Rocim lança copos Jancis Robinson em Portugal

Da ligação entre Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, enólogos e proprietários da Herdade do Rocim, a Jancis Robinson, nasceu a representação em Portugal, por parte do Rocim, dos copos assinados pela conceituada crítica de vinhos. Com um design elegante, criado pelo designer britânico Richard Brendon, a colecção Jancis será oficialmente lançada em Portugal no dia […]
Da ligação entre Catarina Vieira e Pedro Ribeiro, enólogos e proprietários da Herdade do Rocim, a Jancis Robinson, nasceu a representação em Portugal, por parte do Rocim, dos copos assinados pela conceituada crítica de vinhos.
Com um design elegante, criado pelo designer britânico Richard Brendon, a colecção Jancis será oficialmente lançada em Portugal no dia 29 de Maio, num evento que contará com a presença de Jancis e Richard e terá lugar no Hotel Pestana Palace.
“Este novo copo quer maximizar o aproveitamento dos aromas, sabores e texturas de todos os vinhos disponíveis no mercado, da forma mais prática e simples possível. Nesse sentido, os copos apresentam um bojo bastante característico, em forma de tulipa, um rebordo ultrafino, mas extremamente resistente, e uma silhueta distinta. Todos os pormenores foram pensados ao detalhe, como a altura da haste do copo, ideal para que os consumidores possam pegar no mesmo, sem sobreaquecer o vinho, abaná-lo e, assim, poderem sentir toda a mistura de aromas. Durante a prova, a proximidade entre o apreciador e o vinho funde-se ainda mais, dada a espessura fina do vidro, que permite eliminar qualquer barreira entre ambos, dando a sensação de que, efectivamente, se está a mergulhar no vinho”, pode ler-se no comunicado de imprensa.
Cada copo de vinho desta colecção foi desenhado por mestres artesãos eslovenos, que seguiram o design de Richard Brendon, concebido com orientações de Jancis Robinson.
“Estamos incrivelmente orgulhosos dos copos que lançamos. São considerados, por prestigiados especialistas do sector, os melhores copos de vinho. E, além disso, ainda podem ser encontrados em alguns dos melhores restaurantes e bares de todo o Mundo. Só podemos estar realmente muito felizes”, afirmam os promotores.
Ribeiro & Moser: Pedro Ribeiro e Lenz Moser criam projecto de vinhos inédito

Com foco nos vinhos brancos portugueses, dois enólogos de origens muito diferentes — Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim (à direita na foto), e Lenz Moser, da quinta geração da dinastia vinícola austríaca com o mesmo nome — acabam de lançar o projecto Ribeiro & Moser. A estreia desta aventura, com, segundo os próprios, uma […]
Com foco nos vinhos brancos portugueses, dois enólogos de origens muito diferentes — Pedro Ribeiro, da Herdade do Rocim (à direita na foto), e Lenz Moser, da quinta geração da dinastia vinícola austríaca com o mesmo nome — acabam de lançar o projecto Ribeiro & Moser.
A estreia desta aventura, com, segundo os próprios, uma grande componente ecológica e de preocupação ambiental, faz-se com um Arinto, vindo da Herdade do Rocim, na sub-região alentejana da Vidigueira. O Ribeiro & Moser Arinto 2022 é, de acordo com o comunicado de lançamento, “um vinho naturalmente ácido, mas cuja vinificação e estágio equilibrou todo o conjunto, um blend perfeito que exprime o estilo individual de cada um dos enólogos e a visão que têm da casta”.
Pedro Ribeiro, enólogo e administrador do Rocim, comenta: “Portugal é reconhecido pelos extraordinários vinhos tintos, mas no nosso país há excepcionais brancos, muito procurados pela comunidade internacional da área dos vinhos. Arinto é a casta que tem ajudado a que Portugal se distinga nos vinhos brancos, com um grande potencial para colocar os brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos Mundo. Decidimos, com este projecto, dar o nosso contributo para que esse trabalho aconteça”.
A garrafa “ao contrário da maioria disponível no mercado”, diz a dupla, pesa 420 gramas, um número que os mentores da Ribeiro & Moser consideram importante para “economizar energia e reduzir as emissões”. “A diferença entre uma garrafa de 400 gramas e uma de 570 pode parecer insignificante, mas traz benefícios ambientais significativos. Economizamos energia e matérias-primas, reduzimos as emissões e causamos um impacto positivo no meio ambiente com cada garrafa leve”, explicam os dois enólogos.
O vinho Ribeiro & Moser Arinto branco 2022 está disponível para compra em ribeiro-moser.com.
Enoturismo de Outono: Depois da vindima, o descanso…

Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos […]
Numa altura em que as vindimas ou já acabaram, ou estão quase no fim (dependendo da região e do tipo de vinho), chegou uma nova fase do enoturismo: relaxar, de copo na mão. As vantagens do enoturismo no Outono e Inverno são várias, sobretudo porque estamos em “época baixa”, o que se traduz em menos gente e preços geralmente mais baixos, mas também por toda a magia que só estas estações podem trazer, como a paleta de cores quentes, do vermelho ao castanho, que invade as vinhas, ou o cheiro a lareira e fumeiro que paira no ar, e também a paz que transmite o descanso dos vinhos numa sala de barricas ou de tonéis. Aqui ficam cinco sugestões de destino, com e sem alojamento, para os enófilos “fugirem” do buliço do dia-a-dia, nesta época que agora se inicia.
Texto: Mariana Lopes Fotos: D.R.
VINHO VERDE
Quinta da Lixa/Monverde Wine Experience Hotel
O Monverde Wine Experience Hotel pertence à Quinta da Lixa (Vila Cova da Lixa, concelho de Felgueiras) e localiza-se apenas a 2,5km desta, em linha recta, na Quinta de Sanguinhedo, em Telões, Amarante. Embora a Quinta da Lixa tenha já um bom programa de provas e visitas, é no Monverde que a oferta premium de enoturismo tem lugar, com a vantagem de estarmos perante um alojamento de luxo, que inclui SPA (centrado na vinoterapia) e um restaurante ao mesmo nível. Aqui, há seis provas de vinho — que vão dos 18 aos 60 euros por pessoa — e cinco experiências, mas apenas uma, bastante “family friendly”, está disponível na época Outono/Inverno.
PROVAS
- Wines with Character (€18 pax): prova de 3 vinhos, harmonizada com produtos regionais, que pretende contar a história da cultura vinícola da região dos Vinhos Verdes.
- Taste the Vine (€25 pax): prova de 5 vinhos varietais, para reforçar o conhecimentos sobre o perfil das castas tradicionais da região.
- Notes of Legacy & Terroir (€30 pax): prova de 5 vinhos “ícone” da casa, que convidam a mergulhar na história da família proprietária e a conhecer a actual geração.
- Winemaker Barrel & Vine Sessions (€40 pax): prova centrada na visão do enólogo da Quinta da Lixa, onde são apresentados “vinhos de barrica, de edição limitada, e de vinhas específicas, que representam alguns dos projectos mais ambiciosos de Carlos Teixeira”.
- Exclusive Limited Editions (€60 pax): prova com 3 vinhos de edições muito limitadas, que “mostram uma nova era na produção de vinho da região, a que resiste à urgência de consumo de novas colheitas”.
- Family Tasting Experience (€15 por adulto, €3 por criança até aos 12 anos): prova dedicada à família, 3 vinhos para os adultos e, para as crianças, sumos com os aromas dos vinhos apresentados.
EXPERIÊNCIA DE OUTONO
- Wine Blending & Sensory Experience (€40 pax): a clássica experiência “enólogo por um dia”, onde o visitante cria o seu próprio vinho. Começa no Túnel dos Aromas, um espaço para aprender sobre os aromas dos vinhos da região, seguindo-se prova de cada casta isolada, para depois medir quantidades e misturar. No final, o visitante engarrafa e rolha o seu vinho, coloca a cápsula e personaliza o rótulo.
Monverde Wine Experience Hotel

Website: www.monverde.pt
Localização: Quinta de Sanguinhedo 166, Castanheiro Redondo
4600-761 Telões, Amarante
Contactos: +351255143100 / geral@monverde.pt
DOURO
Quinta de Ventozelo
No concelho de São João da Pesqueira, entre o Pinhão e Ervedosa do Douro, a Quinta de Ventozelo estende-se por uma totalidade de 400 hectares, 200 de vinha. Nos últimos anos, a empresa tem feito grandes investimentos não só a nível da produção, mas também na sua oferta hoteleira e de enoturismo. Hoje, a propriedade tem 29 quartos (recentemente reabilitados, distribuídos por sete edificações distintas), o restaurante e wine bar Cantina de Ventozelo (consultoria do chef Miguel Castro e Silva), provas de vinho (com preços dos 14 aos 40 euros), 7 percursos pedestres com extensões e graus de dificuldade variados e audio-guia (€25), experiências na natureza e actividades cinegéticas, como caçadas fotográficas. No Outono, é também possível participar na apanha da azeitona. Mas é no mais recente Centro Interpretativo/Núcleo Museológico que reside a individualidade e inovação do enoturismo da Quinta de Ventozelo…
CENTRO INTERPRETATIVO/NÚCLEO MUSEOLÓGICO
Este centro, inserido num edifício da quinta construído no século XVIII, foi criado para proporcionar aos visitantes um conhecimento mais aprofundado da região do Douro — do seu património natural, material e imaterial — através de uma experiência sensorial de descoberta de Ventozelo e da sua história. Natalia Fauvrelle, museóloga responsável pelo Centro Interpretativo, explica: “Procurou-se um discurso expositivo, que combinasse o lúdico com o conhecimento e com o rigor científico. Por exemplo, os retratos dos proprietários da Quinta no século XVIII são expostos mostrando o cuidado que houve no seu estudo e restauro. Depois, temos experiências tão simples como andar, a subir e descer dentro do percurso da exposição, de modo a ter a perceção dos declives de que é feita a quinta, e toda a região. Segue-se o mais tradicional desafio de apreensão de aromas e um espaço onde o visitante se pode sentar e contemplar o céu ao longo do dia. Também há um espaço onde se pode ouvir Ventozelo, o silêncio e os seus sons característicos”. Segue-se um passeio que contempla também a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, os lagares e a adega, o alambique, as hortas biológicas, os pomares e o jardim das aromáticas, onde também se pode provar o Gin de Ventozelo). Tudo isto é feito com audio-guia e inclui prova de dois vinhos do Porto e um do Douro.
PROVAS
- Descoberta: prova de 3 (€14 pax) ou 6 vinhos (€22 pax), para descobrir Ventozelo, com vinhos varietais e de entrada de gama.
- 200 Hectares: prova de 4 (€17 pax) ou 8 vinhos (€28 pax) varietais.
- Reserva: 5 vinhos (€23 pax) da categoria Reserva, um rosé, dois brancos e dois tintos.
- Prova Especial de Vinhos DOC Douro: 4 vinhos ícone de Ventozelo (€40 pax).
- Enigma: prova cega de 4 vinhos da casa (€20 pax).
- Prova das Cores de Vinho do Porto: 4 vinhos do Porto da marca Porto Cruz (€21 pax).
- Prova Especial de Vinhos do Porto: 5 vinhos do Porto de gamas superiores e das marcas Dalva, Porto Cruz e Quinta de Ventozelo (€40 pax).
- Cominação Ventozelo: prova de um branco, um tinto e um rosé, harmonizada com três sabores da quinta, azeite, azeitonas e pão (€20 pax).
Quinta de Ventozelo
Website: www.quintadeventozelo.pt
Localização: Ervedosa do Douro
5130-135 S. João da Pesqueira
Contactos Enoturismo: +351254732167 / hotel@quintadeventozelo.pt
LISBOA
Quinta do Sanguinhal/Quinta das Cerejeiras
No Bombarral, a família Pereira da Fonseca detém três propriedades desde o início do século XX, totalizando 140 hectares, sob a “umbrela” Companhia Agrícola do Sanguinhal: Quinta do Sanguinhal, Quinta das Cerejeiras e Quinta de S. Francisco. Nestas três propriedades, a família sempre produziu vinho, vinificando as quintas separadamente, nas respectivas adegas. Mais recentemente, a empresa criou programas de enoturismo para as Quintas do Sanguinhal e das Cerejeiras, focados em proporcionar uma descoberta não só de carácter vínico, mas também histórico, religioso e arquitectónico. Todos os programas podem ser reservados e pagos directamente no website da Companhia Agrícola do Sanguinhal, o que é muito prático.
QUINTA DO SANGUINHAL
Esta propriedade proporciona uma visita completa e guiada (+ prova de vinhos), que passa pelos jardins do século XIX, pelas vinhas, pela destilaria do séc. XIX (onde se produziram aguardentes vínicas e bagaceiras durante 100 anos), por “um dos maiores e mais antigos lagares da Península Ibérica” (com prensas de fuso e vara, a mais antiga a datar de 1871), e pela cave de envelhecimento, “uma das mais antigas da região de Lisboa ainda em utilização” com 36 tonéis de carvalho português e mogno. Aqui, há duas variações do programa:
- Visita e prova (€30 pax): com duração de uma hora e meia, a visita antecede uma prova de 6 vinhos Sanguinhal — brancos, rosés, tintos e um licoroso — acompanhada de tostas, queijo de mistura regional e mini pastel de nata.
- Visita, prova e refeição (€60 pax): semelhante à anterior, mas com uma refeição servida em buffet, confeccionada pela equipa da quinta. Por mais €6,50, poderá alterar-se a ementa base consoante intolerâncias ou dietas específicas. A duração é de 3 horas.
QUINTA DAS CEREJEIRAS
A visita, com prova de vinhos, da Quinta das Cerejeiras, contempla o exterior da casa de Abel Pereira da Fonseca (fundador da Companhia Agrícola do Sanguinhal), projetada pelo arquitecto Norte Junior (primeira metade do século XX), a capela Madre de Deus (século XVI) com as paredes e abóbada forradas a azulejos do século XVII, o jardim da casa e o núcleo museológico, composto por uma adega com tonéis de carvalho e vários objectos e equipamentos antigos, ligados à história da produção de vinho da empresa. No momento da escrita deste artigo, estava disponível uma modalidade: visita guiada e prova de 2 vinhos da Quinta das Cerejeiras, com duração de 30 a 45 minutos (€5 pax).

Website: www.sanguinhal.pt
Localizações:
2540-216 Bombarral
Quinta das Cerejeiras
2544-909 Bombarral
Contactos Enoturismo: +351262609199 / +351914493231 / enoturismo@sanguinhal.pt / ana.reis@sanguinhal.pt
PENÍNSULA DE SETÚBAL
Casa Museu José Maria da Fonseca
A José Maria da Fonseca foi fundada há mais de 180 anos, estando hoje na sétima geração da família Soares Franco. A sua Casa Museu, em Vila Nogueira de Azeitão, actual local do enoturismo da empresa, foi residência da família até aos anos 70, tendo sido construída no século XIX e restaurada em 1923, pelo arquitecto suíço Ernesto Korrodi. Visitá-la, é também entrar em toda a mística da produção e estágio dos moscatéis, onde os cheiros e e as madeiras velhas combinam na perfeição com a estação outonal. Há muitas e distintas provas disponíveis, e todas incluem a visita, que tem início na Sala Museu, com uma breve explicação sobre a história da empresa, seguindo-se passagem pelo jardim e descoberta das três adegas: a Adega da Mata, onde estagia o vinho Periquita; a Adega dos Teares Novos, palco da Confraria do Periquita; e a Adega dos Teares Velhos, onde repousam os moscatéis mais antigos da José Maria da Fonseca.
Há várias modalidades de prova que conjugam vinhos brancos, tintos e Moscatéis de Setúbal: as Premium, dos 8 aos 19 euros; e as Super Premium, dos 18 aos 36 euros. Mas são as Provas Especiais, o Programa Família e a Experiência “Um dia com a nossa Família”, que se destacam neste Outono.
PROVAS ESPECIAIS (incluem visita):
- 3 Moscatéis de Setúbal (€18 pax): prova de 3 vinhos Moscatel de Setúbal da Colecção Privada do enólogo Domingos Soares Franco. Um Roxo, um Moscatel com Armagnac e um Moscatel com Cognac.
- 3 Tintos/3 Regiões (€29 pax): 3 tintos super premium, um da Península de Setúbal, um do Alentejo e um do Douro).
- Moscatéis Especiais (€100 pax): prova de 3 Moscatéis de Setúbal de topo, Alambre 20 Anos, Alambre 40 Anos e Trilogia (um blend dos anos 1900, 1934 e 1965).
- Sabores da Terra (€50 pax): prova de 2 brancos premium, 2 tintos premium e 1 Moscatel de Setúbal premium, acompanhada de caldo verde com broa de milho ou gaspacho, patês variados, queijos e enchidos, tortas de Azeitão, “esses” de Azeitão, pães e tostas. Com vinhos super premium, o valor passa para €57.
PROGRAMA FAMÍLIA:
- Visita guiada, seguida de prova de 2 vinhos premium para os adultos (1 tinto e 1 Moscatel) e 2 sumos para as crianças, acompanhados de queijos, enchidos, azeite e pão regional, com oferta de lápis de cor e desenhos para os mais pequenos. O preço para 2 adultos + 2 crianças (dos 2 aos 17 anos) é €35, com possibilidade de adulto extra por €12 ou criança extra por €5.
EXPERIÊNCIA “UM DIA COM A NOSSA FAMÍLIA”:
- O programa mais exclusivo de todos (preço sob consulta), que contempla visita guiada à Casa Museu, seguida de prova de 6 vinhos e almoço ou jantar na presença de um dos elementos da família Soares Franco. O menu da refeição é escolhido pelo cliente, e inclui “welcome drink”, entrada, prato e sobremesa, com selecção de vinhos personalizada.
Casa Museu José Maria da Fonseca

Website: www.jmf.pt
Localização: Rua José Augusto Coelho 12A
2925-538 Azeitão
Contactos Enoturismo: +351212198940 / enoturismo@jmfonseca.pt
ALENTEJO
Herdade do Rocim
A Herdade do Rocim é já uma referência incontornável da região da Vidigueira, quer pela qualidade e diversidade dos vinhos como pela beleza da propriedade e da sua moderna (mas perfeitamente integrada na paisagem) adega. A oferta de enoturismo do Rocim, por sua vez, convida a imergir na cultura vitivinícola tradicional alentejana, com propostas muito interessantes e originais, entre as quais se destaca a Amphora Wine Tour e a sugestão do produtor para esta estação: Brunch de Outono ou Bucha Alentejana de Outono.
PROVAS:
- Prova de vinhos com tábua alentejana (€25 pax): 4 vinhos Herdade do Rocim, acompanhados de selecção de queijos e enchidos alentejanos.
- Vinhos de ânfora/talha com tábua alentejana (€30 pax): uma prova para conhecer os métodos tradicionais e modernos de produção de vinhos de talha, com uma selecção de queijos e enchidos alentejanos.
- Bucha alentejana com vinhos Herdade do Rocim (€40): uma experiência vínica com selecção de petiscos tradicionais alentejanos em buffet.
BRUNCH DE OUTONO OU BUCHA ALENTEJANA DE OUTONO:
- Programa para degustar a paisagem e desfrutar de um brunch de Outono (€30 pax, mín. 2 pessoas), com iguarias típicas da época, harmonizadas com vinhos inspirados no Chapim, uma ave colorida que visita diariamente o Rocim. Está disponível nos sábados de Outubro, Novembro e Dezembro, a partir das 11h.
AMPHORA WINE TOUR:
- Neste novo programa (€115 pax), a Herdade do Rocim leva os visitantes num tour, entre Cuba e Vidigueira, pelos produtores de Vinho de Talha que, segundo a empresa, “mantêm a essência deste método secular de produção de vinhos”. Pelo meio, provam-se os vinhos e os petiscos da região.
Herdade do Rocim
Website: www.rocim.pt
Localização: Estrada Nacional 387
7940-909 Cuba
Contactos Enoturismo: enoturismo@herdadedorocim.com / +351935683517
Amphora Wine Tour: Rocim leva visitantes em roteiro do Vinho de Talha

Depois do Amphora Wine Day — evento anual que celebra o Vinho de Talha, tradição no Alentejo com mais de 2 mil anos — a Herdade do Rocim surge com o Amphora Wine Tour, um roteiro enoturístico que, só em Maio e Julho deste ano, já levou dezenas de enófilos e curiosos a conhecer vários […]
Depois do Amphora Wine Day — evento anual que celebra o Vinho de Talha, tradição no Alentejo com mais de 2 mil anos — a Herdade do Rocim surge com o Amphora Wine Tour, um roteiro enoturístico que, só em Maio e Julho deste ano, já levou dezenas de enófilos e curiosos a conhecer vários produtores de Vinho de Talha, entre a Vidigueira e Cuba.
Segundo o produtor da Vidigueira, esta é “já uma das atividades de enoturismo que mais procura tem tido por parte dos visitantes da Herdade do Rocim”, e é por isso que a empresa anuncia, agora, que esta actividade que “celebra o terroir e a cultura que dá origem ao Vinho de Talha português” é para continuar.
O programa, personalizável consoante quem o procura, não se esgota apenas na visita em si: das provas de vinhos, passando pelas harmonizações com os menus vínicos, as buchas ou tábuas alentejanas, às experiências nas vinhas, a Amphora Wine Tour é bastante abrangente, destinando-se a grupos maiores ou mais pequenos. Com valores que oscilam entre os €95 e os €125 por pessoa, dependendo do número de participantes, as marcações podem ser feitas através do endereço de e-mail enoturismo@herdadedorocim.com.
Pedro Ribeiro, enólogo e diretor-geral da Herdade do Rocim, sublinha que “estando na região com maior tradição do Vinho de Talha em Portugal, a Vidigueira, onde se produz este vinho há mais de 2000 anos, acreditamos que faz todo o sentido organizar eventos que celebrem o uso de ânforas. Acreditamos também que há aqui um extraordinário potencial para dar ao mundo do vinho, e os números têm-nos mostrado isso mesmo”.
Rocim cria Time Capsule com Cláudio Martins e Rodolfo Tristão

Herdade do Rocim Time Capsule é, como o nome sugere, uma autêntica cápsula do tempo de luxo que resulta de uma parceria entre o produtor Rocim — localizado na Vidigueira, Alentejo — o wine advisor Cláudio Martins e o sommelier Rodolfo Tristão. Esta Time Capsule inclui duas garrafas de Olho de Mocho Reserva branco 2008, […]
Herdade do Rocim Time Capsule é, como o nome sugere, uma autêntica cápsula do tempo de luxo que resulta de uma parceria entre o produtor Rocim — localizado na Vidigueira, Alentejo — o wine advisor Cláudio Martins e o sommelier Rodolfo Tristão.
Esta Time Capsule inclui duas garrafas de Olho de Mocho Reserva branco 2008, um saca rolhas de lâminas (ideal para abrir vinhos velhos, pois retira rolhas sensíveis sem as danificar) e um copo Zalto.
O Olho de Mocho Reserva branco 2008 é um 100% Antão Vaz, e com ele a Herdade do Rocim pretende demonstrar a longevidade da casta, em garrafa.
A Time Capsule entra agora no mercado a custar 145 euros.
#23 – Herdade do Rocim Touriga Nacional rosé 2019

vinho da casa #23 – Herdade do Rocim Touriga Nacional rosé 2019
vinho da casa #23 – Herdade do Rocim Touriga Nacional rosé 2019
Rocim lança cerveja artesanal MiMi

Já vinha a ser anunciado há alguns meses e os teasers eram muitos, mas finalmente chegou a hora da Herdade do Rocim lançar oficialmente a MiMi, uma grape ale com mosto da uva mais emblemática da Vidigueira, a Antão Vaz. A palavra ”artesanal” nunca fez tanto sentido, pois além de nascer de um processo manual […]
Já vinha a ser anunciado há alguns meses e os teasers eram muitos, mas finalmente chegou a hora da Herdade do Rocim lançar oficialmente a MiMi, uma grape ale com mosto da uva mais emblemática da Vidigueira, a Antão Vaz. A palavra ”artesanal” nunca fez tanto sentido, pois além de nascer de um processo manual e cuidadoso, respeitando todas as fases de evolução, esta cerveja fermenta em ânfora de barro durante doze dias, o mítico recipiente tão ligado à cultura ancestral dos vinhos no Alentejo. Depois dessa fermentação, do mosto de uva já misturado com o mosto de cerveja, a MiMi decanta a frio durante cerca de doze meses, é aprimorada e engarrafada, refermentando e maturando em garrafa por dois meses.
A custar 3.60 euros, a MiMi Grape Ale poderá ser aquirida em garafeiras especializadas, por todo o país.
Rocim, uma questão de família

Quando a ambição se junta à dedicação plena e uma grande atenção aos detalhes, seja na viticultura, na vinificação ou na apresentação, o resultado só pode ser surpreendente e bem-sucedido. TEXTO Valéria Zererino Fotos Cortesia Herdade do Rocim Catarina Vieira e o seu marido Pedro Ribeiro são ambos enólogos e gestores da Herdade do Rocim, […]
Quando a ambição se junta à dedicação plena e uma grande atenção aos detalhes, seja na viticultura, na vinificação ou na apresentação, o resultado só pode ser surpreendente e bem-sucedido.
TEXTO Valéria Zererino
Fotos Cortesia Herdade do Rocim
Catarina Vieira e o seu marido Pedro Ribeiro são ambos enólogos e gestores da Herdade do Rocim, situada na sub-região da Vidigueira, no Alentejo. Tudo acaba por ser um assunto familiar e talvez desta forma seja mais fácil tomar decisões acertadas.
O mundo vínico Português ainda se lembra do seu recente êxito – Herdade do Rocim Clay Aged – um vinho de extrema elegância e carácter, estagiado (não fermentado) em talha, quando mais novidades acabam de ser apresentadas, entre as quais um elegante espumante rosé, um peculiar branco Olho de Mocho 2017, um branco e um tinto feitos em talha e, finalmente, o Crónica #328.
Já é a terceira edição do espumante a seguir ao de 2013 e 2014. O 2015 não foi particularmente feliz e preferiram não o lançar. A Touriga Nacional que protagoniza este rosé, foi colhida no final de Julho com o intuito de preservar acidez. O dégorgement é feito após 12 meses de estágio sobre borras.
O vinho de talha branco é o resultado de um lote tipicamente alentejano com Antão Vaz, Perrum, Rabo de Ovelha e Manteúdo. E o tinto resulta de um lote igualmente tradicional, onde Moreto assume 50%, acompanhado de Tinta Grossa, Trincadeira e Aragonez. Estas uvas são provenientes de vinhas sem rega com mais 65 anos. Um pormenor interessante consiste em que as talhas utilizadas na Herdade do Rocim não são pesgadas (revestidas pez, substância à base de resina de Pinheiro e cera de abelha), o que de certa forma explica a limpeza aromática dos seus vinhos de talha. Quer branco, quer tinto estiveram sobre as massas nas talhas até ao mês de Fevereiro, quando foram engarrafados. São produzidas mais de 5.000 garrafas de cada um.
O Olho de Mocho branco reserva 2017 é feito com apenas uma casta – Antão Vaz de solos arenosos e de orientação a nascente. É uma vinha bastante ensombrada, que no calor do Alentejo ajuda a preservar a acidez. O vinho fermenta sem clarificação de mosto e a temperatura relativamente elevada (17-18˚C), depois estagia em barricas novas e de segundo ano durante 6 meses.
A Crónica # 328, foi escrita com vinho pela filha em homenagem do seu pai. José Ribeiro Vieira (1943-2012) foi um empresário de Leiria cujo objectivo na altura dos anos 70 foi contribuir para a mecanização da agricultura, que uma década mais tarde resultou numa empresa para equipamentos de obras públicas. Era uma pessoa muito ativa política e socialmente, expressando a sua posição e opinião crítica no semanário Jornal de Leiria, onde escreveu 327 crónicas, deixando a última, a 328ª, para a sua filha Catarina.
O Crónica # 328 pretende ser o melhor vinho da Herdade. As castas são típicas da região, Trincadeira e Aragonez, da vinha com 15 anos que fica nos terrenos xistosos de uma encosta de 300 metros de altitude virada a sul. Depois da fermentação com uma parte de engaço, o vinho passa dois anos em barricas novas de carvalho francês dando origem a uma edição muito limitada de apenas 1.200 garrafas
Edição Nº15, Julho 2018
Amphora Wine Day foi sucesso no Rocim

Texto: Mariana Lopes Fotos: cortesia Rocim Dia de São Martinho é dia de abertura das talhas no Alentejo. A 11 de Novembro, celebra-se o momento mais esperado da milenar tradição vivitinícola alentejana, da prática que faz parte do dia-a-dia da população, sobretudo nas zonas mais rurais, a produção do vinho de talha. Até esta altura, […]
Texto: Mariana Lopes
Fotos: cortesia Rocim
Dia de São Martinho é dia de abertura das talhas no Alentejo. A 11 de Novembro, celebra-se o momento mais esperado da milenar tradição vivitinícola alentejana, da prática que faz parte do dia-a-dia da população, sobretudo nas zonas mais rurais, a produção do vinho de talha. Até esta altura, as massas vínicas aguardam pacientemente dentro da ânfora.
Foi para marcar o acontecimento que Catarina Vieira e Pedro Ribeiro organizaram, na Herdade do Rocim, situada entre Vidigueira e Cuba, no Baixo Alentejo, uma autêntica festa do vinho de talha, uma espécie de “open day” onde 23 produtores de todo o país (e até do estrangeiro) e o próprio Rocim partilharam os seus vinhos, vinhos esses que em algum momento do processo de vinificação estiveram dentro de uma ânfora. Porque isto do vinho de talha não é de todo linear, e tem mais diversidade do que se pensa. Quer seja de talhas portuguesas, espanholas, italianas ou de qualquer outra nacionalidade, mais tradicionais ou mais modernas, vinhos só com fermentação no recipiente de barro, só com estágio ou com ambos, em contacto mais ou menos tempo com as películas e engaços, as possibilidades são imensas. Todos os produtores presentes no Amphora Wine Day atestaram esta diversidade, vindos de várias regiões, com alguns estreantes na matéria.

É o caso do projecto XXVI Talhas, de Vila Alva, uma pequena freguesia do concelho de Cuba, que embora assente numa antiga tradição familiar, nasceu como marca em 2018 e já tem um branco e um tinto muito interessantes (Branco do Tareco e Tinto do Tareco), de castas antigas do Alentejo. Já a Lusovini esteve no evento com o seu recém-lançado Tapada do Coronel Vinho de Talha, da Serra de S. Mamede, em Portalegre, e até com um vinho de talha do Dão que ainda não está no mercado. Também Joana Santiago deu a provar o vinho Santiago na Ânfora do Rocim, uma colaboração bem-sucedida entre os dois produtores com Alvarinho da região de Monção e Melgaço e ânfora do anfitrião da festança. Dos Vinhos Verdes veio Márcio Lopes com o seu Selvagem, um branco original de antigas vinhas de enforcado e de grande nível. Titan do Douro foi também um nome novo, um vinho de Luís Leocádio. Entre outras novidades estiveram também casas mais experientes no assunto, como Esporão, José de Sousa, Casa Relvas, Adega Cooperativa da Vidigueira, Amareleza, etc. De fora do país vieram Rocco di Carpeneto, de Itália, Sebastien David e Stéphane Yerle, de França, Zorah Wines, da Arménia, e Rendé Masdéu, de Espanha.
Após a prova livre de todos estes vinhos e mais alguns, cerca de uma hora antes do encerramento, deu-se o ponto alto do dia, a abertura das talhas do Rocim, dos vinhos brancos e tintos. Com o cante alentejano em plano de fundo, o público assistiu com entusiasmo enquanto o adegueiro introduziu a torneira de madeira no orifício um pouco acima da base da primeira talha, momentos antes do líquido cristalino começar a verter para uma pequena selha de barro vermelho. À porta da adega, contabilizaram-se mais de 1000 entradas, bem acima das cerca de 850 esperadas, um sucesso que fez justiça à irrepreensível organização.