Alentejo prevê aumento de produção na vindima de 2023
A vindima já arrancou no Alentejo e, segundo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), as estimativas para 2023 são positivas, apontando para um crescimento entre 5% e 10%, em comparação com a campanha do ano anterior. Isto traduz-se numa produção estimada de 112 a 118 milhões de litros de vinho, resultantes da colheita deste ano. […]
A vindima já arrancou no Alentejo e, segundo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), as estimativas para 2023 são positivas, apontando para um crescimento entre 5% e 10%, em comparação com a campanha do ano anterior. Isto traduz-se numa produção estimada de 112 a 118 milhões de litros de vinho, resultantes da colheita deste ano.
Estas estimativas são produto de um estudo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto para a CVRA, e do contacto continuado da Comissão Vitivinícola com os produtores da região.
“As uvas colhidas são sãs, o que se reflectirá em mais um ano de qualidade garantida, o que – considerando que estamos a crescer, no estrangeiro, 8% em volume e em valor – é sinal que continuaremos a oferecer ao mercado a excelência já reconhecida de todas as regiões e sub-regiões alentejanas”, afirma Francisco Mateus, presidente da CVRA.
Moinante Experience: Mainova cria programa de vindima nocturna
Moinante Experience é o novo programa de enoturismo da Mainova, projecto de vinho situado no Vimieiro, em Arraiolos, que pretende proporcionar ao consumidor a experiência de uma vindima nocturna alentejana. Com duração de 5 horas e meia, das 22h30 às 03h00, o programa está marcado para os dia 25 de Agosto, 1 e 8 de […]
Moinante Experience é o novo programa de enoturismo da Mainova, projecto de vinho situado no Vimieiro, em Arraiolos, que pretende proporcionar ao consumidor a experiência de uma vindima nocturna alentejana. Com duração de 5 horas e meia, das 22h30 às 03h00, o programa está marcado para os dia 25 de Agosto, 1 e 8 de Setembro.
O rafeiro da Herdade da Fonte Santa, propriedade da Mainova com 200 hectares — 20 de vinha e 90 de olival — chama-se Moinante, nome que é atribuído “às propostas mais irreverentes de toda a gama da marca”, refere a empresa. “Moinante, que significa ‘um boémio’, é agora o mote para vivenciar uma vindima nocturna”.
A primeira etapa da Moinante Experience começa com um “welcome drink” e um kit de boas-vindas Mainova, seguindo-se uma visita à adega, antes da aguardada vindima nocturna, que será feita com a ajuda de pequenas lanternas frontais, tesouras de poda e coletes reflectores. No final da experiência, uma ceia com prova de vinhos e o momento de observar as uvas colhidas a serem processadas, com possibilidade de participação na fase da mesa de escolha, onde são seleccionadas as melhores uvas.
A inscrição na Moinante Experience tem um custo de €120 por pessoa, e pode ser feita através dos contactos enoturismo@mainova.pt e +351910732526.
IVDP assegura pagamento de uvas até 15 de Janeiro
No que toca ao pagamento de uvas aptas a D.O. Douro e I.G. Duriense, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) passa agora a ser intermediário na transacção. Esta foi uma proposta já aprovada em Conselho Profissional, que tem o objectivo de evitar atrasos nos pagamentos aos viticultores. Gilberto Igrejas, Presidente do […]
No que toca ao pagamento de uvas aptas a D.O. Douro e I.G. Duriense, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) passa agora a ser intermediário na transacção.
Esta foi uma proposta já aprovada em Conselho Profissional, que tem o objectivo de evitar atrasos nos pagamentos aos viticultores.
Gilberto Igrejas, Presidente do IVDP, explica que “Os compradores de uvas efectuam o seu pagamento aos viticultores através de transferência bancária para o IVDP, indicando as quantidades e os valores a pagar a cada um dos viticultores”. Esta é uma forma que o Instituto tem de assegurar que o preço das uvas será integralmente pago pelos compradores, até ao dia 15 de Janeiro de 2021.
ANDOVI edita guia de recomendações Covid-19 para a vindima
Para ajudar a fazer face às contingências resultantes da pandemia da Covid-19, as regiões portuguesas do vinho uniram esforços para publicar um guia com recomendações para os produtores. Através da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, todas as regiões portuguesas estão agora munidas de recomendações para ajudar os produtores a fazerem uma […]
Para ajudar a fazer face às contingências resultantes da pandemia da Covid-19, as regiões portuguesas do vinho uniram esforços para publicar um guia com recomendações para os produtores. Através da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, todas as regiões portuguesas estão agora munidas de recomendações para ajudar os produtores a fazerem uma vindima no contexto de pandemia que está a ser vivido em todo o mundo.
Este guia inclui recomendações a ter nas deslocações de pessoas até às vinhas, no acolhimento a trabalhadores sazonais, zonas de alimentação e alojamento dos vindimadores, bem como cuidados e organização nas vinhas (colocação dos vindimadores nas linhas, por exemplo), na recepção de uvas na adega, e nas áreas de fermentação. Os cuidados a ter no contacto com os parceiros externos e os fornecedores de uvas são outro exemplo.
Francisco Mateus, presidente da ANDOVI, avançou que “este guia é uma adaptação nacional de recomendações publicadas em França, pretendendo-se que seja um contributo para uma vindima mais segura para todos os intervenientes, protegendo a saúde individual de cada um e as melhores condições de trabalho durante a vindima que se vai iniciar”.
O guia completo pode ser consultado aqui.
Espanha apoia vindima em verde
TEXTO Luís Lopes Até agora, que saibamos, em Portugal nenhuma entidade sugeriu o financiamento da vindima em verde como possível medida de apoio ao sector do vinho no âmbito da covid-19, mas em Espanha o governo já a incluiu no pacote de medidas para esta área. Tal como acontece em Portugal, aqui ao lado também […]
TEXTO Luís Lopes
Até agora, que saibamos, em Portugal nenhuma entidade sugeriu o financiamento da vindima em verde como possível medida de apoio ao sector do vinho no âmbito da covid-19, mas em Espanha o governo já a incluiu no pacote de medidas para esta área.
Tal como acontece em Portugal, aqui ao lado também a destilação de crise recolhe a maior fatia dos apoios directos, que se estendem também ao subsídio ao armazenamento. Mas novidade são os 15 milhões de euros destinados exclusivamente à vindima em verde, ou seja, o corte para o chão dos cachos ainda não maduros, reduzindo a produção e, ao mesmo tempo, aumentando a qualidade.
Os apoios para a vindima em verde definidos pelo Ministério da Agricultura de Espanha e pelas regiões autónomas, assentam em duas vertentes: pagamento de 60% dos custos directos (mão de obra mecânica ou manual) da operação de redução de produção; e uma compensação pela quantidade perdida, calculada com base em 60% do valor médio da uva nas três últimas colheitas. Esta medida aplica-se apenas a vinhas com denominação de origem e o valor a pagar por hectare varia, naturalmente, de região para região, pois tem em conta o preço da uva.
Várias autonomias anunciaram já os valores envolvidos para os apoios à poda em verde. Por exemplo, na região autónoma de Castilla y Leon (que abrange 13 Denominações de Origem), os apoios para a operação de poda/eliminação de cachos são de €1.200/ha para a eliminação manual, €1000/ha para a mecânica e €300/ha para a química; e a compensação pela produção perdida pode ir de até €600/ha em Arribes, €1300/ha em Cigales e em Toro, €2000/ha em León, €2.800/ha em Bierzo, €3500/ha em Rueda e, o valor mais elevado, €4.700/ha em Ribera del Duero.
Em Espanha teme-se uma colheita bastante generosa em quantidade, que trará sérias implicações ao nível da armazenagem, comercialização e preços de venda. Também França e Itália esperam colheitas volumosas o que, em conjunto, significa uma enormidade de produtores a procurarem vender a qualquer preço nos mercados internacionais. Portugal será inevitavelmente atingido, de forma directa e indirecta, por esta “tempestade perfeita”.
Inteligência Artificial vai ajudar a calcular volume da vindima
A Universidade de Lincoln (www.lincoln.ac.nz), da Nova Zelândia, está a desenvolver um sistema que se pretende vir a conseguir ‘olhar’ para uma vinha e determinar qual vai ser a produção final. O sistema, baseado em inteligência artificial e com sensores electrónicos, consegue contar e analisar o número, tamanho e distribuição dos cachos numa vinha. A […]
A Universidade de Lincoln (www.lincoln.ac.nz), da Nova Zelândia, está a desenvolver um sistema que se pretende vir a conseguir ‘olhar’ para uma vinha e determinar qual vai ser a produção final. O sistema, baseado em inteligência artificial e com sensores electrónicos, consegue contar e analisar o número, tamanho e distribuição dos cachos numa vinha. A intenção é acelerar o processo de preparação de vindima e poupar alguma mão-de-obra no processo. Este sistema permite ainda calcular, à posteriori, quanto vinho irá ser produzido nesse ano.
O estudo para conceber este sistema começou já com a casta mais famosa na Nova Zelândia, a branca Sauvignon Blanc, mas está já a ser adaptado para a tinta Pinot Noir.
Por outro lado, à medida que os dados forem sendo adquiridos (e eventualmente afinados), o sistema tenderá a ficar cada vez mais preciso nas avaliações. Ou seja, vai tirar partido do histórico de dados. O programa vai durar cinco anos e envolve dois organismos de investigação e vários produtores de vinho.
Não se sabe ainda como vai funcionar concretamente o sistema e se este poderá ser adaptado a climas mais quentes, como o português, onde existe uma maior tendência a esconder os cachos na folhagem da videira.