Moscatel de Setúbal: Um tesouro a descobrir

O Moscatel de Setúbal é um dos clássicos generosos portugueses, mas a sua notoriedade junto do consumidor está ainda muito distante da sua grandeza enquanto vinho. Merece bem mais do que o que tem, mais reconhecimento, melhores preços, mais visibilidade. Mas apesar disso, a verdade é que continua a crescer em área de vinha e […]

O Moscatel de Setúbal é um dos clássicos generosos portugueses, mas a sua notoriedade junto do consumidor está ainda muito distante da sua grandeza enquanto vinho. Merece bem mais do que o que tem, mais reconhecimento, melhores preços, mais visibilidade. Mas apesar disso, a verdade é que continua a crescer em área de vinha e produção.

TEXTO João Paulo Martins
FOTOS Mário Cerdeira

Quando se fala da trilogia dos vinhos licorosos portugueses sempre nos lembramos dos três magníficos, Porto, Madeira e Moscatel de Setúbal. É verdade que há outros, como o Moscatel do Douro e o Carcavelos mas nenhum destes dois atingiu o brilho do generoso de Setúbal. Apesar da fama do Setúbal e dos indicadores que são muito optimistas, não só quanto à área de vinha como em relação às quantidades produzidas, a verdade é que os ventos andam contrários. Os tempos, em Portugal e no mundo, não vão de feição para os vinhos doces. Esta verdade é válida não só aqui como também internacionalmente e as regiões que se notabilizaram pela produção de vinhos com elevado teor de açúcar estão a ressentir-se do menor interesse do público. Acontece com o Vinho do Porto tal como acontece com os Sauternes (França), por exemplo. Em alguns casos consegue-se uma melhor rentabilidade pela subida de preços de categorias mais elevadas (caso do Porto) mas as categorias de entrada dos licorosos nacionais (e europeus) tendem a ter preços pouco prestigiantes. O Moscatel de Setúbal consegue ser algo bipolar em termos de segmentação, com preços muito baixos nas gamas de entrada e, depois, vinhos de gama alta vendidos a valores já condizentes com a sua imagem e qualidade.

A região de Setúbal tem conhecido um renovado interesse dos produtores no Moscatel, um generoso com direito a reconhecimento legal como região demarcada desde os inícios do séc. XX. Durante décadas foi a casa José Maria da Fonseca que, quase em exclusivo, manteve o estandarte do generoso Moscatel de Setúbal. A partir dos anos 80 a J.P. Vinhos (mais tarde Bacalhôa Vinhos de Portugal) passou também a incluir o generoso no seu portefólio e de então para cá, sobretudo já neste século, a maioria dos produtores da região assumiu (e bem) que havia como que a “obrigação cívica” de manter, desenvolver e expandir o Moscatel que deu fama à região.

Henrique Soares, Presidente da CVR de Setúbal, confirmou-nos o crescimento sustentado que a área de vinha destinada à produção de moscatel tem tido. Estamos então a falar de 520ha para a produção do Moscatel de Setúbal e 43ha para o Moscatel Roxo de Setúbal. Na versão Roxo verificou-se um crescimento que fez duplicar a área de vinha em cerca de 3 anos e retirou, de vez, a casta do perigo de extinção em que se encontrava nos anos 80 do século passado. A produção global subiu também de forma permanente e situa-se agora (2019) nos 20 000 hectolitros quando, 4 anos antes, era apenas de 15 000 hectolitros.

Para ser Moscatel de Setúbal com direito à Denominação de Origem o vinho deverá incluir 85% da casta embora, ainda segundo Henrique Soares, a maioria dos produtores opte por ter 100% da casta em cada garrafa. Existia também a possibilidade de se fazer um generoso apenas com 2/3 de moscatel e 1/3 com outras castas brancas – tinha então o nome único de Setúbal (e não Moscatel de Setúbal) mas ao que nos informaram essa prática caiu em desuso e já ninguém a utiliza. Pelo facto da Portaria que actualizou as designações relativas ao Moscatel de Setúbal ser de 2014, é possível que se encontrem no mercado vinhos que apenas indicam “Setúbal” em vez de Moscatel de Setúbal e “Roxo” em vez de Moscatel Roxo de Setúbal.

Os segredos do Setúbal

A casta moscatel existe em inúmeros países, desde a bacia do Mediterrâneo até à África do Sul. Contam-se várias estirpes da casta, há nomes variados e perfis diferenciados. Em Portugal conhecemos duas famílias principais: o Moscatel Galego mais presente no Douro e o Moscatel de Alexandria (ou Moscatel Graúdo) em Setúbal. A variedade Moscatel Roxo é uma mutação do Moscatel Galego. Caracteriza-se pela fraca pigmentação tinta do bago, estando aí a origem do nome. Oficialmente, é considerada uma casta rosada, não tinta.

No modo de fabrico segue-se a técnica dos outros generosos, ou seja, a meio da fermentação é adicionada a aguardente que faz com que o processo fermentativo se interrompa e o resultado seja um vinho doce. Esta doçura, no caso dos vinhos com 20 ou mais anos, com concentração através da evaporação em casco, pode chegar aos 340 gramas/litro. Usa-se na região uma aguardente em tudo idêntica à do Vinho do Porto – tem a obrigatoriedade de ser vínica e ter um teor de álcool compreendido entre os 52 e 86% – mas não existem restrições quanto à origem: pode ser nacional (ou não) e alguns produtores, como a José Maria da Fonseca, têm usado aguardente adquirida quer na zona de Cognac quer na de Armagnac, regiões que, como se sabe, são produtores de espirituosos. A variação do teor alcoólico da aguardente prende-se também com o perfil do produto final, já que o Moscatel de Setúbal pode entre 16 e 22% de álcool.

A tradição da região impôs na vinificação uma maceração pós-fermentativa com as películas das uvas (ricas em aromas e sabores) ainda e já com a aguardente adicionada, processo que se estende por vários meses. Durante este “estágio” a cor do vinho pode ganhar tonalidades cada vez mais carregadas, o que também explica as cores “evoluídas” dos moscatéis novos.

No que diz respeito às barricas para o estágio não existem também limitações nem quanto ao volume nem quanto à origem das mesmas. Assim, tanto se podem usar barricas de pequeno volume, onde o envelhecimento tende a ser mais acelerado, como tonéis de grande dimensão. A Bacalhôa tem utilizado barricas onde anteriormente se estagiou whisky e que são colocadas numa estufa sujeita às variações de temperatura entre Verão e Inverno. Para ter direito à Denominação de Origem o vinho é obrigado a um mínimo de 18 meses de estágio.

O tempo, esse grande educador

Tal como acontece com outros generosos, sobretudo com o Porto Tawny e os Madeira, é o estágio prolongado em tonel ou barrica que confere ao vinho toda a complexidade e qualidade que se lhe reconhecem. É também nesse estágio que a tonalidade escurece, ficando com tons acastanhados. Pode, no entanto, parecer estranho que os vinhos novos, apenas com os 18 meses de estágio obrigatórios por lei, tenham já uma tonalidade muito carregada. Filipa Tomaz da Costa, enóloga da Bacalhôa, esclarece: “tenho várias cubas com o moscatel ainda em contacto com as massas (método que segue a tradição da região) e o vinho já apresenta uma tonalidade que sugere uma prolongada oxidação; por isso é normal que mesmo nos vinhos novos surjam tons mais escuros”. A lei permite, de qualquer forma, a utilização do caramelo como corrector de cor.

Depois desta maceração é o tempo em casco que vai, lentamente, operando as modificações que farão surgir um grande generoso, concentrado, por vezes muito doce, mas muito complexo. Também aqui há quem esteja a inovar e o vinho da quinta do Monte Alegre é sobretudo envelhecido em garrafa, um pouco à maneira do Porto Vintage. Ainda é cedo para se perceber se o resultado justifica a prática.

Na Bacalhôa, há muitos anos que o estágio em estufa é praticado. Filipa Tomás da Costa refere: “Usamos este método sobretudo nos primeiros 10 anos do envelhecimento; depois desse tempo trazemos os cascos para dentro do armazém, embora continuem nas zonas altas mais perto do telhado. Como a massa vínica é muito grande dentro da estufa – apesar das pipas serem de 200 litros – há uma forte inércia térmica e no Inverno podemos ter temperaturas exteriores de 4ºC mas no interior da pipa o vinho apenas varia entre os 10 e 15ºC; no Verão, a temperatura no interior da estufa chega facilmente aos 40º mas o vinho apenas oscila entre os 25 e 28ºC”.

A prática de atestar as barricas e passar a limpo nunca se generalizou na região. Na José Maria da Fonseca existiam muito vinhos velhos que já apenas correspondiam a “um fundinho da pipa”, como nos disse Domingos Soares Franco, enólogo da empresa, e tomou-se a decisão (há já alguns anos) de engarrafar todos esses vinhos, tendo-se considerado que apenas estavam a evaporar e que já nada mais havia a esperar do estágio em tonel. Mas, tal como no Vinho do Porto, este estágio pode prolongar-se por mais de 100 anos.

Novas categorias e mais diversidade

A legislação da região permite desde há algum tempo a produção de vinhos com indicação de idade. Assim, no rótulo da garrafa pode vir a indicação 5, 10, 20, 30 e 40 anos. Como muitos operadores ainda não têm vinhos muito velhos a existência de vinhos com as idades 30 e 40 é por enquanto muito limitada.

Pela prova que fizemos verifica-se que a indicação da data da colheita começa a generalizar-se e os vinhos com 5 anos também mostram ser uma categoria que veio para ficar. A designação Superior obriga a um estágio mais prolongado e a uma aprovação como tal na Câmara de Provadores.

Ainda segundo Soares Franco, a aceitação pelo mercado de vinhos com indicação de idade está a ser muito boa, quer em Portugal (que é ainda o principal destinatário) quer no mercado eterno, onde se destacam o Brasil, o Canadá e a Escandinávia.

O grande inimigo do Moscatel de Setúbal é a tendência – que se estende a outros produtos vínicos – de fazer parte dos vinhos que estão permanentemente na mira das grandes superfícies (super e hipermercados)  que jogam com os preços cada vez mais baixos, um verdadeiro rolo compressor que não traz nada de bom para a imagem do Moscatel de Setúbal. O futuro da região, muito mais do que vender cada vez mais barato deverá ser vender cada vez melhor, subindo gradualmente os preços, única forma de tornar trabalho rentável, valorizar a uva e o produtor e dignificar o produto de excelência que é o Moscatel de Setúbal.

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Edição nº 34, Fevereiro de 2020

Aveleda tem nova loja online

Dois meses depois de ter criado um serviço temporário de entregas em casa, nas cidades mais próximas da Quinta da Aveleda, a empresa inaugura a sua Loja Online, com entregas em todo o país. Na oferta disponível, encontram-se os vinhos produzidos pela Aveleda em várias regiões, queijos da Queijaria da Aveleda, compotas artesanais, chocolates, e […]

Dois meses depois de ter criado um serviço temporário de entregas em casa, nas cidades mais próximas da Quinta da Aveleda, a empresa inaugura a sua Loja Online, com entregas em todo o país.

Na oferta disponível, encontram-se os vinhos produzidos pela Aveleda em várias regiões, queijos da Queijaria da Aveleda, compotas artesanais, chocolates, e outros produtos que já fazem parte das lojas físicas do produtor.

Também no mesmo site, estarão disponíveis lançamentos de novos vinhos, ofertas especiais, e cabazes desenvolvidos para harmonizações.

Para encomendas superiores a €50, os portes de envio são gratuitos.

Projecto solidário Eu Apoio a Produção Nacional está cada vez maior

A plataforma Eu Apoio a Produção Nacional – que doa 10% das suas vendas aos hospitais públicos Santa Maria (em Lisboa) e São João (no Porto) – conta já com perto de 50 marcas portuguesas. Desde a moda aos vinhos, passando pela decoração, cerveja artesanal, gin, utilitários e produtos regionais, são muitos os produtores que […]

A plataforma Eu Apoio a Produção Nacional – que doa 10% das suas vendas aos hospitais públicos Santa Maria (em Lisboa) e São João (no Porto) – conta já com perto de 50 marcas portuguesas.

Desde a moda aos vinhos, passando pela decoração, cerveja artesanal, gin, utilitários e produtos regionais, são muitos os produtores que se unem neste projecto que pretende, além da componente solidária, contribuir para manter activas as empresas nacionais.

Na vasta lista, figuram nomes como Sogrape, Oliveira da Serra, José Maria da Fonseca, Licor Beirão, Boas Quintas, Quinta do Paral ou A&D Wines.

Lista de produtores:

 

Sogevinus anuncia os seus Vintage 2018

O grupo Sogevinus acaba de anunciar ao mercado dois Vintage “single quinta” e dois Vintage “clássicos”: Kopke Quinta de S. Luiz Vintage 2018, Burmester Quinta do Arnozelo Vintage 2018, Cálem Vintage 2018 e Barros Vintage 2018. Os dois primeiros vêm das quintas que lhes dão nome, localizadas no Douro Superior, que a Sogevinus diz serem […]

O grupo Sogevinus acaba de anunciar ao mercado dois Vintage “single quinta” e dois Vintage “clássicos”: Kopke Quinta de S. Luiz Vintage 2018, Burmester Quinta do Arnozelo Vintage 2018, Cálem Vintage 2018 e Barros Vintage 2018.

Os dois primeiros vêm das quintas que lhes dão nome, localizadas no Douro Superior, que a Sogevinus diz serem “(…) dois Vintage ‘single quinta’ com o perfil e a identidade individual das Casas Kopke e Burmester”. Já sobre os “clássicos”, a empresa afirma que estes “traduzem a riqueza da diversidade de uma região: o Douro”.

Carlos Alves, enólogo dos vinhos do Porto da Sogevinus, declara sobre o ano de 2018: “Foi um ano particularmente desafiante marcado por condições climáticas adversas que resultaram numa menor produção mas que recompensou, contudo, pela sua excelente qualidade. Face à menor quantidade de uva a entrar na adega, conseguimos observar e acompanhar ao detalhe as fermentações dos primeiros mostos, pelo que a excelência da matéria-prima revela-se agora em vinhos excepcionais que retratam na sua essência o perfil de cada uma das Casas”. Sobre estes Vintage 2018, o enólogo diz que se destacam “pela sua frescura, elegância e excelente equilíbrio entre a doçura e a acidez”.

Os quatro vinhos apresentados chegam ao mercado consumidor a partir do segundo semestre deste ano.

Herdade Aldeia de Cima vence Ouro nos European Design Awards

Esta é a primeira vez que uma gama de vinhos portugueses é considerada a melhor da Europa nos European Design Awards, os mais prestigiados prémios europeus desta área. A marca recente lançada por Luísa Amorim, com propriedade na Serra do Mendro, Alentejo, recebeu o prémio Ouro, a mais alta distinção na categoria “packaging de bebidas […]

Esta é a primeira vez que uma gama de vinhos portugueses é considerada a melhor da Europa nos European Design Awards, os mais prestigiados prémios europeus desta área. A marca recente lançada por Luísa Amorim, com propriedade na Serra do Mendro, Alentejo, recebeu o prémio Ouro, a mais alta distinção na categoria “packaging de bebidas alcoólicas”.

Mas este prémio é também dos autores do design, do portuense Studio Eduardo Aires, inspirado pela “aldeia numa região conhecida pelas suas pequenas casas baixas e brancas, sublinhadas por grandes pinceladas de cores vivas da natureza, da folha do sobreiro e do solo de xisto vermelho”, de acordo com o comunicado de imprensa. Este é o mesmo estúdio de design que criou a actual imagem gráfica da cidade do Porto, também ela premiada pela mesma entidade. Eduardo Aires refere: “Foi na paisagem alentejana e no território da Herdade da Aldeia de Cima que encontrámos a inspiração para o desenho e a estratégia de comunicação. Acreditamos que a solução representa e potencia este projecto vitivinícola singular de Luísa Amorim. O prémio que agora recebemos é a confirmação pelos nossos pares internacionais do carácter diferenciador da solução gráfica”.

Enoteca Cartuxa tem nova Cozinha Social temporária

A Fundação Eugénio de Almeida, com sede em Évora, criou uma Cozinha Social na sua Enoteca Cartuxa, com o intuito de assegurar as necessidades básicas de alimentação dos mais vulneráveis desta cidade. Assim, a empresa pretende contribuir de forma assertiva para minimizar os impactos sociais e económicos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus. A […]

A Fundação Eugénio de Almeida, com sede em Évora, criou uma Cozinha Social na sua Enoteca Cartuxa, com o intuito de assegurar as necessidades básicas de alimentação dos mais vulneráveis desta cidade. Assim, a empresa pretende contribuir de forma assertiva para minimizar os impactos sociais e económicos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus. A nova Cozinha Social está a funcionar desde 27 de Abril, fornecendo, diariamente e gratuitamente, duas refeições – compostas por sopa, prato principal e sobremesa – a pessoas e famílias que se encontram em situação vulnerável. Tem capacidade para prestar 200 refeições por dia, o que equivale a mais de 6 mil por mês.

De carácter temporário, a Cozinha Social será mantida em funcionamento “enquanto for necessário”, diz a Fundação em comunicado de imprensa. Francisco Senra Coelho, presidente do Conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida, acredita que as refeições que partilham solidariamente “podem ajudar cada pessoa a encontrar força e confiança no futuro”.

Esta iniciativa insere-se noutra já criada pela Fundação Eugénio de Almeida, a #FundaçãoConsigo, que abrange projectos sociais, educativos, culturais e solidários.

Portugal foi o único país europeu que aumentou a produção de vinho em 2019

Já saíram as estatísticas da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho – sobre a produção, exportação e consumo de vinho no Mundo, entre outros indicadores, em 2019. A nível de produção, as notícias não são muito animadoras, tendo 2019 registado 260 milhões de hectolitros, um decréscimo substancial (-11.5%) face a 2018, que […]

Já saíram as estatísticas da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho – sobre a produção, exportação e consumo de vinho no Mundo, entre outros indicadores, em 2019. A nível de produção, as notícias não são muito animadoras, tendo 2019 registado 260 milhões de hectolitros, um decréscimo substancial (-11.5%) face a 2018, que tinha batido no número histórico de 293 milhões de hectolitros.

Os três países que perfazem juntos praticamente metade da produção mundial (48%), Itália, Franca e Espanha, tiveram todos uma diminuição acentuada na sua produção, em 2019. Ainda na Europa, outros como a Alemanha, Roménia, Áustria, Hungria e Grécia também se viram em situação idêntica. A excepção europeia reside unicamente em Portugal (sim, em Portuga!) que registou um aumento de 10% na produção em 2019, face ao ano anterior.

Quanto à área mundial de vinha, esta mantém-se estável desde 2016, nos 7.4 milhões de hectares.

Já o consumo de vinho aumentou 0.1% em 2019, situando-se nos 244 milhões de hectolitros.

Também a exportação mundial de vinho expandiu, tanto em volume (cerca de 105 milhões de hectolitros, +1.7%), como em valor (31.8 biliões de euros, +0.9%).

Veja o relatório da OIV aqui.

Fundação Eugénio de Almeida e The Fladgate Partnership em parceria de distribuição

A partir de hoje, dia 1 de Maio, as distribuidoras do grupo The Fladgate Partnership – Heritage Wines e Grossão Distribuição Nacional – passam a representar, no mercado nacional, os reconhecidos vinhos da Fundação Eugénio de Almeida, incluindo do projecto Tapada do Chaves. Esta nova parceria de distribuição aplica-se às referências Cartuxa (vinho e azeite), […]

A partir de hoje, dia 1 de Maio, as distribuidoras do grupo The Fladgate Partnership – Heritage Wines e Grossão Distribuição Nacional – passam a representar, no mercado nacional, os reconhecidos vinhos da Fundação Eugénio de Almeida, incluindo do projecto Tapada do Chaves.

Esta nova parceria de distribuição aplica-se às referências Cartuxa (vinho e azeite), Pêra-Manca, Foral de Évora e Scala Coeli – que serão representadas pela Heritage Wines – e às marcas Vinea e EA (vinho e azeite) e Álamos (azeite), que ficarão confiadas à Grossão Distribuição Nacional. Os vinhos Tapada do Chaves Branco, Tapada do Chaves Tinto Reserva e Tapada do Chaves Vinhas Velhas, Branco e Tinto, serão representados pela Heritage Wines.

Adrian Bridge, CEO da The Fladgate Partnership, explica que “a Fundação Eugénio de Almeida, pela sua dimensão histórica, cultural e social, é um parceiro que muito nos honra. Não tivemos dúvidas no momento de fechar o negócio, pois sentimos desde o primeiro contacto um forte alinhamento com a visão que têm para o mercado do vinho”.

Quintas de Melgaço cria stand virtual na Festa do Alvarinho

Faz agora 25 anos um dos pontos altos do calendário enogastronómico do concelho de Melgaço. A Festa do Alvarinho e do Fumeiro atrai, todos os anos, milhares de visitantes, nacionais e internacionais, para aquela que é a maior montra de produtos de toda a região. Para esta edição – que arranca já amanhã, dia 1 […]

Faz agora 25 anos um dos pontos altos do calendário enogastronómico do concelho de Melgaço. A Festa do Alvarinho e do Fumeiro atrai, todos os anos, milhares de visitantes, nacionais e internacionais, para aquela que é a maior montra de produtos de toda a região. Para esta edição – que arranca já amanhã, dia 1 de Maio – a expectativa deu lugar à reinvenção: Todo o evento foi repensando e redesenhado para que a festa pudesse manter-se, mas em segurança. As habituais apresentações de vinho vão dar lugar a provas comentadas online, os concertos vão ser transmitidos em streaming e as degustações, a experiência mais procurada, vai ser feita no conforto de casa.

Para proporcionar aos participantes uma experiência mais próxima da habitual, a Quintas de Melgaço desenhou um stand virtual e interactivo, com acesso livre e gratuito a todos os visitantes. A recriação do cenário real do evento inclui a exposição de algumas das principais referências do produtor, descritivo de cada produto, vídeos protagonizados pela equipa de enologia e ainda uma área de encomendas, com acesso a campanhas promocionais.

Saiba mais na página de Facebook do evento.

Provas comentadas Symington agora também ao fim-de-semana

A Symington Family Estates já proporcionava esta experiência de segunda a sexta-feira, mas agora a empresa decidiu alargar o horário e apresentar os seus vinhos do Porto e Douro virtualmente também ao fim-de-semana. São provas personalizadas e exclusivas, comentadas em directo por um guia que se encontra num dos três centros de enoturismo da empresa. […]

A Symington Family Estates já proporcionava esta experiência de segunda a sexta-feira, mas agora a empresa decidiu alargar o horário e apresentar os seus vinhos do Porto e Douro virtualmente também ao fim-de-semana.

São provas personalizadas e exclusivas, comentadas em directo por um guia que se encontra num dos três centros de enoturismo da empresa. São quatro as provas disponíveis que, mediante inscrição, pagamento e agendamento, incluem um kit recebido em casa com os vinhos e material informativo (tapete de prova, fichas dos vinhos e uma pen que dá a conhecer a Symington).

Para esta experiência virtual, a empresa familiar propõe duas provas da Graham’s – com destaque para a oportunidade de experimentar um vinho exclusivo do lodge da marca, o Graham’s Single Harvest Tawny 1990 –, uma da Cockburn’s e ainda uma da Quinta do Bomfim, orientada para vinhos Douro.

As provas estão agora disponíveis de segunda a domingo, entre as 9h30 e as 17h30, e os valores variam entre os 90 euros e os 250 euros. Mais informações ou agendamento no site da empresa  e das marcas Graham’s ou Cockburn’s. Poderá ainda enviar e-mail para os contactos grahams@grahamsportlodge.com, cockburnslodge@cockburns.com ou quintadobomfim@symington.com.