Quinta do Pôpa reabre em pleno com ajustes no enoturismo e na segurança

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Já tinha feito uma abertura “soft” em Julho, mas agora a duriense Quinta do Pôpa reabre em pleno, com novidades e ajustes no programa de enoturismo, para garantir a total segurança dos visitantes.  Situada entre a Régua […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Já tinha feito uma abertura “soft” em Julho, mas agora a duriense Quinta do Pôpa reabre em pleno, com novidades e ajustes no programa de enoturismo, para garantir a total segurança dos visitantes. 

Situada entre a Régua e o Pinhão, a propriedade tem selo Clean & Safe, atribuído pelo Turismo de Portugal, e estendeu a área dos terraços exteriores e jardins, num investimento que já estava planeado antes do rebentar da pandemia. Além disto, a ocupação do espaço está ainda mais restrita, todas as actividades do programa são ao ar livre (excepto a visita interior), e há a possibilidade de reservar guias privados ou até reservar a Quinta na sua totalidade (ficando interdita a outros visitantes). No que toca a novidades no programa, o produtor estreia este mês os Wine Flights (€9.90 pax), provas de três copos de vinho, com breve explicação inicial feita por um elemento da Pôpa Team. Mantêm-se os Pôpa Picnic (€40 pax) e os Wine Lunch (€75 pax), mas com opção de não incluir a visita. O programa completo pode ser consultado aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”46572,46570,46573″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]“A Quinta do Pôpa sempre primou por proporcionar experiências de enoturismo em absoluto. Para isso contribui, para além do cenário, a forma de receber, que é informal e acolhedora, com foco na partilha de conhecimento, mas acima de tudo da história e de estórias da família do homem que dá nome à Quinta, o avô Pôpa. Propostas exclusivas e tailor made, em que a privacidade do cliente é preservada, é também uma das mais-valias da oferta de Enoturimso à Pôpa. Junta-se ainda o facto de a Quinta do Pôpa possuir espaços destinados a crianças e de ser pet-friendly. Detalhes que, agora, mais do que nunca, fazem toda a diferença.”, explica a empresa em comunicado.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Vinhos do Algarve e Região de Turismo do Algarve juntam-se na promoção da região

A Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) e a Região de Turismo do Algarve (RTA) assinaram um protocolo que visa impulsionar o enoturismo do desta região, que conta já com mais de trinta produtores de vinho. Estas duas entidades, representadas por João Fernandes (presidente da RTA) e Sara Silva (presidente da CVA) pretendem promover o Algarve […]

A Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA) e a Região de Turismo do Algarve (RTA) assinaram um protocolo que visa impulsionar o enoturismo do desta região, que conta já com mais de trinta produtores de vinho.

Estas duas entidades, representadas por João Fernandes (presidente da RTA) e Sara Silva (presidente da CVA) pretendem promover o Algarve enquanto região vitivinícola no mercado interno alargado (Portugal e Espanha), dando a conhecer à população peninsular os vinhos de Lagos, Portimão, Lagoa e Tavira, todas Denominações de Origem Controladas.

De acordo com a RTA, “a procura primária de viagens associada à gastronomia e vinhos, tem vindo a crescer ao ritmo de 5 a 8% por ano”. Adicionalmente “o produto é uma oferta turística complementar ao tradicional sol e mar no Algarve”, segundo o Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve.

Também a aplicação para dispositivos móveis dos Vinhos do Algarve foi alvo de melhorias e relançada com uma nova imagem, disponível em IOS e Android. Nesta aplicação é possível consultar a localização geográfica dos produtores, saber quais os pontos de venda e restaurantes onde os vinhos estão disponíveis, e encontrar notícias e eventos relacionados com a Região Vitivinícola. 

Agência Omdesign volta a brilhar nos EUA

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É pelos trabalhos em packaging (sobretudo) de bebidas, que a agência de publicidade portuguesa Omdesign costuma ser reconhecida com prémios de peso.Na edição de 2020 do concurso americano Graphis Design — que premeia anualmente os melhores trabalhos […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]É pelos trabalhos em packaging (sobretudo) de bebidas, que a agência de publicidade portuguesa Omdesign costuma ser reconhecida com prémios de peso.Na edição de 2020 do concurso americano Graphis Design — que premeia anualmente os melhores trabalhos da área, de todo o Mundo — a Omdesign voltou, pela quinta vez consecutiva, a ser distinguida, desta feita com sete galardões: três Ouro, dois Prata e duas Menções Honrosas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”46529,46530,46531,46532,46534,46535″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Os trabalhos que trouxeram Ouro para a agência foram a embalagem comemorativa “The Winemaker’s Selection” da Blandy’s, a edição especial de espumante da Murganheira “Esprit de la Maison”, ambos na categoria “Food & Beverage”; e ainda o projecto de autopromoção “H2Om”, premiado em “Packaging”. Nesta última categoria, os Prata foram atribuídos ao “Série Ímpar Sercialinho”, um trabalho desenvolvido para a Sogrape, e à nova gama de vinhos sem álcool O%riginal da José Maria da Fonseca. Já as Menções Honrosas couberam estojos de Licor Beirão e à edição especial Quinta Maria Izabel Glou Glou.

Até ao momento, a Omdesign arrecadou mais de 50 prémios só no concurso Graphis Design.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Quinta de Soalheiro abre Casa das Infusões em Melgaço

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A juntar as vinhas às infusões, ao Alvarinho e ao relaxamento na natureza, a Quinta de Soalheiro acaba de inaugurar uma casa de alojamento local em Melgaço, um espaço inserido no local onde crescem as infusões deste […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A juntar as vinhas às infusões, ao Alvarinho e ao relaxamento na natureza, a Quinta de Soalheiro acaba de inaugurar uma casa de alojamento local em Melgaço, um espaço inserido no local onde crescem as infusões deste produtor de vinho.

A abrir a partir do dia 1 de Agosto e com selo Clean & Safe, a Casa das Infusões tem três quartos com capacidade para cinco pessoas (um quarto com cama de casal, um com duas camas individuais e um com uma cama individual). A casa de traço rústico transporta, através da decoração, para o tema das infusões. Cada quarto está inspirado em três ervas-aromáticas perfeitamente adaptadas ao território: Perpétua Vermelha, Hortelã-Verde e Alfazema. Esta casa de alojamento local dispõe de duas casas de banho, sala, cozinha equipada, lareira, aquecimento, ar acondicionado, internet, televisão por cabo e um espaço exterior com zona para churrasco. O pequeno almoço, preparado com produtos locais, está incluído. Dele faz parte a prova de infusões da coleção Soalheiro Herbal Tea Selection.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_gallery type=”nectarslider_style” images=”46514,46515,46516,46517,46518,46519,46520,46521,46522,46523,46524,46525″ bullet_navigation_style=”see_through” onclick=”link_no”][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]Este é, ainda, o local ideal para desfrutar de uma experiência de enoturismo.  Com um circuito de visitas reformulado, onde a experiência é feita, maioritariamente, na parte exterior, no Soalheiro tem ainda a possibilidade de visitar as vinhas, provar vinhos e ter um contacto privilegiado com a natureza, numa descoberta do terroir da origem do Alvarinho – a sub-região Monção e Melgaço (Vinho Verde) – onde a gastronomia e a natureza andam de mãos dadas.

As reservas podem ser efectuadas aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Brancos com idade: superando a prova do tempo

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A época em que se dizia que Portugal era país de tintos já passou à história. Agora, temos brancos que resistem muito bem à passagem do tempo. Mas… estarão os consumidores preparados para isso? Num restaurante, quem […]

[vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]A época em que se dizia que Portugal era país de tintos já passou à história. Agora, temos brancos que resistem muito bem à passagem do tempo. Mas… estarão os consumidores preparados para isso? Num restaurante, quem pede brancos com mais de cinco anos? E quantas cartas de vinhos têm brancos com idade? Os brancos nacionais envelhecidos em garrafa mostram-se em grande forma, mas ainda muito trabalho a fazer para os valorizar como merecem. 

TEXTO João Paulo Martins (com Nuno de Oliveira Garcia) 

Para fazer esta prova tivemos muitas interrogações prévias. Partimos de uma constatação: os nossos vinhos brancos estão a resistir muito bem ao tempo, uma constatação que é relativamente nova entre nós. Claro, desde há muito se sabe que algumas regiões, como a Bairrada, Dão ou Monção e Melgaço têm condições naturais muito propícias para gerar boa longevidade nos brancos. É nessas regiões que a acidez natural ajuda, e muito, à longevidade. O clima ameno e, no caso da Bairrada, a relativa proximidade do mar, favorecem a lenta e correcta maturação das uvas, condição essa que também ajuda à boa e longa vida em garrafa. A pergunta que fica é: o que consideramos ser um vinho branco velho? Que condições há que ter em conta termos um branco com capacidade para perdurar em cave? E será que continuam a ser as regiões de sempre as únicas a gerar vinhos longevos? 

Pensámos assim em fazer uma prova de brancos que rondassem os 10 anos de idade, um pouco mais, um pouco menos. Ficámos então com um leque entre as colheitas de 2008 e 2012. Optámos por seleccionar apenas vinhos das garrafeiras de três membros do painel da Grandes Escolhas e verificámos que a selecção possível era enorme. Juntámos assim um conjunto de cerca de duas dezenas de vinhos sendo que, para o bem e para o mal, apenas dispúnhamos de uma garrafa de cada vinho. Em termos de balanço prévio, apraz-nos registar que não tivemos qualquer problema de rolha, algo que quase sempre acontece nestas provas. O facto de se ter provado apenas uma garrafa leva-nos a afirmar que as conclusões não podem ser definitivas; um vinho que se mostrou agora menos bem poderá estar em melhor forma se uma outra garrafa for aberta. No fundo temos de ter sempre presente a máxima que, diga-se, mantém toda a actualidade: não há bons vinhos velhos, há boas garrafas de vinhos velhos!  

As razões da longevidade 

Se recuássemos 30 anos, encontrávamos um país onde pouco se falava de brancos com idade. Eles existiam, mas sobretudo porque tinham ficado esquecidos nas caves dos consumidores ou nas garrafeiras dos restaurantes. Muito provavelmente nenhum restaurante se atrevia a sugerir aos seus clientes vinhos brancos velhos do Alentejo ou da (então) Estremadura porque a oferta seria mal recebida e o próprio restaurador não tinha a certeza do que estava a propor. E, no entanto, esses brancos com capacidade de viver em cave já existiam, como bem se comprova actualmente. O que mudou então foi a atitude do consumidor que ganhou mais confiança nos vinhos que as várias regiões têm para lhe oferecer. A diferença entre os brancos de outrora que viviam bem em cave e os de hoje não é linear. É mesmo difícil dizer, por exemplo, que um branco do Alentejo com 30 anos não possa dar hoje uma boa prova. Como se verá mais adiante há uma conjugação de factores que condicionam a evolução do vinho e…umas vezes resulta, outras não. 

Um branco para amadurecer bem em garrafa precisa de ter várias características: em primeiro lugar, a casta. Sabemos que há variedades de uva que têm uma acidez muito elevada e que a conservam mesmo em climas mais quentes. É o caso, por exemplo, da casta Arinto, a campeã nacional das variedades que fornecem boa acidez aos lotes; há outras, como as castas do Vinho Verde, com especial destaque para a Alvarinho, mas onde não podemos esquecer Loureiro, Azal e Avesso. No Dão, por exemplo, a Encruzado é, sem dúvida uma variedade de boa acidez que gosta de cave, mas outras há, como a Uva Cão que, de tão ácida, nem é usada como varietal, apenas entrando em pequena dose num branco de lote. Temos então a frescura ácida como uma das condições para que o branco evolua. Outra condição é o clima. As regiões mais frias são mais susceptíveis de produzir bons brancos de guarda. Entre nós é a costa atlântica que mais vocação tem, mas zonas altas do Douro, da Beira Interior ou mesmo do Alentejo (serra de São Mamede) também podem gerar vinhos de bom teor ácido. Para Manuel Vieira, enólogo do Dão e Douro, as maturações longas permitidas pelos climas de Verão ameno são as que melhor se adaptam a vinhos brancos de guarda. Confessou-nos que “a maturação lenta que se consegue no Dão é determinante para a boa longevidade. Há outros factores mas, neste caso, o clima marca muito o perfil dos vinhos”. Também Luis Cerdeira, produtor do vinho Soalheiro confirma que “é sobretudo em zonas frias, com pH baixo e acidez elevada que se conseguem bons resultados.  

No Douro, apesar de ser uma região quente, também há zonas propícias à produção de bons brancos. As parcelas mais altas de Murça, Alijó e Porrais, por exemplo, já pouco aconselháveis para se fazer Vinho do Porto, permitem fazer muito bons brancos de guarda. Mas mesmo aqui, como nos lembra Jorge Moreira, produtor no Douro e enólogo da Real Companhia Velha, “estamos a falar de uma quantidade enorme de factores que têm de concorrer para que o branco dure em garrafa e isso nem sempre é controlado por nós; há anos propícios e outros não. Factores como os solos, a folhagem, o vigor, o clima, a viticultura, a rega, a enologia e as práticas de adega podem condicionar o resultado final. Só para dar um exemplo, nos brancos, se as cepas estiverem instaladas em solos muito pobres e muito castigados pelo sol não se consegue obter nada de jeito; para um bom branco os solos têm de estar adubados, a cepa tem de ter folhagem que proteja os cachos para induzir uma maturação lenta, condição sine qua non para se obter um branco de guarda”. O Douro tem vindo a assistir a uma verdadeira explosão de vinhos brancos, estando agora a ser “desviadas” para DOC Douro muitas uvas que eram em tempos usadas para fazer o Porto branco. Havia muita uva branca plantada e produzia-se muito Porto branco para aperitivo, nem sempre espelhando a qualidade e a antiguidade dos vinhedos. A região ganhou imenso com este novo movimento e podemos afirmar sem qualquer receio que actualmente se produzem na região alguns dos melhores brancos nacionais. Novos e, como neste painel se nota, também com idade. 

E na adega? 

Depois há que ter em atenção a forma como o vinho é feito na adega, nomeadamente a prensagem das uvas. Neste caso há várias “escolas” porque uma prensagem forte pode “arrastar” taninos que irão contribuir para uma componente muito verde que em nada ajuda o vinho.  “Pode originar-se vinhos com mais fruta e pensados para serem consumidos mais jovens e outros mais austeros e que resultam até um pouco reduzidos no início e que, depois, duram mais em garrafa”, diz Luis Cerdeira). Ainda na adega, o uso ou não de barrica e se é nova ou usada é objecto de grande discussão. Tempos houve (anos 80 e 90) em que se pensava que a barrica, nomeadamente a barrica nova, era fundamental para se fazer um branco de guarda. Neste, como noutros capítulos da enologia, o tempo encarregou-se de mostrar que a barrica já usada pode ser bem mais interessante, quer para fermentar, quer para estagiar vinhos brancos. O tema interessa não só às regiões frias como também às zonas mais quentes. No Alentejo, David Baverstock, enólogo do Esporão, não se cansa de elogiar a inesperada longevidade de alguns vinhos da casa, nomeadamente o Esporão Reserva branco. “Estamos muito admirados com a longevidade de alguns dos nossos brancos; é verdade que a acidez alta e o pH baixo são para mim as condições fundamentais, mas aqui no Alentejo, com o clima que temos, há que fazer correcções. Ainda assim, os vinhos ganham muita personalidade em garrafa. Usamos cada vez menos barrica nova e notamos que a barrica usada, com a oxigenação e tanino que traz ao vinho, ajuda muito para vinhos de guarda. É verdade que o teor alcoólico relativamente mais baixo também pode ajudar, sobretudo em climas quentes”. E, não fora David australiano, o uso de screw cap, foi também defendido como factor de longevidade! 

A perplexidade de David tem razão de ser. Já por diversas vezes fizemos provas verticais do Esporão Reserva branco e a surpresa é sempre enorme quando vemos vinhos com 20 e mais anos a mostrarem ainda muita saúde, apesar de nascidos e criados numa região quente. Uma surpresa e tanto… 

Oxidar, mas…com critério 

Desde o momento em que as uvas chegam à adega há múltiplas decisões a tomar. Algumas delas condicionarão a longevidade do vinho. Um vinho oxidado é uma coisa, um vinho evoluído é outra coisa. E como um vinho descuidado pode oxidar em muito pouco tempo, a ideia de chamar velho ao vinho pode ser errada. Repare-se: um dos brancos que mais pontuámos e apreciámos nesta prova – o Anselmo Mendes Curtimenta – tem 10 anos de idade e não mostra o mínimo traço oxidativo. Devemos apelidá-lo de velho? Cremos que não, a saúde que apresenta em nada sugere quer esteja prestes a envelhecer. É um branco maduro, com uma evolução nobre, que adquiriu complexidade e riqueza com a idade mas que não denota quaisquer sinais de cansaço. 

Segundo Manuel Vieira, há que evitar a todo o custo as oxidações precoces e escusadas. Há que proteger o vinho mas…sem exageros. Como nos disse, “podemos fazer um estágio pós-fermentativo em tonéis grandes para que então se gere uma oxidação lenta; se se diminuir ligeiramente o sulfuroso e se fizerem atestos ocasionalmente o vinho vai oxidando lentamente e a certa altura torna-se inoxidável. Ora isso prepara os vinhos para uma maior longevidade. No Dão temos brancos com vida útil acima dos 20 anos”.  

Também Luis Cerdeira centra o foco na vinha e adega: “se estivéssemos nos brancos à espera da maturação fenólica não iríamos ter nem expressão aromática nem vinhos com capacidade de vida em garrafa; a prensagem é determinante e aí reside muito do que podemos esperar das uvas de Alvarinho.” Como nos lembra também Jorge Moreira, “o vegetal vai evoluir bem em garrafa, o sobremaduro vai evoluir mal. Notas vegetais e alta acidez são excelentes. Se a uva for muito ácida funcionará melhor em inox; há duas semanas provei um Donzelinho com 50 anos e tem aromas idênticos ao novo que agora produzimos. O que acontece é que nem todas as castas nos permitem afirmar isto e o local de origem das uvas – a localização – continua a ser determinante”. 

E à mesa? 

Os brancos com idade são mais polivalentes do que à primeira vista se pode pensar. Isso conclui-se das sugestões (dadas em separado) quer por Manuel Vieira quer por Luis Cerdeira: um branco com idade é parceiro perfeito para um cabrito assado. Vieira tem há muito o hábito de fazer passar pela mesa da refeição os seus lotes antes de tomar uma decisão final sobre a composição dos mesmos. É a eterna dificuldade da ligação vinho/comida. Os brancos com mais idade, sobretudo os que tiverem maior “peso” da madeira, poderão ser bons companheiros de queijos de pasta mole e, em geral, a ligação com peixes bem temperados funciona na perfeição. Sendo normalmente vinhos de boa estrutura, pode afirmar-se sem nos afastarmos muito da verdade que estes são brancos absolutamente polivalentes à mesa e percorrem o leque de quase todos os pratos mais vulgares da nossa gastronomia. 

Para que o prazer seja mais intenso há que respeitar duas regras, ou melhor, sugestões: a temperatura de serviço deverá andar pelos (13-14ºC), mais elevada do que a indicada para os brancos novos e os copos deverão ser idênticos aos que se usariam para vinhos tintos, permitindo assim melhor respiração e oxigenação dos vinhos. 

A prova confirmou o que suspeitávamos: os nossos brancos evoluem muito bem e o prazer que dão à mesa é imenso. Há por isso que vasculhar na adega à procura do que, de bom, por lá houver. Depois é usufruir e dar por bem empregue o tempo que os tivemos guardados. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row type=”in_container” full_screen_row_position=”middle” scene_position=”center” text_color=”dark” text_align=”left” overlay_strength=”0.3″ shape_divider_position=”bottom”][vc_column column_padding=”no-extra-padding” column_padding_position=”all” background_color_opacity=”1″ background_hover_color_opacity=”1″ column_shadow=”none” column_border_radius=”none” width=”1/1″ tablet_text_alignment=”default” phone_text_alignment=”default” column_border_width=”none” column_border_style=”solid”][vc_column_text]

Edição nº 36, Abril de 2020

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Sugestão: Brancos “fora da caixa” 

Seleccionámos um lote de vinhos brancos que cumprem estritamente com as seguintes premissas: darem óptima prova e terem na sua composição, vinificação ou estágio, alguma particularidade que os torne claramente diferenciadores em relação aos demais. São os nossos brancos “fora da caixa”.  TEXTO Nuno de Oliveira Garcia  Por várias vezes já escrevemos que nunca como […]

Seleccionámos um lote de vinhos brancos que cumprem estritamente com as seguintes premissas: darem óptima prova e terem na sua composição, vinificação ou estágio, alguma particularidade que os torne claramente diferenciadores em relação aos demais. São os nossos brancos “fora da caixa”. 

TEXTO Nuno de Oliveira Garcia 

Por várias vezes já escrevemos que nunca como agora tivemos acesso a tantos vinhos brancos portugueses com qualidade. O estigma de que um vinho branco não tem a categoria de um tinto está, feliz e praticamente, extinto. E também já escrevemos que nunca houve brancos portugueses tão diferentes e originais como actualmente. Seja pela parcela da vinha escolhida, ou pela casta esquecida entretanto recuperada, seja na adoção de um estilo menos óbvio, por vezes com recurso a trabalho quase mínimo na adega. O estereótipo do vinho branco de verão, fresco, citrino e leve, já conheceu o seu meio-irmão: o branco de inverno (ou de meia-estação), com estrutura e, por vezes, estágio (ou até fermentação) em barrica. Mas a verdade é que entre um e outro perfil, existe hoje uma miríade de declinações e variantes, sejam Vinhos Verdes com barrica, brancos do Algarve com lotes de vários anos, brancos com maior ou menor curtimenta (fermentação ou contacto do mosto com película, outros bagos ou grainhas) como se de tintos se tratassem… Talvez até se possa concluir que é nos vinhos brancos onde existe hoje mais experimentação e maior arrojo. E, dentro de todas as tendências, uma parece sobrepor-se a todas: a vinificação dita menos protegida, ou seja, com recurso a menos sulfuroso o que provoca, em regra, um vinho com um carácter oxidativo mais vincado. 

Procurámos, enfim, selecionar alguns vinhos que, em alguma fase do processo – da vinha à adega e/ou ao estágio –, se diferenciam dos seus pares, digamos, mais comerciais, ou de maior volume. Vinhos de diferentes regiões, com diferentes processos de vinificação, alguns deles pioneiros no estilo. É certo que muitos outros grandes vinhos poderíamos escolher, mas desses, ou já escrevemos mais recentemente, ou iremos escrever noutra ocasião. Falamos do Tempo de Anselmo Mendes feito com curtimenta total de cachos inteiros e esmagados, ou do Jurássico da Quinta do Regueiro (Produtor do Ano 2019) na mistura de várias colheitas (4 mais precisamente), curiosamente dois Alvarinho de Monção e Melgaço. E referimo-nos também ao Quinta do Monte d’ Oiro Vindima de 13 de Outubro (José Bento dos Santos), uma colheita tardia com 16,5%, tudo menos doce e absolutamente versátil à mesa e que, nesta edição de 2016, recria a primeira e mítica colheita de 2003. Mais a sul, o produtor algarvio Barranco Longo aposta na maceração pelicular para criar o ‘Remexido’ um branco centrado na intensidade e comprimento. No Tejo, mais propriamente na Terra Larga, o projeto Areias Gordas continua a entregar vinhos de grande tipicidade e carácter, e Pedro Marques (‘Vale da Capucha’), por exemplo, brinda-nos com alguns dos brancos mais excitantes da região de Lisboa. 

Nos vinhos da nossa selecção podemos segregar algumas linhas de diferente recorte. Por um lado, aqueles que privilegiam um estilo com pendor menos protegido (simplificando, maior contacto do mosto com oxigênio), e muitas vezes com maceração. Um dos pioneiros neste perfil foi o Reserva Pessoal do produtor consagrado Domingos Alves de Sousa, vinho que, desde 2006, gira apenas sob a denominação de ‘Pessoal’. Sempre lançado vários anos após a colheita (no mercado será lançado agora o 2012…), é um vinho de perfil mais intimista desenhado por Tiago Alves de Sousa ao gosto do senhor seu pai, feito a partir das vinhas velhas com que se fazia Porto Branco. Não sendo único na região, foi um dos pioneiros e, rigorosamente, não conhecemos mais do que meia dúzia de brancos durienses nesta linha. No Dão, por sua vez, ‘O Fugitivo em Curtimenta’, é um belíssimo vinho da Quinta da Passarella, que se centra na curtimenta, apesar dos cuidados no controlo da oxidação do mosto. Para nós, tem na edição de 2016 a sua melhor concretização, um vinho sem que a curtimenta se evidencie na prova de nariz, mas a prova de boca revela-se muito fresca, ainda com alguma fruta, e acidez perfeita. Sem curtimenta, mas num perfil também oxidativo, encontramos o Granito Cru de Luís Seabra, um Alvarinho que fermenta e estagia um ano em tonel sem sulfuroso onde faz a malolática, na sequência do qual fica mais seis meses em inox, e só depois é engarrafado. Único na região neste estilo, é um branco intenso e a capitoso, uma versão da casta minhota que merece – e muito – ser conhecida. Ainda nesta linha, provamos e recomendamos o ‘Dominó’, fruto de uma vinha velha na Serra de S. Mamede, vinificado em prensa direta e fermentado em cuba de inox. Tudo como é habitual noutros brancos dir-se-ia, mas o pouquíssimo sulfuroso adicionado, e a realização de fermentação maloláctica, muda o perfil completamente, com a acidez e pungência do ácido málico a dar lugar à macieza e cremosidade do ácido láctico. 

Por outro lado, identificamos aqueles que privilegiam a originalidade do lote, a recuperação de castas esquecidas, ou até uma vinificação antes pouco testada. Um bom exemplo disso é o ‘Escolha’ da Quinta do Ameal, um dos primeiros Loureiros fermentados e estagiados em barrica, sempre num perfil elegante e longevo. Com várias edições ainda em boa forma, escolhemos a colheita de 2015, magnífica na integração da casta com a madeira, límpida nas notas florais e muito jovem ainda. Igualmente original é o lote do alentejano ‘Bojador Amphora’, um vinho que não só recria o método (certificado) de vinho de talha, como recupera castas como Manteúdo ou Perrum, entre outras. Na edição de 2019, mantém o nível muito alto das edições anteriores, sendo difícil de igualar no prazer. Igualmente com a casta Manteúdo, mas agora junto a Diagalves, temos o Respiro Lagar do produtor Cabeças do Reguengo sito na Serra e S. Mamede. Trata-se de um branco intenso e cheio de nervo, vinificado em lagar como o nome indica e com bagos inteiros (ou seja, com alguma curtimenta também), que tem tudo para evoluir bem em garrafa, e se revela imensamente gastronómico. Mais a norte, a histórica casa Real Companhia Velha também cada vez mais se empenha em recuperar castas menos utilizadas na atualidade, relegando essas vinificações especiais para a marca Séries, já com belíssimos resultados em anos anteriores. Desta feita, e para além de dois brancos de 2018 – um de Samarinho e outro de Donzelinho – , irá lançar em breve uma monocasta de Touriga Branca (casta antiga, atualmente denominada por Branco de Gouvães), caso único no país (julga-se), um branco muito interessante e misterioso, para o qual o enólogo Jorge Moreira optou por uma enologia no sentido da extração e menor proteção (mais uma vez, leve oxidação), dado o carácter menos exuberante da uva e as pequenas quantidades produzidas. 

Por fim, destacamos dois vinhos quase conceptuais. O primeiro é o ‘Quinta do Camarate doce’, vinho com o qual a casa José Maria da Fonseca pretende homenagear, e continuar o sucesso do vetusto Palmela Branco dos anos 50’ do século passado. Referimo-nos a um branco de bica aberta com quase 50 gramas de açúcar por litro, mantendo uma bela frescura, mineralidade e álcool comedido (sempre abaixo dos 12%) em parte graças a uma vinha de Alvarinho que raramente produz mais do que 2 hectares por litro. Por fim, o Ravasqueira Premium, topo de gama do produtor alentejano Monte da Ravasqueira que o enólogo Pedro Pereira Gonçalves, inspirado no que observou noutras paragens, desenhou fermentando casta a casta em barricas novas que depois foram mantidas seladas durante um ano. O lote final foi elaborado após esses 12 meses de reclusão em barrica e o resultado é um vinho de cor esverdeada, com fruto muito bonito e barrica sofisticadamente utilizada, cuja prova vertical recente confirmou a capacidade de evolução em garrafa. 

Em conclusão, não faltam vinhos brancos portugueses distintos entre si, brancos que revelam a criatividade dos seus autores, e o engenho de produtores em quererem novos produtos, muitas vezes à imagem do que fez no passado ou de que vivenciou numa região e experiência longínqua. O consumidor português não só bebe cada vez melhor, como cada vez elege mais vinho branco. Chegou o tempo de provar diferente! 

Edição nº 36, Abril de 2020

Castelares cria “passaporte” para registo de momentos de consumo

O departamento de marketing da duriense Quinta dos Castelares acaba de criar o “Passaporte Quinta dos Castelares”. O objetivo, além da consequente promoção dos vinhos da empresa, é “incentivar a descoberta do território”.  Este “passaporte”, disponível para download em pdf no site do produtor, serve para o consumidor registar a data e o local em […]

O departamento de marketing da duriense Quinta dos Castelares acaba de criar o “Passaporte Quinta dos Castelares”. O objetivo, além da consequente promoção dos vinhos da empresa, é “incentivar a descoberta do território”. 

Este “passaporte”, disponível para download em pdf no site do produtor, serve para o consumidor registar a data e o local em que degustou um vinho e a sua companhia. Qualquer pessoa pode descarregar para o seu dispositivo móvel e ir “carimbando”.

Pedro Martins, Director-Geral da Quinta dos Castelares, destaca que “ É importante usarmos os canais digitais, principalmente nos tempos em que vivemos, e neles projectarmos as nossas causas. Toda a promoção do território, principalmente da nossa região, é bem-vinda”.

Lancers apresenta-se com nova imagem

O mítico Lancers, da José Maria da Fonseca, chega agora ao mercado com uma imagem renovada. O objectivo foi “rejuvenescer a marca, aproximando-a das novas gerações”, sob o novo mote “Refresca a tua curiosidade”. Esta marca que, segundo o produtor, se mantém “fiel à ideia original de 1994, ser um vinho agradável e fácil de […]

O mítico Lancers, da José Maria da Fonseca, chega agora ao mercado com uma imagem renovada. O objectivo foi “rejuvenescer a marca, aproximando-a das novas gerações”, sob o novo mote “Refresca a tua curiosidade”.

Esta marca que, segundo o produtor, se mantém “fiel à ideia original de 1994, ser um vinho agradável e fácil de apreciar”, nasceu precisamente nesse ano por criação do enólogo António Porto Soares Franco, quando este foi desafiado pelo norte-americano Henry Behar a lançar um vinho nos EUA. Assim surgiu um rosé com uma garrafa opaca e de formato diferente do habitual. “Entre as décadas de 60 e 70, Lancers vendia mais de 12 milhões de garrafas por ano, só no mercado dos EUA”, conta a empresa.Hoje, 76 anos depois, a José Maria da Fonseca aposta no reposicionamento da marca. Denise Madeira, Marketing Manager da José Maria da Fonseca, esclarece: “Porque em 76 anos muito mudou nos hábitos de consumo e também na oferta das marcas, e porque acreditamos que Lancers tem muito para oferecer, decidimos atualizar o posicionamento da marca. Criámos uma nova assinatura, determinámos os valores que queremos ver associados a esta marca e mudámos a imagem do packaging. Com estas mudanças, queremos chegar aos jovens adultos que procuram adicionar um tom de originalidade aos seus momentos de convívio”. Os novos Lancers rosé e branco têm um p.v.p. de €3.69.

Vinhos Santa Vitória ganham nova imagem e nova gama

TEXTO Mariana Lopes FOTOS Casa de Santa Vitória Já desde 2004 que os vinhos da Casa de Santa Vitória, do Grupo Vila Galé, não passavam por uma mudança de imagem. Bem ao estilo do início dos anos 2000, o design criado nesse ano estava agora a precisar de uma revolução que o colocasse ao nível […]

TEXTO Mariana Lopes
FOTOS Casa de Santa Vitória

Já desde 2004 que os vinhos da Casa de Santa Vitória, do Grupo Vila Galé, não passavam por uma mudança de imagem. Bem ao estilo do início dos anos 2000, o design criado nesse ano estava agora a precisar de uma revolução que o colocasse ao nível da qualidade dos vinhos. E ela chegou. Se antes era apenas a letra “S” que tomava a lateral dos rótulos, em transparência e em tamanho maior, agora é a palavra SANTA VITÓRIA que se apresenta em grande destaque. Segundo Sara Meneses, responsável pelo marketing da empresa produtora do Alentejo, “colocar a marca em destaque era essencial para a sua sedimentação nos mercados e no consumidor”. Este (grande) pormenor junta-se também a novas cores, mais vivas nos Santa Vitória Versátil – a gama de entrada – e pastel e dourado nos de gama superior, “cores mais actuais mas sóbrias, que remetem para as da planície Alentejana, que melhoram a atractividade visual dos vinhos no ponto de venda, onde antes se perdiam por entre outros”, refere Sara.

Mas o recente rebranding não é a única novidade. Na verdade, toda a linha de vinhos da Casa de Santa Vitória foi repensada, com novos posicionamentos e consequente adequação dos perfis, e o nascimento de uma nova gama, Santa Vitória Reserva. Patrícia Peixoto, enóloga residente (Bernardo Cabral é o consultor), revela que houve necessidade de preencher um hiato que havia no portfólio, numa específica zona de preços. A custar 10 euros nas prateleiras, os novos Reserva branco e tinto também têm uma função específica: “Pretendíamos fazer vinhos diferentes do resto da gama, com frescura mas também estrutura, para que ficassem muito bem à mesa”, adianta Patrícia. E acrescenta que, aos vinhos da Casa Santa Vitória, quiseram “dar uma roupa nova, mas uma roupa séria. Temos um portfólio pequeno, mas muito diferenciado entre si, com preços bem ajustados aos vinhos que apresentamos”.

O portfólio fica, com os Reserva branco e tinto, completo e diverso, com vinhos para todos os segmentos de preço e momentos de consumo. Com uma produção de 15 mil garrafas, o Santa Vitória Reserva branco fermentou 30% das suas uvas – Arinto e Chardonnay de solo xisto-argiloso – em barricas usadas de carvalho francês, e o restante em inox. Já o tinto, que originou 60 mil garrafas, tem Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah e Cabernet Sauvignon no lote e estagiou todo ele em barricas usadas, durante nove meses.

Assim, o produtor tem agora no mercado três gamas já com a nova imagem: Versátil, Selecção e Reserva. O monocasta Touriga Nacional e os vinhos Grande Reserva – que representam as gamas de posicionamento mais alto da casa – serão lançados no último trimestre de 2020.

A prova dos Santa Vitória Reserva sairá na edição de Agosto da revista Grandes Escolhas.

Aveleda lança 5 vinhos e duas novas gamas

Chegaram agora ao mercado 5 novidades da Aveleda, produtora da região do Vinho Verde há 150 anos: quatro brancos de duas novas sub-gamas, Solos e Parcelas, e uma nova designação para o Loureiro & Alvarinho, que deixa de ser Quinta da Aveleda e passa a ser apenas Aveleda. Com o Aveleda Loureiro & Alvarinho 2019 […]

Chegaram agora ao mercado 5 novidades da Aveleda, produtora da região do Vinho Verde há 150 anos: quatro brancos de duas novas sub-gamas, Solos e Parcelas, e uma nova designação para o Loureiro & Alvarinho, que deixa de ser Quinta da Aveleda e passa a ser apenas Aveleda.

Com o Aveleda Loureiro & Alvarinho 2019 (€5.49), pretende-se revelar a exuberância floral do Loureiro e o corpo aveludado da casta Alvarinho.

Na nova sub-gama Solos, surge o Solos de Xisto Alvarinho 2018 (€9.99) e o Solos de Granito Alvarinho 2018 (€9.99). Com estes dois vinhos, a Aveleda pretende convidar a “descobrir a riqueza geológica da região dos Vinho Verdes” e explica que “onde 90% dos solos são de granito, esta gama explora as raras variedades de xisto existentes na região e a forma como os diferentes solos se reflectem nos vinhos”.

Já na sub-gama Parcelas, o terroir é a estrela. “Em cada ano de vindima, a Aveleda seleccionará a melhor, ou as melhores, parcela de todas as quintas que possui na Região dos Vinhos Verdes”, explica a empresa. Neste lançamento esse conceito apresenta-se em dois brancos, o Aveleda Parcela do Convento Loureiro 2018 (€19.99) e o Aveleda Parcela do Roseiral Alvarinho 2018 (€19.99). O primeiro, tem como base um solo granítico, “permitindo que a casta Loureiro, altamente aromática, atinja um nível de concentração e volume de boca sem igual”. O segundo “é oriundo de um antigo roseiral cujo terroir é perfeito para a casta, devido à sua frescura e fertilidade”, refere a Aveleda. 

O artigo completo, sobre o lançamento destas novidades da Aveleda, sairá na edição de Setembro da revista Grandes Escolhas.