Herdade do Peso: O encanto da terra dobrada
“O grande desafio que os produtores da região têm agora, é sincronizarem-se para trabalhar a vinha em mais detalhe e profundidade, sobretudo o sentido de lugar”. É uma das primeiras coisas que nos diz Luís Cabral de Almeida junto a uma das lareiras da Herdade do Peso, e que introduz muito daquilo que tem sido […]
“O grande desafio que os produtores da região têm agora, é sincronizarem-se para trabalhar a vinha em mais detalhe e profundidade, sobretudo o sentido de lugar”. É uma das primeiras coisas que nos diz Luís Cabral de Almeida junto a uma das lareiras da Herdade do Peso, e que introduz muito daquilo que tem sido o foco, dos últimos tempos, na propriedade. “Sempre defendi a existência do microclima da Vidigueira, com a influência da Serra do Mendro e das outras até ao mar, e as amplitudes térmicas enormes em Agosto, com noites de 14 graus centígrados, que nos permitem ter excelentes maturações”, desenvolve. Enólogo do Peso desde 2012, Luís Cabral de Almeida está hoje mais em contacto com a natureza do que com as “ribaltas” da vida, e isso reflecte-se na aura de tranquilidade e serenidade que emana.
Quando nos aponta como as vinhas e as outras plantações pautam o terreno da herdade, é a “terra dobrada” que vemos, expressão dos locais para orografia ondulada. E aí também nós ficamos tranquilos e serenos, numa época do ano em que tudo começa a descansar: as cepas, as árvores, o vinho.
A Sogrape chegou ao Alentejo em 1991 e, no ano seguinte, fez um contrato para a compra das uvas da Herdade do Peso, em Pedrógão, na Vidigueira. A opção pela Vidigueira foi óbvia na altura, não só pelo potencial vitivinícola da região, mas também pela ligação familiar ao proprietário da Herdade do Peso, cunhado de Fernando Guedes, ex-líder da Sogrape e filho do seu fundador, o que abria uma possibilidade de privilegiada cooperação. Não se perdeu tempo antes do lançamento de um produto para o mercado, e o Vinha do Monte tinto 1991 foi o vinho de estreia do grupo no Alentejo, uma marca actualmente independente do resto do portefólio.
Mais tarde, em 1996, a Herdade do Peso é adquirida pela Sogrape. Na verdade, a equipa técnica já conhecia os cantos à casa, pois, até ao ano da aquisição, tinha vindo a assessorar o processo de plantação de novas vinhas. Estas plantações tiveram, naturalmente, um incremento após a compra da propriedade, e sucedeu-se a construção de um centro de vinificação no local, com capacidade para processar, à época, 750 mil quilos de uvas. A adega foi alvo, entretanto, de mais duas remodelações, uma em 2013 e outra terminada em 2022, tendo hoje capacidade para 2,500,000 quilos de uva. Mas 2013 foi também o ano do primeiro Trinca Bolotas, uma das marcas mais importantes para a operação da Herdade do Peso, cujo tinto representa hoje 1 milhão e 100 mil garrafas anuais.
Luís Cabral de Almeida iniciou a sua carreira na Sogrape em 1991. No Dão, e desde 2012 chefia a enologia da Herdade do Peso
Vinha, onde faz sentido
A Herdade do Peso ocupa uma área total de 465 hectares em solos argilo-calcários, onde 160 são de vinha, 140 dos quais de uvas tintas, como Aragonez, Syrah, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Petit Verdot, Grand Noir, Touriga Franca, Tinta Miúda e Tinto Cão. Os 20 hectares de uvas brancas incluem Antão Vaz, Arinto, Moscatel Graúdo, Chardonnay, Viognier e Verdelho. “A nossa base aqui é Alicante Bouchet e Touriga Nacional nas tintas, e Antão Vaz e Arinto nas brancas, não descurando Chardonnay, Verdelho e Viognier, por exemplo. Estamos progressivamente a cortar no Aragonez e a plantar mais Alicante no lugar dele, não reduzindo tudo. No entanto, penso que uma das próximas revoluções na região, ao nível das castas, será a Tinta Miúda”, declara-nos Luís Cabral de Almeida.
Entre 2020 e 2022, foram plantados mais nove hectares de videiras, com várias castas e uma particularidade: “Recorremos ao sistema de condução antigo em vaso, ou taça [gobelet]. A poda é mais difícil, mas as uvas ficam mais à sombra”, explica o enólogo.
Depois de um estudo profundo sobre os solos da propriedade, foram identificados 12 tipos de solo diferentes, todos derivados do argilo-calcário. Com esta informação, os técnicos da Herdade do Peso passaram a plantar vinha “apenas nos solos mais indicados para potenciar a qualidade das vinhas”, desvendou Luís Cabral de Almeida. Isso já é totalmente visível quando se passeia pela herdade, pois há muitas zonas que já não têm vinha contínua, tendo sido criados corredores de biodiversidade entre as parcelas. Para estes corredores, e não só, foi feito mais um estudo no sentido de apurar as espécies verdes naturalmente presentes: foram apontadas 157 espécies de plantas, oito das quais em grande risco de extinção. Assim, 37 destas espécies estão a ser plantadas nos sítios menos indicados para vinha. Luís Cabral de Almeida diz que o objectivo é “recuperar a flora tradicional da propriedade”.
Quanto a olival, este também representa uma parte importante da área plantada, com 50 hectares de tradicional e 50 de intensivo. Estes últimos serão, segundo o enólogo, para arrancar quando acabar o contrato vigente. Mas dentro deste tema há algo ainda mais impressionante: a alegada oliveira mais antiga de Portugal, que Luís Cabral de Almeida diz rondar uns impressionantes 3700 anos de idade. Estar na sua presença é quase desconcertante, tal a imponência e a beleza da sua velhice. “Temos um desafio, que é fazer um azeite com as azeitonas das oliveiras que têm mais de mil anos. Vamos ver se conseguimos…”, adianta. Para suportar tudo isto a nível hídrico, a Herdade do Peso conta com uma preciosa barragem, que ocupa uma área de vinte hectares. Toda a vinha da propriedade é regada, mas apenas com recurso à barragem e em sistema de gota-a-gota.
Uma adega completa
O projecto nunca parou de crescer e, em 2022, ficou concluída a mais recente ampliação da adega da Herdade do Peso, para acompanhar esse crescimento. A simples mas bonita edificação, com tecto ondulado inspirado na “terra dobrada”, contempla uma área de vinificação com 18 cubas de brancos, 13 cubas para brancos premium (5 delas em betão), 28 cubas de tintos e 12 cubas para tintos premium (2 em betão), bem como três prensas pneumáticas e uma prensa vertical de pratos. Quanto ao estágio e armazenagem, a adega dispõe de 56 cubas de inox, entre 2 mil a 35 mil litros, e dez talhas de barro, cada uma com capacidade para 1500 litros. Entre todo estes recursos, Luís Cabral de Almeida apontou-nos aqueles que estão dedicados aos “fine wines” do peso: as túlipas de betão, as cubas tronco-cónicas de inox e as talhas. Estão ainda a apostar nos grandes formatos, com tonéis de três mil litros para estágio. “Esta é uma adega com preocupação ambiental e pragmatismo em simultâneo, com grande isolamento térmico. Fazemos também re-aproveitamento da água da ETAR para lavagens e rega dos jardins”, explica o enólogo.
Os vinhos
Recentemente, a Herdade do Peso reorganizou e actualizou a sua gama de “estate wines”, que hoje inclui as sub-marcas Sossego e Trinca Bolotas, e as referências Herdade do Peso Revelado, Herdade do Peso Reserva, Herdade do Peso Parcelas e o topo de gama Herdade do Peso Ícone. Estes e outros vinhos perfazem uma produção anual de um milhão e oitocentas mil garrafas, mas é nos últimos quatro tintos que agora nos focamos.
Herdade do Peso Revelado nasceu com o propósito de ter toda a herdade engarrafada. É um blend de todos os solos e das castas mais representativas (Alicante Bouschet, Syrah e Cabernet Sauvignon), levando, desta forma, “a Vidigueira e o Alentejo de volta ao mundo”, dizem os próprios. A uvas do Revelado são desengaçadas, fermentam em inox e o vinho estagia um ano em barricas de carvalho francês. Já com Reserva, pretende-se combinar a tradição vitícola com a inovação na adega. É escolhida uma parte das uvas das “melhores” parcelas e são utilizados “materiais nobres e deixa-se o tempo actuar, fazer a sua magia”, adianta a equipa. Neste caso, as uvas provêm do talhão 28 de Alicante Bouschet, do talhão 94 de Touriga Nacional e da melhor parcela de Syrah. A fermentação dá-se em cubas tronco-cónicas de inox e, após fermentação maloláctica, o vinho estagia, separado por casta, em barricas e nos tonéis de 3 mil litros de carvalho francês durante 12 meses. Para o blend final, são escolhidos os vinhos das melhores madeiras.
O Parcelas, por sua vez, é feito com uvas das parcelas que mais se destacaram pela qualidade em cada vindima. Neste 2019 entraram o talhão 21, de Alicante Bouschet, e o talhão 101, de Petit Verdot (a edição anterior foi um 100% Alicante Bouschet, por exemplo). A fermentação ocorre em cubas tronco-cónicas e o estágio nos tonéis, durante um ano, escolhendo-se depois os melhores para o lote final. Por último, o topo de gama Herdade do Peso Ícone é o vinho que surge apenas nos anos que a equipa considera como excepcionais: o histórico deste tinto inclui 2007, 2014 e agora o 2018. Depois da selecção dos melhores bagos da Herdade do Peso, é preciso vinificar primeiro para se decidir se é engarrafado como Ícone ou não. Neste 2018 entraram as melhores uvas de Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Petit Verdot. As uvas foram desengaçadas, mas, na fermentação em tronco-cónicas de inox, adicionou-se 30% de engaço ao Alicante Bouschet, “para dar mais complexidade e estrutura”. Após fermentação maloláctica, o vinho estagiou nos tonéis por 12 meses e, mais uma vez, foram depois escolhidos os melhores.
(Artigo publicado na edição de Dezembro de 2023)
Barão de Vilar: Porto, Douro e algo mais
O nosso encontro começou no Pocinho. À porta de um enorme armazém, que de bonito não tem nada, estão centenas de meias barricas, todas vazias. Isto é para Porto? Indagamos, mas Álvaro van Zeller, o nosso guia e anfitrião, responde: é e não é! Como assim? Insistimos. A explicação vem logo: “este é dos bons […]
O nosso encontro começou no Pocinho. À porta de um enorme armazém, que de bonito não tem nada, estão centenas de meias barricas, todas vazias. Isto é para Porto? Indagamos, mas Álvaro van Zeller, o nosso guia e anfitrião, responde: é e não é! Como assim? Insistimos. A explicação vem logo: “este é dos bons negócios que temos na empresa; recebemos barricas (normalmente 200 por mês) vazias que serviram a vinho tranquilo e depois de cheias com água e tratadas com metabissulfito, são, depois de lavadas, avinhadas com Vinho do Porto pelo tempo que o cliente quiser: 3, 5, 6 e 12 meses. O cliente neste caso são empresas de bourbon americano, o whiskey que, desta forma, ganha um plus em virtude de a barrica ter estado avinhada com Porto. Mais tempo, mais caro. O negócio torna-se muito interessante porque o Porto, uma vez esvaziadas as barricas, fica em cubas de inox e volta a ser usado nas próximas que chegarem.
Como lembra Álvaro, “apenas fazemos prestação de serviços, vêm cá pô-las e buscá-las, o negócio que depois fazem com elas já não é connosco”. A dimensão enorme do armazém climatizado comporta, para já, 1500 destas barricas e poderá atingir as 2000 quando se alargar a instalação, algo já previsto.
Os irmãos Fernando e Álvaro van Zeller têm uma longa experiência no negócio Douro e Porto
Aqui descansam também muitos tonéis e balseiros de vinho do Porto. Ao todo estamos a falar de 2,2 milhões de litros Porto de todas as categorias, ou seja, a maioria do stock que, no total atinge os 3 milhões de litros de fortificado, dos quais um milhão de vinhos velhos e Colheita datados. A estes números acrescem 2 milhões de litros de vinhos Douro. A empresa tem apenas tem 24 ha de vinhas próprias, adquirindo uvas em mais 280 hectares de várias zonas do Douro.
As vinhas próprias estendem-se desde a Quinta do Castro do Saião (que faz marca própria e vende vinho à Barão de Vilar, até vinhas no vale da Vilariça (Quinta do Tombo). A Quinta de Zom, em Freixo de Espada à Cinta, com 22 ha de vinhas, não pertence à empresa: fornece uvas e cede o nome. Existe a intenção de “puxar” pelo Saião, criando mais marcas, eventualmente com nomes de vinhas da quinta.
Para vinificar os DOC Douro a empresa criou desde 2008 uma adega em Santa Comba da Vilariça onde conta com Mafalda Machado como enóloga residente. E, para conseguir espaço para tudo armazenar, a Barão de Vilar ainda dispõe da adega de Romarigo (Régua), com capacidade de armazenagem de 6 milhões de litros e um centro de engarrafamento em Vila Nova de Gaia.
A Barão de Vilar passa agora a fazer parte deste grupo Van Zeller Wine Collection (e tem mesmo um terceiro sócio apenas a ela ligado). No conjunto a empresa aposta muito forte nos mercados externos e, assim, temos que o mercado interno apenas corresponde a 10% da facturação.
Tudo começou, devagarinho, quando a família van Zeller vendeu a Quinta do Noval à AXA Millésimes e quando os irmãos herdaram algum vinho do Porto da família. A partir daí, sobretudo com o impulso empreendedor de Fernando e as qualidades de Álvaro como enólogo, a empresa cresceu tremendamente e tudo aponta para que o crescimento vá prosseguir. A Van Zeller Wine Collection vai continuar a marcar pontos no Douro.
MUITAS COLHEITAS E MARCAS
As provas decorreram na adega da Vilariça e a equipa técnica (com Mafalda Machado) aproveitou a ocasião pare revisitar colheitas mais antigas de algumas marcas. O portefólio é de tal maneira amplo que seria impossível fazer aqui uma prova da totalidade dos vinhos. Dos que provámos, aqui ficam algumas notas e impressões.
A prova estendeu-se pelas várias marcas do grupo. Começámos com a colecção de vinhos Kaputt, uma marca nascida ocasionalmente, quando foi preciso encontrar nome para um vinho que reunia lotes de várias colheitas; começou por ter edição em branco, de que deixamos aqui a nota da 2ª edição. A primeira teve engarrafamento em 2016 e fizeram-se, na altura, 2645 garrafas. Provado agora mostrou que continua numa forma excelente, leve aroma de pólvora, até com notas longínquas a lembrar Sauternes. Dá muito prazer a beber e, curiosamente, num patamar ligeiramente acima da 2ª edição. Poderá custar agora €70. Todos os anos tentam o Kaputt quer no branco quer no Orange. Estão a deixar brancos de reserva para ver o que acontece. Provam duas vezes por ano para ver como estão a evoluir. É assim expectável que novas edições surjam no futuro.
A marca Zom não corresponde a vinhas da quinta de Zom. Para já é um nome apenas e estende-se por três patamares de vinhos: os Colecção (topo de gama), Grande Reserva e Reserva, Garrafeira e genéricos. Nesta gama fizemos uma prova extensa, tendo ficado de fora o branco Reserva e o rosé. O Reserva tinto (15000 garrafas/ano) e o Grande Reserva já foram provados em várias edições pela Grandes Escolhas; é o caso do Grande Reserva 2017 que, provado agora, se mostrou muito bem, ainda cheio de pequenas nuances aromáticas de muita qualidade. O preço de mercado rondará agora os €30. Provámos a 1ª edição do Garrafeira mas, dizem-nos, será para continuar em próximos anos. Os tintos Zom Colecção – apresentados numa garrafa de formato original desenhada em conjunto com Martin Berasategui – só terão edição em anos considerados de muito nível, com produções entre 3500 e 5000 garrafas. Além dos dois aqui notados provámos também o Zom Colecção 2009 que mostrou estar agora no zénite, no seu melhor momento de prova, com todos os elementos a darem muito boa conta de si. O registo é de elegância mas a dar-nos sinais de que tem ainda argumentos para continuar em cave.
A gama Reserva é bem mais acessível em termos de preço, com uma qualidade assinalável. Foi um pouco para mostrar esse aspecto que provámos duas edições mais antigas que nos confirmam a aptidão destes vinhos para a vida em cave.
A gama dos vinhos do Porto da empresa estende-se por várias marcas (a mais conhecida será a Barão de Vilar), umas destinadas sobretudo aos mercados externos – como é o caso da Feuerheerd’s, marca adquirida à família Barros – outras mais vocacionadas para uma forte presença no mercado interno, como a Maynard’s e uma, mais discreta, onde estão incluídos alguns dos topos de gama, com a marca Palmer, apenas destinada ao canal HORECA. O que houver de melhor sairá com a marca Palmer, quer Colheita, quer Vintage. A Maynard’s, ainda que dos mesmos anos, vai continuar a ter vinhos do Porto mas de lotes diferentes, de outro patamar em termos de preço.
Os melhores lotes vão para umas marcas, as segundas linhas para outras. O portefólio da empresa é um puzzle que não será fácil de gerir.
A Van Zeller Wine Collection dispõe de stocks para todas as gamas de Porto e as várias marcas de vinho do Porto incluem também praticamente todas as categorias, que vão dos vinhos de entrada de gama até aos Vintage e Colheitas que se prolongam até aos anos 40 do século passado. Os melhores lotes vão para umas marcas, as segundas linhas para outras. Ao ver o portefólio da empresa conseguimos perceber que se trata de um puzzle que não será fácil de gerir. Com a excepção da Feurheerd’s, todas as outras marcas, incluindo a Barão de Vilar, correspondem a antepassados dos van Zeller, ligados ao negócio do Vinho do Porto. Os lotes de vinhos do Porto mais antigos correspondem a compras feitas na Casa do Douro que dispõe de um enorme acervo de vinhos velhos e onde, com frequência, as empresas do sector adquirem vinhos mas que, como nos referiu Álvaro van Zeller “são vinhos que precisam depois de ser educados em cave, desde retirar cobre, corrigir a aguardente e a acidez, nomeadamente a volátil, que por vezes vem em níveis muito baixos e isso exige estágio em barricas não atestadas para forçar a oxidação e fazer subir a volátil”. No entanto sublinhou que, mais do que vendedores de Porto a terceiros, são sobretudo compradores, uma vez que têm necessidade de grande stock para todas as marcas.
No caso do Porto Vintage, diz-nos Álvaro “enviamos sempre amostras para aprovação mas nem sempre comercializamos. O 2012 está em venda agora mas, por exemplo, anda não lançámos o 14 ou o 15; mas o 16 e 17 já foram editados; os vintages de 2018, 19 e 20 estão engarrafados e logo se vê. Se não comercializarmos, podemos abrir as garrafas, pede-se ao IVDP para desclassificar o vinho e é integrado na conta corrente do ano”.
(Artigo publicado na edição de Dezembro de 2023)
-
Palmer
Fortificado/ Licoroso - 1951 -
Maynard’s
Fortificado/ Licoroso - 1974 -
Maynard’s
Fortificado/ Licoroso - 1962 -
Barão de Vilar
Fortificado/ Licoroso - 2012 -
Barão de Vilar
Fortificado/ Licoroso - 2016 -
Palmer
Fortificado/ Licoroso - 1935 -
Palmer
Fortificado/ Licoroso - -
Zom Colecção
Tinto - 2017 -
Zom
Tinto - 2017 -
Zom
Tinto - 2011 -
Zom
Tinto - 2020 -
Zom
Tinto - 2008 -
Zom
Tinto - 2009 -
Kaputt 40 meses
Tinto - 2018 -
Kaputt Laranja
Branco - -
Kaputt Curtimenta Vinho Laranja
Branco - 2019 -
Kaputt 2ª edição
Branco -
BARCOS WINES REFORÇA PORTEFÓLIO DA VINALDA NO VINHO VERDE
A Vinalda estabeleceu recentemente uma parceria com a Barcos Wines – Adega Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, para a distribuição das suas marcas em Portugal. “Ao unirmos forças com a Vinalda, abrimos as portas a uma distribuição mais alargada e eficiente, para alcançarmos novos patamares de notoriedade em todo o País”, disse José […]
A Vinalda estabeleceu recentemente uma parceria com a Barcos Wines – Adega Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, para a distribuição das suas marcas em Portugal.
“Ao unirmos forças com a Vinalda, abrimos as portas a uma distribuição mais alargada e eficiente, para alcançarmos novos patamares de notoriedade em todo o País”, disse José Oliveira, diretor geral e enólogo da Barcos Wines, após a conclusão do acordo entre as duas organizações. Já para Bruno Amaral, administrador da Vinalda, o estabelecimento da parceria é a resposta à necessidade da sua empresa ter, no seu portefólio, um produtor que completasse a sua oferta de vinhos da Região dos Vinhos Verdes. “Barcos Wines responde precisamente ao que pretendíamos, por ser uma empresa dinâmica, com vinhos de excelente relação qualidade-preço e uma imagem apelativa”. Assim, a partir de agora, as marcas Adega Ponte da Barca, Estreia e Vez passam a fazer parte da carteira da distribuidora na região do Vinho Verde.
VINHOS DE MONÇÃO E MELGAÇO COM PROVAS COMENTADAS EM GARRAFEIRAS
Os vinhos de Monção e Melgaço vão ao encontro dos consumidores em dez provas comentadas, em outras tantas garrafeiras espalhadas pelo país, numa iniciativa conjunta da CVR dos Vinhos Verdes e da Grandes Escolhas. Esta acção, em que cada uma das garrafeiras seleccionadas convida os seus próprios clientes para participar e provar os Alvarinhos, começou […]
Os vinhos de Monção e Melgaço vão ao encontro dos consumidores em dez provas comentadas, em outras tantas garrafeiras espalhadas pelo país, numa iniciativa conjunta da CVR dos Vinhos Verdes e da Grandes Escolhas.
Esta acção, em que cada uma das garrafeiras seleccionadas convida os seus próprios clientes para participar e provar os Alvarinhos, começou em Dezembro último e vai prolongar-se até Março do corrente ano.
O grande objetivo destas provas comentadas, que são orientadas pelos críticos e especialistas da revista Grandes Escolhas – Luis Lopes, Valéria Zeferino, Luis Antunes e Miguel Ferreira – é mostrar como a sub-região de Monção e Melgaço é um território de excepção, que produz vinhos brancos de classe mundial. Nelas mostra-se a grande riqueza e a diferenciação de perfiz da casta Alvarinho no seu território berço original, os concelhos de Monção e Melgaço, em função da localização das vinhas, dos solos onde estão implantadas, opções enológicas dos produtores e, sobretudo, da passagem do tempo, já que são vinhos que envelhecem com nobreza. São estas nuances que vão estar evidentes nas provas comentadas. Um mundo a descobrir. A entrada é livre, sujeito à capacidade dos espaços.
CALENDÁRIO DAS PRÓXIMAS PROVAS :
2 Fevereiro, Alcobaça, Garrafeira A Casa, com Valéria Zeferino (18:00H)
3 Fevereiro, Póvoa do Varzim, Garrafeira D. Figueiredo, com Miguel Ferreira (16:00H)
8 Março, Barcelos, Garrafeira Vinhedo, com Miguel Ferreira (19:00H)
15 Março, Porto, Copo d’Uva, com Luis Lopes (18:30H)
Manoella, Guru, Pintas: No coração do Douro
Regressar à Manoella é sempre um prazer. Estamos nas margens do rio Pinhão e logo no trajecto entre a estrada e a casa no coração da quinta somos familiarizados com a extensa floresta de mata mediterrânica que se estende por 30 ha e pelas diversas casas em ruínas espalhadas pela propriedade, umas que foram armazéns, […]
Regressar à Manoella é sempre um prazer. Estamos nas margens do rio Pinhão e logo no trajecto entre a estrada e a casa no coração da quinta somos familiarizados com a extensa floresta de mata mediterrânica que se estende por 30 ha e pelas diversas casas em ruínas espalhadas pela propriedade, umas que foram armazéns, outras que foram adegas.
Hoje – em época de explosão do enoturismo – logo nos interrogamos se para elas há projectos a curto prazo mas Sandra, cautelosa, lá vai dizendo que “para já não, temos outras prioridades mas… mais premente é o restauro da casa principal da quinta que se apresenta muito carente de obras”. O caminho é demorado e a estrada de terra obriga a condução cautelosa. Dá para ir percebendo que, por aqui, há quase tudo – vinhas, oliveiras, medronheiros, muitas árvores de fruto, apiário e ervas aromáticas indígenas. Um verdadeiro microcosmos.
É nesta quinta que funciona o centro de operações da Wine & Soul para o vinho do Porto, com a adega cheia de tonéis, balseiros e barricas. Com o tempo, e tendo começado no DOC Douro, a Wine & Soul tem vindo a produzir, adquirir e armazenar vinho do Porto e o portefólio já se estende por muitas categorias como Tawny e Ruby Reserva, Branco 10 anos e 10 anos Extra-Dry, tawny 10 e 20 anos, todos com a chancela Manoella e o Vintage, da marca Pintas. Bem guardado e à espera do momento certo para ser lançado, há também em arquivo um Porto branco muito, muito velho que cirurgicamente é dado à prova e que se inscreve naquela categoria do “néctar dos deuses”, algo que pudemos comprovar no local.
É na Manoella que funciona o centro de operações da Wine & Soul para o vinho do Porto, com a adega cheia de tonéis, balseiros e barricas.
Uma vertical de Guru
As nossas provas desenrolaram-se em dois momentos. Parte foi feita ao jantar, na casa que Jorge e Sandra têm no Pinhão e onde moraram antes de zarparem para Vila Real com os filhos em idade escolar; a segunda parte foi nas instalações da empresa em Vale de Mendiz, localizadas por cima da adega dos lagares onde, desde sempre, se fizeram os vinhos tintos. Ao jantar, e em ambiente descontraído, pudemos revisitar algumas colheitas mais antigas como o Guru 2012 em magnum, um branco notável, mineral e rico com excelente acidez; nos tintos, o sempre surpreendente Pintas Character 2008, o Pintas 2011 em magnum, a revelar-se muito firme na imensa qualidade que apresenta e o Porto Vintage Pintas 2003 também ele a mostrar uma boa evolução.
Já em Vale de Mendiz tivemos a oportunidade de conhecer quase toda a equipa (neste momento são 23 pessoas) e onde se incluem alguns estagiários e quatro timorenses a quem, em acordo com a Caritas, a Wine & Soul se dispôs a dar casa e trabalho. Aqui funciona também o enoturismo com imensas visitas (com provas), com equipa destacada para o efeito.
Junto à adega existe um armazém onde se vinificam os brancos em barrica; não é bonito, nada tem de fashion, mas cumpre, como nos diz Jorge, a função primordial “conseguimos aqui vinificar os brancos com controle de temperatura de fermentação barrica a barrica, porque elas não são iguais e os mostos também não; estamos nisto desde 2012.” A isto pode-se chamar uma enologia de precisão, conceito que Jorge e Sandra aplicam sobretudo aos brancos que produzem.
O momento – uma mini vertical de brancos da marca Guru – foi também aproveitado para revisitar algumas colheitas mais antigas. A marca nasceu em 2004 e o vinho é feito com uvas das zonas mais altas e frescas, de Porrais e Martim. Sempre que é possível, Jorge e Sandra continuam por ali a comprar parcelas de vinhas. São zonas de xisto em transição para granito, um xisto rico em quartzo e minerais. É uma região onde domina a casta branca Códega do Larinho. As vinhas que estão na base do Guru obrigam a duas semanas de vindima, são vindimadas parcela a parcela e há uma hierarquia de momentos de vindima. “É um vinho de precisão”, como nos foi referido e como são muitas parcelas e há pouco tempo para fazer a vindima, é muito exigente em mão de obra. Provámos o Guru 2009, citrino, fcom ruta madura, leve floral, cheio de classe, sem excessiva evolução; ainda cheio de força na boca, com vida pela frente, em muito boa forma.
Na altura já não era só barrica nova. (18,5); o 2010 um pouco mais carregado na cor, menos falador no aroma, discreto na fruta madura, bem na boca mas com mais evolução, com menos promessa de vida em cave (18); o 2013 com muito fósforo no aroma, mesmo em dose excessiva mas, algo surpreendentemente, resulta muito bem na boca, evolui bem no copo, é vinho mais para falar do que para beber (18); da colheita de 2015 chegou-nos um Guru notável no equilíbrio que mostra entre o aroma e o sabor, uma frescura incrível e muito fino na boca, dá imenso prazer a beber e é obviamente um branco apto para a cave, perfeito na fruta citrina e na acidez (18,5); um notável vinho em prova foi o 2019 com grande perfeição aromática, com fruta de grande requinte. Fino e elegante, com toques minerais e a elegância a percorrer toda a prova (18,5/19)
A mini vertical de Guru foi também aproveitada para revisitar algumas colheitas mais antigas. A marca nasceu em 2004 e o vinho é feito com uvas das zonas mais altas e frescas, de Porrais e Martim.
Novidades na mesa
A novidade agora apresentada, o Guru Vinha da Calçada, tem origem numa única parcela de quase 100 anos “seguramente anterior a 1932”, com 0,5 ha, a 600 metros de altitude e com mistura de castas. Fermentação e estágio em foudre durante 2 anos e mais um ano em garrafa. A madeira não tem tosta “o que favorece a tensão nos vinhos e o formato do foudre gera uma movimentação de borras finas de forma natural”, refere Sandra Tavares da Silva.
Os tintos são feitos a lagar com corte a pé e pisa a pé à noite durante 3 noites. Durante o dia usam a pisa mecânica para baixar a manta. Os tintos fazem a maloláctica já na barrica porque “isso ajuda a integrar muito melhor a madeira no vinho, mas correm-se alguns riscos porque o vinho está desprotegido sem sulfuroso” salienta Jorge Borges. Mais atenção e mais precisão, de novo.
Para o Pintas Character entram 5 parcelas em Vale Mendiz, com castas misturadas, lagar e barrica usada; no caso do Pintas “sempre pensámos o vinho em termos de mercado externo e o PVP (mesmo alto) é sempre o mesmo lá e cá; desde o princípio que procurámos diversificar os mercados e, entre outros, estamos na Suíça, Alemanha, Inglaterra, USA, Brasil, Macau. Trabalhamos com 25 países e vamos agora exportar para a Austrália”, contou Sandra.
No Porto Vintage esta é a 14ª edição, “estamos a vindimar para Vintage mais cedo do que mandava a tradição, não exagerando na sobrematuração das uvas, mas é uma luta vender estes vintages porque quem compra vai sempre dirigir a escolha para as marcas consagradas”. Tempos nem sempre fáceis para os pequenos produtores de Porto, para quem estes vinhos são muito mais um complemento de portefólio do que propriamente uma boa fonte de rendimento.
Da Quinta da Manoella, a grande novidade apresentada foi o tinto Vinha Alecrim que tem origem numa parcela plantada pelo trisavô de Jorge Borges instalada em terraços pré-filoxéricos, rodeado de alecrim e floresta mediterrânica. Foi engarrafado em 2017 e teve 6 anos de garrafa. Como nos diz Sandra “tem origem numa parcela que sempre se distinguiu, sempre originou um vinho diferenciador”. Com tanta vinha de vetusta idade não será de espantar que outras parcelas da Manoella sejam, no futuro, escolhidas para vinhos muito especiais.
(Artigo publicado na edição de Novembro de 2023)
Garrafeira Tio Pepe tem novo site
A Garrafeira Tio Pepe lançou recentemente um novo site, atualizado e com um novo visual, que foi criado com o objetivo de melhorar a experiência de contacto online com a empresa. Para além do novo design, a plataforma é, hoje, uma interface mais ágil e intuitiva para todos os usuários. Oferece uma navegação mais rápida, […]
A Garrafeira Tio Pepe lançou recentemente um novo site, atualizado e com um novo visual, que foi criado com o objetivo de melhorar a experiência de contacto online com a empresa.
Para além do novo design, a plataforma é, hoje, uma interface mais ágil e intuitiva para todos os usuários. Oferece uma navegação mais rápida, melhor usabilidade e uma abordagem mais prática, com o objetivo de “tornar a visita à Garrafeira Tio Pepe uma experiência verdadeiramente envolvente e satisfatória”, diz Luis Cândido da Silva, sócio-gerente da Garrafeira Tio Pepe. “Ao tornarmos a nossa plataforma mais intuitiva e fácil de usar, pretendemos proporcionar, aos nossos clientes, uma forma de encontrar o que procuram de forma mais rápida e intuitiva”, acrescenta.
Carmim: Garrafeira dos Sócios à prova do tempo
Um branco bi-varietal, dois Grande Reserva da gama Trifolium e um histórico Garrafeira dos Sócios constituem o “pacote” de quatro vinhos agora lançados. O bi-varietal de Antão Vaz e Verdelho conjuga a expressão aromática das duas castas que completam a fermentação em barrica, com batonnage e posterior estágio durante 8 meses. Inicialmente demonstra aroma exuberante […]
Um branco bi-varietal, dois Grande Reserva da gama Trifolium e um histórico Garrafeira dos Sócios constituem o “pacote” de quatro vinhos agora lançados. O bi-varietal de Antão Vaz e Verdelho conjuga a expressão aromática das duas castas que completam a fermentação em barrica, com batonnage e posterior estágio durante 8 meses.
Inicialmente demonstra aroma exuberante de Verdelho, mas com o tempo o mais modesto no início Antão Vaz, dá-lhe boca. Com um perfil fresco e alguma complexidade conferida pelo estágio em barrica é um branco que tanto pode ser consumido no verão, como ao longo do inverno.
Trifolium é uma gama mais recente que abrange quatro vinhos (branco, tinto, rosé e espumante), cada um elaborado de três castas. No branco são Antão Vaz (40%), Arinto e Roupeiro em partes iguais. É vinificado com maceração pelicular de cerca 12 horas para extrair mais compostos aromáticos das películas, o estágio ocorre em barricas novas de carvalho francês e húngaro com bâtonnage durante 9 meses. É um vinho cremoso e intenso o suficiente para aguentar um prato picante, por exemplo.
O rosé é um lote de Aragonez, Touriga Nacional e Touriga Franca. Também com ligeira maceração pelicular, fermenta em inox e termina a fermentação em barricas de carvalho francês de 300 litros de segunda utilização, onde depois fica ao longo de 6 meses com bâtonnage durante os primeiros dois. É um rosé que funciona muito bem à mesa.
O CARMIM Reguengos Garrafeira dos Sócios é um vinho histórico, faz parte do imaginário colectivo de muitos consumidores e apreciadores de vinhos. O vinho nasceu em 1982 com o objectivo de ser uma oferta premium exclusiva para os associados da CARMIM.
Uma parte de garrafas do Reguengos Garrafeira dos Sócios 2019 será lançada no mercado 10 anos depois, em 2029.
As castas variaram ao longo dos anos. Outrora prevaleceram Castelão, Moreto e Tinta Caiada entre outras, tipicamente alentejanas. Mais tarde o destaque foi para Aragonez e Trincadeira, começando o Cabernet Sauvignon a entrar nos lotes. Nos anos mais recentes o Alicante Bouschet assume a maior responsabilidade, como, por exemplo, nesta edição, onde a casta predomina com 55%, Aragonez entra com 30% e Cabernet Sauvignon funciona como sal e pimenta com 15% do lote. A composição final decide-se depois do estágio de 18 meses em carvalho francês de primeira e segunda utilização e algum carvalho americano e húngaro. O objectivo é chegar à complexidade e equilíbrio. Depois de engarrafado, o vinho ainda permanece mais 12 meses em cave antes de ser lançado para o mercado.
O modelo implementado pela CARMIM, e que já se tornou tradição, de dar a provar algumas versões mais antigas no lançamento de uma nova colheita deste vinho clássico, é merecedora de todos os elogios, pois permite avaliar o percurso da marca. Desta vez também foi feita uma pequena prova vertical a evocar 2013, 1996 e 1993, todos bem vivos e cheios de saúde, a dar muito prazer beber. organolêptica. O Reguengos Garrafeira dos Sócios 2013 (60% Alicante Bouschet, 30% Touriga Nacional e 10% Trincadeira) em grande forma, com imensa complexidade e consistência na prova, sério, compacto, com notas mentoladas e de cedro. O 1996 (Aragonez, Trincadeira e Cabernet Sauvignon), de um ano quente com muita produção revelou couro, cogumelos, fruta compotada, muito bem composto e fresco no final. O 1993 (Aragonez, Trincadeira e Castelão) de ano quente e seco mostrou-se mais vegetal, com fruta vermelha cozida, especiaria e notas balsâmicas, de corpo mais delicado e com boa acidez.
Outra bem-vinda tradição é a de guardar uma quantidade significativa de garrafas para lançar daqui a 10 anos, ou seja, uma parte da colheita de 2019, será relançada em 2029. Esperemos estar por cá para voltarmos a este tinto depois da prova do tempo.
(Artigo publicado na edição de Novembro de 2023)
WINESTONE ENTRA NA REGIÃO DE LISBOA COM AQUISIÇÃO DA QUINTA DE PANCAS
A WineStone, plataforma de negócios do Grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, adquiriu a Quinta de Pancas, propriedade secular fundada em 1495, situada na região vitivinícola de Lisboa, concelho de Alenquer. A operação abrange a compra da Quinta de Pancas Vinhos e de todos os seus ativos, com destaque para os cerca […]
A WineStone, plataforma de negócios do Grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, adquiriu a Quinta de Pancas, propriedade secular fundada em 1495, situada na região vitivinícola de Lisboa, concelho de Alenquer.
A operação abrange a compra da Quinta de Pancas Vinhos e de todos os seus ativos, com destaque para os cerca de 75 hectares de terreno da empresa, onde se incluem 60 ha de vinhas plantadas num terroir marcado pela proximidade ao Atlântico e à Serra de Montejunto.
Com a aquisição da Quinta de Pancas a WineStone, passa também a estar activa na Região de Lisboa. Hoje, para além da Ravasqueira, no Alentejo, que já estava na esfera da família Mello há 80 anos, o grupo possui as Quintas do Côtto e do Retiro Novo, na região do Douro, o Paço de Teixeiró, na região dos Vinhos Verdes, e a Krohn, empresa conhecida pelos seus Vinhos do Porto de excelência.
Segundo Pedro Pereira Gonçalves, presidente Executivo da holding, “a WineStone nasceu com uma visão de longo prazo e um horizonte de largo crescimento e de diversificação do seu portefólio de marcas, das regiões onde produz e dos mercados de exportação, com foco nos segmentos premium e luxury”. Acrescenta, ainda, que a aquisição da Quinta de Pancas é mais um passo dado para concretizar a missão da sua empresa, de “superar as expectativas dos consumidores, seja em Portugal, seja nos muitos e exigentes mercados internacionais onde estamos presentes”.