Quinta de Ventozelo, 10 anos depois

Ventozelo

Existe desde 1500, data em que se verificam os primeiros registos da quinta como fazendo parte do património do mosteiro de São Pedro das Águias. Desde aí, a propriedade passou por várias épocas, umas prósperas, outras desafortunadas, mudando os proprietários e modelos de gestão, até que, em 2014, foi adquirida pela Gran Cruz (agora Granvinhos), […]

Existe desde 1500, data em que se verificam os primeiros registos da quinta como fazendo parte do património do mosteiro de São Pedro das Águias. Desde aí, a propriedade passou por várias épocas, umas prósperas, outras desafortunadas, mudando os proprietários e modelos de gestão, até que, em 2014, foi adquirida pela Gran Cruz (agora Granvinhos), empresa do grupo francês La Martiniquaise. Esta aquisição foi estratégica, permitindo um grande investimento na propriedade para explorar todo o seu potencial. Por outro lado, esta que é uma das maiores empresas nacionais de produção do Vinho do Porto (cerca de 30 milhões de litros segundo o seu director de enologia, José Manuel Sousa Soares) obteve condições para produzir vinhos Douro DOC de alta qualidade. Dos 15 milhões de euros investidos, 75% foram destinados ao turismo e 25% ao ambiente.

Tudo o que se faz na Quinta de Ventozelo faz-se com amor. E não apenas no sentido do bom gosto, mas também da responsabilidade ambiental. A sustentabilidade na quinta é transversal. Não se limita à produção de vinho, pois abrange toda a intervenção feita na Quinta, onde se pretende proteger e enriquecer os recursos naturais e a biodiversidade.
Todas as parcelas com vinha têm um coberto vegetal constituído pela flora autóctone espontânea ou resultante da sementeira de mistura de gramíneas e leguminosas. Esta técnica tem efeitos benéficos na protecção contra a erosão hídrica, principalmente em vinhas ao alto, na formação e estabilidade da estrutura do solo, no aumento da porosidade e na conservação da água durante o verão, sendo ainda abrigo da biodiversidade e de auxiliares no combate a pragas e doenças. As leguminosas ainda ajudam a fixar o azoto no solo.
Com a redução de utilização de agroquímicos em mais de 30%, criou-se espaço para crescerem espécies autóctones e restauraram-se habitats naturais nas galerias ripícolas. Na Quinta já foram identificadas um total de 224 espécies de plantas, sendo mais de 20% caracterizadas como RELAPE (Raras, Endémicas, Localizadas, Ameaçadas ou Protegidas) e 185 espécies de animais, parte delas também ameaçadas ou consideradas criticamente em perigo.

Enoturismo de referência

Enquanto projecto de enoturismo, Ventozelo Hotel & Quinta oferece o conforto de um hotel num ambiente rural de uma quinta do Douro.
O restaurante da quinta chama-se Cantina de Ventozelo, por ter sido uma cantina para os trabalhadores em tempos idos. Um amplo terraço oferece uma sombra compacta, que permite relaxar enquanto se observa a vista deslumbrante sobre as vinhas. A ementa, construída pelo Chef José Guedes, tem por base os produtos cultivados nas hortas da quinta, alguma caça e funciona num conceito “quilómetro zero”, o que significa trabalhar com fornecedores de proximidade, dando preferência a produtos regionais.
O Centro Interpretativo, aberto ao público já há alguns anos, é uma espécie de museu vivo e interactivo, que oferece uma espectacular experiência sensorial (incluindo efeitos visuais, sons e aromas) na descoberta de Ventozelo e da sua história.

As vinhas

A vinha ocupa metade da área da quinta. Dos 200 ha cerca de 40 ha foram reabilitados recentemente. Andar de jipe pelos trilhos da Quinta de Ventozelo, com mais ou menos emoção em função do percurso escolhido, é uma actividade tão hedonística como intelectual. Enquanto se desfruta a beleza paisagística das vinhas, testemunham-se as suas variadíssimas condições, moldadas pelas altitudes que vão desde o rio (a 100 metros) até aos 500 metros; pelos solos com diferentes níveis de evolução, textura e capacidade de retenção de água e nutrientes; e pelas exposições, que se apercebem melhor sobretudo ao aproximar-se o pôr-do-sol, quando algumas vinhas já se encontram ensombradas e outras ainda iluminadas pelo astro rei.
Pelo caminho, o director geral da Granvinhos, Jorge Dias conta as aventuras com as pragas dos javalis que, sobretudo nos anos quentes, vão à vinha à procura de água, mordem e estragam os cabos de rega gota-a-gota e servem-se à vontade de uvas. O problema resolve-se com 1000 euros por mês, através da colocação de comedores com milho em três lugares estratégicos para desincentivar os animais de irem às vinhas.

10 anos numa prova

A melhor forma de comemorar os primeiros 10 anos é ver o tempo a passar pelos vinhos numa prova vertical, desde 2014. Das 28 referências de vinhos produzidos na Quinta de Ventozelo, foram escolhidas duas – o branco monovarietal de Viosinho e o tinto Essência.
A casta mais emblemática da Quinta de Ventozelo é o Viosinho, sem dúvida. É a casta do Douro “com maior volume de boca” e bem expressiva; “aguenta o escaldão e tem uma janela de oportunidade na vindima bastante grande”. “As notas tropicais que surgem nos vinhos novos, desaparecem ao fim de dois anos em garrafa”. 10 vinhos numa prova vertical mostram bem a história, a aprendizagem e a variação anual.
O 2014 (em magnum) apresenta notas apetroladas e amendoadas, ervas aromáticas, fruta contida e algo terroso também. Muito bom no volume, acidez não impositiva, que dá frescura suficiente. Termina com notas citrinas e leve amargo (17,5). O 2015 (em magnum) mostra-se mais tropical no nariz marcado pelo aroma de ananás e manga, não tão fino e ligeiramente mais amargo no final (17). O 2016 revela fruta mais evoluída e menos finesse em expressão de nariz e de boca (16). O 2017 está em grande forma com aroma muito apelativo, vivo e complexo a revelar lima, laranja e kumquat, ervas aromáticas e nuances apetroladas também; grande volume de boca, expressão e prolongamento (17,5). O 2018 parece mais novo, tem uma nuance floral a lembrar madressilva e fruta delicada; quase crocante, cristalino e delicado, textura e corpo muito equilibrado com frescura persistente (17). O 2019 é exuberante, tropical, com ananás, manga e laranja, muito jovem ainda, de corpo amplo e muita vida (16,5). O 2020 é intenso, com alguma expressão tropical, aipo, manga, pêra, estragão e uma nota floral, com bastante corpo e acidez bem inserida, termina com leve nota amarga (17). O 2021 é jovem e exuberante com notas de tília, tisanas, funcho, vertente tropical, muito ananás (16,5). 2022 parece mais tímido no nariz, talvez por contraste com o super terpénico 2021, com fruta branca a lembrar pêra (16,5).

Essência no topo

Essência é o topo de gama tinto da Quinta de Ventozelo – a melhor expressão da quinta, que varia conforme a quantidade e proporção de Touriga Franca e Touriga Nacional, as duas castas responsáveis pelo lote. É produzido em anos que a uva entrega a qualidade pretendida. Por exemplo, em 2021 e 2022 optaram por não o fazer. A vinificação ocorre em lagar. Depois vai para as barricas de 500 litros de carvalho francês, novas e usadas, onde passa 18 meses. Por ser o vinho mais importante, ainda estagia bastante tempo em garrafa antes de ser lançado para o mercado. É por isto que os três vinhos mais recentes da prova vertical não se encontram ainda em comercialização, permanecendo em cave, onde evoluem potencializando as suas qualidades.
O 2019 (amostra da cave) tem nariz muito apelativo com um floral de violetas, cereja preta e ameixa madura, louro. Tem ainda muito da juventude, mas a complexidade está presente com promessa de ainda maior afinação com o tempo. Mastigável, tanino maduro e textura aveludada, macio na boca, com bom volume, mas não pesado. O tanino fica mais evidente no final, mas não tem secura. É suculento. Termina com especiaria doce (18). O 2018 (amostra da cave) tem menos corpo e mais frescura, menos exuberante na fruta, com cereja contida e tanino suculento (18). O 2017 (amostra da cave) revela nariz elegante com fruta vermelha, pimenta preta, louro e tomilho, ligeiramente terroso. Menos corpo, mais seco no fim, tanino bem firme e menos suculento, boa acidez e bonitos nuances de framboesa (17,5). O 2016 está ligeiramente fechado e terroso, a lembrar terra húmida, em combinação com louro, caruma e nuances de bergamota. Agradece arejamento, mais austero na boca, denso, compacto e especiado, com tanino ainda bem presente (17,5). O 2015 mostra-se lindamente no nariz, complexo, com muita fruta ainda a lembrar cereja preta e amora para além das notas de couro, caruma, especiaria e violetas. Óptima performance em boca, longo, suculento com tanino maduro e polido pelo tempo, austero q.b. e envolvente ao mesmo tempo (18,5). O 2014 nariz com notas de esteva, alcaçuz, resinas, eucalipto e reminiscência de fruta. Maior percepção de acidez transmite maior grau de frescura ao conjunto (17,5).
Ao jantar provámos outra bela amostra de cave, que será uma estreia absoluta em Setembro – o Quinta de Ventozelo Essência branco 2019, feito de Viosinho e Malvasia Fina. Que vinho! Fino e cativante, elegante com fruta branca séria e lindas notas citrinas, tudo bem proporcionado. Fantástico na prova de boca, com barrica certa, filigrano, com frescura natural, um vinho cheio de finesse, que mostra já uma super afinação (18,5). Segundo Jorge Dias, a Quinta de Ventozelo foi uma aventura de 10 anos e o projecto que deu um enorme gozo de fazer. “Que venham mais 10!” – resumiu com regozijo e confiança.

(Artigo publicado na edição de Setembro 2024)

Quinta de Ventozelo lança Douro Duet Collection Syrah

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É já em meados de Março o lançamento da Douro Duet Collection Syrah para o mercado, um estojo da Quinta de Ventozelo que, como o nome indica, inclui dois vinhos varietais Syrah: Quinta de Ventozelo Syrah Unoaked […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É já em meados de Março o lançamento da Douro Duet Collection Syrah para o mercado, um estojo da Quinta de Ventozelo que, como o nome indica, inclui dois vinhos varietais Syrah: Quinta de Ventozelo Syrah Unoaked tinto 2019 e Syrah Oak Matured tinto 2018.

Em quase cinco hectares de vinha ao alto (de um total de 400), na Quinta de Ventozelo, está plantado o Syrah que dá origem a estes vinhos. O Unoaked, é engarrafado logo no ano seguinte ao da colheita, sem estágio em barrica, pretendendo ser um vinho que exalta a pureza da fruta, conferida pela casta, com perfil jovem. Já o Oak Matured, estagia um ano em barricas de carvalho francês, resultando num vinho “mais robusto e estruturado (…) de equilíbrio e complexidade ampliada”, como refere a empresa em comunicado. “A mesma casta, dois estilos a materializar os vários traços de Ventozelo”.

O p.v.p. do estojo Douro Duet Collection Syrah é de 30 euros.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Tinto Cão é o novo varietal da Quinta de Ventozelo

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A chegar ao mercado já em Fevereiro, o novo elemento da colecção de varietais da duriense Quinta de Ventozelo é um Tinto Cão, a estrear-se com a colheita de 2018. A casta Tinto Cão representa 5% dos […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A chegar ao mercado já em Fevereiro, o novo elemento da colecção de varietais da duriense Quinta de Ventozelo é um Tinto Cão, a estrear-se com a colheita de 2018.

A casta Tinto Cão representa 5% dos 200 hectares de vinha do produtor. Uma das suas características é a grande resistência a temperaturas muito elevadas, a doenças e à podridão o que, a juntar à baixa produtividade, originou em 2018 uvas de elevada qualidade.

O Quinta de Ventozelo Tinto Cão 2018 — que estagiou, parcialmente, doze meses em barricas usadas — tem um p.v.p. recomendado de €13,50 e poderá ser adquirido no El Corte Inglés e principais garrafeiras do país.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][divider line_type=”Full Width Line” line_thickness=”1″ divider_color=”default”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/2″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

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Grupo Gran Cruz declara Vintage 2018 para as suas marcas

Dalva, Gran Cruz e Quinta de Ventozelo acabam de ser anunciados como vinho do Porto Vintage 2018, pelo Grupo Gran Cruz, estando disponíveis para venda a partir de Setembro de 2020. Em comunicado de imprensa, o grupo descreve estes vinhos: “Porto Vintage da Gran Cruz tem o perfil mais redondo, sem perder a robustez desejada […]

Dalva, Gran Cruz e Quinta de Ventozelo acabam de ser anunciados como vinho do Porto Vintage 2018, pelo Grupo Gran Cruz, estando disponíveis para venda a partir de Setembro de 2020.

Em comunicado de imprensa, o grupo descreve estes vinhos: “Porto Vintage da Gran Cruz tem o perfil mais redondo, sem perder a robustez desejada num vinho desta categoria. De cor muito intensa, com reflexos azuis, revela um aroma marcado pela fruta madura. Em prova, o volume de boca é potenciado pela acidez viva, sendo o final extraordinariamente marcante. Quando falamos do Vintage Dalva, podemos defini-lo como um Vintage de perfil mais elegante. Os aromas florais, a fruta madura e as notas mentoladas, combinam-se de forma harmoniosa, sem sobreposições. A boca, de taninos opulentos, e, no entanto, equilibrados, revela um final delicioso, fresco e longo. O Vintage de Ventozelo expressa toda a tipicidade do terroir de anos mais frescos e vindimas mais tardias. As notas profundas de fruta vermelha e preta, combinam-se de forma elegante com o carácter fresco e vegetal. Denso, de taninos robustos e maduros, este vintage evoca a singularidade de uma Quinta muito própria e distinta”.

C. da Silva e Quinta de Ventozelo declaram Vintage 2017

Foi na Grande Prova de Porto Vintage 2017, organizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Palácio da Bolsa, na cidade Invicta, que a C. da Silva e a Quinta de Ventozelo declararam 2017 como ano Vintage. A primeira fê-lo pela terceira vez consecutiva, com as suas marcas Dalva e Presidential, e […]

Foi na Grande Prova de Porto Vintage 2017, organizada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, no Palácio da Bolsa, na cidade Invicta, que a C. da Silva e a Quinta de Ventozelo declararam 2017 como ano Vintage. A primeira fê-lo pela terceira vez consecutiva, com as suas marcas Dalva e Presidential, e a segunda com a referência Quinta de Ventozelo, pela quarta vez desde que a Quinta foi adquirida pela Gran Cruz.

José Manuel Sousa Soares, líder da equipa de enologia da C. da Silva, afirma “Foi dos lagares mais bonitos que tivemos até hoje!”. Já a equipa de Ventozelo reforça que “A densidade dos mostos e o seu espantoso equilíbrio e qualidade generalizada fizeram de 2017 um ano singular”

Recorde-se que é apenas a sétima vez, na história do vinho do Porto, que se regista a declaração de dois anos clássicos seguidos.

Tomate Coração de Boi vai ser rei no Douro, durante Agosto

Tomate Coração de Boi do Douro

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate […]

O Tomate Coração de Boi do Douro regressa à mesa de prova, no próximo dia 23 de Agosto, na Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro. Na sua IV edição, o concurso que veio para mostrar as qualidades superiores do Tomate Coração de Boi do Douro volta a reunir especialistas para elegerem o melhor tomate da temporada, integrando o júri chefes de cozinha de referência, enólogos, jornalistas e outros actores na área da gastronomia. Maria de Lourdes Modesto é a convidada de honra desta edição.
A par da prova, mantém-se o espírito festivo do concurso: terminado o apuramento do vencedor, pelas 18h30, tem lugar o jantar volante que é já um ponto de encontro entre produtores de vinhos do Douro, visitantes e turistas, animado por uma mesa de sabores locais e vinhos das quintas concorrentes.
Estrela de Verão, o Tomate Coração de Boi merece um concurso que lhe dê fama, até porque tem, no Douro, argumentos para tal vaidade. Muita luz e grandes amplitudes térmicas típicas da região reforçam as qualidades de textura, sabor e suculência deste fruto carnudo e com poucas sementes. São estas virtudes naturais que os organizadores da iniciativa, Celeste Pereira, proprietária da empresa de comunicação Greengrape, e Abílio Tavares da Silva, produtor de vinhos Foz Torto e apaixonado hortelão, motivando os produtores de vinhos a manterem vivas as hortas de quinta e a produção do tomate, ainda que numa escala familiar e de produção local. É este também um modo de promover o território, a sua diversidade de produto e originalidade.
A participação no concurso é gratuita, sendo a inscrição no jantar volante de 25 euros. Convidam-se os participantes a trazer uma garrafa de vinho para partilhar (preferencialmente, branco, rosé ou espumante, dada a época estival). As inscrições para o jantar são limitadas e requerem reserva e pagamento prévios via e-mail (greengrape@greengrape.pt).

Tomate nos restaurantes por todo o Agosto
A par do concurso, e até ao final de Agosto, os restaurantes de referência da região aderem à Festa do Tomate Coração de Boi, incluindo nas suas ementas pratos inspirados no tomate. Entre os restaurantes aderentes está o DOC (Folgosa), o Pickles do hotel Six Senses Douro Valley (Lamego), Cais da Villa (Vila Real), Casa de Pasto Chaxoila (Vila Real), o Tim’s Terrace da Quinta de La Rosa (Pinhão), a Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), o Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), o Cêpa Torta (Alijó), o Aneto & Table (Peso da Régua) e Flor de Sal (Mirandela). Em todos, vai ser possível degustar o Tomate Coração de Boi em saladas ou em pratos especiais concebidos para esta quinzena. No DOC, por exemplo, o chefe Rui Paula propõe Burrata com Tomate Coração de Boi, azeite de manjericão e favo de mel. No Aneto & Table, o Tomate Coração de Boi apresenta-se recheado com pesto e queijo fresco. A dona Graça, da Toca da Raposa, propõe uns milhos com Tomate Coração de Boi e pataniscas de bacalhau, sendo igualmente tentador o queijo de ovelha com doce de tomate que ali se serve em Agosto. Menu completo de tomate pode igualmente ser saboreado no restaurante Cais da Ferrosa: Tomate Coração de Boi confitado e pão em tosta, Tomate Coração de Boi em salada poveira e fritura de peixe do rio Douro, queijo de cabra tostado ou cheesecake com doce de Tomate Coração de Boi.

Tomate Coração de Boi do Douro no tomateiro
foto de Paulo Pereira

Festa na aldeia de Arroios
Em parceria com o Projeto Capella, a prova de tomate regressa, no dia 24 de agosto, a partir das 17h30, desta vez na capela barroca da aldeia de Arroios, Vila Real, onde vai ser possível também comprar Tomate Coração de Boi local. Aberta a todos e sem júri, nem pontuações, a prova irá explorar a combinação do tomate com diferentes perfis de azeite e será coordenada pelo presidente do júri do concurso, Francisco Pavão, nome amplamente conhecido no sector do azeite e dos vinhos. Em modo de tempero, participa ainda nesta degustação Jorge Raiado, da Salmarim, empresa algarvia de sal marinho. Terminada a prova, os participantes são convidados a participar, no largo da aldeia, na XI edição do Mercadinho da Capella, um misto de festa, com animação e petiscos, e venda de produtos das hortas locais, com destaque para o Tomate Coração de Boi do Douro, e outros.
A participação nesta prova é gratuita, mas aconselha-se reserva para greengrape@greengrape.pt.
A ideia da iniciativa surgiu entre três amigos: o produtor de vinhos Abílio Tavares da Silva, da Quinta de Foz Torto, o jornalista Edgardo Pacheco e a ex-jornalista, Celeste Pereira, directora da Greengrape, empresa de comunicação que desenvolve o projecto de animação turística alltodouro.com. “Agosto já é o mês do Tomate no Douro. Esta época, que antecede o período forte da região, que são as vindimas, está a transformar-se numa verdadeira festa do tomate. A adesão a esta iniciativa, por parte dos restaurantes e do consumidor, tem sido tão extraordinária que estamos a conseguir concretizar o nosso objectivo de aumentar a atractividade do Douro, valorizando outros produtos de excelência para além do vinho, mais rapidamente do que alguma vez imaginaríamos. E o Douro já é reconhecido como um dos melhores terroirs para a produção do Tomate Coração de Boi”, sublinham os organizadores.
O concurso é itinerante, realizando-se todos os anos numa quinta produtora de vinhos diferente. Iniciou na Quinta Dona Matilde, passou pelas quintas de la Rosa e Vallado e este ano, tem a virtude de revelar em primeira mão, numa espécie de pré-inauguração, um dos projectos mais ambiciosos do Douro actual, a Quinta de Ventozelo, da Gran Cruz. Inserida num recanto sobranceiro ao rio Douro, a Quinta de Ventozelo é uma das maiores e mais antigas propriedades da Região Demarcada do Douro (600 hectares). Em breve, a Gran Cruz vai abrir nesta quinta um hotel rural de 4 estrelas, com 29 quartos, cantina-restaurante e programas de enoturismo.