Enóloga Sandra Tavares da Silva admirada pela jornalista Jancis Robinson

Num artigo de Jancis Robinson intitulado “Women and Wine – a tipping point” — publicado a 14 de Novembro no Financial Times — onde a crítica e jornalista de vinho enumera as enólogas que admira e que considera como melhores a nível mundial, Sandra Tavares da Silva é a portuguesa contemplada.   “É um enorme […]

Num artigo de Jancis Robinson intitulado “Women and Wine – a tipping point” — publicado a 14 de Novembro no Financial Times — onde a crítica e jornalista de vinho enumera as enólogas que admira e que considera como melhores a nível mundial, Sandra Tavares da Silva é a portuguesa contemplada.  

“É um enorme orgulho para mim e simboliza toda a dedicação e paixão que entrego a cada projecto. É um mote de motivação para procurar fazer sempre mais e melhor. Fiquei agradavelmente surpreendida por encontrar o meu nome entre outras mulheres enólogas que, tal como eu, têm deixado a sua marca distintiva no mundo dos vinhos”, refere a enóloga e proprietária dos projectos Wine & Soul (Douro) e Quinta de Chocapalha (Lisboa).

Quintas de Melgaço cria cabazes de Natal com sabor à região

É uma acção que faz parte da estratégia da Quintas de Melgaço, para que o produtor e as suas 500 famílias associadas melhor enfrentem as consequências socioeconómicas da pandemia.  Os novos cabazes de Natal desta empresa de Melgaço são seis, e incluem sabores típicos daquela terra, privilegiando os vinhos do produtor mas incluindo outras iguarias […]

É uma acção que faz parte da estratégia da Quintas de Melgaço, para que o produtor e as suas 500 famílias associadas melhor enfrentem as consequências socioeconómicas da pandemia. 

Os novos cabazes de Natal desta empresa de Melgaço são seis, e incluem sabores típicos daquela terra, privilegiando os vinhos do produtor mas incluindo outras iguarias gastronómicas: Origem, Paixão, Família, Tradição, Celebração e Exclusivo, são os nomes dos packs que podem ser consultados aqui.

Pedro Soares, administrador delegado da Quintas de Melgaço, explica: “Acreditamos que a quadra natalícia pode ser um momento-chave na recuperação de muitos pequenos produtores pelo que, este ano, é particularmente importante que incentivemos a escolha de produtos regionais. É isso que pretendemos fazer com estes cabazes, um colectivo que surgiu por força da pandemia, mas que se irá manter em destaque na estratégia da empresa para os próximos anos”.

Os cabazes de Natal da Quintas de Melgaço podem ser encomendados directamente ao produtor, através do e-mail comercial1@quintasdemelgaco.pt. 

Faleceu James Symington, membro da 3ª geração da família no sector

A Symington Family Estates acaba de informar a imprensa sobre o falecimento de James Ronald O’Callaghan Symington. No comunicado, pode ler-se: “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de James Symington, figura de destaque do setor do vinho do Porto durante mais de 40 anos, cuja dedicação ao Douro e aos seus vinhos ajudou a […]

A Symington Family Estates acaba de informar a imprensa sobre o falecimento de James Ronald O’Callaghan Symington. No comunicado, pode ler-se:

“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de James Symington, figura de destaque do setor do vinho do Porto durante mais de 40 anos, cuja dedicação ao Douro e aos seus vinhos ajudou a criar os alicerces do atual sucesso da região.

Nascido no Porto, em 1934, foi membro da 3.a geração da família Symington a produzir vinho do Porto. Seu avô, Andrew James Symington, chegou a Portugal em 1882 e casou com Beatrice Leitão de Carvalhosa Atkinson, cuja família tinha raízes de longa data no vinho do Porto. Um dos filhos, Ron (pai de James), era um notável provador e trabalhou com os seus irmãos na empresa familiar de vinho do Porto.

James Symington iniciou a sua educação no Oporto British School. Ao eclodir a Segunda Guerra Mundial, em 1939, a vida em Portugal, mesmo na condição de país neutral, apresentava crescentes dificuldades e, em 1941, a Embaixada Britânica recomendou a todos os cidadãos britânicos para deixarem o país. Juntamente com a sua mãe e irmãos, viajou de Lisboa para o Canadá, com escala em Nova Iorque no serviço transatlântico de hidroavião: Pan Am Clipper. o jovem James, de seis anos, chegou a Manhattan a segurar uma rã que tinha levado consigo do seu jardim no Porto e a ‘rã transatlântica’ foi notícia de destaque no New York Times do dia seguinte.

Após dois anos no Canadá, a família regressou a Portugal em julho de 1943. James ingressou no colégio St. Julian’s em Lisboa até 1946, ano em que rumou a Inglaterra para entrar no colégio interno de Ampleforth. Em 1952 teve a possibilidade de ingressar na Universidade de Oxford (Faculdade de St. Edmund Hall), mas esta ficou gorada devido às limitações financeiras resultantes da guerra e do período que lhe seguiu.

Em 1954, iniciou uma comissão no Exército britânico como segundo-tenente nos King’s African Rifles no Quénia, onde permaneceu dois anos. Tornou-se fluente em Suaíli e criou amizades duradouras com a tribo Africana dos Askaris. Já reformado, regressava com frequência ao Quénia onde se reencontrava com os antigos camaradas de armas com os quais tinha servido. Ao longo da sua vida, apoiou projetos sociais e de proteção da vida selvagem no Quénia, para ajudar as comunidades que veio a conhecer tão bem.

Após um longo período de declínio nas vendas de vinho do Porto, que começara no início da década de 1930, o ano de 1960 trouxe os primeiros sinais de recuperação. Foi nesse ano que casou com Penny e que se juntou ao pai e aos primos na empresa familiar. Começou como provador e loteador, ofícios que requerem grande perícia e que são cruciais para produzir vinho do Porto de excelência. Foi responsável pelos Portos Vintage 1966 da Dow’s e da Warre’s, bem como do Graham’s 1970. Contam-se entre os mais conceituados vinhos do século XX e têm evoluído extraordinariamente bem.

Após passar esta responsabilidade para o primo Peter, em 1973, começou a trabalhar no lado comercial da empresa, onde desenvolveu novos mercados nos Estados Unidos, Canadá e na Escandinávia. Formou uma forte parceria com os primos Michael e Ian, que conduziu os destinos da empresa através de várias décadas conturbadas — um período em que muitas das tradicionais casas de vinho do Porto foram vendidas ou simplesmente deixaram de existir. Em 1985, fundou a Premium Port Wines em São Francisco, a primeira empresa de distribuição criada nos Estados Unidos por qualquer empresa de vinho do Porto. É hoje responsável por uma grande fatia das vendas de vinho do Porto nos Estados Unidos.

Com bom humor constante e incansável otimismo, construiu inúmeras relações próximas através do mundo do vinho. Foi a sua amizade com Miguel Torres, Piero Antinori e Robert Drouhin que fez da família Symington um dos membros fundadores da Primum Familiae Vini, em 1992. Desde então, a PFV tornou-se uma associação forte de doze famílias produtoras de vinho, comprometidas com a defesa dos valores partilhados por empresas de vinho familiares e a salvaguarda da sua continuidade para a próxima geração.

Tal como os seus antepassados, tinha um profundo amor pelo Douro. Em 1987, adquiriu uma propriedade semi-abandonada chamada Quinta da Vila Velha. Juntamente com a mulher, Penny, restauraram a quinta, tornando-a numa propriedade ribeirinha bem cuidada de 145 hectares, dos quais 55 hectares com vinha. A propriedade produz hoje alguns dos melhores vinhos de toda a região.

James e sua mulher tiveram um filho, Rupert e duas filhas, Clare e Miranda, bem como seis netos. Rupert é agora CEO da Symington Family Estates e o seu filho mais velho, Hugh, tem trabalhado na Premium Port Wines nos Estados Unidos, a promover os vinhos da família desde 2018. Clare também trabalha na empresa familiar, baseada no Reino Unido”.

IVDP divulga 10 projectos para transformação digital do Douro

No passado dia 11 de Novembro, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto organizou a Hackathon Douro e Porto, uma maratona colaborativa com o objectivo de apresentar soluções inovadoras, de cariz tecnológico, para os desafios dos principais “stakeholders” do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia. Este evento envolveu quarenta e seis investigadores […]

No passado dia 11 de Novembro, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto organizou a Hackathon Douro e Porto, uma maratona colaborativa com o objectivo de apresentar soluções inovadoras, de cariz tecnológico, para os desafios dos principais “stakeholders” do Douro, Porto e Vila Nova de Gaia. Este evento envolveu quarenta e seis investigadores e agentes, de mais de vinte municípios, que há um ano integraram equipas multidisciplinares e iniciaram os trabalhos. Assim, desta Hackathon, sairam dez projectos que prometem trazer uma transformação digital à região:

1. Rede de Comunicação: Projeto demonstrador das potencialidades da tecnologia, e da mais-valia para a agricultura do Douro com sensores de terreno;

2. Monitorização do Território: Criação de website que apresente os dados georreferenciados obtidos a partir de redes sociais;

3. Sensibilização para a sustentabilidade: Kit educacional de sustentabilidade, portátil e modular, com materiais de baixo custo;

4. Mecanização na vinha: Relatório com conceptualização e requisitos de um sistema de veículos aéreos não tripulados capaz de assistir no transporte das uvas;

5. Transferência de conhecimento intergeracional: Protótipo funcional de realidade virtual que ensine a fazer a poda;

6. Potencialização do enoturismo: Plano de comunicação de rotas de enoturismo na RDD;

7. Consciencialização das alterações ambientais: Produzir uma experiência áudio imersiva sobre as mudanças ambientais que ocorrem nas vinhas;

8. Comunicação sustentável do vinho: Protótipo de embalagem ou contentor a partir de bio-resíduos que reduzam o impacto ambiental no ciclo de vida do vinho;

9. Inovação no marketing e comunicação: Protótipo de realidade aumentada para rótulos de garrafas capaz de apresentar informações relevantes sobre o vinho aos consumidores;

10. Personalização da experiência do consumidor: Protótipo de serviço de recomendação de música de acordo com o vinho escolhido a fim de proporcionar uma experiência multissensorial ao consumidor; 

Os resultados completos da Hackathon Douro e Porto poderão ser consultados aqui.

Domingos Soares Franco completa 40 anos de enologia 

TEXTO João Paulo Martins Estávamos no início dos anos 80 quando Domingos Soares Franco passou a ser o responsável pela equipa de enologia de José Maria da Fonseca, sua casa familiar de Azeitão. Nestes 40 anos mudou-se o que se entendeu mudar e manteve-se o que era de manter, quer em termos de estilo, quer […]

TEXTO João Paulo Martins

Estávamos no início dos anos 80 quando Domingos Soares Franco passou a ser o responsável pela equipa de enologia de José Maria da Fonseca, sua casa familiar de Azeitão. Nestes 40 anos mudou-se o que se entendeu mudar e manteve-se o que era de manter, quer em termos de estilo, quer de portefólio, que conta com bastantes marcas clássicas, como Periquita, Pasmados ou Quinta de Camarate, já para não falar dos notáveis licorosos de Moscatel. Uma das inovações introduzidas na segunda metade dos anos 90 foi a Colecção Privada Domingos Soares Franco onde o enólogo fez ensaios de castas e experimentou algumas das variedades disponíveis na vastíssima colecção ampelográfica da empresa e outras que trouxe para a região por ser grande apreciador, como foi o caso da Malbec, a casta ícone da Argentina. Outras marcaram também presença nesta colecção, brancas e tintas, sempre em produções reduzidas, o que ainda mais acentuava o seu carácter experimental. Desta vez as escolhidas foram três, a Riesling, a Cabernet Sauvignon e Malbec. E, como diz o próprio enólogo, nenhum destes vinhos teve contacto com madeira, exactamente para que melhor se conheça e aprecie as características das castas. O momento comemorativo foi também aproveitado para lançar um Moscatel de Setúbal Superior, desta vez com aguardente de Cognac. Nesta colecção já existia um outro (mais novo) com aguardente de Armagnac mas o de 2001 agora apresentado (provado nos Vinhos do Mês) utilizou a aguardente de Cognac. É a primeira vez que se disponibiliza para o público consumidor um Moscatel com Cognac. Uma excelente forma de comemorar 40 anos de carreira.

Tesla lançou Tequilla que esgotou num piscar de olhos

A marca de automóveis eléctricos Tesla acaba de lançar uma tequilla com o mesmo nome, que esgotou poucas horas depois de surgir na plataforma online da empresa. Com um preço de venda ao público de 210 euros, e apenas disponível para o mercado norte-americano, a Tequilla Tesla envelheceu em cascos de carvalho francês e, segundo […]

A marca de automóveis eléctricos Tesla acaba de lançar uma tequilla com o mesmo nome, que esgotou poucas horas depois de surgir na plataforma online da empresa.

Com um preço de venda ao público de 210 euros, e apenas disponível para o mercado norte-americano, a Tequilla Tesla envelheceu em cascos de carvalho francês e, segundo o site Aquela Máquina, já pode ser vista em várias plataformas de leilão à venda por quase mil euros.

Este produto, com packaging inusitado e disruptivo, surgiu de uma “brincadeira”, quando há dois anos Elon Musk o anunciou em jeito de piada, para contrariar os prejuízos com os quais a marca estava a sofrer. “A brincar, a brincar”…

Seis castas portuguesas viajaram para a Croácia

TEXTO Valéria Zeferino E, em simultâneo, seis castas croatas foram plantadas em Portugal. Tudo isto aconteceu no âmbito do acordo entre dois países – Portugal e Croácia – dois municípios – Alenquer e Benkovac – e dois institutos – INIAV e Universidade de Zagreb. Para acompanhar o desenvolvimento do projecto, no passado dia 9 de […]

TEXTO Valéria Zeferino

E, em simultâneo, seis castas croatas foram plantadas em Portugal. Tudo isto aconteceu no âmbito do acordo entre dois países – Portugal e Croácia – dois municípios – Alenquer e Benkovac – e dois institutos – INIAV e Universidade de Zagreb. Para acompanhar o desenvolvimento do projecto, no passado dia 9 de Outubro as entidades envolvidas organizaram uma video-conferência internacional. 

Na primeira fase do projecto, em 2017, foram apresentados vinhos feitos de castas autóctones de cada país. Do lado de Portugal, a casta Vital (típica da zona de Alenquer e injustamente esquecida) deu origem ao vinho “Empatia”, elaborado pela Adega Cooperativa da Labrugeira. Do lado da Croácia, foram feitos dois vinhos monovarietais das castas Maraština (branca) e Svrdlovina (tinta).

Já em 2019, foi realizada uma permuta de castas: seis castas portuguesas (Vital, Arinto, Fernão Pires, Touriga Nacional, Touriga Franca e Vinhão) seguiram para Croácia, e de lá vieram seis castas autóctones (Pošip, Maraština, Vugava, Plavac Mali, Plavina e Svrdlovina), 130 pés de cada, que foram plantadas em Maio deste ano nos Viveiros Pierre Boyer em Penusinhos.

Nesta vinha experimental será efectuada uma avaliação agronómica (estados fenológicos, resistência a doenças, etc.) para perceber a sua capacidade de adaptação às condições da zona de Alenquer, na região de Lisboa. Mais a frente, serão realizadas duas vinificações de cada casta para avaliar o seu potencial enológico. José Eiras Dias, Coordenador da Estação Nacional de Viticultura e Enologia do INIAV, é responsável pela parte científica deste projecto. Por sua vez, as castas portuguesas na Croácia serão submetidas ao mesmo tipo de ensaios. Em função dos resultados, algumas delas poderão ser utilizadas pelos produtores croatas. Desta forma, pretende-se valorização das castas autóctones de dois países, aprendizagem mútua e estabelecimento de relações comerciais.

Foto: Daniel Pavlinovic / Croatia Feeds. Vinha Dingač em Pelješac, Dalmatia.

Chef Vítor Sobral cria “vinhos da casa” com Casa de Santa Vitória

TEXTO Luís Francisco “Matar a ideia de que o vinho da casa é a pior opção da carta” foi a ideia que levou um dos mais conceituados chefs portugueses a juntar-se à Casa de Santa Vitória para criar uma oferta personalizada. Os novos vinhos Vítor Sobral, branco e tinto, já estão disponíveis nos espaços Tasca […]

TEXTO Luís Francisco

“Matar a ideia de que o vinho da casa é a pior opção da carta” foi a ideia que levou um dos mais conceituados chefs portugueses a juntar-se à Casa de Santa Vitória para criar uma oferta personalizada. Os novos vinhos Vítor Sobral, branco e tinto, já estão disponíveis nos espaços Tasca da Esquina, Peixaria da Esquina, Padaria da Esquina e Restaurante Dom Roger, todos em Lisboa. “Já há algum tempo que ambicionava este projecto: dar a cara por um vinho”, explica Vítor Sobral, cuja imagem aparece nos rótulos, de braços e sorriso abertos, como quem saúda quem se senta à mesa.

O processo de selecção passou por um trabalho prévio da dupla de enologia da Casa de Santa Vitória, a enóloga residente Patrícia Peixoto e o consultor Bernardo Cabral, que prepararam um leque de “blends” e os apresentaram ao “chef”, durante um almoço, como convém. A vocação gastronómica balizou as escolhas de Vítor Sobral, em duas séries limitadas (596 garrafas de branco e 998 de tinto) que se destinam apenas ao serviço nos restaurantes do “chef”. O branco, da colheita de 2019, é feito com Arinto e Chardonnay; o tinto, de 2018, junta Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah e Cabernet Sauvignon. Frescura, equilíbrio e, naturalmente, uma vincada capacidade para se “darem bem” com a interpretação moderna da tradicional gastronomia portuguesa que faz a imagem de marca de Vítor Sobral são o denominador comum a ambas as propostas: “Esta é a minha garantia aos clientes de que o preço que estão a pagar pelo vinho é justificado.”