Lisboa duplica produção e venda de vinho biológico

Os 13 produtores de Vinho Biológico da Região Demarcada dos Vinhos de Lisboa produziram e comercializaram 250 mil garrafas, e fecharam 2023 com o dobro da produção e das vendas em relação ao ano anterior. Segundo Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), “a sustentabilidade do prado ao prato […]

Os 13 produtores de Vinho Biológico da Região Demarcada dos Vinhos de Lisboa produziram e comercializaram 250 mil garrafas, e fecharam 2023 com o dobro da produção e das vendas em relação ao ano anterior.

Segundo Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), “a sustentabilidade do prado ao prato é um desígnio de toda a fileira agroalimentar nacional, e a Região Demarcada dos Vinhos de Lisboa está cada vez mais comprometida com a estratégia definida para o setor do vitivinícola, assente no novo Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola”.

O modo de produção biológico é particularmente exigente e desafiante numa Região de Viticultura Atlântica como a de Lisboa e obriga à aquisição de conhecimento e a uma transição para práticas agrícolas e enológicas cujos resultados não são imediatos. O modo de produção biológico implica a selecção meticulosa das castas mais adaptadas ao terroir de cada parcela, a uma monitorização permanente do ciclo cultural das videiras e ao domínio das melhores práticas de preservação e de melhoria da fertilidade dos solos, e de prevenção de pragas e doenças.

Actualmente, a Região Demarcada de Lisboa tem os seguintes produtores de vinho biológico: Casa Santos Lima, AdegaMãe, Quinta do Montalto, Bio-Grape, Chão do Prado, Quinta de Sant’Ana do Gradil, Quinta da Folgorosa, Vale de Cortém, Quinta do Monte D’Oiro, Cas’Amaro, Vale da Capucha, Quintada da Boa Esperança, CPS (Carlos Pereira de Sousa).

Black Sheep: o wine bar que não segue o rebanho

Tudo começou quando Brian Patterson, um norte-americano a viver em Lisboa desde 2017, perguntou aos amigos: “Um lugar em Lisboa onde se possa beber vinhos de pequenos produtores portugueses, há?”. Bastou isto para, ao lado da sua companheira de longa data, Jennifer, abrir o seu próprio bar. O nome é Black Sheep, o que vai […]

Tudo começou quando Brian Patterson, um norte-americano a viver em Lisboa desde 2017, perguntou aos amigos: “Um lugar em Lisboa onde se possa beber vinhos de pequenos produtores portugueses, há?”. Bastou isto para, ao lado da sua companheira de longa data, Jennifer, abrir o seu próprio bar.

O nome é Black Sheep, o que vai de encontro ao conceito que serviu de alicerce para Brian e Jennifer erguerem o seu espaço: fora do banal, divergir da corrente. É na Praça das Flores, em Lisboa, e também funciona como loja, e os proprietários querem “dar a provar vinhos de terroir, na sua maioria naturais, orgânicos e biodinâmicos, que não se encontram nas prateleiras dos supermercados”, de Norte a Sul de Portugal Continental, e também das ilhas. Mas não é apenas por serem vinhos oriundos destes métodos de produção que Brian lhes dá relevo, e explica que “Prefiro fixar-me no carácter único e nas características de cada produtor. Sei que muitas pessoas vêm porque ouviram falar que aqui há a possibilidade de provar esse tipo de vinhos, inclusive a copo, mas eu prefiro pensar que eles vêm sobretudo pela oportunidade de provar e ficar a saber mais sobre os vinhos e produtores menos conhecidos”.

E a melhor parte é que o custo do vinho a copo não vai deixar ninguém a “arder”, variando entre os €3,50 e os €6,50.