anunciar e apresentar três grandes novidades. O novo website, no qual os utilizadores podem não só saber mais acerca dos vinhos, como já acontecia anteriormente, mas agora também terão acesso à compra dos produtos, através de um protocolo de colaboração com as principais garrafeiras. “É como se fossemos o trivago ou o booking dos vinhos. Queremos tornarmo-nos o website de referência no que toca não só a informações sobre o mundo dos vinhos, como também o ‘go-to’ quando alguém pretende adquirir uma determinada garrafa. Além disso, acabámos também por fazer uma melhoria geral no website, tornando-o mais user friendly, mais moderno, mais rápido e funcional”, explica João Geirinhas.

O site conta atualmente com mais 100 mil visitantes mensais e meio milhão de visualizações de páginas também por mês e “por isso estamos apenas a tirar proveito deste interesse e a dar a todos os consumidores a oportunidade de ter toda a informação num só sítio, permitindo encontrar o que pretendem de uma forma mais rápida”, acrescenta o mesmo.

Quando o utilizador entra na página do vinho que pretende para ver as informações disponíveis como a classificação ou a descrição, encontrará um botão para comprar. Quando clicar, o website irá automaticamente buscar um print em tempo real da disponibilidade, em stock, para que possa ver, sem navegar fora do website, quais as garrafeiras que têm o produto disponível. Se encontrar o que pretende, é só clicar na garrafeira em questão e entrar diretamente na página do produto dessa mesma garrafeira, avançando com a compra.

Outra novidade anunciada foi a nova app da Grandes Escolhas que vai permitir que o utilizador, ao tirar uma foto ao rótulo, receba de imediato informações como a descrição do vinho, o preço médio, entre outras informações relevantes. “No caso da app Grandes Escolhas, a classificação será baseada na opinião dos nossos jornalistas e críticos, o que torna automaticamente este fator diferenciador perante o que já existe no mercado. Contamos que a mesma entre em funcionamento no início do verão”, esclarece João Geirinhas.

Os Prémios Grandes Escolhas, organizados pela revista Grandes Escolhas, vão já na sua sexta edição com a atual equipa, e podem ser vistos ou revistos online no site da Grandes Escolhas, uma vez que a cerimónia foi transmitida em streaming, ficando assim disponível a todos. A gala que distingue e premeia os melhores vinhos, bem como empresas, profissionais e instituições na área de vinhos e gastronomia, em Portugal, contou com mais de 800 convidados, que se no reuniram C.A.R. – Centro de Alto Rendimento (Velódromo), em Sangalhos para uma noite dedicada aos Melhores do Ano.

 

Prémios Grandes Escolhas – Saiba quem são os melhores do ano a 3 de Março

Prémios Grandes Escolhas

No próximo dia 3 de Março (sexta-feira) decorre mais uma edição dos Prémios Grandes Escolhas, organizada pela sexta vez pela revista Grandes Escolhas, uma iniciativa que distingue os melhores vinhos, bem como empresas, profissionais e instituições na área de vinhos e gastronomia, em Portugal. O evento decorrerá a partir das 19:00 horas no C.A.R. – […]

No próximo dia 3 de Março (sexta-feira) decorre mais uma edição dos Prémios Grandes Escolhas, organizada pela sexta vez pela revista Grandes Escolhas, uma iniciativa que distingue os melhores vinhos, bem como empresas, profissionais e instituições na área de vinhos e gastronomia, em Portugal. O evento decorrerá a partir das 19:00 horas no C.A.R. – Centro de Alto Rendimento (Velódromo) em Sangalhos, Anadia, e contará com a presença da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes e com a Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso.

Mais uma vez, a cerimónia apostará num modelo misto que une a transmissão via streaming, através do site e das redes sociais da revista, à presença de convidados.

Os Prémios Grandes Escolhas definem-se como a celebração do que melhor se faz em cada ano na área dos vinhos e da gastronomia em Portugal e têm como objectivo o reconhecimento da excelência do trabalho no sector, premiando anualmente os melhores vinhos, os melhores profissionais, empresas, produtores, restaurantes, garrafeiras e instituições que mais se distinguiram, segundo os critérios editoriais da nossa revista”, explica João Geirinhas, diretor de negócio da revista Grandes Escolhas. “Depois de dois anos consecutivos em que esta cerimónia, tão relevante para este sector, teve de se limitar à sua versão minimalista de transmissão online, pelos motivos de todos conhecidos, voltamos finalmente, agora em 2023, ao formato habitual de jantar de entrega de prémios, com centenas de convidados presentes. No entanto, o anúncio dos Prémios Grandes Escolhas, relativos ao ano 2022, continuará a ser divulgado online e poderá ser seguido em directo por todos os interessados”, acrescenta João Geirinhas.

Durante o evento, serão premiados os melhores vinhos provados em 2022, tal como os profissionais, as instituições, os produtores do sector vitivinícola e as figuras e projectos do panorama gastronómico nacional, que mais se destacaram durante o ano. Os 30 melhores vinhos portugueses de 2022, provados pela redacção da revista Grandes Escolhas, serão anunciados na cerimónia, bem como os melhores cinco vinhos do ano em cada categoria (tinto, branco, espumante, fortificado e rosé).

Prémios Grandes Escolhas, edição de 2020.

Ainda no decorrer da iniciativa, a revista Grandes Escolhas irá atribuir também os 20 Troféus Grandes Escolhas, nas categorias Restaurante Cozinha Tradicional Portuguesa; Restaurante Cozinha do Mundo; Restaurante; Sommelier; Prémio David Lopes Ramos; Loja Gourmet; Garrafeira; Wine Bar; Enoturismo; Iniciativa; Viticultura; Adega Cooperativa; Produtor Revelação; Produtor; Empresa Vinhos Generosos; Empresa; Prémio Singularidade; Enólogo Vinhos Generosos; Enólogo; e Senhor/a do Vinho.

Para nós, o mais importante é continuarmos a dar reconhecimento ao que de melhor se faz no país, e que ano após ano nos tem dificultado a escolha, pela quantidade e qualidade dos projectos que existem de Norte a Sul e Ilhas. Esta é uma oportunidade de os destacar e celebrar em conjunto o melhor que Portugal tem para oferecer no domínio dos vinhos e gastronomia. É isso que nos une a todos e é essa a razão que justifica o nosso trabalho e a nossa paixão comum”, acrescenta Luís Lopes, director da revista.

O evento dos Prémios Grandes Escolhas é o mais conceituado e reconhecido entre os profissionais do mundo dos vinhos e da gastronomia em território nacional, e este ano volta a recuperar um momento de convívio e interação entre todos, com a realização de um cocktail no início da cerimónia, seguido de um jantar, durante o qual haverá oportunidade para provar alguns dos vinhos premiados, facilitando e promovendo o contacto entre produtores, patrocinadores e profissionais do sector.

Veja AQUI imagens e vídeos das edições passadas dos Prémios Grandes Escolhas.

Chuva de prémios para Dão, Tejo, Beira Interior e Espumantes

O início do Verão coincide normalmente com a realização e anúncio de resultados de diversos concursos, promovidos quer pelas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) quer por outras entidades, nacionais e internacionais. Após o interregno provocado pela pandemia, e alguma timidez em 2021, os concursos voltaram em força em 2022. Entre eles, o XIII Concurso “Os Melhores […]

O início do Verão coincide normalmente com a realização e anúncio de resultados de diversos concursos, promovidos quer pelas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) quer por outras entidades, nacionais e internacionais. Após o interregno provocado pela pandemia, e alguma timidez em 2021, os concursos voltaram em força em 2022.

Entre eles, o XIII Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão”, promovido pela CVR desta região. Como grande vencedor, o tinto Villa Oliveira Vinha das Pedras Altas 2016, considerado o melhor vinho a concurso, produzido por uma casa “repetente” nestas distinções, O Abrigo da Passarella. Destaque ainda para outros quatro vinhos medalhados com Platina: Tesouro da Sé Private Sellection branco 2017, Casa da Passarella A Descoberta rosé 2021, Casa de Santar Vinha dos Amores Encruzado 2017 e Quinta do Cerrado Espumante Reserva rosé 2016, cada um em sua categoria. A lista completa de premiados pode ser aferida no website www.cvrdao.pt

Melhor vinho a concurso na Beira Interior, Adega 23 Reserva tinto 2018.

Também na Beira Interior, a CVR local organizou a 15ª edição do concurso regional. O troféu mais ambicionado, “Melhor Vinho a Concurso”, coube ao Adega 23 Reserva tinto 2018, tendo sido atribuídas mais 14 medalhas de ouro e 10 medalhas de prata. Este ano, a organização deliberou atribuir igualmente prémios para “Melhor Vinho no Feminino” (Bodas Reais Grande Escolha Síria branco 2019), “Melhor Imagem” (Quinta do Cardo Síria branco 2021) e “Melhor Imagem no Feminino” Almeida Garrett TNT tinto 2018. Detalhes em www.vinhosdabeirainterior.pt

O clássico Concurso Mundial de Bruxelas continua ser bem recebido em Portugal, tendo escolhido Anadia para realizar a sua primeira edição dedicada a espumantes, com cerca de 1000 amostras de 23 países distintos. Os espumantes portugueses, e em particular os da Bairrada, não se saíram nada mal. Atenção particular, com Grande Ouro e troféu “Espumante Revelação de Portugal”, ao Quinta dos Abibes Baga Bairrada branco 2015. Grande Ouro recebeu igualmente o Quinta de S. Lourenço Blanc de Noirs branco 2011, de Caves do Solar de São Domingos. Dão, Península de Setúbal, Vinho Verde e Lisboa foram outras regiões nacionais que tiveram espumantes premiados. Resultados completos em https://concoursmondial.com

Enólogos do Ano, do Tejo: João Vicêncio e Nuno Faria.

Finalmente, os “Prémios Vinhos do Tejo” seguiram outro caminho, evidenciando não vinhos concretos mas sim as pessoas e as empresas que os originam. Assim, por iniciativa da CVR Tejo, foram premiadas as empresas Enoport (“Empresa de Excelência”), Encosta do Sobral/Santos & Seixo (“Empresa Dinamismo”) e Companhia das Lezírias (“Prémio de Sustentabilidade”). Nuno Faria e João Vicêncio, da Enoport, foram eleitos como “Enólogos do Ano” e Pedro Castro Rego foi distinguido com o ‘Prémio Carreira’.

No dia 25 de Junho, a Gala Vinhos do Tejo 2022 — evento que premeia anualmente os vinhos, as empresas e as personalidades da região, organizado pela CVR Tejo e pela Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo — reuniu mais de 300 pessoas no Hotel dos Templários, em Tomar, para levar ao palco os vencedores dos habituais Concurso Vinhos do Tejo e Prémios Vinhos do Tejo.

Na sua 12ª edição, o Concurso Vinhos do Tejo 2022 contou com 166 amostras inscritas, de entre as quais se evidenciaram, com Medalha Excelência, o Zé da Leonor Reserva tinto 2020, da Casa Agrícola Rebelo Lopes, e o Quinta do Casal Monteiro Fernão Pires Grande Reserva branco 2019, da Quinta do Casal Monteiro. Já com Grande Medalha de Ouro, destacaram-se três vinhos da Enoport: Cabeça de Toiro Grande Reserva branco 2019 e tinto 2017, e Quinta São João Batista Grande Reserva tinto 2018. A Agrovia, por sua vez, conseguiu duas medalhas para a Quinta da Lapa, atribuídas ao Reserva branco 2019 e ao ‘Touriga Nacional Reserva tinto 2018. O mesmo aconteceu com os vinhos Alvarinho & Viognier Reserva branco 2020 e o Abafado 5 Years Fernão Pires branco 2016 da Quinta da Alorna. A Three Quarters Wines também viu o seu 75 1st Collection Reserva tinto 2018 receber esta medalha, bem como a Casa Agrícola Paciência, com o Paciência Moscatel Graúdo Reserva branco 2018. O galardão Ouro foi conseguido por 26 vinhos, 10 brancos e 16 tintos, enquanto que a Prata foi entregue a 4 brancos, um rosé e 9 tintos.

Luís de Castro, Presidente da CVR Tejo. ©Gonçalo Villaverde

Foram também distinguidos os melhores brancos e rosés da colheita de 2021, tendo sido eleito os Pingo Doce Sauvignon Blanc e Verdelho, Lagoalva Sauvignon Blanc e @batista’s By Pitada Verde Colheita Seleccionada nos brancos; e os Herdade dos Templários, Terra de Lobos e o Quinta do Casal Monteiro nos rosés.

Nos Prémios Vinhos do Tejo 2022, que se destinam às empresas e personalidades, o destaque foi para a Enoport Wines, que arrecadou o prémio nas categorias Enólogo do Ano, no qual levou não um, mas dois enólogos ao palco – Nuno Faria e João Vicêncio – e Empresa de Excelência. A empresa Santos & Seixo, com a sua operação no Tejo sob o nome Encosta do Sobral, foi eleita Empresa Dinamismo. O Prémio Sustentabilidade foi entregue à Companhia das Lezírias. Por fim, o Prémio Carreira destinou-se a Pedro Castro Rego, Grão-Mestre da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e Presidente da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal.

IVDP distingue projectos Douro + Sustentável

Os vencedores Prémios Douro Sustentável

(na foto, os vencedores Prémios Douro Sustentável (da esquerda para a direita): Pedro Silva Reis, pela Real Companhia Velha (Viticultura); João Álvares Ribeiro, pela Quinta do Vallado (Enoturismo); Gilberto Igrejas (Presidente do IVDP); Luísa Borges, Vieira de Sousa (Revelação) e Mateus Nicolau de Almeida (Enologia). Integradas nas comemorações da 6ª edição do Port Wine Day, […]

(na foto, os vencedores Prémios Douro Sustentável (da esquerda para a direita): Pedro Silva Reis, pela Real Companhia Velha (Viticultura); João Álvares Ribeiro, pela Quinta do Vallado (Enoturismo); Gilberto Igrejas (Presidente do IVDP); Luísa Borges, Vieira de Sousa (Revelação) e Mateus Nicolau de Almeida (Enologia).

Integradas nas comemorações da 6ª edição do Port Wine Day, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) atribui distinções a quatro empresas durienses que se destacaram no campo da preservação do território.
Foi num jantar no Museu de Lamego, no dia 10 de Setembro, em que se celebra a constituição da mais antiga Região Demarcada, e perante dezenas de convidados, que Gilberto Igrejas, presidente do IVDP anunciou os quatro vencedores da noite. Antes de anunciar os premiados, Igrejas teve ocasião de explicar as linhas de orientação do projecto Douro + Sustentável que passará a ser um dos eixos da comunicação da região do Douro e do Porto.
Na categoria de Viticultura, a distinção coube à Real Companhia Velha, reconhecendo o trabalho meritório na recuperação das castas autóctones do Douro, algumas das quais desconhecidas e outras quase em vias de extinção, tudo isto integrado num projecto mais vasto e ambicioso que tem sempre a preocupação da sustentabilidade como factor determinantes nas intervenções na vinha.
Se na viticultura o premiado foi a mais antiga empresa do Douro, já no prémio de Enologia a distinção assentou num dos mais jovens e irreverentes enólogo e agora produtor, Mateus Nicolau de Almeida. Continuando uma tradição familiar que lhe serve de esteio, Mateus tem procurado, no entanto, caminhos alternativos, com praticas agrícolas e enológicas menos convencionais. Isso foi bem visível na prova de dois dos seus vinhos que foram servidos durante o jantar em Lamego, como foi o caso do tinto “Trans Douro Express” e do branco “Eremita”, qualquer deles desafiante e pleno de carácter.
No prémio Enoturismo o vendedor foi a Quinta do Vallado. Como explicou João Alvares Ribeiro, a preocupação na produção de grandes vinhos do Douro e do Porto por parte da sexta geração da família Ferreira, andou sempre a par com a ambição de construir um projecto turístico de grande qualidade que potencie os seus vinhos e lhes sirva suporte na sua divulgação. Hoje, esse projecto materializa-se em duas unidades que são já referência: um hotel vínico dentro do perímetro da quinta, perto da Régua, no Baixo Corgo, e mais recentemente a Casa do Rio, em Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, integrada na propriedade Quinta do Orgal. Em ambos os casos se observa um rigoroso respeito pela natureza.
O prémio Revelação distinguiu a jovem enóloga Luísa Borges que aos 23 anos passou a liderar o projecto familiar Vieira de Sousa. Sendo produtores de vinho do Porto há cinco gerações, embora não tendo anteriormente apostado numa marca própria, a chegada ao Douro da jovem Luísa em 2008, vinda do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa com o curso de Viticultura e Enologia, permitiu lançar as bases de um projecto que rapidamente se impôs pela qualidade dos seus vinhos, sejam os tawnies de idade, como foi o excelente 20 anos que foi servido no jantar, como nos LBV’s e Vintages que estão sistematicamente entre os melhores na apreciação da crítica especializada. (texto de João Geirinhas)

CVR Tejo distingue os melhores no vinho e na gastronomia

Prémios de Excelência do Concurso de Vinhos do Tejo em 2018

A cidade de Tomar vestiu-se a rigor para receber a 8.ª edição da ‘Gala Tejo’, evento que a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo promove anualmente e cuja organização está a cargo da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo. Na presença de 380 pessoas, o Hotel dos Templários voltou a ser palco da cerimónia de anúncio […]

A cidade de Tomar vestiu-se a rigor para receber a 8.ª edição da ‘Gala Tejo’, evento que a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo promove anualmente e cuja organização está a cargo da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo. Na presença de 380 pessoas, o Hotel dos Templários voltou a ser palco da cerimónia de anúncio e entrega dos galardões do ‘Concurso de Vinhos do Tejo’, dos ‘Prémios Vinhos do Tejo’ e do ‘Tejo Gourmet’.
No que diz respeito ao ‘IX Concurso de Vinhos do Tejo’ é de salientar a atribuição de duas das três ‘Medalhas Excelência’ à Quinta do Casal Branco, em Almeirim, pelos seus ‘Falcoaria Fernão Pires Vinhas Velhas branco 2016’ e ‘Falcoaria Colheita Tardia branco 2014’. Nos tintos, a ‘Excelência’ foi para o Tramagal (Abrantes), que coube ao ‘Casal da Coelheira Private Collection tinto 2015’. O concurso contou com o maior número de sempre de vinhos e produtores, ou seja, estiveram em prova 166 amostras (mais 8 em relação ao ano passado), de 37 produtores (mais 3 do que em 2017), dos quais 22 foram contemplados com 50 vinhos premiados. Deste total, 21 receberam ‘Diploma de Ouro’ e 29 ‘Diploma de Prata’.

Os ‘Prémios Vinhos do Tejo 2017’
No âmbito dos ‘Prémios Vinhos do Tejo 2017’, são contempladas as categorias ‘Empresa Dinamismo’ e ‘Empresa Excelência’ entregues, respectivamente, à Adega Cooperativa de Benfica do Ribatejo e à Adega Cooperativa do Cartaxo pela dedicação e determinação no universo vitivinícola.

Adega do Cartaxo
A Adega do Cartaxo recebeu o prémio de Empresa Excelência. Jorge Antunes, o presidente da direcção, no discurso de agradecimento.

Manuel Lobo de Vasconcellos e Joana Silva Lopes, o enólogo responsável e a enóloga residente da Quinta do Casal Branco, foram galardoados com o prémio ‘Enólogo do Ano’, pelo desempenho que os vinhos deste produtor conseguiram no ‘IX Concurso de Vinhos do Tejo’.
O ‘Prémio Carreira’ foi entregue a Mário Louro, que tem dedicado a sua vida à cultura do néctar de Baco, dentro e fora das salas onde dá formação, e de José Jacinto Freire Rodrigues, proprietário e grande impulsionador (da Quinta) do Casal da Coelheira, membro do primeiro Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional, fundada em 1997, na altura como Ribatejo, e, acima de tudo, um acérrimo defensor da união em proveito de um futuro promissor para os Vinhos do Tejo.

Um dos ‘Prémio Carreira’ foi entregue a José Rodrigues (na foto), proprietário e grande impulsionador (da Quinta) do Casal da Coelheira. O outro foi para Mário Louro, que tem dedicado a sua vida à cultura do vinho.

‘Tejo Gourmet’ distingue 43 restaurantes com diplomas de ‘Ouro’ e ‘Prata’
Ao mesmo palco subiram ainda os representantes dos restaurantes galardoados no âmbito da 8.ª edição do ‘Tejo Gourmet’. Promovido há oito anos consecutivos, começou por ser um concurso de âmbito regional, o que mudou em 2014, ano em que passou a contemplar restaurante de Norte a Sul de Portugal continental e ilhas. Desde essa altura dá origem a um guia, “Na Rota do Tejo Gourmet”, uma edição anual onde constam os restaurantes participantes. Dos 51 restaurantes inscritos, 28 receberam ‘Diploma de Ouro’ e 15 foram distinguidos com ‘Diploma de Prata’, de acordo com a avaliação feita à harmonização de ‘Vinhos do Tejo’ com um menu composto por entrada, prato principal e sobremesa. No que aos prémios diz respeito, os restaurantes que melhor maridagem conseguiram foram, por ordem de serviço, o Pátio dos Petiscos (Montemor-o-Novo), o À Terra, do hotel Vila Monte Farm House (Moncarapacho, Olhão), e o Viva Lisboa, do Neya Lisboa Hotel.

Entrega do Premio O Melhor Restaurante, para o Wish, do Porto. Entregou o prémio Luis Castro, presidente da CVR do Tejo (à direita)

A ‘Melhor Promoção’ foi atribuída ao Grupo El Galego (Santarém), a ‘Melhor Carta de Vinhos do Tejo’ é a do restaurante Naco na Pedra (Salir do Porto, Caldas da Rainha) e o ‘Prémio Revelação’ ficou com o Petiscaki (Montemor-o-Novo). O Cisco (Almeirim) tem o galardão de ‘Melhor Restaurante de Cozinha Tradicional’ enquanto o À Terra, do hotel Vila Monte Farm House (Moncarapacho, Olhão) levou para o ‘Melhor Restaurante de Cozinha Internacional’ para o Algarve. O 150 Gramas (Vila Franca de Xira) é considerada a ‘Melhor Casa de Petiscos’, o ANNA’S Restaurant (Aveiro) é a ‘Melhor Cozinha de Autor’ e o Wish (Porto) é ‘O Melhor Restaurante’ desta edição do ‘Tejo Gourmet’.

8 ‘Ouros’ lusos no International Wine Challenge

Prémios lusos no concurso International Wine Challenge 2018

Das mais de 1.600 medalhas atribuídas pelo concurso International Wine Challenge, Portugal trouxe 153. Foi na 35ª edição de um dos concursos mais prestigiados do mundo, que se celebrou recentemente em Inglaterra. Esta foi a 1ª edição de 2018 e foi ainda a primeira vez que o concurso revelou a pontuação de cada um dos […]

Das mais de 1.600 medalhas atribuídas pelo concurso International Wine Challenge, Portugal trouxe 153. Foi na 35ª edição de um dos concursos mais prestigiados do mundo, que se celebrou recentemente em Inglaterra. Esta foi a 1ª edição de 2018 e foi ainda a primeira vez que o concurso revelou a pontuação de cada um dos vinhos, que vai ser anexada aos respectivos selos. Para levar medalha de Ouro, um vinho terá que conseguir entre 95 e 100 pontos. A Prata cai nos vinhos com classificação entre 90 e 94 valores e o Bronze entre 85 e 89.

logotipo International Wine Challenge

Das 100 medalhas de Ouro, 8 vieram para Portugal, correspondendo a 2 brancos, 2 tintos e 4 Vinhos do Porto. As maiores pontuações – 96 pontos – foram para um branco alentejano e para dois Vinhos do Porto. De resto os vinhos portugueses conseguiram 40 medalhas de Prata (de um total de 710), 56 de Bronze (de 815) e 49 Commended (de 829). Refira-se ainda que só dois vinhos no total conseguiram 97 pontos: um tinto australiano e um branco alemão.
Os resultados podem ser pesquisados no site do concurso.

Medalhas de Ouro para Portugal
Brancos (pontuação, produtor)
Nostalgia 10 Barricas Vinho Verde 2015 (95, Lua Cheia Em Vinhas Velhas)
Monte da Ravasqueira Res. da Família Alentejo 2016 (96, Sociedade Agrí. Dom Diniz)
Tintos
Colleja Douro 2015 (95, Lua Cheia Em Vinhas Velhas)
Quinta Vale D’Aldeia Douro Grande Reserva 2014 (95, Quinta Vale d’ Aldeia)
Vinho do Porto
Quinta do Pego Porto Vintage 2015 (95, Quinta do Pégo)
Bulas Porto Vintage 2014 (96, Bulas Family Estates)
Tesco Finest Porto Vintage 1997 (96, Symington Family Estates)
Maynard’s LBV 1992 (95, Barão de Vilar)