Leilão dos Douro Boys bateu recorde

Em 2002, cinco produtores de vinho portugueses tiveram uma visão e fundaram um grupo que tomou o nome de “Douro Boys”. Foram eles a Quinta do Crasto, Quinta do Vale Meão, Quinta do Vallado, Quinta Vale D. Maria e Niepoort. Quinze anos mais tarde, decidiram não só criar um vinho tinto comemorativo (como tem sido […]
Em 2002, cinco produtores de vinho portugueses tiveram uma visão e fundaram um grupo que tomou o nome de “Douro Boys”. Foram eles a Quinta do Crasto, Quinta do Vale Meão, Quinta do Vallado, Quinta Vale D. Maria e Niepoort. Quinze anos mais tarde, decidiram não só criar um vinho tinto comemorativo (como tem sido normal), mas também um Porto Vintage, ambos da fantástica colheita de 2017. Cada casa entra com um vinho e os enólogos juntam-se para fazerem, cada um, o seu lote. Os lotes são depois provados em prova cega e o vencedor é o que vai para a respectiva garrafa – magnum, de 1,5 litros – dos Douro Boys (existem ainda 28 garrafas de 3 litros do tinto).
Os dois vinhos – o Douro tinto e o Vintage – foram agora lançados, no âmbito de um leilão que se celebrou no hotel Six Senses, no Douro. Em liça estavam 50 lotes, que foram licitados com a colaboração da casa de leilões Cabral Moncada, pelo leiloeiro britânico Peter Mansell.
Para além de portugueses, houve licitantes do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, da Alemanha, dos estados do Benelux, da Suíça e de Macau. E também muitas pessoas interessadas licitaram através da plataforma online www.bidspirit.com.

Foram leiloadas 750 magnums do tinto e 350 magnums do Porto, consideravelmente mais do que nos dois leilões anteriores, de 2007 e 2013. Os 50 lotes tinham diversas composições e número de garrafas – desde uma única Magnum, até mais de 90 unidades. Alguns lotes continham outras especialidades dos cinco produtores, como por exemplo vinhos raros ou experiências especiais. Mais detalhes encontram-se no catálogo do leilão, que continua online e pode ser consultado em www.douroboys.com.
O evento foi animado, de tal maneira que cada um das garrafas atingiu o preço recorde médio de 295 euros. “O resultado deste leilão mostra-nos claramente que os Douro Boys – que foram absolutamente pioneiros quando criaram o grupo – gozam de reconhecimento e de procura. Nós não só conseguimos dar grande visibilidade ao Douro, como também conseguimos criar e desenvolver um enorme e persistente valor da nossa marca conjunta”, comentou Cristiano van Zeller, da Quinta Vale D. Maria.
Refira-se ainda que um dos lotes (15 Magnums da Cuvée Douro Boys, leiloado por 4.800 Euros) foi oferecido pelos Douro Boys à organização Bagos D’Ouro. Esta instituição tem como objectivo oferecer formação adicional a crianças e jovens.

Borges renova imagem dos seus monovarietais

Os monovarietais da Sociedade de Vinhos Borges, Touriga Nacional (Dão) e Alvarinho (Vinho verde), chegam agora ao mercado com uma nova imagem. Seguindo a mesma linha das gamas Borges Reserva e Borges Grande Reserva, a empresa pretende aliar modernidade e tradição. “Esta nova imagem veio reforçar a linha de comunicação na qual a Sociedade dos […]
Os monovarietais da Sociedade de Vinhos Borges, Touriga Nacional (Dão) e Alvarinho (Vinho verde), chegam agora ao mercado com uma nova imagem. Seguindo a mesma linha das gamas Borges Reserva e Borges Grande Reserva, a empresa pretende aliar modernidade e tradição.
“Esta nova imagem veio reforçar a linha de comunicação na qual a Sociedade dos Vinhos Borges tem apostado no último ano. Queremos imprimir às nossas referências uma roupagem contemporânea, acompanhando as tendências do design actual, não esquecendo de reforçar a tradição e o know-how da marca em produzir vinhos de alta qualidade, que o nosso consumidor tão bem conhece”, refere Ana Montenegro, Gestora de Comunicação e Relações Públicas da Sociedade dos Vinhos Borges.
Adega de Borba lança espumante Montes Claros Reserva 2014

O novo espumante foi criado com as uvas de 2014, um ano em que correu tudo muito bem até a ao início de Setembro, altura em que começou a chover quase ininterruptamente. Felizmente, estas uvas chegaram antes à adega de Borba, oriundas das castas Arinto e Alvarinho. A vindima executou-se na parte da manhã para […]
O novo espumante foi criado com as uvas de 2014, um ano em que correu tudo muito bem até a ao início de Setembro, altura em que começou a chover quase ininterruptamente. Felizmente, estas uvas chegaram antes à adega de Borba, oriundas das castas Arinto e Alvarinho. A vindima executou-se na parte da manhã para que a temperatura da uva à entrada na adega fosse óptima. Após o esmagamento e desengace total das uvas, procedeu-se à prensagem, decantação pelo sistema de frio e fermentação alcoólica a temperatura controlada. Seguiu-se uma segunda fermentação do vinho, em garrafa pelo método clássico, com estágio prolongado durante 3 anos. Por fim foi efectuado o dégorgement.
Óscar Gato, enólogo da adega, recomenda que o consuma já ou o deixe a estagiar por um período máximo de cinco anos, sendo a temperatura ideal de consumo entre os 6º e os 8ºC. O preço de cada garrafa orça os 10,99 euros e pode ser adquirido online, na loja da adega www.adegaborba.pt/loja
Foral de Évora tem nova imagem

Évora, e a sua região, têm uma rica história que remonta a mais de cinco milénios, como provam vários monumentos e vestígios arqueológicos. Foi, no entanto, no século XVI que Évora teve o seu apogeu, transformando-se num dos mais importantes centros culturais e artísticos do reino. A partir de D. João II e durante os […]
Évora, e a sua região, têm uma rica história que remonta a mais de cinco milénios, como provam vários monumentos e vestígios arqueológicos. Foi, no entanto, no século XVI que Évora teve o seu apogeu, transformando-se num dos mais importantes centros culturais e artísticos do reino. A partir de D. João II e durante os reinados de D. Manuel e D. João III, Évora foi privilegiada pelos reis portugueses, que passavam longas temporadas na cidade. Em 1501, D. Manuel concedeu-lhe um Foral e aqui construiu paços reais.
A Fundação Eugénio de Almeida – Adega Cartuxa – quis comemorar os 500 anos do Foral de Évora lançando, no ano 2000, a primeira colheita do vinho Foral de Évora tinto. O vinho serviu ainda para honrar a tradição vinícola da região, que remonta a tempos imemoriais.
No rótulo o vinho Foral de Évora tinto e branco (que surgiu dois anos depois) era representada uma imagem do brasão real de D. Manuel, que outorgou o histórico Foral de Évora. Este ano, a Fundação Eugénio de Almeida decidiu actualizar o rótulo sem, no entanto, perder o conceito original. Os novos rótulos – para os vinhos branco e tinto – mostram um design mais contemporâneo, suprimindo elementos redundantes do rótulo anterior, como a repetição do brasão da cidade e uma paleta cromática mais harmonizada, onde se introduziu o texto do foral manuelino.
Os dois vinhos – Foral de Évora branco 2018 e tinto 2017 – já estão à venda e custam cerca de 12 euros no retalho.
Melgaço vibrou com o The White Experience

Foi a 19 e 20 de Outubro e o local escolhido não poderia ter sido mais perfeito: as Termas de Melgaço, um edifício circular com o seu interior em tons de verde, vitrais coloridos em toda a sua volta e a fonte termal no centro. O evento Monção e Melgaço – The White Experience, (organizado […]
Foi a 19 e 20 de Outubro e o local escolhido não poderia ter sido mais perfeito: as Termas de Melgaço, um edifício circular com o seu interior em tons de verde, vitrais coloridos em toda a sua volta e a fonte termal no centro. O evento Monção e Melgaço – The White Experience, (organizado pela CVR dos Vinhos Verdes e pelo Município de Melgaço, com produção da Grandes Escolhas) parecia um lugar encantado, vibração que era acentuada pela presença dos 36 produtores, ansiosos por partilhar o seu vinho e o seu terroir com cada um dos cerca de 1500 visitantes. Mas não eram apenas agentes económicos da região do Vinho Verde nem da sub-região Monção e Melgaço. Para celebrar os grandes vinhos brancos do país e do Mundo, oito produtores de outras regiões portuguesas e oito de países estrangeiros também brilharam. Foi parte da nata do vinho português (e estrangeiro), reunida em dois dias e à distância de um copo para todos os amantes de vinho. Também as provas comentadas por Luís Lopes, crítico e director da Grandes Escolhas, e João Paulo Martins, crítico e redactor da mesma revista, foram um sucesso, bem como a conferência de viticultura, que teve o input de alguns dos melhores técnicos desta área. E em 2020 haverá mais, e melhor do que nunca.
Os expositores do The White Experience 2019:
| MONÇÃO E MELGAÇO E VINHO VERDE
Adega de Monção |
| Valados de Melgaço |
| João Portugal Ramos |
| Quinta do Regueiro |
| Quinta das Pereirinhas |
| Soalheiro |
| Poema |
| Encosta da Capela |
| Quintas de Melgaço |
| PROVAM Alvarinho |
| Lua Cheia em Vinhas Velhas |
| Dona Paterna |
| Adega do Sossego |
| Reguengo de Melgaço |
| Anselmo Mendes |
| Dom Ponciano |
| VERCOOPE |
| Casa de Cello |
| Quinta D’Amares |
| Quinta de Santa Cristina |
| Vinhos Borges |
| Estrangeiros |
| PORTFOLIO VINHOS – VILLA MARIA ESTATES |
| ZARATE |
| SATTLERHOF |
| DIRECT WINE – DOMAINE HUBERT BROCHARD |
| DIRECT WINE – S.A. PRÜM |
| BODEGAS FILLBOA |
| DIEMERSDAL WINE ESTATE |
| BODEGAS TERRAS GAUDA |
| Outras regiões portuguesas |
| LUIS PATO |
| ROCIM |
| MURGANHEIRA |
| ADEGAMAE |
| RUI ROBOREDO MADEIRA VINHOS |
| QUINTA DAS BÁGEIRAS |
| CASA DA PASSARELA |
| AZORES WINE COMPANY |
Fernando Moura e a Adega de Monção: 30 anos em vinho

Chama-se “Alvarinho Deu-La-Deu Fernando Moura” e é um novo vinho da Adega de Monção. Este é muito especial, porque, como o nome indica, destina-se a celebrar os 30 anos de colaboração do enólogo Fernando Moura com a Adega de Monção. Como fez questão de salientar Armando Fontainhas, presidente da Direção, “Não há melhor forma para […]
Chama-se “Alvarinho Deu-La-Deu Fernando Moura” e é um novo vinho da Adega de Monção. Este é muito especial, porque, como o nome indica, destina-se a celebrar os 30 anos de colaboração do enólogo Fernando Moura com a Adega de Monção.
Como fez questão de salientar Armando Fontainhas, presidente da Direção, “Não há melhor forma para homenagear um enólogo do que ele próprio fazer o vinho que leva o seu nome no rótulo. São 30 anos que aqui ficam registados, uma vida dedicada a fazer bons vinhos e a elevar o nome da Adega de Monção.”

O Alvarinho Deu-la-Deu Fernando Moura resulta da junção de 3 alvarinhos numa produção limitada a 3.031 garrafas, que resulta da simbologia 30 anos, 3 vinhos, 1 vida, como se pode ler no rótulo. O vinho vai ser declinado em 31 garrafas de 3 litros (a 65€ cada), 300 garrafas de 1,5 L (37€ cada), e 900 caixas de 3 garrafas de 0,75L (19€ cada garrafa).
Fernando Moura, enólogo com mais de 40 anos de vindimas, reconhece que “este vinho lhe deu um prazer especial a fazer, mas acima de tudo uma enorme responsabilidade pois não podia deixar ficar mal nenhum dos que comigo colaboraram na feitura deste vinho. Sim, porque tudo começa na vinha e na qualidade da uva e acaba aqui num processo em que são muitas as pessoas envolvidas. Eu sou apenas mais uma.”
O vinho que estará à venda em lojas especializadas.
Fernando Moura tem 67 anos e deu os primeiros passos no mundo dos vinhos ainda pequeno ao acompanhar o seu pai, viticultor em Basto. O destino estava traçado e Fernando Moura frequentou com êxito o Curso Superior de Agronomia, em Lisboa, durante os anos de 1975 a 1980. De então para cá foi toda uma vida dedicada ao vinho, iniciando em 1989 a sua ligação à Adega de Monção a convite do então presidente, José Emílio. Desde essa altura foram mais de 150 milhões de litros de vinho que passaram pelas suas mãos, sem contar com todos os litros que foram vinificados nos produtores onde também é consultor (mais de 15, todos da região dos Vinhos Verdes).
Santa Vitória inaugura lagar de azeite sustentável

A Santa Vitória, empresa de vinhos e azeites regionais alentejanos pertencente ao grupo Vila Galé, acaba de inaugurar um lagar de azeite no Alentejo, resultante de um investimento de 3,5 milhões de euros. O novo equipamento surge na propriedade de 1.620 hectares localizada perto de Beja, onde o grupo já tem a adega dos vinhos […]
A Santa Vitória, empresa de vinhos e azeites regionais alentejanos pertencente ao grupo Vila Galé, acaba de inaugurar um lagar de azeite no Alentejo, resultante de um investimento de 3,5 milhões de euros.
O novo equipamento surge na propriedade de 1.620 hectares localizada perto de Beja, onde o grupo já tem a adega dos vinhos Santa Vitória e o hotel rural Vila Galé Clube de Campo.
Com esta aposta, e empresa reforça a sua posição na agricultura, sector no qual tem actividade desde 2002, mas também no agro-turismo e enoturismo. Actualmente, o olival da Santa Vitória estende-se por cerca de 200 hectares e entre as variedades de azeitona existentes estão a Galega, Cobrançosa, Cordovil, Picual, Arbequina, Koroneiki e Arbosana. Daqui resulta azeite virgem extra de alta qualidade, comercializado sob a marca Santa Vitória nos hotéis Vila Galé, em grandes superfícies e em lojas especializadas.
Entre as principais características do lagar, destacam-se:
– O pátio de recepção de azeitona cuja linha de limpeza e lavagem pode processar 50 toneladas por hora;
– A sala de extracção com equipamento que pode moer até 10 toneladas de azeitona por hora;
– A sala de depósitos com 35 depósitos de circulares com capacidade entre os 5.000 e os 30 mil litros;
– A linha de engarrafamento, capsulagem e rotulagem com cadência de 1.200 garrafas por hora.
Além da moderna tecnologia e da inovação, as boas práticas ambientais e a sustentabilidade também são preocupações da Santa Vitória. Por exemplo, neste lagar o caroço de azeitona que resulta da produção serve combustível à caldeira de aquecimento de água. Já as águas residuais são encaminhadas para fossas de decantação e depois aproveitadas para uso agrícola.
O novo lagar está aberto ao público e proporciona visitas guiadas e provas de azeite, mediante marcação prévia. O espaço conta ainda com uma sala de provas e área preparada para showcooking aptas a receber grupos, eventos de empresas e demonstrações gastronómicas.
AETERNUS: Um vinho para a eternidade

TEXTO João Geirinhas Como celebrar a vida de um Homem que se confunde com a sua obra? Como homenagear o empresário que marcou uma época? Mais importante que tudo, como eternizar o nome de um Pai? Luísa Amorim, CEO da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, pensou que a melhor maneira de o conseguir […]
TEXTO João Geirinhas
Como celebrar a vida de um Homem que se confunde com a sua obra? Como homenagear o empresário que marcou uma época? Mais importante que tudo, como eternizar o nome de um Pai? Luísa Amorim, CEO da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, pensou que a melhor maneira de o conseguir seria fazer um vinho. Não mais um vinho, que desses e bons já os fazia com metódica regularidade. Desta vez teria de ser um vinho que marcasse a diferença, que fosse sublime, claro, mas que transportasse consigo toda a emoção que a saudade amplia e que o enlevo da filha exigia.
Como dizia o Poeta, o homem sonha e a obra nasce. O vinho é o Aeternus e Américo Amorim o homem que o inspira. Da colheita de 2017, data da sua morte, um vinho quer vencer a lei da vida e desafia assim a eternidade. Luísa explica que “Américo Amorim sabia que o futuro só tinha lugar se preservássemos a história de um lugar. Adorava o Douro, os socalcos centenários, e os quilómetros de muros de xisto”, amava o vinho de tal forma que quando vendeu a empresa produtora que detinha na altura, quis conservar esse pequeno pedaço de paraíso que era a Quinta Nova e o entregou à mão cuidadora da filha Luísa, intuindo que esta garantia a continuidade do legado. Luísa desafiou a equipa de viticultura liderada pela Ana Mota e entusiasmou o enólogo Jorge Alves na tarefa de conceber e produzir o vinho que cumprisse o desígnio.
Tinha de ser um vinho raro. De um ano quente e seco como o Douro nos presenteia. Feito a partir das vinhas centenárias das encostas xistosas da Quinta Nova. A produção, baixíssima, não chega a meio quilo por planta e a concentração era evidente. A vindima foi precoce, como se a natureza tivesse pressa em apresentar o seu fruto. Daí para a frente, os dados estavam lançados e o vinho cumpria o seu destino. Os 12 meses de estágio em barricas novas de carvalho francês burilaram o perfil. E as provas sucessivas acabaram por afinar o conjunto. Pouco mais que 3500 garrafas que estarão no mercado a €140. Desvendado ali, na noite da sua apresentação perante dezenas de convidados, na casa que foi da família e que é hoje da Fundação Albertina Ferreira de Amorim, Aeternus é mais que um vinho, é sobretudo a sua circunstância e quando o comentamos não podemos esquecer isso. Evoca o Douro clássico, mas transcende a região porque projecta a emoção de uma memória que é viva e que se quer perene. Eterna, é claro.
