Domingos Soares Franco completa 40 anos de enologia 

TEXTO João Paulo Martins Estávamos no início dos anos 80 quando Domingos Soares Franco passou a ser o responsável pela equipa de enologia de José Maria da Fonseca, sua casa familiar de Azeitão. Nestes 40 anos mudou-se o que se entendeu mudar e manteve-se o que era de manter, quer em termos de estilo, quer […]

TEXTO João Paulo Martins

Estávamos no início dos anos 80 quando Domingos Soares Franco passou a ser o responsável pela equipa de enologia de José Maria da Fonseca, sua casa familiar de Azeitão. Nestes 40 anos mudou-se o que se entendeu mudar e manteve-se o que era de manter, quer em termos de estilo, quer de portefólio, que conta com bastantes marcas clássicas, como Periquita, Pasmados ou Quinta de Camarate, já para não falar dos notáveis licorosos de Moscatel. Uma das inovações introduzidas na segunda metade dos anos 90 foi a Colecção Privada Domingos Soares Franco onde o enólogo fez ensaios de castas e experimentou algumas das variedades disponíveis na vastíssima colecção ampelográfica da empresa e outras que trouxe para a região por ser grande apreciador, como foi o caso da Malbec, a casta ícone da Argentina. Outras marcaram também presença nesta colecção, brancas e tintas, sempre em produções reduzidas, o que ainda mais acentuava o seu carácter experimental. Desta vez as escolhidas foram três, a Riesling, a Cabernet Sauvignon e Malbec. E, como diz o próprio enólogo, nenhum destes vinhos teve contacto com madeira, exactamente para que melhor se conheça e aprecie as características das castas. O momento comemorativo foi também aproveitado para lançar um Moscatel de Setúbal Superior, desta vez com aguardente de Cognac. Nesta colecção já existia um outro (mais novo) com aguardente de Armagnac mas o de 2001 agora apresentado (provado nos Vinhos do Mês) utilizou a aguardente de Cognac. É a primeira vez que se disponibiliza para o público consumidor um Moscatel com Cognac. Uma excelente forma de comemorar 40 anos de carreira.

Tesla lançou Tequilla que esgotou num piscar de olhos

A marca de automóveis eléctricos Tesla acaba de lançar uma tequilla com o mesmo nome, que esgotou poucas horas depois de surgir na plataforma online da empresa. Com um preço de venda ao público de 210 euros, e apenas disponível para o mercado norte-americano, a Tequilla Tesla envelheceu em cascos de carvalho francês e, segundo […]

A marca de automóveis eléctricos Tesla acaba de lançar uma tequilla com o mesmo nome, que esgotou poucas horas depois de surgir na plataforma online da empresa.

Com um preço de venda ao público de 210 euros, e apenas disponível para o mercado norte-americano, a Tequilla Tesla envelheceu em cascos de carvalho francês e, segundo o site Aquela Máquina, já pode ser vista em várias plataformas de leilão à venda por quase mil euros.

Este produto, com packaging inusitado e disruptivo, surgiu de uma “brincadeira”, quando há dois anos Elon Musk o anunciou em jeito de piada, para contrariar os prejuízos com os quais a marca estava a sofrer. “A brincar, a brincar”…

Seis castas portuguesas viajaram para a Croácia

TEXTO Valéria Zeferino E, em simultâneo, seis castas croatas foram plantadas em Portugal. Tudo isto aconteceu no âmbito do acordo entre dois países – Portugal e Croácia – dois municípios – Alenquer e Benkovac – e dois institutos – INIAV e Universidade de Zagreb. Para acompanhar o desenvolvimento do projecto, no passado dia 9 de […]

TEXTO Valéria Zeferino

E, em simultâneo, seis castas croatas foram plantadas em Portugal. Tudo isto aconteceu no âmbito do acordo entre dois países – Portugal e Croácia – dois municípios – Alenquer e Benkovac – e dois institutos – INIAV e Universidade de Zagreb. Para acompanhar o desenvolvimento do projecto, no passado dia 9 de Outubro as entidades envolvidas organizaram uma video-conferência internacional. 

Na primeira fase do projecto, em 2017, foram apresentados vinhos feitos de castas autóctones de cada país. Do lado de Portugal, a casta Vital (típica da zona de Alenquer e injustamente esquecida) deu origem ao vinho “Empatia”, elaborado pela Adega Cooperativa da Labrugeira. Do lado da Croácia, foram feitos dois vinhos monovarietais das castas Maraština (branca) e Svrdlovina (tinta).

Já em 2019, foi realizada uma permuta de castas: seis castas portuguesas (Vital, Arinto, Fernão Pires, Touriga Nacional, Touriga Franca e Vinhão) seguiram para Croácia, e de lá vieram seis castas autóctones (Pošip, Maraština, Vugava, Plavac Mali, Plavina e Svrdlovina), 130 pés de cada, que foram plantadas em Maio deste ano nos Viveiros Pierre Boyer em Penusinhos.

Nesta vinha experimental será efectuada uma avaliação agronómica (estados fenológicos, resistência a doenças, etc.) para perceber a sua capacidade de adaptação às condições da zona de Alenquer, na região de Lisboa. Mais a frente, serão realizadas duas vinificações de cada casta para avaliar o seu potencial enológico. José Eiras Dias, Coordenador da Estação Nacional de Viticultura e Enologia do INIAV, é responsável pela parte científica deste projecto. Por sua vez, as castas portuguesas na Croácia serão submetidas ao mesmo tipo de ensaios. Em função dos resultados, algumas delas poderão ser utilizadas pelos produtores croatas. Desta forma, pretende-se valorização das castas autóctones de dois países, aprendizagem mútua e estabelecimento de relações comerciais.

Foto: Daniel Pavlinovic / Croatia Feeds. Vinha Dingač em Pelješac, Dalmatia.

Chef Vítor Sobral cria “vinhos da casa” com Casa de Santa Vitória

TEXTO Luís Francisco “Matar a ideia de que o vinho da casa é a pior opção da carta” foi a ideia que levou um dos mais conceituados chefs portugueses a juntar-se à Casa de Santa Vitória para criar uma oferta personalizada. Os novos vinhos Vítor Sobral, branco e tinto, já estão disponíveis nos espaços Tasca […]

TEXTO Luís Francisco

“Matar a ideia de que o vinho da casa é a pior opção da carta” foi a ideia que levou um dos mais conceituados chefs portugueses a juntar-se à Casa de Santa Vitória para criar uma oferta personalizada. Os novos vinhos Vítor Sobral, branco e tinto, já estão disponíveis nos espaços Tasca da Esquina, Peixaria da Esquina, Padaria da Esquina e Restaurante Dom Roger, todos em Lisboa. “Já há algum tempo que ambicionava este projecto: dar a cara por um vinho”, explica Vítor Sobral, cuja imagem aparece nos rótulos, de braços e sorriso abertos, como quem saúda quem se senta à mesa.

O processo de selecção passou por um trabalho prévio da dupla de enologia da Casa de Santa Vitória, a enóloga residente Patrícia Peixoto e o consultor Bernardo Cabral, que prepararam um leque de “blends” e os apresentaram ao “chef”, durante um almoço, como convém. A vocação gastronómica balizou as escolhas de Vítor Sobral, em duas séries limitadas (596 garrafas de branco e 998 de tinto) que se destinam apenas ao serviço nos restaurantes do “chef”. O branco, da colheita de 2019, é feito com Arinto e Chardonnay; o tinto, de 2018, junta Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah e Cabernet Sauvignon. Frescura, equilíbrio e, naturalmente, uma vincada capacidade para se “darem bem” com a interpretação moderna da tradicional gastronomia portuguesa que faz a imagem de marca de Vítor Sobral são o denominador comum a ambas as propostas: “Esta é a minha garantia aos clientes de que o preço que estão a pagar pelo vinho é justificado.”

Vinalda e Icon Key: duas distribuidoras agora fundidas

A Vinalda e a Icon Key anunciaram a sua fusão, juntando-se assim a mais antiga distribuidora nacional de bebidas (sobretudo de vinhos) à empresa líder de mercado em espirituosas e cervejas artesanais portuguesas. Ambas com portefólios fortes que agora se complementam. A Icon Key representa e distribui marcas bem conhecidas como o Sharish Gin do […]

A Vinalda e a Icon Key anunciaram a sua fusão, juntando-se assim a mais antiga distribuidora nacional de bebidas (sobretudo de vinhos) à empresa líder de mercado em espirituosas e cervejas artesanais portuguesas. Ambas com portefólios fortes que agora se complementam.

A Icon Key representa e distribui marcas bem conhecidas como o Sharish Gin do Alentejo, a Ginja d’Óbidos Mariquinhas, o Rum da Madeira William Hinton, o Medronho Alentejano MAD, além da cerveja artesanal Maldita de Aveiro e da Aguardente Vínica da Lourinhã Louriana XO, entre outras. Na sequência da fusão comercial das duas empresas, haverá uma integração das equipas, passando a Vinalda a distribuir todas estas marcas desde já.

José Espírito Santo, Director-Geral da Vinalda, afirma: “Reconhecemos na Icon Key o mesmo ADN, cultura e capacidade, demonstrados pelo excelente trabalho ao longo dos seus seis anos de existência, na criação de marcas líderes nas suas categorias. Esta fusão conduz a Vinalda ao regresso às suas origens, a distribuição de espirituosas e cervejas, desta vez com um cunho marcadamente português (…)”. 

Por sua vez, Daniel Correia, CEO da Icon Key, sublinha que “Esta fusão marca o início de uma nova etapa muito importante na afirmação da nossa estratégia. Vamos entregar a melhor proposta de valor aos nossos atuais e futuros clientes, nacionais e internacionais. É um compromisso que assumimos, assente no nosso ambicioso plano de expansão”. Já o CCO desta empresa, Bruno Amaral, refere que “A fusão da Vinalda e da Icon Key abre a oportunidade de se desenvolver um catálogo completo de vinhos, espirituosas, cervejas e águas, de forma integrada e complementar (…)”.

Quinta do Gradil com imagem totalmente renovada

Com a assinatura “Sete Séculos de Vindimas”, a Quinta do Gradil, produtor da região de Lisboa, mostra agora uma imagem totalmente renovada nos seus novos vinhos, que também atravessa toda a marca e empresa. No início do próximo ano, este rebranding estender-se-á a mais vinhos — com o lançamento das gamas superiores — e também […]

Com a assinatura “Sete Séculos de Vindimas”, a Quinta do Gradil, produtor da região de Lisboa, mostra agora uma imagem totalmente renovada nos seus novos vinhos, que também atravessa toda a marca e empresa. No início do próximo ano, este rebranding estender-se-á a mais vinhos — com o lançamento das gamas superiores — e também a um novo site e campanhas nas redes, televisão e outdoors.

No comunicado de imprensa, o produtor explica: “Este rebranding surge integrado num forte investimento orientado para o futuro da empresa, mas que se iniciou com um rigoroso levantamento histórico, que inspirou todo o processo e protege, para memória futura, a secular ligação ao vinho da Quinta do Gradil. Da mesma forma, desvendou a relação da família dos Marqueses de Pombal com a propriedade, uma vez que até agora pouco mais se sabia do que pedra de armas afixada no frontão da fachada principal, que atestava essa ligação”.

Esta revolução de imagem é só mais um passo num grande investimento feito, que abrange também as obras iniciadas em 2019 pelo administrador Luís Vieira, na casa principal da propriedade, de meados de oitocentos. Também uma nova cave de barricas, no piso térreo do Palácio, está para breve. 

“Sempre disse que o nosso desígnio era maior do que apenas produzir vinhos de qualidade. Há vinte anos, começámos por dar os primeiros passos no terreno, através da recuperação de vinhas antigas e da plantação de novas, bem como da criação de condições para ter uma boa adega e uma equipa profissional e ambiciosa. Hoje sei que foi preciso percorrer este caminho, as bases estavam lançadas, mas a experiência veio com o tempo. E com o tempo tornámo-nos um produtor de excelência que contribui decisivamente para uma imagem renovada dos vinhos da região de Lisboa”, refere Luís Vieira.

José Maria da Fonseca lança Hexagon 2015

Há vinte anos foi lançada a primeira edição deste topo de gama da José Maria da Fonseca. O Hexagon tinto 2015 acaba de ir para o mercado, um vinho que nasceu de um desafio lançado ao enólogo Domingos Soares Franco: o de criar um tinto que reflectisse o trabalho realizado na vinha e na adega, […]

Há vinte anos foi lançada a primeira edição deste topo de gama da José Maria da Fonseca. O Hexagon tinto 2015 acaba de ir para o mercado, um vinho que nasceu de um desafio lançado ao enólogo Domingos Soares Franco: o de criar um tinto que reflectisse o trabalho realizado na vinha e na adega, com um perfil internacional, aliado a elegância.

O Hexagon é um lote de seis castas, as mesmas desde a primeira colheita: Touriga Nacional, Syrah, Trincadeira, Tinto Cão, Touriga Francesa e Tannat. O estágio dura dez meses em barricas novas de carvalho francês.

Este vinho, a simbolizar seis castas e seis gerações (os seis lados do hexágono), tem um p.v.p. recomendado de €59.

vinho da casa #38 – Quinta dos Carvalhais Encruzado 2019