Jorge Moreira: 20 anos em La Rosa, e a somar

Jorge Moreira La Rosa

TEXTO Mariana Lopes Jorge entra como enólogo na Quinta de La Rosa em 2002, num ano menos bom para o Douro, sobretudo por causa da chuva do início de Setembro. Até aqui, a propriedade localizada junto ao Pinhão tinha David Baverstock como consultor, que, muitas vezes à distância, orientava por chamada telefónica o irmão da […]

TEXTO Mariana Lopes

Jorge entra como enólogo na Quinta de La Rosa em 2002, num ano menos bom para o Douro, sobretudo por causa da chuva do início de Setembro. Até aqui, a propriedade localizada junto ao Pinhão tinha David Baverstock como consultor, que, muitas vezes à distância, orientava por chamada telefónica o irmão da proprietária Sophia Bergqvist, Phillip, no processo de vinificação. Na verdade, foi Dirk Niepoort que alertou Sophia para a necessidade de um enólogo presente a 100% no projecto, e ele próprio se incumbiu de encontrar alguém “suited for the job”. Não demorou muito, e logo no dia seguinte o telefone voltou a tocar, com o nome de um jovem promissor. Jorge Moreira.

Na sua primeira vindima em La Rosa — a tal fatídica de 2002 — Jorge teve pouca sorte, mas já na altura mostrava a fibra que hoje lhe reconhecemos: no final do dia, os trabalhadores da vinha desertaram sem mais preocupações, mas o enólogo, numa imagem quase dantesca e por saber da urgência de colher as uvas, por causa da chuva, “apareceu com as caixas aos ombros e o sumo das uvas a escorrer-lhe pelas costas”, conta Sophia Bergqvist. E nesse momento, todos em La Rosa souberam que “aquele” era para ficar. Assim foi, durante pelo menos, 20 anos.

Jorge Moreira La Rosa
Sophia Bergqvist e Jorge Moreira, na noite de celebração dos 20 anos do enólogo no projecto.

“Graças ao Jorge, nós crescemos muito. É um homem espectacular”, afirma uma Sophia emocionada, durante o jantar de homenagem ao trabalho do enólogo, que organizou na quinta. “Foi um caminho de altos e baixos, e o Jorge esteve sempre lá. Não só no vinho, mas em tudo. Eu podia ir ter com ele por todas as razões, quer fosse um problema com a lancha ou com a piscina”, confessa a produtora. Este carinho, no entanto, é mutuo, e Jorge Moreira não o esconde: “Há 20 anos vim ter com a Sophia, e perguntei-lhe se um menino da cidade poderia vir fazer vinho para aqui. E assim foi. Nunca tivemos um problema um com o outro, descobrimos tudo isto que nos rodeia e construímos muita coisa nova, juntos. Hoje, estamos iguais [ri-se], a construir coisas novas, adegas, vinhas, vinhos… Agradeço a esta família o carinho incondicional e a amizade que me deram ao longo de todos estes anos”, declara.

Jorge Moreira, além de ser um dos enólogos de topo em Portugal — com cartas dadas tanto em La Rosa como no seu projecto pessoal Poeira, e também na Real Companhia Velha — é, acima de tudo, uma pessoa que não pede desculpa por ser quem é, nem pelo que faz bem. Pelo contrário, celebra-o, e isso, de certa forma, é refrescante. Em situações profissionais, por vezes apresenta uma “carapaça mais dura”, mas desengane-se quem pensa que é isso que o define. Um vinho pode demorar 20 anos a mostrar-se completamente. E um homem, também.

Quinta de La Rosa reabre já esta sexta-feira

A Quinta, o hotel e os seus restaurantes. Com o selo Clean & Safe, atribuído pelo Turismo de Portugal e “seguindo à risca todas as recomendações do Governo e da DGS”, a Quinta de La Rosa, situada no Pinhão, no Douro, reabre já dia 5 de Junho. Com muitos “espaços abertos e terraços exteriores para […]

A Quinta, o hotel e os seus restaurantes. Com o selo Clean & Safe, atribuído pelo Turismo de Portugal e “seguindo à risca todas as recomendações do Governo e da DGS”, a Quinta de La Rosa, situada no Pinhão, no Douro, reabre já dia 5 de Junho.

Com muitos “espaços abertos e terraços exteriores para apreciar a paisagem fantástica do Douro”, como diz a empresa, a La Rosa conta também com os restaurantes Cozinha da Clara – um espaço de “chef”, com as iguarias do Chef Pedro Cardoso – e Tim’s Terrace – de onde saem snacks, hambúrgueres e pizzas em forno de lenha.

Já os quartos são 23, espalhados ao longo da quinta, e estão disponíveis guias para aprender mais sobre o vinho e a Quinta de La Rosa, e passeios nas vinhas. Ainda mais isoladas são as casas Quinta do Vedeal e Quinta de Lamelas, que podem ser alugadas.

As reservas podem ser feitas através do números 254732254 e 931461038, e do e-mail bookings@quintadelarosa.com.

Quinta de La Rosa abre espaço de pizzas e snacks

Depois da abertura do restaurante Cozinha da Clara, em 2017, a Quinta de La Rosa, localizada no Pinhão, Douro, cria agora um espaço com o nome Tim’s Terrace, em homenagem ao pai da proprietária Sophia Bergqvist. Apaixonado pelo Douro e pela sua Quinta, Tim Bergqvist gostava especialmente de fazer as suas refeições ao ar livre. […]

Depois da abertura do restaurante Cozinha da Clara, em 2017, a Quinta de La Rosa, localizada no Pinhão, Douro, cria agora um espaço com o nome Tim’s Terrace, em homenagem ao pai da proprietária Sophia Bergqvist. Apaixonado pelo Douro e pela sua Quinta, Tim Bergqvist gostava especialmente de fazer as suas refeições ao ar livre. Num registo mais informal e descontraído, o “Terraço do Tim” nasce para alargar a oferta gastronómica da Quinta de La Rosa, que agora conta com pizzas e snacks ao almoço (Terça-feira a Sábado) e barbecue ao jantar (Terças e Sábados; ou sob marcação). Também as cervejas La Rosa têm aqui um lugar de destaque. Na verdade, fazer pizzas é um dos talentos de Kit Weaver, um dos três filhos de Sophia que, para ajudar a implementar o novo projecto, fez formação específica em Inglaterra. Cabe a Kit idealizar as pizzas, tentando ao máximo exaltar o Douro nos seus ingredientes, sem esquecer o uso do Quinta de La Rosa Azeite Virgem Extra.

A estreia faz-se com quatro pizzas. Destaque para a Pizza de Tomate Coração-de-Boi (€10), disponível durante o mês de Agosto, por ser a época dele. Kit criou uma original pizza de queijo da Serra, figos e cebola caramelizada (€12,75), não esqueceu a universal ‘Margherita’ (€10) e acrescentou uma de pimento, cogumelos e chourição (€12,20).

Às pizzas juntam-se o Prego do Tim (€15), uma das iguarias favoritas do pai de Sophia, em que o ovo estrelado não falta e ao qual se juntam batatas fritas; e o hambúrguer com cebolada de vinho do Porto, alface, tomate e batata brava a acompanhar (€18). Para abrir o apetite, salada fresca (€5), bolinhos de bacalhau (€7) e esferas de alheira recheadas com queijo da Serra (€7,50).

No final, uma selecção de gelados caseiros: baunilha, o favorito de Tim (€3), cremoso gelado de chocolate a 70% (€3,80) e o delicioso gelado de morango (€3).

Já o Barbecue, nos jantares de Terça-feira e Sábado, foi um desafio de Pedro Cardoso, chefe-executivo do Cozinha da Clara e apreciador de um churrasco bem elaborado. Nas entradas estão o pão com chouriço, caseiro e feito em forno de lenha, azeitonas & azeite Quinta de La Rosa e gaspacho de tomate. Mini frangos, picanha, cachaço de porco e alheiras são as quatros opções das carnes. Nos acompanhamentos constam as saladas de alface, tomate e cenoura; laranja; quinoa com maçã; batata; pickles de beterraba e abacaxi grelhado. Na lista de molhos estão os aioli, chimichurri, barbecue, vinagrete e a mostarda Dijon. A refeição é finalizada com uma sobremesa, chocolate & frutos vermelhos com gelado de baunilha. Tudo isto por €35 por pessoa.

2017 também é Vintage para Quinta de La Rosa

Acabado de chegar ao mercado, nacional e internacional, o Quinta de La Rosa Vintage 2017 comprova a declaração anunciada por parte da propriedade vitivinícola com o mesmo nome, situada a dois passos do Pinhão, em pleno Douro Vinhateiro. De acordo com a dupla Sophia Bergqvist e Jorge Moreira – proprietária e enólogo, respectivamente – o […]

Acabado de chegar ao mercado, nacional e internacional, o Quinta de La Rosa Vintage 2017 comprova a declaração anunciada por parte da propriedade vitivinícola com o mesmo nome, situada a dois passos do Pinhão, em pleno Douro Vinhateiro. De acordo com a dupla Sophia Bergqvist e Jorge Moreira – proprietária e enólogo, respectivamente – o Vintage 2017 está pronto a rivalizar com a mítica colheita de 2011. O seu lançamento faz-se em garrafas de 375 e 750 ml.

Vinhas Velhas, Touriga Nacional, Touriga Franca e algum Sousão, castas autóctones do Douro, dão origem a este Quinta de La Rosa Vintage 2017. Todas elas foram vindimadas nos mais antigos patamares da propriedade e, uma vez mais, “o enólogo Jorge Moreira teve o cuidado na escolha da fruta e do início da colheita”.

Apesar do seu elevado potencial de envelhecimento, este Vintage pode ser apreciado enquanto jovem, como digestivo ou a acompanhar queijo ou chocolate.