Projecto solidário Eu Apoio a Produção Nacional está cada vez maior

A plataforma Eu Apoio a Produção Nacional – que doa 10% das suas vendas aos hospitais públicos Santa Maria (em Lisboa) e São João (no Porto) – conta já com perto de 50 marcas portuguesas. Desde a moda aos vinhos, passando pela decoração, cerveja artesanal, gin, utilitários e produtos regionais, são muitos os produtores que […]

A plataforma Eu Apoio a Produção Nacional – que doa 10% das suas vendas aos hospitais públicos Santa Maria (em Lisboa) e São João (no Porto) – conta já com perto de 50 marcas portuguesas.

Desde a moda aos vinhos, passando pela decoração, cerveja artesanal, gin, utilitários e produtos regionais, são muitos os produtores que se unem neste projecto que pretende, além da componente solidária, contribuir para manter activas as empresas nacionais.

Na vasta lista, figuram nomes como Sogrape, Oliveira da Serra, José Maria da Fonseca, Licor Beirão, Boas Quintas, Quinta do Paral ou A&D Wines.

Lista de produtores:

 

Enoteca Cartuxa tem nova Cozinha Social temporária

A Fundação Eugénio de Almeida, com sede em Évora, criou uma Cozinha Social na sua Enoteca Cartuxa, com o intuito de assegurar as necessidades básicas de alimentação dos mais vulneráveis desta cidade. Assim, a empresa pretende contribuir de forma assertiva para minimizar os impactos sociais e económicos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus. A […]

A Fundação Eugénio de Almeida, com sede em Évora, criou uma Cozinha Social na sua Enoteca Cartuxa, com o intuito de assegurar as necessidades básicas de alimentação dos mais vulneráveis desta cidade. Assim, a empresa pretende contribuir de forma assertiva para minimizar os impactos sociais e económicos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus. A nova Cozinha Social está a funcionar desde 27 de Abril, fornecendo, diariamente e gratuitamente, duas refeições – compostas por sopa, prato principal e sobremesa – a pessoas e famílias que se encontram em situação vulnerável. Tem capacidade para prestar 200 refeições por dia, o que equivale a mais de 6 mil por mês.

De carácter temporário, a Cozinha Social será mantida em funcionamento “enquanto for necessário”, diz a Fundação em comunicado de imprensa. Francisco Senra Coelho, presidente do Conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida, acredita que as refeições que partilham solidariamente “podem ajudar cada pessoa a encontrar força e confiança no futuro”.

Esta iniciativa insere-se noutra já criada pela Fundação Eugénio de Almeida, a #FundaçãoConsigo, que abrange projectos sociais, educativos, culturais e solidários.

Sogrape apoia comunidade em várias frentes

Para dar resposta às dificuldades criadas pela pandemia mundial, a Sogrape desenvolveu um conjunto de iniciativas de apoio directo à comunidade, desde a produção de álcool-gel a programas solidários. Luís Sottomayor (na foto, de máscara), enólogo responsável pelos vinhos do Douro na Sogrape, nomeadamente pelo incontornável Barca-Velha, lidera a equipa que nos últimos dias trocou […]

Para dar resposta às dificuldades criadas pela pandemia mundial, a Sogrape desenvolveu um conjunto de iniciativas de apoio directo à comunidade, desde a produção de álcool-gel a programas solidários.

Luís Sottomayor (na foto, de máscara), enólogo responsável pelos vinhos do Douro na Sogrape, nomeadamente pelo incontornável Barca-Velha, lidera a equipa que nos últimos dias trocou as garrafas de vinho, rótulos e rolhas para se dedicar à produção de uma solução desinfectante de base alcoólica a 70%.

Elaborada a partir de aguardente vínica, a Sogrape doou cerca de 25 mil litros desta solução para apoiar os profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à Covid-19. Este donativo foi entregue a várias instituições e unidades hospitalares, nomeadamente, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Bombeiros Voluntários de Avintes, Hospital de Campanha do Porto – Pavilhão Rosa Mota, Hospital São João, Hospital Santo António, Hospital de Aveiro, Cruz Vermelha Portuguesa, lar Dona Antónia Adelaide Ferreira, na Régua, IPO Lisboa, entre outros.

Além desta iniciativa própria, a Sogrape e outros produtores do sector mobilizaram-se, através da Associação das Empresas de Vinho do Porto, para produzir 55 mil litros desta mesma solução antisséptica de base alcoólica. Neste âmbito, a solução preparada pela Sogrape destina-se ao IPO Porto e ao Hospital de Braga.

A Sogrape respondeu também ao apelo da Centromarca (Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca) para efectuar um donativo com vista a equipar três hospitais (Santo António no Porto, Hospital Universitário de Coimbra e Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, que integra os Hospitais de Santa Maria e Hospital Pulido Valente) com salas de pressão negativa, fundamentais no tratamento dos doentes infectados com o novo coronavírus.

O show solidário “Só, mas bem acompanhado”, que decorreu no Instagram e que teve como principal objectivo a angariação de fundos para a Cruz Vermelha Portuguesa, foi mas uma das acções da empresa.  O  valor angariado pela iniciativa “Só, mas bem acompanhado” permitirá à Cruz Vermelha Portuguesa adquirir e doar a Hospitais e técnicos de saúde equipamentos de protecção individual – como máscaras, fatos protectores e gel desinfectante –, material médico – como testes à Covid-19 e medicação –, e ainda dar resposta a diversas necessidades logísticas, como transporte de doentes, manutenção das Unidades de Campanha Hospitalares, entre outras necessidades. Para além do valor angariado, esta iniciativa deu um apoio precioso ao sector cultural, que tem sido dos mais fustigados pelo confinamento social.

Associação Bagos d’Ouro: A fintar destinos de uma região

Há dez anos houve alguém que olhou para o Douro e viu o que muito pouca gente vê. Esse alguém resolveu fazer a diferença e criar a Associação Bagos d’Ouro, transformando a vida de muitas crianças e jovens. TEXTO Mariana Lopes FOTOS Bagos d’Ouro Quando nos lembramos do Douro, o que vemos? As bonitas e […]

Há dez anos houve alguém que olhou para o Douro e viu o que muito pouca gente vê. Esse alguém resolveu fazer a diferença e criar a Associação Bagos d’Ouro, transformando a vida de muitas crianças e jovens.

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Bagos d’Ouro

Quando nos lembramos do Douro, o que vemos? As bonitas e verdejantes encostas de vinha em patamares que acabam num rio que, com o sol da manhã reflectido, proporciona uma das mais incríveis visões do nosso país. De quando a quando, as tabuletas e pedaços de muro que, à maneira hollywoodesca, ostentam os nomes das prósperas quintas produtoras de vinho, do Porto e “de mesa”, negócio que movimenta milhões e que leva o nome de Portugal para os mais distantes locais do Mundo. É verdade que tudo isto faz parte do Douro, mas a realidade social que esta região encerra em si, longe dos olhos menos atentos e mais estrangeiros ao vale, é muito mais obscura. Predominantemente rural e com graves problemas socioeconómicos, o Douro tem um índice de envelhecimento da população elevadíssimo que, em 2015 e segundo o INE, atingia o valor 203.2 (quociente entre o número de pessoas com 65 anos, ou mais, e o número de pessoas entre os 0 e os 14 anos). Este factor está directamente relacionado com uma grande taxa de analfabetismo na região, que representa aqui 8.64% (dado de 2014, comparável aos 5% da Região Norte do país e 5.2% de Portugal Continental). Naturalmente, isto leva a que haja um nível relevante de desvalorização escolar por parte dos pais e encarregados de educação, relativamente aos seus filhos e educandos. Estes problemas, juntamente com outros factores latentes, como o alcoolismo, a violência doméstica e o desemprego (em 2016 e segundo o IEFP, das 200.792 pessoas desempregadas no Norte, 6.5% cabiam ao Douro), chamaram a atenção de Luísa Amorim, administradora da duriense Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Em conversas com o Padre Amadeu Castro, de São João da Pesqueira, surgiu a vontade de agir, de fazer algo sustentável pelas crianças e jovens do Douro, muitos deles com um enorme e desaproveitado potencial. Nasceu assim, em 2010, a Associação Bagos d’Ouro, uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) que começou com uma equipa profissional de apenas duas pessoas, que trabalhava com dez famílias: cinco em Sabrosa e cinco em São João da Pesqueira. Actualmente já são nove os profissionais, ajudados por muitos voluntários, a mudar a vida de 145 crianças e jovens, de mais de 80 famílias em seis concelhos.

O processo

Mas o que faz, na verdade, a Bagos d’Ouro, e como actua? Inês Taveira, jurista de formação e Coordenadora Geral da Associação, elucida que esta “tem foco na educação, mais do que em todas as outras áreas que a Bagos d’Ouro toca por consequência, acompanhando o percurso educativo e pessoal de cada criança, desde o primeiro ano da escola primária até à integração na vida activa”. Antes de se incluir na causa, Inês trabalhava no mundo da política, e não trocava o que agora faz por nada. No dia a dia, tem Mafalda Ferrão, psicóloga e Coordenadora Social da Bagos, como um dos seus braços direitos, que nos explica como tudo se processa. “Quando há lugar para novas crianças ou jovens, procedemos à sinalização, trabalhando com a rede social do concelho em questão, ou seja, com as entidades que respondem aos problemas sociais”, expõe Mafalda. A ligação faz-se, predominantemente, com a escola e é ela que abre a porta à associação e onde esta mais actua. Quando uma contacta a outra, são os professores (já munidos de ferramentas como, por exemplo, questionários específicos) que partem para a identificação das crianças que, sendo de famílias em situação de fragilidade financeira ou social, possam ver na Bagos d’Ouro uma oportunidade para construir um bom projecto de vida. “Ir mais longe do que iriam sem a retaguarda da Bagos”, diz a psicóloga. Depois, é já dentro da associação que se faz uma triagem para apurar quais os indivíduos identificados que mais cumprem os critérios, sendo os principais a carência económica, poucas oportunidades educativas e família com muito baixa escolaridade. Se forem mais velhos, são considerados os jovens que tenham uma muito boa prestação escolar, mas que a família não tem capacidade para lhes dar oportunidades educativas. De seguida, a equipa da Bagos d’Ouro vai a casa da criança ou jovem fazer a sua avaliação que, posteriormente, leva à elaboração de um parecer. É a direcção (encabeçada por Luísa Amorim), que toma a decisão final. Inês Taveira desenvolve, acrescentando que “É um trabalho muito presencial, quer na escola quer em casa, ao qual chamamos de ‘trabalho de proximidade’, pois só assim se podem encarar projectos de vida”. As sessões de atendimento individuais fazem-se, de modo geral, na escola, e os profissionais que estão responsáveis por casa concelho (um por cada) vivem no Douro e estão mais presentes, fisicamente. As visitas domiciliárias, por sua vez, acontecem de dois em dois meses, para que não se perca o envolvimento da família.

O Compromisso

“Honramos o nosso vínculo com as crianças e jovens, e eles connosco, através de um documento, o Compromisso”, conta Mafalda Ferrão. Nele, as crianças definem e deixam escrito os seus objectivos e metas, quer seja subir as notas, integrar uma oportunidade educativa diferente, entrar no Inglês ou nos Escuteiros, ou integrar um voluntariado, por exemplo. Este documento é assinado pelas duas partes, a criança/jovem e o técnico, e vai sendo monitorizado ao longo do tempo. “No fim do ano, o Compromisso é avaliado e fazemos uma cerimónia de entrega de diplomas e prémio de mérito. Não é obrigatório ter ‘nota 5’ a tudo para receber um diploma de Ouro, por exemplo. Pode ser um aluno de 3 que cumpriu todos os seus objectivos, ou um aluno que melhorou a Inglês de 2 para 3. Os de prata implicam que o aluno tenha cumprido 70% dos seus objectivos. E os que não cumpriram, levam um ‘puxão de orelhas’”, disse Mafalda, rindo.
Uma das dinâmicas mais interessantes da associação é a sinergia que está a começar a verificar-se, entre mais velhos e mais novos, no que toca a explicações e ajuda no estudo. A Mafalda explica: “Estamos a desenvolver isso porque muitas vezes, principalmente nos mais pequenos, há falta de estímulo em casa e eles não fazem, por exemplo, os trabalhos de casa. A relação um-para-um é também muito importante a nível humano e afectivo, e quem já passou pelo mesmo consegue incutir interesse no mais novo. Quase como se fossem irmãos mais velhos”, afirma.

Os parceiros

Mas algo essencial e, na verdade, condição para que a Bagos d’Ouro possa subsistir, são os parceiros desta instituição. Além dos locais, já referidos, a associação tem outros, muitos deles ligados ao vinho, produtores do Douro que ajudaram a instituição a nascer. Hoje, já são 21 (lista completa em bagosdouro.com), e este número continua a crescer. “São empresas que estão familiarizadas com o território e que de lá retiram a sua riqueza, sentindo-se responsáveis por devolver”, revela Inês Taveira. O apoio é feito financeiramente, mas também em espécie. Com eles, a Bagos d’Ouro organiza iniciativas como as Wine Party, onde estes produtores dão a provar os seus vinhos, ou provas solidárias, às quais as empresas fornecem o vinho e o staff.
Também há toda uma panóplia de parceiros de outras áreas, como a escola de Inglês Wall Street, que fornece uma bolsa para cada jovem frequentar os cursos desta língua. Inês confessa: “Sem os parceiros, tanto da área do vinho como de muitas outras, apoiando em espécie, financeiramente ou em ambos, o nosso trabalho seria inviável, até porque as necessidades não param de crescer”, expõem a coordenadora.
A campanha Amigo é, por exemplo, uma das formas pelas quais as pessoas individuais, ou colectivas, podem ajudar uma determinada família com apoio educativo e social. “O valor oferecido pela pessoa é canalizado para aquela família e vamos dando feedback sobre os desenvolvimentos de quem se está a ajudar, no final de cada período escolar. Sejam conquistas ou dificuldades”, elucida Mafalda Ferrão. A Bagos d’Ouro tem tido grande sucesso na sua intervenção mas, por vezes, há dificuldades no processo. A psicóloga desabafa: “Temos crianças com famílias bem estruturadas e que apoiam muito, apenas tendo dificuldades económicas, mas também temos crianças oriundas de famílias com menos estruturação. Há alturas em que um lado puxa para cima e o outro puxa para baixo, em que de repente tudo o que fizemos volta para trás. No entanto, a nossa linguagem é sempre de força e não de fragilidade”.

Os resultados

Ana Catarina tem 25 anos, é de Sabrosa e foi das primeiras alunas da Bagos, tendo começado em 2012, na transição do ensino secundário para o superior. Foi sinalizada como uma jovem do 12º ano com uma enorme capacidade, para quem a Bagos poderia ser uma retaguarda. Sempre quis prosseguir alguma investigação científica, e entrou na UTAD (em Vila Real) em Genética e Biotecnologia. Fez mestrado em Oncologia, no Porto, no IPO. Entretanto interessou-se ainda mais pela área clínica, por ter lidado com ela durante o mestrado, e está hoje a tirar a sua segunda licenciatura, Medicina. Quer exercer e, em simultâneo, fazer investigação. Também ela, outrora, assinou o Compromisso, onde colocou objectivos como fazer voluntariado na Cruz Vermelha e integrar o curso de Primeiros Socorros, ou aprender inglês. Ana sempre foi muito cumpridora dos compromissos e muito ambiciosa. Mafalda Ferrão confessa, feliz: “Alguns objectivos que a Catarina colocava no Compromisso eram até para nós bastante desafiantes, tal era a sua ambição”. Talvez por isso tenha chegado onde chegou. “Chegaria sempre longe, mas com a nossa ajuda chegou ainda mais longe e não deixou objectivos de vida pelo caminho”, afirma a coordenadora social.
“O meu concelho é dos menos isolados comparando com os outros em que a Bagos está presente. Mesmo assim, é difícil frequentar a faculdade pois os transportes públicos são praticamente inexistentes”, diz Ana Catarina. “Os meus pais têm ambos o quarto ano, uma escolaridade muito baixa. Sempre trabalharam no campo e, apesar de me terem incentivado e de eu ser uma boa aluna, quando fui para a faculdade o meu pai ficou desempregado. Eu tinha uma bolsa de mérito, mas mesmo assim não era suficiente para as propinas, as necessidades diárias e o alojamento em Vila Real. A Bagos foi fundamental, desde os estágios que me ajudou a angariar, passando pelo curso na Wall Street até contactos com professores que apostaram em mim, entre outras coisas”.
Ana Catarina conta que hoje, no Douro, a generalidade dos pais já está mais escolarizada, mas ainda há muitas dificuldades gritantes como, por exemplo, famílias que não têm electricidade ou mesmo água. “Foi muito a minha realidade mas, infelizmente, ainda acontece”. E desenvolveu, dizendo que “O grande desafio é fazer os jovens bem-sucedidos na sua formação académica quererem ficar ou regressar ao Douro, para ajudar a desenvolvê-lo, criar empresas, postos de trabalho, potenciar uma região com muito para dar. Eu vejo-me a voltar e a ter uma relação de proximidade, a nível da Saúde, com os durienses”.
Hoje, a Bagos d’Ouro já não precisa de intervir na vida de Ana Catarina com o fazia, porque já está “lançada”, mas a Associação nunca se afasta completamente, nem os ex-alunos o fazem. O contacto continua e Ana Catarina está agora, inclusive, a começar o seu papel na equipa da Bagos d’Ouro.
Já são cinco os jovens que integraram com sucesso a vida activa. Inês tirou Psicologia em Coimbra e regressou a São João da Pesqueira, estando a trabalhar na Santa Casa da Misericórdia. Raquel licenciou-se em Direito e está a trabalhar num cartório notarial. Leonardo licenciou-se em Literatura Clássica e está a acabar agora o mestrado, tendo começado a estagiar, já profissionalmente, na Fundação Amália Rodrigues, em Lisboa. “Ele quer muito regressar ao Douro”, disse Mafalda “então estamos a tentar encontrar uma oportunidade profissional para ele, lá”. E Inês Taveira desabafou que “Deveria haver mais incentivos para que os jovens voltassem para o Douro, a sua região de origem, para que esta se finalmente se desenvolvesse. Mas há muito poucos”. Andreia é psicóloga e está, também ela, numa IPSS, em Bragança. “Quando começámos com as primeiras 10 famílias, ninguém sabia ao certo o que iria acontecer nem como iria ser o nosso trabalho. Eramos quase bombeiros, andávamos de casa em casa”, conta Mafalda. “Por isso, é muito engraçado vê-los já assim”.
Os números do impacto da Bagos d’Ouro falam por si: 89% de taxa de sucesso escolar; 84% dos Compromissos foram cumpridos; 64% de crianças e jovens com desempenho escolar entre Bom, Muito Bom e Excepcional; e 72% dos alunos subiram ou mantiveram a média global anual. “Se tivéssemos mais tempo, faríamos ainda mais. Esta equipa faz o que for preciso, seja coordenar a associação, abrir pães ou ir buscar bacalhau. E fazemos tudo isto muito felizes”, afirma Inês Taveira. Quando questionada sobre que apelo quereria deixar, concluiu que “O que nós mais pedimos é que as pessoas falem da Bagos d’Ouro. Lembrarem-se de nós, por exemplo na altura da consignação do IRS, que é uma fonte de receita e não há qualquer prejuízo para as pessoas. Se possível, tornarem-se Amigo da Bagos d’Ouro ou voluntários e, muito importante, darem-nos voz, quer seja num evento vínico ou de outra forma, permitindo-nos apresentar e passar a nossa mensagem”. Precisam de fundos, é certo, mas há várias maneiras de ajudar que não implicam bens materiais. “Gostávamos que um dia o trabalho da Bagos d’Ouro deixasse de fazer sentido. Isso seria sinal de que a situação social do Douro teria melhorado muito”, confessa. No entanto, a dificuldade no Douro é permanente, pois continua a ser uma região muito pobre. “É mais isolada, e o isolamento físico traz também o psicológico. Vão sempre existir famílias e jovens para ajudar. Discute-se muito a questão da mão-de-obra e da falta dela e, realmente, se nada for feito vamos ter um grande êxodo de jovens, o que agravará ainda mais a situação”.
Uma coisa é certa, iniciativas como a Bagos d’Ouro têm o poder de ser pontos de viragem para a transformação de toda uma região. E é de louvar a coragem de quem dá o “pontapé de saída”.

Edição nº 34, Fevereiro de 2020

AMA: campanha solidária da Malhadinha apela aos consumidores

A Herdade da Malhadinha Nova e a Garrafeira Soares, duas empresas do mesmo grupo, criaram uma campanha de angariação de fundos para ajudar três instituições, na prevenção e combate à Covid-19, a campanha AMA – Apoia, Mobiliza e Atua. Este apoio será feito de três formas: criação das três páginas de fundraising , uma para […]

A Herdade da Malhadinha Nova e a Garrafeira Soares, duas empresas do mesmo grupo, criaram uma campanha de angariação de fundos para ajudar três instituições, na prevenção e combate à Covid-19, a campanha AMA – Apoia, Mobiliza e Atua. Este apoio será feito de três formas: criação das três páginas de fundraising , uma para cada uma das instituições; doação de 25 mil euros por parte das duas empresas; doação de packs patrocinados pela Herdade da Malhadinha Nova e Garrafeira Soares, através da página de fundraising, nos valores de €250, €500 e €1000. A instituições escolhidas para tal, são as seguintes:

As duas empresas lançam, desta forma, o apelo ao consumidor para que este se junte a esta causa e ajude as referidas instituições:

Para apoiar o IMM, clique aqui.
Para apoiar o ABC, clique aqui.
Para apoiar o SERHUMANO, clique aqui.

Ajudar a Rede de Emergência Alimentar é fácil com a Ervideira

A abertura de duas novas lojas Ervideira WineShop, em Fátima e em Lisboa, indicavam que 2020 seria um ano de grandes apostas no enoturismo para esta empresa. Mas o novo coronavírus chegou, o que obrigou ao fecho parcial das portas para assegurar a saúde dos seus colaboradores e evitar propagação, tal como os seus clientes: […]

A abertura de duas novas lojas Ervideira WineShop, em Fátima e em Lisboa, indicavam que 2020 seria um ano de grandes apostas no enoturismo para esta empresa. Mas o novo coronavírus chegou, o que obrigou ao fecho parcial das portas para assegurar a saúde dos seus colaboradores e evitar propagação, tal como os seus clientes: restaurantes, garrafeiras, hotéis, cliente final, entre outros…

Mas, como diz a Ervideira em comunicado de imprensa, “ajudar não pode parar” e, por isso, o produtor decidiu apoiar a Rede de Emergência Alimentar – estruturada a partir dos Bancos Alimentares e assente nas Instituições de Solidariedade Social, Juntas de Freguesia  e outros. E fá-lo da seguinte forma: em cada encomenda de vinho feita no site da Ervideira, que o comprador receberá em casa em até 48h, o produtor doará o valor da garrafa de preço mais elevado à Rede de Emergência Alimentar.

Duarte Leal da Costa, proprietário e administrador da Ervideira, explica que além do factor solidariedade, com 100% do valor da garrafa mais cara a reverter para a Rede, esta acção é muito importante para manter a equipa da empresa motivada e preservar a marca Ervideira, coisas que, com toda a certeza, farão toda a diferença no futuro, no recomeço da normal actividade.

Porto Velhotes cria crowdfunding para ajudar a Cruz Vermelha

A marca de vinho do Porto Velhotes iniciou uma campanha online de angariação de fundos que tem como objectivo apoiar o movimento da Cruz Vermelha Portuguesa: #euajudoquemajuda – Unidos Contra a Covid-19. Esta iniciativa angariará fundos para poder ajudar, por um lado, quem hoje está na linha da frente com equipamentos de protecção individual, cobertores, […]

A marca de vinho do Porto Velhotes iniciou uma campanha online de angariação de fundos que tem como objectivo apoiar o movimento da Cruz Vermelha Portuguesa: #euajudoquemajuda – Unidos Contra a Covid-19. Esta iniciativa angariará fundos para poder ajudar, por um lado, quem hoje está na linha da frente com equipamentos de protecção individual, cobertores, camas de campanha, tendas, ventiladores e desfibrilhadores; e, por outro lado, para aumentar a capacidade de resposta na prestação de cuidados ao domicílio e transporte para as unidades de saúde, da população de terceira idade, o grupo etário mais afectado por este novo coronavírus.

Assim, a marca Velhotes fez o primeiro contributo, no valor de 5 mil euros, marcando o arranque desta angariação solidária e inspirando outros a repetir a acção. Qualquer pessoa pode contribuir, indo à página do site dedicada à campanha de angariação e escolhendo o método pretendido. A campanha decorrerá até ao dia 30 de Abril.

Para dar forma à iniciativa, a marca criou também um filme-manifesto com base em histórias que atravessam gerações, onde cada um de nós se pode rever e reviver, relembrando que mesmo que tudo mude, há coisas que se deverão manter intactas, “até sermos Velhotes”.  Este filme estará disponível no site da marca, nas suas redes sociais e em campanhas de display, mas também pode vê-lo aqui:

A criatividade da campanha é da autoria da REPRISE.

António Maçanita cria loja online e reverte metade dos lucros para Cruz Vermelha

Já está online o site onde é possível comprar mais de 50 vinhos assinados pelo enólogo e produtor António Maçanita (entrega gratuita acima de quaisquer 6 garrafas) e, ainda, ajudar a Cruz Vermelha na batalha contra a COVID-19. Metade dos lucros vai para a campanha #euajudoquemajuda. “Perante esta situação difícil que vivemos, os meus esforços […]

Já está online o site onde é possível comprar mais de 50 vinhos assinados pelo enólogo e produtor António Maçanita (entrega gratuita acima de quaisquer 6 garrafas) e, ainda, ajudar a Cruz Vermelha na batalha contra a COVID-19. Metade dos lucros vai para a campanha #euajudoquemajuda.

“Perante esta situação difícil que vivemos, os meus esforços vão para, não só manter a minha empresa em funcionamento e a minha equipa saudável e protegida, como fazê-lo ajudando onde é mais preciso durante esta crise de saúde pública. Assim, criámos um site de venda dos nossos vinhos, com referências que até agora o cliente final só podia aceder através da restauração ou do pequeno retalho. No entanto, não faz sentido para mim, nem para a minha equipa, sermos ajudados sem ajudar os outros. Como tal, queremos participar nesta rede em cadeia doando metade dos lucros que faremos online à campanha #euajudoquemajuda, da Cruz Vermelha.” declarações do enólogo António Maçanita sobre as motivações que levaram a esta iniciativa.

Entre os vários vinhos disponíveis, estão novidades lançadas este mês de Março, como a gama Chão dos Eremitas, da Fita Preta, ou o Fita Preta Branco Ancestral. Além das novidades, também raridades e edições especiais, até agora pouco acessíveis, estarão disponíveis para venda ao público. É o caso do Fina Flor, um vinho que faz lembrar um xerez seco; Da Pedra se fez Espumante, um espumante dos Açores; ou Laranja Mecânica, o primeiro vinho laranja do enólogo.

As entregas demoram entre 24 e 48 horas para território nacional e entre 48 e 72 horas para o resto da Europa, mas para quem tem pressa de provar estes vinhos, pode fazê-lo na Grande Lisboa através da aplicação No Menu que tem, a partir de hoje, 31 vinhos das várias regiões onde o enólogo produz, disponíveis para entrega imediata. Esta parceria com a No Menu – que terá exclusivamente em armazém estes vinhos para venda – procura facilitar quem quer comprar menos quantidade de vinhos, mais rapidamente.

Covid-19: Gin alentejano fornece álcool para 3 meses ao Hospital de Évora

Como revelou o site Tribuna Alentejo, o empresário António Cuco, produtor do Sharish Gin – empresa com sede em Reguengos de Monsaraz – vai assegurar o stock de álcool do Hospital de Évora para os próximos 3 meses, o que se traduz numa necessidade de 1200 litros do produto. A informação foi inicialmente avançada pelo próprio […]

Como revelou o site Tribuna Alentejo, o empresário António Cuco, produtor do Sharish Gin – empresa com sede em Reguengos de Monsaraz – vai assegurar o stock de álcool do Hospital de Évora para os próximos 3 meses, o que se traduz numa necessidade de 1200 litros do produto.

A informação foi inicialmente avançada pelo próprio e por José Calixto, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.

Foto: Gin Foundry

Covid-19: Rei dos Leitões doou 80 refeições a profissionais de saúde

O restaurante da Mealhada já é conhecido por aderir e promover várias iniciativas de solidariedade. No passado domingo, em conjunto com a empresa Duarte da Cruz & Lopes, um dos seus parceiros no fornecimento de leitões, o Rei dos Leitões ofereceu 80 refeições aos profissionais de saúde da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada. António […]

O restaurante da Mealhada já é conhecido por aderir e promover várias iniciativas de solidariedade. No passado domingo, em conjunto com a empresa Duarte da Cruz & Lopes, um dos seus parceiros no fornecimento de leitões, o Rei dos Leitões ofereceu 80 refeições aos profissionais de saúde da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada.

António Paulo Rodrigues, gerente do Rei, sabe que, durante uma crise como a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, “os médicos e auxiliares merecem o nosso maior respeito, uma vez que estão a dar o que têm e o que não têm. Presenteá-los com uma refeição de conforto é o mínimo que podemos fazer”.

Relembramos que o Rei dos Leitões, situado no número 17 da afamada Avenida da Restauração, na Mealhada, está a servir refeições em regime de take away e a fazer entregas de comida e vinho de Norte a Sul do país, entre as 12h00 e as 19h00, com excepção de terça-feira à tarde e quarta-feira todo o dia. As entregas são gratuitas num raio de 10 quilómetros, ou até 30 quando a encomenda tem um valor acima dos €100. Já com uma dúzia de dias de operação, a gastronomia e os vinhos da garrafeira dos Rei dos Leitões já chegaram a Aveiro, Anadia, Mealhada, Luso, Coimbra, Fátima e Lisboa.