Adegga Winemarket 2018 começa amanhã no Porto
O Adegga WineMarket Porto vai estar no Porto Palácio Hotel com mais de 50 produtores nacionais e meia dezena de Chefs para proporcionar experiências de vinhos e gastronomia destinada a consumidores nacionais e estrangeiros. Após quatro edições na cidade do Porto, a equipa do Adegga reposiciona o conceito e torna-o mais abrangente, integrando a gastronomia […]
O Adegga WineMarket Porto vai estar no Porto Palácio Hotel com mais de 50 produtores nacionais e meia dezena de Chefs para proporcionar experiências de vinhos e gastronomia destinada a consumidores nacionais e estrangeiros.
Após quatro edições na cidade do Porto, a equipa do Adegga reposiciona o conceito e torna-o mais abrangente, integrando a gastronomia como parceiro essencial: Chefs convidados pelas marcas de vinhos presentes levam, a cada “Mesa do Chef”, provas exclusivas e a descoberta de harmonizações entre comida e vinho. Falamos de, por exemplo, três produtores: a Quinta Maria Izabel (Douro), a Quinta do Gradil (Lisboa) e a Symington (Porto e Douro).
Outra das novidades desta edição é o espaço de prova Adegga Rising Stars, que destaca enólogos e projectos em ascensão como Patrícia Santos, Quinta de Santiago, Boina, Álvaro Martinho e Parceiros na Criação. Mas são, essencialmente, os vinhos que contam: o premiado SmartWineGlass continua a marcar a diferença e elege, nesta edição, o Adegga Best of Show entre os vinhos mais apreciados durante o evento e registados pela tecnologia do Adegga, que permite recordar e guardar as marcas visitadas e os vinhos provados através do envio automático, após o evento, de um e-mail personalizado para cada visitante.
Outro evento em destaque são os vinhos raros da Sala Premium, no 19º piso. Uma selecção do sommelier Pedro Ferreira (restaurante Pedro Lemos) apresenta vinhos ‘especiais’ numa sala com lugares limitados. E, se o vinho pode ser provado no copo, as vinhas podem ser visitadas em pleno evento, através do Adegga 360, em realidade virtual.
A encerrar a edição 2018 do Adegga WineMarket Porto, a equipa oferece à cidade uma after party Adegga BYOB, na qual a organização assegura a comida, enquanto os visitantes, mediante inscrição, levam a sua própria garrafa de vinho. O custo da inscrição é de €10.
O Adegga WineMarket Porto começa às 14h e vai até às 21h. Exclusivo Club A e Profissionais, das 14h às 15h. Preço dos bilhetes: de €15 até €90, conforme as opções seleccionadas. Mais informações no site www.adegga.com
Alterada legislação referente ao Vinho do Porto
Já foi publicada legislação sobre duas alterações significativas no sector do Vinho do Porto. A primeira tem a ver com o grau de álcool dos vinhos Vinhos do Porto correntes, ou seja, fora dos chamados categorias especiais. Estes vinhos podem agora ter 18 graus de álcool. Este abaixamento pode ajudar a facilitar as vendas numa […]
Já foi publicada legislação sobre duas alterações significativas no sector do Vinho do Porto. A primeira tem a ver com o grau de álcool dos vinhos Vinhos do Porto correntes, ou seja, fora dos chamados categorias especiais. Estes vinhos podem agora ter 18 graus de álcool. Este abaixamento pode ajudar a facilitar as vendas numa altura em que alguns enófilos, especialmente na Europa, reclamam sobre o elevado teor de álcool nos vinhos.
Outra alteração, esta de maior monta, tem a ver com o estatuto de comerciante de Vinho do Porto: para ter este estatuto, qualquer empresa teria de ter um stock mínimo de 150 mil litros de Vinho do Porto, o que equivalerá, em números redondos, a um valor aproximado de meio milhão de euros investidos. A nova lei baixa para metade – 75.000 litros – essa obrigação. Isto irá permitir a empresas de menor dimensão o conseguirem o estatuto de comerciante e assim poderem comprar Vinho do Porto no mercado para compor os seus lotes e marcas. Estão neste caso muitas empresas de pequena e média dimensão.
Finalmente, outra alteração recente reside na possibilidade de se fazer vinagre de Vinho do Porto. Neste momento, a associação de empresas do sector e o Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP) assinaram um protocolo, não para autorizar já isto, mas para se começar a produzir de forma experimental “Vinagre de Vinho do Porto”.
Estas medidas indicam que algo está a mexer no sector, tradicionalmente considerado “conservador” no que concerne a alterações legislativas. Analistas da área indicam que a pressão do mercado – com vendas de Porto a baixar desde há uma década – e as conclusões de um estudo que circula pelo sector desde Fevereiro, que propunha estas e outras medidas, estarão na base destas alterações.
Taylor’s, Fonseca e Croft declaram Vintage 2016
O grupo The Fladgate Partnership já anunciou que as suas marcas mais emblemáticas – Taylor’s, Fonseca e Croft – vão ser vintage da colheita de 2016. Com este anúncio fica praticamente confirmado que 2016 será ano de Vintage Clássico generalizado, porque todos os produtores (ou quase) o vão declarar com as suas primeiras e principais […]
O grupo The Fladgate Partnership já anunciou que as suas marcas mais emblemáticas – Taylor’s, Fonseca e Croft – vão ser vintage da colheita de 2016. Com este anúncio fica praticamente confirmado que 2016 será ano de Vintage Clássico generalizado, porque todos os produtores (ou quase) o vão declarar com as suas primeiras e principais marcas. O anúncio, como é tradição na casa, ocorreu a 23 de Abril. De uma forma geral, Adrian Bridge, director-geral, e David Guimaraens, director de enologia, concordam em dizer que 2016 foi um ano muito bom para fazer Vinho do Porto Vintage. Nos relatórios climáticos incluídos com a declaração de Vintage, David Guimaraens este de acordo com vários dos seus colegas da área, especialmente no papel importante de se ter esperado pela maturação completa das uvas: “a colheita de 2016 será lembrada por ter começado muito tardiamente. Na Quinta do Cruzeiro começou a vindimar-se no final de Setembro e na Quinta de Santo António no início de Outubro”. Contudo, em zonas mais quentes do Douro, o atraso não foi tão significativo: As primeiras uvas foram vindimadas na Quinta de Vargellas e Quinta da Roêda no dia 17 de Setembro, seguindo-se as quintas do Vale do Pinhão a começar nos dias 23 e 26, respectivamente.
O Taylor’s Vintage 2016 tem uma tiragem de 74.400 garrafas. O Fonseca desce para 58.800 e o Croft para 36.600 garrafas.
Região dos Vinhos Verdes anunciou os seus prémios
Todos os anos, a Região dos Vinhos Verdes efectua o seu concurso de vinhos. Este ano entraram cerca de 280 amostras a concurso, agrupadas em 13 grandes categorias: Vinhos Verdes Brancos, Rosados, Tintos, de Casta, Colheita Igual ou Inferior a 2015, Espumantes de Vinho Verde, Aguardentes de Vinho Verde e Vinho Regional Minho. Na categoria […]
Todos os anos, a Região dos Vinhos Verdes efectua o seu concurso de vinhos. Este ano entraram cerca de 280 amostras a concurso, agrupadas em 13 grandes categorias: Vinhos Verdes Brancos, Rosados, Tintos, de Casta, Colheita Igual ou Inferior a 2015, Espumantes de Vinho Verde, Aguardentes de Vinho Verde e Vinho Regional Minho. Na categoria Vinho Verde de Casta, as castas Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal e Loureiro apresentaram-se isoladamente a concurso, dado estar preenchido o requisito mínimo de dez vinhos em prova por casta. As castas Batoca, Espadeiro, Padeiro, Touriga-Nacional e Trajadura foram agrupadas e apresentadas a concurso em conjunto, visto registar-se uma participação inferior a dez vinhos por casta.
Os prémios Ouro e Prata foram atribuídos ao primeiro e segundo classificados em cada categoria e os prémios Honra aos demais concorrentes com pontuação igual ou superior a 80 pontos.
O júri de 2018 foi constituído por representantes da Região dos Vinhos Verdes, da Câmara de Provadores da Comissão dos Vinhos Verdes e de outras Câmaras de Provadores nacionais, de institutos de investigação, da Direcção Regional de Agricultura, e ainda por escanções e comunicação social. A prova é cega.
Apurados os resultados, resultaram 13 Verde Ouro, 14 Verde Prata (2 ex-aequo) e 138 Verde Honra. Mas o concurso ainda não estava terminado. Faltava a terceira fase…
Best Of Vinho Verde
Passam à terceira e última etapa os Vinhos Verdes premiados com Ouro e Prata, e ainda os vinhos seguintes melhor classificados até que estivesse concluído um painel de 35 vinhos. Este conjunto foi depois avaliado por críticos e provadores internacionais, seleccionados nos principais mercados de exportação do Vinho Verde, que elegem os “Best Of Vinho Verde” do ano – os melhores do ano na perspectiva dos mercados internacionais. Foram eles James Tidwell (EUA), Steven Robinson (Canadá), Dirceu Vianna Jr. (Brasil), Takenori Beppu (Japão), Vladislav Markin (Rússia), Andrew Catchpole (Reino Unido), Peer F. Holm (Alemanha), Andreas Larsson (Suécia) e Manuel Moreira (Portugal).
A cerimónia de entrega de prémios celebrou-se no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Pode consultar os resultados completos em www.vinhoverde.pt
Entretanto, fique com a listagem dos Verde Ouro e dos “Best Of Vinho Verde”:
“Os Melhores Verdes 2018” (Ouro)
Categoria de Vinho Verde – Vinho (Produtor)
branco – Quinta D’Amares Superior 2017 (Quinta D’Amares)
rosado – Pluma 2017 (Casa de Vila Verde)
tinto – Tapada dos Monges Vinhão 2017 (Manuel Costa Carvalho Lima & Filhos)
Colheita ≤ 2015 – Casa de Vilacetinho Colheita Selec. Avesso 2013 (Soc. Agrí. Casa de Vilacetinho)
Alvarinho – Portal do Fidalgo Alvarinho 2017 (PROVAM)
Arinto – Opção Arinto 2017 (AB – Valley Wines)
Avesso – Casa de Vilacetinho Superior Avesso 2017 (Soc. Agrícola Casa de Vilacetinho)
Azal – Quinta da Levada Azal 2017 (Quinta da Levada)
Loureiro – Casal de Ventozela Loureiro 2017 (Soc. Agrícola Casal de Ventozela)
Vinho Verde de Casta – Quinta da Lixa Escolha Trajadura 2017 (Quinta da Lixa)
Espumante – Muralhas de Monção Alvarinho Reserva branco 2015 (Adega de Monção)
Aguardente – Delícia (Adega de Monção)
Regional Minho – Casal de Ventozela Alvarinho 2017 (Soc. Agrícola Casal de Ventozela)
Best of Vinho Verde 2018
Quinta de Linhares Azal 2017 (Agri-Roncão)
Quinta da Raza Colheita Seleccionada Avesso 2017 (Quinta da Raza)
Quinta do Regueiro Primitivo Alvarinho 2015 (Quinta do Regueiro)
Quinta do Regueiro Reserva Alvarinho 2017 (Quinta do Regueiro)
Casal de Ventozela Loureiro 2017 (Soc. Agrícola Casal de Ventozela)
Master of Wine Dirceu Vianna no Festival do Vinho do Douro Superior
O Festival do Vinho do Douro Superior vai contar este ano com uma visita especial: trata-se de Dirceu Vianna Junior MW, que se irá deslocar a Vila Nova de Foz Côa. O evento decorre de 25 a 27 de Maio, no centro de exposições ExpoCôa e Dirceu irá visitar o Douro Superior, provar os vinhos […]
O Festival do Vinho do Douro Superior vai contar este ano com uma visita especial: trata-se de Dirceu Vianna Junior MW, que se irá deslocar a Vila Nova de Foz Côa. O evento decorre de 25 a 27 de Maio, no centro de exposições ExpoCôa e Dirceu irá visitar o Douro Superior, provar os vinhos e contactar com os produtores presentes. Pela primeira vez na história do festival, estará, entre os muitos visitantes profissionais, jornalistas e bloggers especializados, uma presença internacional de grande prestígio, que é o único Master of Wine de língua portuguesa. É por isso, aliás, que tem direito a usar a sigla MW no final do seu nome.
Originário do Brasil, onde estudou engenharia florestal e direito, Dirceu Vianna Junior foi para o Reino Unido em 1989, começando pouco depois a trabalhar em Londres no mundo do vinho. Durante a maior parte da sua carreira foi Wine Director de alguns dos maiores importadores e distribuidores daquele país.
O mais raro, exigente e ambicionado título dos profissionais do vinho, o famoso MW, foi-lhe outorgado pelo Institute of Masters of Wine em 2008. Autor, provador e formador de prestígio internacional, Dirceu Vianna Junior exerce a actividade de consultor junto de diversas empresas da indústria, sendo responsável pelas compras de empresas retalhistas e lojas de vinho em todo o mundo. É também consultor permanente da ViniPortugal, o que lhe confere um amplo conhecimento sobre os vinhos portugueses.
Luis Pato lança Pé Franco das Valadas 2017 em primor
Já muita gente conhece (ou ouviu falar) do famoso vinho tinto de Luís Pato, o Quinta do Ribeirinho Pé Franco. Este vinho é oriundo de vinhas de Baga plantadas directamente sem recorrer a enxerto, ou seja, como se fazia na era pré-filoxérica, há mais de um século atrás. Fazer isto representa um enorme risco para […]
Já muita gente conhece (ou ouviu falar) do famoso vinho tinto de Luís Pato, o Quinta do Ribeirinho Pé Franco. Este vinho é oriundo de vinhas de Baga plantadas directamente sem recorrer a enxerto, ou seja, como se fazia na era pré-filoxérica, há mais de um século atrás. Fazer isto representa um enorme risco para o viticultor porque a filoxera não foi erradicada e não existe ainda qualquer tratamento garantido contra o insecto. Luis Pato sabe isto e foi por isso que escolheu a Quinta do Ribeirinho para o seu Pé Franco. Porque aqui os solos são arenosos e o temível insecto odeia a areia. Esta vinha foi plantada em 1988 mas, em 2006, Luis Pato foi mais longe, em resposta a um desafio lançado por um amigo brasileiro: plantar outra vinha de Baga, também em pé franco, mas em solo argilo-calcário. O risco é muito maior, mas afinal foi apenas um terço de hectare. Luis Pato disse-nos que plantou com alta densidade (8.600 pés por hectare), porque as videiras de plantação directa têm muito menor vigor produtivo. Até agora já saíram dessa vinha cinco edições de um vinho especial, chamado Luis Pato Pé Franco das Valadas. E a filoxera, aparentemente, ainda não atacou. Uma ou outra videira morreu mas Luis pato não sabe se foi por outras causas, como a seca.
Bom, a mais recente edição é da colheita de 2017 e já está à venda, mas uma parte da produção vai ser vendida em primor. Significa isto que o vinho está ainda em estágio, mas quem o adquirir já, terá direito ao produto final, quando estiver pronto, lá para Setembro.
Luis Pato não hesita em dizer que o Pé Franco das Valadas 2017 é o melhor de todos os anos até agora (“a vinha está mais adulta”), que possui uma suavidade de taninos impressionante e um estilo que “é muito parecido a um Borgonha de alto nível”.
Apenas vão ser vendidas dez caixas de 3 garrafas cada, a 400 euros a caixa. E cada comprador só terá direito a uma caixa. Como compensação final, poderá comparar um Baga Pé Franco das areias com o dos solos argilo-calcários, uma comparação raramente acessível à esmagadora maioria dos mortais. Pode encomendar a sua caixa através do telefone 231 596 432 ou pelo mail geral@luispato.com
Porto Vintage 2016 encaminha-se para ano “clássico”
Symington Family Estates, Sogrape Vinhos, Sogevinus, Quinta do Noval e Quinta da Romaneira são alguns dos produtores de Vinho do Porto que já declararam que 2016 será ano de Vintage clássico. Os enólogos e produtores destas casas foram definitivos em identificar este ano como “excepcional” para o Vinho do Porto. Por exemplo, Charles Symington declarou […]
Symington Family Estates, Sogrape Vinhos, Sogevinus, Quinta do Noval e Quinta da Romaneira são alguns dos produtores de Vinho do Porto que já declararam que 2016 será ano de Vintage clássico. Os enólogos e produtores destas casas foram definitivos em identificar este ano como “excepcional” para o Vinho do Porto. Por exemplo, Charles Symington declarou que “os Portos Vintage 2016 são excepcionais, com taninos que estão entre os mais refinados de sempre”. O director de produção da Symington falou ainda de vinhos com “estrutura e equilíbrio, com acidez, taninos e cor num raro alinhamento perfeito”.
Já Luís Sottomayor, o enólogo da Sogrape, realça a “robustez e estrutura” dos vinhos da colheita de 2016 e antecipa um perfil de Vintage “com níveis de complexidade, cor e estrutura absolutamente excepcionais, com taninos presentes, perfeitos para evoluírem na garrafa durante muitos anos”.
A boa matéria prima terá sido fundamental para os Portos Vintage de 2016. Christian Seely, Director Geral da Quinta do Noval, não hesita em dizer que “fazer os blends do Vintage da Quinta do Noval foi uma experiência emocionante. Os vinhos individuais que entraram no lote eram maravilhosos, e temos a certeza de que o blend final do nosso 2016 será um dos grandes Portos Vintage históricos da Quinta do Noval”.
Climatericamente, o ano de 2016 também ajudou, claro, especialmente alguma chuva que caiu em 12 e 13 de Setembro desse ano. Quem se antecipou na vindima, com medo que a chuva fosse excessiva ou porque dependia de terceiros, não conseguiu colher uvas tão boas como os que esperaram. Charles Symington deu extrema ênfase ao período pós-chuva: “2016 foi um ano em que interpretar correctamente os sinais na vinha se revelou crucial. (…) Os melhores Portos da Symington de 2016 foram produzidos durante este período, sob céu limpo”. Mas, com vindimas que se prolongaram até Outubro, “foi necessário correr alguns riscos”, termina o técnico.
Na Symington pode esperar pelos Cockburn, Dow’s, Graham’s, Warre’s, Quinta do Vesúvio. Na Sogrape, os Vintage 2016 serão, como usual das marcas Ferreira, Sandeman e Offley. A Quinta do Noval vai lançar os seus dois topos, o Quinta do Noval e o Quinta do Noval Nacional, o mesmo acontecendo com o Quinta da Romaneira Vintage, marca que tem ligações estreitas à Noval. No grupo Sogevinus falamos das marcas Kopke, Burmester, Cálem e Barros.
Não se pode ainda falar de declaração generalizada de Vintage porque faltam ainda algumas empresas anunciarem a sua decisão. Entre elas, avulta o grupo Fladgate, que tem a Taylor’s e Fonseca como marcas mais conhecidas e que é muito importante nas chamadas ‘categorias especiais’, que englobam os Vinhos do Porto com maior valor comercial. Outras casas, como Ramos Pinto, Poças ou Niepoort, por exemplo, ainda não deram sinais, mas esta última, pelo menos, não deverá declarar 2016.
Inovador nesta sucessão de declarações foi o facto de algumas casas “portuguesas”, como a Sogrape, não terem esperado pelas firmas “inglesas” (Symington e Fladgate) para avançar, ao contrário do modelo habitual, em que as britânicas lideram o processo de declaração. Por outro lado, a aposta em 2016 coloca evidente pressão sobre a colheita de 2017, também ela de excepcional qualidade para o Vinho do Porto. Mas declarar dois anos consecutivos tem sido até agora um “tabu” no sector… (AF e LL)
Kopke, Burmester, Cálem e Barros declaram Porto Vintage 2016
ARTIGO ACTUALIZADO À semelhança de outras marcas, as Casas de Vinho do Porto que constituem o grupo Sogevinus Fines Wines já declararam a colheita de 2016 como Porto Vintage clássico. Carlos Alves, enólogo para Vinhos do Porto, disse que “2016 Foi um ano particularmente desafiante. Tivemos que ter um conhecimento profundo do estado das uvas […]
ARTIGO ACTUALIZADO À semelhança de outras marcas, as Casas de Vinho do Porto que constituem o grupo Sogevinus Fines Wines já declararam a colheita de 2016 como Porto Vintage clássico. Carlos Alves, enólogo para Vinhos do Porto, disse que “2016 Foi um ano particularmente desafiante. Tivemos que ter um conhecimento profundo do estado das uvas na videira, pois cada casta e cada parcela de vinha evoluíram a ritmos distintos. Saber esperar claramente compensou (…)”. Esta declaração abrange as quatro marcas da casa: Kopke, Burmester, Cálem e Barros. Cada um terá o seu perfil próprio, mas os quatro Porto Vintage só estão à venda en primeur a parceiros comercias. Se os quiser adquirir como consumidor terá de esperar até ao último trimestre deste ano. Os preços já foram, entretanto, anunciados. O Burmester vai custar €70; o Cálem €67; o Kopke €80 e o Barros €55.
Vinho e comida ‘às cegas’ no Burro Velho, 13 Abril
Imagine que se senta num restaurante para jantar e a primeira coisa que lhe fazem é vendá-lo. E passa todo o jantar de venda colocada. Pois vai ser exactamente isso que vai acontecer na sexta-feira, dia 13 de Abril no restaurante Burro Velho, localizado na cerca do Mosteiro da Batalha. O menu é surpresa (mas […]
Imagine que se senta num restaurante para jantar e a primeira coisa que lhe fazem é vendá-lo. E passa todo o jantar de venda colocada. Pois vai ser exactamente isso que vai acontecer na sexta-feira, dia 13 de Abril no restaurante Burro Velho, localizado na cerca do Mosteiro da Batalha. O menu é surpresa (mas vai ter entrada, dois pratos e sobremesa) e os vinhos vão ser do enólogo/produtor Carlos Lucas, que já anunciou que vai levar “grandes vinhos”.
Porquê vendados? A ideia é “vestir a pele” de uma pessoa cega, para que os sentidos possam estar bem apurados. Este jantar conta com o apoio da Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual, que tem como principal resposta social a Educação de Cães-guia para Cegos. No jantar vão estar quatro pessoas invisuais e o Presidente da Associação ABAADV, João Fonseca.
Carlos Lucas vai apresentar os vinhos, apresentar algumas ‘armadilhas’, mas também ele vai estar vendado. “Provavelmente vamos ter copos entornados”, graceja o enólogo.
A proposta para um jantar totalmente ‘às escuras’ tem fins solidários, mas também sensoriais. Aprender a viver com as dificuldades dos outros, em nome da inclusão e aproveitar para alertar consciências para os direitos das pessoas com deficiência.
Para reservar, telefone para o Burro Velho (244 764 174) ou envie e-mail (geral@burrovelho.com). O preço por pessoa é de €40.
Adega de Portalegre relança “Portalegre DOC”
Sempre foi um dos vinhos tintos mais cotados do Alentejo e o seu apogeu deverá ter acontecido na década de 90. A Adega de Portalegre Winery, a empresa privada que está a comandar agora os destinos do que foi a Adega Cooperativa de Portalegre, quer relançar este mito e lançou agora o Portalegre DOC Tinto, […]
Sempre foi um dos vinhos tintos mais cotados do Alentejo e o seu apogeu deverá ter acontecido na década de 90. A Adega de Portalegre Winery, a empresa privada que está a comandar agora os destinos do que foi a Adega Cooperativa de Portalegre, quer relançar este mito e lançou agora o Portalegre DOC Tinto, da colheita de 2015. O vinho terá um preço aproximado de venda de 18 euros e vem de uvas criadas na Serra de São Mamede, vizinha a Portalegre, com idades superiores aos 70 anos. O lote inclui Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez, Grand Noir e Castelão. O vinho estagiou 14 meses em barricas usadas de carvalho francês. Para manter a relação com os vinhos icónicos de 1995, 1997 e 2000, por exemplo, o rótulo mantém muitas similitudes com os ‘Portalegre’ da altura.
Para Manuel Rocha, CEO da Adega de Portalegre, “é com grande emoção e sentido de responsabilidade que relançamos este vinho, como parte do novo posicionamento deste projecto vínico. Na serra de São Mamede, em pleno parque natural, encontram-se perdidas vinhas seculares com uma imensa variedade de castas, cujas uvas há mais de 50 anos são utilizadas para a produção deste vinho em particular. O Portalegre tinto 2015 foi pensado de forma a reflectir a ancestralidade da produção vínica nesta região, vincando o carácter fresco, mineral e elegante que os solos graníticos e a altitude proporcionam. A minha paixão, a dos enólogos Nuno do Ó e José Reis, assim como da restante equipa, foram os restantes ingredientes”.