Portugal com empresas e vinhos no ranking mundial
As listagens “World Ranking Wines and Spirits 2017”, com a hierarquia de vinhos e produtores de vinhos a nível mundial, está quase finalizada. A nível de produtores, Portugal tem a Casa Santos Lima, produtor da região de Lisboa, num honroso segundo lugar. Um pouco mais abaixo está a Sogrape Vinhos, no quinto lugar. A Sogrape, […]
As listagens “World Ranking Wines and Spirits 2017”, com a hierarquia de vinhos e produtores de vinhos a nível mundial, está quase finalizada. A nível de produtores, Portugal tem a Casa Santos Lima, produtor da região de Lisboa, num honroso segundo lugar. Um pouco mais abaixo está a Sogrape Vinhos, no quinto lugar. A Sogrape, refira-se, ocupou a primeira posição no ranking do ano passado. Da lista dos 100 primeiros consta ainda a alentejana Casa Agrícola Alexandre Relvas (Herdade de São Miguel), no 21º lugar, a Sogevinus Fine Wines (Cálem, Burmester, Barros), no 22º lugar, a Coop. Agrícola de Santo Isidro de Pegões (27º), a Casa Ermelinda Freitas (29º), a Dfj Vinhos (45º), Cortes de Cima (65º), Herdade do Esporão (72º) e a Adega Cooperativa do Cartaxo (93º). Ao todo, portanto, Portugal tem 10 produtores de vinho no Top 100 dos produtores mundiais. Não espanta por isso que, em termos de nações, tenha conseguido o 6º lugar, atrás da França, Estados Unidos, Espanha, Itália e Austrália, países com muito maior produção que Portugal. O ano passado, contudo, Portugal estava um lugar acima.
Os vinhos
A nível de vinhos, o tinto Valcatrina 2014, da Casa Santos Lima, ocupou o sexto lugar no ranking e foi considerado o mais premiado no mundo como vinho de lote. Esta colheita está esgotada, infelizmente, e a de 2015 também (ou quase). O segundo luso no ranking (16º lugar) é da mesma empresa e chama-se Colossal Reserva tinto 2014. Da lista com 157 nomes constam ainda 23 outros vinhos portugueses. O ano passado a lista tinha 100 nomes e dela constavam 19 vinhos portugueses. O primeiro vinho português foi da Sogrape, o Tawny Sandeman 40 Years Old (ficou em 7º lugar).
Estes rankings, elaborados pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licorosos, são organizados com base nos resultados dos concursos internacionais de vinhos ocorridos durante o respectivo ano. Quantas mais e melhores medalhas recebem os vinhos de um produtor, mais sobe a posição no ranking desse mesmo produtor. Note-se, contudo, que os concursos não têm todos o mesmo peso.
Ler os resultados com cuidado
É ainda importante levar em conta que, em quantos mais concursos participar, tanto maior a probabilidade de um vinho (e o respectivo produtor) subir neste ranking. Não é assim de estranhar que o produtor mais premiado – da Austrália – tenha enviado vinhos para 44 concursos, mais do dobro do que a Casa Santos Lima, que apenas entrou em 17! Ainda assim, estes dois produtores destacaram-se dos restantes pela quantidade de concursos em que inscreveram os seus vinhos. Só para se fazer uma ideia, a empresa mais ‘participadora’ a seguir entrou em apenas 13 concursos e a grande maioria nem a 10 foi. Poderemos ainda acrescentar que muitos produtores nacionais e internacionais – alguns de grande prestígio – optam por não enviar os seus vinhos para concursos e, como tal, nunca poderão constar destas listas. Sem medo de grandes erros, diremos que os mais caros vinhos do mundo dificilmente (ou nunca) entrarão em concursos internacionais.
Pode consultar todas as listas no site da organização, em http://www.wawwj.com/2017/_SP/index.php
(AF)