Estive Lá: Voraz – Cozinha com identidade

Voraz

Ē, desde há largos anos, que venho acompanhando o trajecto do Chefe Tiago Emanuel Santos, ex-professor de geografia que se apaixonou um dia pela cozinha e nunca a mais a largou. Os seus antecedentes académicos pesam bastante naquilo que nos chega à mesa quando provamos a sua comida fortemente identitária, com respeito absoluto pelo produto […]

Ē, desde há largos anos, que venho acompanhando o trajecto do Chefe Tiago Emanuel Santos, ex-professor de geografia que se apaixonou um dia pela cozinha e nunca a mais a largou. Os seus antecedentes académicos pesam bastante naquilo que nos chega à mesa quando provamos a sua comida fortemente identitária, com respeito absoluto pelo produto e pela relação com os seus fornecedores. E sente-se na forma como privilegia o local em detrimento do exótico e permanece fiel às suas raízes e às tradições em que cresceu.
A boa notícia, para os seus muitos admiradores, entre os quais me incluo, é que o Tiago, que já andou um pouco pelas sete partidas do mundo, se estabeleceu, há cerca de um ano, de armas e bagagens no Barreiro, e faz uma cozinha acessível, convivial, plena de sabores, cores e perfumes que nos remetem para recantos esquecidos da nossa memória, mas com um toque que nos baralha e desafia.
No mercado municipal do Barreiro, renovado e arejado, o Voraz ocupa quatro bonitos “corners”, estendidos em outros tantos balcões por entre as frutas legumes, os talhantes e as peixeiras do 1.º de Maio. Um dos espaços é dedicado ao sushi e à cozinha asiática, com Chefe próprio, onde se privilegia o peixe português sempre que possível, mas estava fechado no dia da nossa visita.
Sobrou-nos, afinal, aquilo que nos motivou a nossa ida: provar a “cozinha de território” do Tiago e do seu jovem Chefe, Bruno Xavier, que nos fez a honras da casa. A ementa está dividida em duas partes: uma dita “para partilhar” e outra “para devorar”. Mas isso é um eufemismo, porque afinal todas se podem partilhar (e nós fizémos isso) e todas são para devorar (oh se são!).

Começámos logo bem, com um couvert de primeira, com pão de centeio, manteiga dos Açores (uma das paixões não dissimuladas do Tiago) e azeitonas marinadas. Aqui o desafio é conter-nos, para não perdermos o apetite para o que vem a seguir. Aconselhados pelo Xavier, fomos para o talharim de choco com creme de castanha e barriga de porco crocante, uma das novidades recentemente introduzidas na carta. Como o nome indica, o choco vem cortado em fatias finas e o creme de castanha, cozido em caldo de frango, envolve, de forma harmoniosa, o conjunto a que os apontamentos da barriga de porco dão a graça ao conjunto. Brilhante foi prato seguinte, as vieiras com cogumelos shitake e molho wafu. Foi uma explosão de sabores na boca que nos deixou rendidos. A seguir veio a chora de bacalhau em arroz carolino cremoso de caras do dito, pleno de untuosidade e delicadeza. Quisemos provar ainda a língua de vaca corada em caril com tomate seco e maçã verde, outro prato que nos surpreende e desafia. Já cheios com tanta voracidade, a vontade era saltar as sobremesas. Mas o Tiago insistiu que provasse o pudim Abade de Priscos e confirmasse que também, nos doces, o Voraz pede meças aos melhores.

Não seria justo terminar sem falar dos vinhos, outra das paixões do Tiago Emanuel Santos, que já se aventurou a fazer um vinho nos Açores em parceria com um produtor local. Aqui a lista assenta sobretudo nos vinhos da Península de Setúbal (pensar local, mais uma vez), com propostas que fogem ao óbvio e ao dejá vu, mas fazem sentido em matéria de harmonização com esta cozinha, ao mesmo tempo simples no conceito e complexa em sabores e texturas. E tudo isto por preços que já não se usam.

Voraz
Mercado Municipal 1.º de Maio, Barreiro
Tel.: 961 838 235
Encerrado ao Domingo e Segunda- feira
Horários: 12:30 – 15:00; 19:30 – 23:00

Kabuki: Um restaurante japonês com sotaque português

Kabuki

Já tinha lá ido algumas vezes, sempre em contexto profissional e a impressão geral foi  de franco agrado, tanto pelas propostas gastronómicas como pelo serviço de vinhos exemplar. É um daqueles sítios que guardamos na nossa bucket list para visitar mais tarde e com calma. Notícias recentes tinham anunciando a saída quase simultânea do chefe […]

Já tinha lá ido algumas vezes, sempre em contexto profissional e a impressão geral foi  de franco agrado, tanto pelas propostas gastronómicas como pelo serviço de vinhos exemplar. É um daqueles sítios que guardamos na nossa bucket list para visitar mais tarde e com calma. Notícias recentes tinham anunciando a saída quase simultânea do chefe Paulo Alves e do sommelier Filipe Wang e fizeram-me hesitar. Será que… Por isso, foi com um misto de curiosidade e de dúvida metódica que aceitei o convite para visitar, de novo, o belo espaço que se acolhe naquelas que foram as Galerias Ritz, de saudosas memórias. E ainda bem que o fiz. Recebeu-me Vitor Jardim, director do restaurante desde a sua abertura, e, afinal, a garantia de continuidade do conceito e do padrão da qualidade.

A minha visita começou no bar, que também serve alguns petiscos e fica no piso intermédio dos três que compõem o espaço, onde, com mestria e criatividade, o barista Telmo Santos tem vindo a desenvolver novos cocktails (com e sem álcool),  dos quais tive a oportunidade de provar dois. Comum a todos eles é a base das bebidas japonesas, a que este profissional acrescenta sabores e aromas frutados e plenos de frescura. Fiquei fã, devo confessar. Depois desta introdução descemos para a sala de jantar, um espaço cativante e acolhedor dominado por uma barra para oito comensais, por detrás da qual um impressivo mural origina um contraste entre a exuberância das cores e as linhas sóbrias da restante decoração. Naquela noite fui informado que o novo chefe, Sebastião Coutinho, não estava, o que, por um lado, me privou de o conhecer e de trocar algumas impressões com ele mas, por outro, me ajudou a tirar a prova dos nove.

Observar um restaurante estrelado sem o chefe executivo presente é, muitas vezes, a receita certa para uma refeição decepcionante. Não foi de todo o caso e isso afinal só abona em favor de uma equipa competente e bem lubrificada. O menu Kabuki que experimentei  (125€ com seis momentos) começa de uma forma misteriosa com a apresentação de uma bento box, uma caixa negra lacada, aberta à frente do cliente, que contém seis aperitivos tão sugestivos à vista como deliciosos. Seguiu-se salmonete e algas, irrepreensível de frescura e delicadeza, para continuarmos com um Akami Caviar, em que o atum foi tratado à sua mais alta expressão. A influência portuguesa foi bem visível no “À Bulhão Pato”, o prato seguinte, onde o lírio,  as amêijoas e o molho se casaram de forma harmoniosa. O prato seguinte, barriga de atum, ovas e raspa de atum foi, para mim, o menos conseguido. Mas isso não desilustrou uma refeição que, no seu conjunto, esteve em grande nível. O serviço de vinhos, agora da responsabilidade do sommelier Miguel Ribeiro, apresentou propostas acertadas de harmonização, que passaram por um espumante de Monção e Melgaço, um branco Donzelinho do Douro, um Riesling da Alsácia e um saké servido a preceito. Está bem e recomenda-se o “novo” Kabuki que, com Sebastião Coutinho, levou a influência mediterrânea a um toque mais português.

Kabuki

 

Kabuki

Morada: Rua Castilho 77 B – Lisboa

Tel.: 212 491 683 / 935 010 535

Experience (1º piso) – Só almoços, de terça a sexta-feira das 12:30 às 15:00 horas

Bar Kikibari  (Piso intermédio) – Terça a sexta das 12:30 às 00:00 horas

Sala Principal (Piso de baixo) – Só jantares, de terça a sábado das 19:30 às 00:00 horas

 

Iguarias à prova com vinhos do Tejo em fevereiro e março

A 11.ª edição do Tejo Gourmet, concurso de vinhos e iguarias organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo (CNST), irá decorrer em fevereiro e março. Um painel de jurados irá visitar os restaurantes que se inscreveram nesta competição, mas quem quiser pode também apreciar os […]

A 11.ª edição do Tejo Gourmet, concurso de vinhos e iguarias organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo (CNST), irá decorrer em fevereiro e março. Um painel de jurados irá visitar os restaurantes que se inscreveram nesta competição, mas quem quiser pode também apreciar os menus desenhados por cada um dos 64 restaurantes de Portugal e ilhas inscritos.

As pessoas que quiserem apreciar os menus Tejo Gourmet 2024 – compostos por entrada, prato principal, sobremesa e respetiva harmonização, feita, em exclusivo, com Vinhos do Tejo certificados com selo de garantia de qualidade e origem DOC do Tejo ou IG do Tejo / Vinho Regional Tejo – podem fazê-lo livremente, mediante a disponibilidade de cada restaurante.

O Tejo Gourmet 2024 vai premiar o melhor restaurante da competição, avaliado em absoluto, assim como os melhores nas categorias de carta de vinhos e de harmonização. São também eleitos os restaurantes mais bem classificados nos conceitos gastronómicos a que se candidatam: casa de petiscos, cozinha tradicional, cozinha de autor e cozinha internacional. Em cada categoria são entregues diplomas de grande ouro, ouro e prata. O anúncio e entrega dos prémios decorrem na Gala Tejo, no dia 22 de junho deste ano. Todas as informações sobre o Tejo Gourmet 2024 estão disponíveis em www.confrariadotejo.pt.

A vila de Sesimbra beneficia de ter uma baía com areia (administrativamente são duas) virada a Sul, fenómeno raro no nosso país atlântico de praias maioritariamente viradas a Oeste. Protegida da nortada, tem, portanto, um clima convidativo ao turismo, apesar da água fria. Com a intensificação do turismo há já algumas décadas, muitos foram os restaurantes que ali apareceram, quase sempre no binómio petisco e peixe grelhado.

Dos caracóis ao espadarte, sobretudo em esplanada, Sesimbra tem pergaminhos há muito. Até por isso, ficámos muito bem surpreendidos com O Zagaia, casa recentemente aberta e que se destaca por querer marcar a diferença.

Numa rua não da primeira linha defronte da praia, com uma pequena esplanada dedicada apenas à espera por mesa, O Zagaia é um restaurante sofisticado, mas não de fine dining, que poderia estar em qualquer capital europeia. Mas a surpresa maior é mesmo a organização da carta, inclusivamente dos vinhos (muito bem elaborada e com alguns vinhos pouco habituais na restauração), preferindo-se a qualidade e originalidade em teor da diversidade e quantidade. Nota-se bem que este é um projecto de quem já trabalhou em várias casas, o que confirmámos em convers

a com os responsáveis.

Nas entradas, os nossos destaques vão para os croquetes de choco e maionese de alho negro, e mexilhões com leite de coco e lima kaffir, dois pratos de clara influência asiática. Igualmente bons são os “arrozes” (lingueirão ou carabineiro) e o nosso predilecto: lula com manteiga de carabineiro e puré de aipo. As doses não são grandes e pretende-se que sejam partilhadas, por isso a ideia é provar vários pratos.

 

Com um preço ajustado à qualidade e serviço, O Zagaia merece visitas regulares, mesmo fora da época balnear. Na verdade, o melhor é mesmo “zagaiar” todo o ano.

 

O ZAGAIA

Rua Dr. Peixoto Correia 33, 2970-752 Sesimbra

Horário: de quinta a segunda-feira 12h30–15h00 e 19h00–22h30; encerra à terça e quarta-feira

Contacto: 966280204

Instagram @ozagaia

 

Graham’s e restaurante Belos Aires organizam almoço exclusivo na Quinta dos Malvedos

Graham's Belos Aires Malvedos

Com apenas 50 lugares disponíveis, a experiência gastronómica “Manos Argentinas” volta à Quinta dos Malvedos, numa colaboração entre a Graham’s e o restaurante Belos Aires, marcada para 10 de Setembro, o “Dia do Vinho do Porto”. A experiência consiste num almoço composto por dez momentos, confeccionados por diferentes chefs argentinos convidados, que chegam de várias […]

Com apenas 50 lugares disponíveis, a experiência gastronómica “Manos Argentinas” volta à Quinta dos Malvedos, numa colaboração entre a Graham’s e o restaurante Belos Aires, marcada para 10 de Setembro, o “Dia do Vinho do Porto”.

A experiência consiste num almoço composto por dez momentos, confeccionados por diferentes chefs argentinos convidados, que chegam de várias partes do mundo, juntando-se a Mauricio António Ghiglione, chef do restaurante Belos Aires.

Os dez momentos gastronómicos planeados para este dia são de inspiração portuguesa, com o tema “Terra e Mar”, e têm a particularidade de serem preparados no fogo, e harmonizados com vários vinhos do portefólio da Symington Family Estates.

O programa inicia-se no restaurante Vinum, nas caves Graham’s, em Vila Nova de Gaia, de onde parte, às 10h30, o transfer que levará os comensais até à Quinta dos Malvedos. Já no Douro, serão recebidos com um “welcome drink” e aperitivos. Seguem-se os momentos à mesa, a partir das 14h00. O regresso será também assegurado pela Symington, às 18h30.

A participação na experiência “Manos Argentinas” tem o valor de 150 euros por pessoa (com transfer incluído) e pode ser reservada através da página online do evento, ou através dos contactos telefónicos 965 699 225 e 915 144 630.

O jantar “Verão” de dia 5 de Julho, está  inserido no ciclo de eventos do restaurante Marlene que celebram as estações do ano e será o 4º e último evento desta primeira edição que reúne diversos chefs reconhecidos pelo guia Michelin em Portugal.

Convidados por Marlene Vieira para partilharem a cozinha aberta do seu restaurante gastronómico, os chefs juntam-se para uma noite de homenagem e valorização dos produtos nacionais de excelência, inspirados na essência portuguesa, apresentando um exclusivo menu que celebra a sazonalidade com os melhores produtos da época.

Os três chefs convidados irão representar Lisboa  e o Algarve, um dos ex-líbris do nosso país nesta altura do ano, com os chefs Pedro Pena Bastos, do restaurante Cura, João Oliveira e Louis Anjos, responsáveis por dois projetos de excelência da região sul – Vista e Al Sud, respetivamente – que celebram a proximidade ao mar com menus focados no peixe e marisco.

O quarto evento de celebração da portugalidade e do melhor que cada estação oferece contará com um menu de degustação de 10 momentos dedicado ao melhor da extensa e rica costa portuguesa. Os chefs convidados estarão encarregues, cada um, da criação de uma entrada e um prato. Diretamente do Algarve, Louis Anjos irá trabalhar ostras da Ria, choco e a tradicional alcagoita; João Oliveira, também com base no Algarve, fará os icónicos carapau, anchova, lula e a delicada gamba violeta brilhar; Pedro Pena Bastos combinará a sarda, lavagante, tomate, alperce, e o pinhão, com a chef Marlene celebrará emblemáticos ingredientes sazonais como a cereja, ervilha, flor de curgete e espargos verdes.

“É com enorme felicidade que conto com três dos colegas que mais admiro neste jantar de Verão que, tal como eu, partilham esta paixão e dedicação para com o produto sazonal – e nacional – de qualidade. Encerramos, assim, a primeira edição dos jantares de Estação, que contaram com grandes nomes do panorama gastronómico nacional, e prometemos lançar a segunda edição já no outono, agora com reconhecidos convidados internacionais, conhecidos pelo seu trabalho e valorização de ingredientes locais, bem como o respeito pela sazonalidade, em noites que irão destacar o melhor de Portugal e dos nossos sabores”, afirma Marlene Vieira.

Como é já característico destes eventos, a sommelier Gabriela Marques tratará da harmonização vínica muito completa e de excelência, que contará com o apoio de dois reconhecidos nomes da Bairrada, Luís e Maria João Pato, pai e filha, enquanto parceiros do evento, e que estarão presentes para dar a conhecer a história dos seus vinhos e da família Pato. Luis Pato traz a essência bairradina que tanto o caracteriza com quatro referências, começando pelo espumante o Espumante Vinha Pan 2015, depois Luís Pato Quinta do Ribeirinho Sercialinho 2021 e Luís Pato Vinha das Valadas Pé Franco 2018, e para a parte mais gulosa do menu, o M Sercialinho, um vinho muito especial feito em parceria com o Mugaritz, considerado um dos melhores restaurantes do mundo.

Este 4º evento tem início entre as 19:00 e as 20:30, e um custo de 200€ por pessoa, e inclui wine pairing.

As reservas podem ser feitas pelas vias habituais (website, email ou telefone).

Reservas

marlene@marlene.pt | 91 262 67 61

Estive Lá: Restaurante Emme, Ribamar Ericeira

Restaurante Ericeira

Já passei a fase de consumidor frequente de jantares vínicos. Há muitos anos, quando estes eram uma originalidade, organizei alguns com prazer. Depois, a multiplicidade de iniciativas e as obrigações profissionais decorrentes das apresentações formais à imprensa de muitos produtores, tornaram aquilo que poderia ser considerado lazer como trabalho tout court e esses, por si […]

Já passei a fase de consumidor frequente de jantares vínicos. Há muitos anos, quando estes eram uma originalidade, organizei alguns com prazer. Depois, a multiplicidade de iniciativas e as obrigações profissionais decorrentes das apresentações formais à imprensa de muitos produtores, tornaram aquilo que poderia ser considerado lazer como trabalho tout court e esses, por si só, preenchem mais do que deviam a minha agenda.

Foi por isso uma excepção quando aceitei o convite do restaurante Emme, integrado no novíssimo hotel Immerso, em Ribamar, perto da Ericeira, para participar num evento que tinha como estrelas os vinhos da Quinta do Monte d’Oiro e uma ementa feita especialmente para a ocasião, pelo chef Alexandre Silva, que é consultor do projecto e tem a assistência de Pedro Paulo, como chef residente. Em boa hora o fiz. O hotel, o único 5 estrelas da região, tem uma localização perfeita frente ao oceano, mas longe da confusão e das multidões que habitualmente invadem aquela antiga vila piscatória.

Podia falar do casual luxo do empreendimento, mas prefiro destacar a tranquilidade, o ambiente descontraído e surpreendentemente despretensioso que se respira no edifício bem desenhado e em todo o espaço envolvente. Os cheiros a terra, a caruma e citrinos acompanham-nos onde quer que circulemos, tanto nas áreas interiores como na piscina, horta e jardins. O restaurante Emme, que está aberto ao público e incentiva a presença de clientes não hóspedes, integra-se perfeitamente na filosofia do projecto com propostas que são ao mesmo tempo elegantes, descontraídas, frescas e que aproveitam em pleno os produtos locais, muitos deles vindos directamente da sua horta biológica.

 

Na sala, ampla e cheia de luz, esquecemos que estamos num hotel de 5 estrelas e entregamo-nos ao prazer de disfrutar sabores autênticos e que enchem os olhos. O jantar em que participei teve uma ementa especial que foi de alto nível e integra-se num conjunto de iniciativas que tem levado regularmente produtores de vinho, e também de cerveja, a propor harmonizações e experiências gastronómicas diversas. Mas a carta habitual, com relevo nos produtos do mar ali em frente, as propostas de snacks e a extensa lista de cocktails levam os clientes para outras viagens e outros prazeres exóticos. Não será por acaso que não estamos numa unidade pertencente a uma daquelas cadeias internacionais que espalham alojamentos em todos os destinos.

Aqui, a propriedade é de uma família, sem anteriores ligações ao sector da hotelaria, mas que tinha muita experiência enquanto cliente viajado. E, por isso, sentimos que aqui os detalhes foram pensados numa perspectiva do utilizador, em que cada objecto e facility disponível, está no sítio e no momento certo.

MORADA
Rua Bica da Figueira, Marvão, 2640-065 Santo Isidoro
HORÁRIO
Pequeno-Almoço: das 7h30 às 10h30
Almoço: das 12h30 às 15h
Jantar: das 19h00 às 22h
CONTACTOS PARA RESERVA
+351 261 104 420 / reservas@immerso.pt

Graham’s celebra 10 anos de restaurante Vinum e renovação das caves

Graham's Vinum

A Graham’s, uma das casas de vinho do Porto da Symington Family Estates, completa, em 2023, 10 anos de renovação das caves em Vila Nova de Gaia e, em simultâneo, da inauguração do restaurante Vinum. Este momento importante para as caves Graham’s — que durante a última década receberam mais de meio milhão de visitantes […]

A Graham’s, uma das casas de vinho do Porto da Symington Family Estates, completa, em 2023, 10 anos de renovação das caves em Vila Nova de Gaia e, em simultâneo, da inauguração do restaurante Vinum.

Este momento importante para as caves Graham’s — que durante a última década receberam mais de meio milhão de visitantes — será celebrado no dia 19 de Abril, com o concerto intimista “Douro Unplugged” e um jantar, no recentemente inaugurado terraço do Vinum, momentos que antecedem uma noite ao som de DJ’s e acompanhada por vinhos da Symington.

Segundo a empresa, o “Douro Unplugged” será para repetir anualmente, e apresentará, em cada edição, “uma cuidada selecção de músicos locais, proporcionando uma noite de festa exclusiva para os amantes de música e da gastronomia”.

Johnny Symington “chairman” da Symington Family Estates, comenta: “Este evento é uma celebração do nosso compromisso com o Douro, com o vinho e com a excelência. Estamos muito orgulhosos do que conseguimos alcançar nestes últimos 10 anos e queremos partilhar esta ocasião especial com os nossos amigos, parceiros e clientes!”.