Quintas de Melgaço cria stand virtual na Festa do Alvarinho

Faz agora 25 anos um dos pontos altos do calendário enogastronómico do concelho de Melgaço. A Festa do Alvarinho e do Fumeiro atrai, todos os anos, milhares de visitantes, nacionais e internacionais, para aquela que é a maior montra de produtos de toda a região. Para esta edição – que arranca já amanhã, dia 1 […]

Faz agora 25 anos um dos pontos altos do calendário enogastronómico do concelho de Melgaço. A Festa do Alvarinho e do Fumeiro atrai, todos os anos, milhares de visitantes, nacionais e internacionais, para aquela que é a maior montra de produtos de toda a região. Para esta edição – que arranca já amanhã, dia 1 de Maio – a expectativa deu lugar à reinvenção: Todo o evento foi repensando e redesenhado para que a festa pudesse manter-se, mas em segurança. As habituais apresentações de vinho vão dar lugar a provas comentadas online, os concertos vão ser transmitidos em streaming e as degustações, a experiência mais procurada, vai ser feita no conforto de casa.

Para proporcionar aos participantes uma experiência mais próxima da habitual, a Quintas de Melgaço desenhou um stand virtual e interactivo, com acesso livre e gratuito a todos os visitantes. A recriação do cenário real do evento inclui a exposição de algumas das principais referências do produtor, descritivo de cada produto, vídeos protagonizados pela equipa de enologia e ainda uma área de encomendas, com acesso a campanhas promocionais.

Saiba mais na página de Facebook do evento.

Opinião – Para que o vinho proteja 10 milhões de portugueses

Tal como acontece com outros setores, também a fileira do vinho atravessa momentos de grande dificuldade. A comercialização está quase estagnada, as fontes de receita escasseiam, mas a vinha não pára e exige atenção e despesas. Entretanto, faltam 121 dias para 30 de Agosto, a data média de vindima. O que é possível fazer por […]

Tal como acontece com outros setores, também a fileira do vinho atravessa momentos de grande dificuldade. A comercialização está quase estagnada, as fontes de receita escasseiam, mas a vinha não pára e exige atenção e despesas. Entretanto, faltam 121 dias para 30 de Agosto, a data média de vindima. O que é possível fazer por este setor do qual dependem dezenas de milhar de pessoas? E o que é que o vinho pode fazer pelo País?

TEXTO João Vila Maior
FOTOS Arquivo

João Vila Maior é enólogo e viticólogo.

Nos últimos dois meses várias empresas vitivinícolas produziram e ofereceram alguns milhares de litros de álcool gel a Hospitais, Centros de Saúde, Bombeiros e Lares. Muitas empresas da indústria têxtil produziram máscaras e ofereceram-nas ao mesmo tipo de instituições. E tantas e diferentes indústrias desdobraram-se em iniciativas de Solidariedade sem nada pedirem em troca. Por muitos defeitos que tenhamos, Nós, os Portugueses, Portugal, somos um Nobre Povo. Somos Enormes.

Vivemos momentos difíceis e de incerteza, que nunca pensávamos poder viver. Ao que tudo indica, iremos, em breve e, pouco a pouco, ter um cheirinho “da normalidade” que conhecíamos antes de março. Março, mostrou-nos o que é um “mês horribilis” e o que poderá vir a ser um ano ou vários anos “horribilis”. Isto porque, se a tragédia humanitária foi limitada, para já, a abrupta queda da atividade económica faz adivinhar um cenário não menos trágico. Se as piores, mas talvez realistas perspetivas, de ocorrência de surtos de infeção periódicos virem a confirmar-se, teremos um cocktail assustador que nos fará cair numa depressão económica e humanitária sem paralelo. Temos de nos precaver, aprender com este primeiro episódio e repensar o futuro.

Centrando-nos na fileira vitivinícola o cenário não é menos animador. O vinho não é um bem de primeira necessidade. Se é verdade que se bebe em família, potencialmente em confinamento, o vinho é, essencialmente, um bem para usufruir com companhia. Acresce o facto de, mesmo ainda para quem não esteja a sentir na carteira o que aí vem, em função do medo que se faz sentir, instintivamente e mesmo que de uma forma não consciente, consome-se menos de uns artigos e mais de outros. Como é sabido, o papel higiénico é recordista do lado do “mais”. Seguem-se os artigos de desinfeção, as conservas, tintas para o cabelo e não muitos mais. Mas, no lado oposto, estão os protetores solares, as flores, tanta e tanta coisa mais e, claro está, vinho. O Vinho!

Já li várias previsões. Quebras de 20, de 35%. Que valem o que valem, até porque não sabemos como vai evoluir a pandemia. Mas, garantidamente, que a quebra será da ordem das duas casas decimais, e que nunca será inferior a 20%. Se atingirá os 35% ou se será superior, não sabemos. Mas o cenário é muito pessimista.

Os produtores desdobram-se em tentativas de mitigação, especialmente, no ciberespaço, em webinares, em provas online, com o objetivo de conseguir vender algum vinho. Uma míngua que seja para tentar compensar a queda abrupta resultante do encerramento dos restaurantes e do comportamento mais defensivo, mesmo que inconsciente, do mercado.

A vinha não tem teletrabalho

Entretanto, estamos a 30 de abril. E amanhã será dia 1 de maio. O dia do Trabalhador. De todos os trabalhadores. Dos que trabalham no setor da vinha e do vinho. E, na vinha o layoff não é fácil de praticar. As vinhas vão crescendo a olhos vistos, necessitando de mão de obra, de serem erguidas, de serem despampadas e, qualquer dia, vindimadas. O míldio, o oídio e os ácaros não se confinam. Estão aí para fazer das suas. Ou seja, a torneira das despesas não se fecha. Não é possível fechar. A vinha não dá tréguas ao viticultor. Não reconhece a figura do teletrabalho. E faltam 121 dias para o dia 30 de agosto, uma hipotética data, média, para a vindima. E amanhã faltarão somente 120 dias. O relógio não para. Nem a ampulheta, seja movida a grãos de areia da península de setúbal, ou a partículas mais grosseiras dos solos graníticos dos alvarinhos. Nem mesmo uma laje de xisto do Douro seria capaz de parar uma ampulheta. Se tal fosse possível, estou certo, que o Douro o faria a bem de toda a nação do vinho.

E se, entretanto, o vinho não se escoar, não for bebido a nosso bel-prazer, temos a cuba entornada. O setor viverá uma forte crise. Muito forte.

E faltam 121 dias. Temos 33% de um ano para reagir. O que poderemos fazer por este setor?

O setor do vinho, direta e indiretamente, emprega algumas dezenas de milhar de pessoas. Quando falamos deste setor não nos podemos esquecer da sua íntima ligação com uma variedade de setores como o da cortiça, da proteção das plantas, dos produtos enológicos, das garrafas, entre outros. Estamos a falar de muita gente. De muitas empresas, também elas, vítimas indiretas, deste problema que se adensa. O setor do vinho, para além da importância como empregador, gera um notável volume de negócios, cria um valor acrescentado na nossa economia e contribui de forma significativa nas nossas exportações e na promoção da imagem de Portugal.

Neste momento os telejornais oscilam entre notícias que fazem o ponto da situação da pandemia, o precipício da economia e os pedidos desesperados dos agentes económicos por uma boia de salvação. E, de momento, as ajudas que vão surgindo não auguram nada de suficiente. Viramo-nos para a Europa. Como sempre. É verdade que fazemos parte dela, que temos os nossos direitos e que ela tem deveres para connosco. Mas, se pusermos a mão na consciência, também teremos de reconhecer que, nem sempre, sabemos fazer o melhor com o que de lá vem.

O diagnóstico da situação está feito. É grave. Está doente. Precisa de Cuidados. E se o tempo passar e nada for feito, terão de ser Cuidados Intensivos. E muitas empresas serão desligadas da máquina. Algumas empresas mais velhas, mas também empresas jovens.  Impõe-se pensar no que fazer, como reagir, como tentar mitigar as dificuldades. Na última crise, enorme também, o setor soube reagir, nomeadamente, conseguindo aumentar as exportações. Na crise atual não me parece que o setor consiga ir por aí ou, pelo menos, não será suficiente pois, na realidade, a crise está por toda a parte. É global.

Afinal, o que poderemos fazer?

A resposta, certamente, não será uma. Terão de ser várias e complementares, mas todas a apontar no mesmo sentido. Passará por estratégias traçadas por todas e por cada uma das empresas, das organizações de produtores e das Distribuidoras.

Destilar para produzir álcool

Da parte que a cada um toca, sem dúvida que solidariedade individual, daqueles que estiverem numa situação de alguma estabilidade e que tenham a possibilidade de manter o consumo, de continuar a usufruir do prazer que um copo de vinho lhe pode dar, ao manterem o consumo já estão a ser solidários. O prazer que tínhamos quando usufruíamos de um vinho até há dois meses, agora, ávidos que estamos de coisas boas, acredito que ainda possa ser maior. E tenha em conta que, com esse gesto, para além de tudo, está ainda a ser Solidário!

Por parte do Estado Português, todas as medidas lançadas para o tecido empresarial, em geral, terão de ser mais significativas e céleres. Mas sabemos que, histórica e cronicamente, as medidas ficam sempre aquém das necessidades.

Como já referi, estou certo de que a solução não será única e terá de passar por um conjunto vasto de soluções. Neste sentido faço, humildemente, duas propostas. A primeira, já abordada, de caráter individual, que poderei de chamar de “altruísmo ou filantropia” enófilo, que não é mais que consumir, manter o padrão de consumo ou mesmo aumentá-lo, de forma moderada claro está. Se é verdade que o vinho tem muito de bebida social, confesso que, às vezes gosto de estar a sós com o vinho e bebê-lo na companhia do silêncio, duma paisagem. Este exercício de prazer, acredito, poderá ajudar a aquietar a alma nestes tempos de incerteza.

A segunda proposta que faço está em linha com uma necessidade destes tempos de pandemia. Como, infelizmente, o Covid-19 parece estar para durar e o álcool gel, a lixivia, as máscaras e outros produtos de desinfeção e proteção vão continuar a assumir-se como bens de primeira necessidade e de consumo massivo. Várias empresas vitivinícolas, a título voluntário, já contribuíram para repor os níveis de álcool que, subitamente, deixou de existir no mercado. A minha proposta vai no sentido de serem criados mecanismos, com caráter de urgência, no sentido que o álcool para produção de álcool gel venha ser, no futuro próximo, maioritária e prioritariamente, de origem vínica.

Existe uma medida no setor, designada por “Prestação Vínica” que consiste na obrigatoriedade de proceder à eliminação controlada dos subprodutos da vinificação, nomeadamente bagaços de uva, borras de vinho e, muitas vezes, vinhos de menor qualidade. Esta prestação é de percentagem variada, de acordo com o ano, mas sempre inferior aos 10%. Na prática, esta figura obriga a eliminar uma pequena parte da produção, conduzindo-a para destilação ou para a indústria do vinagre. Desta forma, consegue-se elevar a qualidade média do vinho produzido e, poder-se-á conseguir regular o mercado. Neste sentido, o que proponho, com base na figura da “Prestação Vínica”, se o enquadramento legal (e Comunitário) o permitir, ou na figura duma medida extraordinária, “Prestação Corona” à maneira das “Corona Bonds”. Na prática, consistiria no Estado Português se propor a comprar e pagar, com celeridade, um volume de vinho para destilação, numa quantidade calculada com base na quebra de vendas para que aponta o mercado (20-30%), pagando um preço justo pelo vinho. Justo!

Desta forma, o Estado supriria as necessidades de álcool, com base num produto nacional, daria um balão de oxigénio ao setor do vinho, evitaria alguns milhares de desempregados, o pagamento de subsídios de desemprego, de prestações de layoff, e manteria vivo um setor que acrescenta muito à identidade e economia do país.

A incrível realidade que vive o setor do petróleo, com o crude a assumir valores negativos, ou seja, a pagar para que se esvaziem os depósitos, fez-me recordar uma história ou mito que há uns anos se ouvia. Que, num certo ano, um conhecido negociante de vinho a granel, enviou a seu mando um falso comprador de vinho a algumas Adegas Cooperativas, em meados de janeiro. Este, abordava a Adega como comprador e acabava por assumir o compromisso de comprar a totalidade da produção armazenada nas cubas. Para o efeito dava um chorudo sinal, em dinheiro. Boa notícia, julgavam eles. Com o passar dos meses, a ausência do comprador fantasma, as cubas cheias, e uma vindima quase à porta, o chorudo sinal tornava-se numa mão quase cheia de nada. Era então a altura para o dito e conhecido negociador de vinho a granel, aparecer e varrer milhões e milhões de litros a um preço miserável e, pasme-se, assumir-se como o salvador da pátria.

Pois o que me preocupa é que faltam 121 dias e, se nada se fizer, muitos petroleiros poderão ir ao fundo.

Provas comentadas Symington agora também ao fim-de-semana

A Symington Family Estates já proporcionava esta experiência de segunda a sexta-feira, mas agora a empresa decidiu alargar o horário e apresentar os seus vinhos do Porto e Douro virtualmente também ao fim-de-semana. São provas personalizadas e exclusivas, comentadas em directo por um guia que se encontra num dos três centros de enoturismo da empresa. […]

A Symington Family Estates já proporcionava esta experiência de segunda a sexta-feira, mas agora a empresa decidiu alargar o horário e apresentar os seus vinhos do Porto e Douro virtualmente também ao fim-de-semana.

São provas personalizadas e exclusivas, comentadas em directo por um guia que se encontra num dos três centros de enoturismo da empresa. São quatro as provas disponíveis que, mediante inscrição, pagamento e agendamento, incluem um kit recebido em casa com os vinhos e material informativo (tapete de prova, fichas dos vinhos e uma pen que dá a conhecer a Symington).

Para esta experiência virtual, a empresa familiar propõe duas provas da Graham’s – com destaque para a oportunidade de experimentar um vinho exclusivo do lodge da marca, o Graham’s Single Harvest Tawny 1990 –, uma da Cockburn’s e ainda uma da Quinta do Bomfim, orientada para vinhos Douro.

As provas estão agora disponíveis de segunda a domingo, entre as 9h30 e as 17h30, e os valores variam entre os 90 euros e os 250 euros. Mais informações ou agendamento no site da empresa  e das marcas Graham’s ou Cockburn’s. Poderá ainda enviar e-mail para os contactos grahams@grahamsportlodge.com, cockburnslodge@cockburns.com ou quintadobomfim@symington.com.

Design de aguardente CARMIM premiado nos EUA

A M&A Creative Agency, agência autora do design da Aguardente Vínica Velha CARMIM, recebeu nos EUA o Gold Design Award, no evento Muse Design Awards. Este concurso homenageia profissionais de design de várias áreas, cujos trabalhos têm o potencial de deixar a sua marca na História. Em comunicado de impresa, a CARMIM explica que “A […]

A M&A Creative Agency, agência autora do design da Aguardente Vínica Velha CARMIM, recebeu nos EUA o Gold Design Award, no evento Muse Design Awards. Este concurso homenageia profissionais de design de várias áreas, cujos trabalhos têm o potencial de deixar a sua marca na História.

Em comunicado de impresa, a CARMIM explica que “A aguardente vínica velha pretende conjugar modernidade e maturidade, tendo em atenção todos os pormenores, quer a nível do design da garrafa como da rotulagem e do próprio estojo”.

A Aguardente Vínica Velha CARMIM estagia pelo menos 15 anos em balseiro novo de 4000 litros de carvalho Limousin,  e “apresenta um aroma elegante e complexo com notas balsâmicas, citrinas e de especiarias doces. Na boca é equilibrada pelo tanino suave do carvalho e possui um final aveludado e persistente”, descreve a CARMIM.

Distribuidora JMV lança a sua primeira loja online

Num período de reinvenção “obrigatória”, a JMV – José Maria Vieira S.A., acaba de lançar a sua primeira loja online, com uma vasta gama de vinhos tranquilos, vinhos do Porto, vinhos Madeira, espumantes e Champagne, entre outras bebidas. Também cafés e chás de categoria premium não faltam. São mais de duas centenas de produtos das […]

Num período de reinvenção “obrigatória”, a JMV – José Maria Vieira S.A., acaba de lançar a sua primeira loja online, com uma vasta gama de vinhos tranquilos, vinhos do Porto, vinhos Madeira, espumantes e Champagne, entre outras bebidas. Também cafés e chás de categoria premium não faltam. São mais de duas centenas de produtos das várias marcas que a empresa comercializa, num espaço online  que vem dar resposta às necessidades das famílias portuguesas e à crescente procura por soluções práticas e seguras para compra dos tipos de bebidas mencionados.

No website, encontra-se uma vasta diversidade de vinhos de empresas como Sociedade dos Vinhos Borges, Ramos Pinto, Pontual Wines, Herdade do Pombal, Fundação Stanley Ho e Madeira Wine Company. Mas a oferta estende-se além-fronteiras, com marcas como Champagne Louis Roederer, Champagne Charles Mignon, Santero, Domaines Ott, Pazo Pondal, Molinari, Broker’s Gin, The Irishman Whiskey, entre outras. Além de vinho, está disponível a gama de cafés da marca Torrié em diferentes formatos: grão, cápsula (compatíveis com máquinas Nespresso e Dolce Gusto), pastilha e moído. Os amantes de chá e infusões também não ficam esquecidos: para além dos chás da Torrié, em saquetas e cápsulas, figura a marca proveniente do Sri Lanka, Dilmah, um produto super-premium e em forma de saqueta.

A JMV consegue, assim, fazer chegar os seus produtos ao domicílio no prazo de 48 horas úteis, assegurando a entrega em todo o território de Portugal Continental. Os envios são realizados através de CTT Expresso e os portes de entrega são gratuitos para encomendas de bebidas superiores a €50, e para encomendas de cafés/chás superiores a €20. Nesta fase de lançamento, o meio de pagamento disponível é o Paypal, mas em breve serão disponibilizados outros métodos.

Estudo sugere que certificação bio é financeiramente favorável

O estudo baseou-se no vinho a granel da maior IGP (Indicação Geográfica Protegida) de Languedoc, a Pays-d’oc, mas poderá ser um indicador elucidativo para o resto do Mundo. O assunto tem sido fortemente debatido, sobre se o modo de produção biológico e/ou orgânico faz sentido financeiramente para as empresas de vinho. Mas os números do […]

O estudo baseou-se no vinho a granel da maior IGP (Indicação Geográfica Protegida) de Languedoc, a Pays-d’oc, mas poderá ser um indicador elucidativo para o resto do Mundo. O assunto tem sido fortemente debatido, sobre se o modo de produção biológico e/ou orgânico faz sentido financeiramente para as empresas de vinho. Mas os números do relatório deste novo estudo, que se refere à colheita de 2018 e àquela IGP, são bastante interessantes e mostram, formalmente, que este tipo de certificação pode realmente compensar:

Segundo noticiou a BKWine Magazine, os vinhos ditos “convencionais” Pays-d’oc da colheita de 2018, são vendidos por uma média de €90/hectolitro, mas o preço sobre para 96 euros se o vinho tiver cerificação HVE (High Environmental Value), para 103 euros com certificação Terra Vitis e para 174 euros com certificação orgânica. Vinhos que ainda estão em processo de certificação orgânica também têm vantagens: €132/hectolitro no segundo ano de conversão e 154 euros no terceiro (e último) ano.

Mais sobre este estudo: Vitisphere

Autores do blog Viva o Vinho criam marketplace de vinho online

Renata e Emanuel Tavares são o casal por trás do blog Viva o Vinho. Movidos pela crescente procura de vinho online, por conta da actual situação de distanciamento social, os dois brasileiros – agora residentes em Portugal – resolveram reactivar um projecto que tiveram no Brasil, em 2016 e 2017: o marketplace VivaoVinho.Shop. “Com a situação actual, […]

Renata e Emanuel Tavares são o casal por trás do blog Viva o Vinho.

Movidos pela crescente procura de vinho online, por conta da actual situação de distanciamento social, os dois brasileiros – agora residentes em Portugal – resolveram reactivar um projecto que tiveram no Brasil, em 2016 e 2017: o marketplace VivaoVinho.Shop.

“Com a situação actual, resolvemos resgatar o projecto para ajudar os produtores com um canal de vendas online, para comercializarem os seus vinhos. O nosso intuito é mesmo de colaboração, por isso não estamos a cobrar nenhuma taxa de inscrição, e a nossa comissão de vendas é a menor do mercado: apenas 10%, para ajudar nos custos da plataforma e de divulgação”, declara o casal.

Até ao momento, o VivaoVinho.Shop já conta com 19 lojas e cerca de 223 produtos à venda.

Quinta do Noval e Romaneira declaram Vintage 2018

A Quinta do Noval e a Quinta da Romaneira, diferentes empresas do Douro que partilham o mesmo administrador – Christian Seely – acabam de declarar os respectivos Vintage 2018. Em relação ao Noval, Seely comentou: “Não será porventura uma surpresa estarmos a declarar o Quinta do Noval Vintage. (…) Como sempre, o Porto Vintage Quinta […]

A Quinta do Noval e a Quinta da Romaneira, diferentes empresas do Douro que partilham o mesmo administrador – Christian Seely – acabam de declarar os respectivos Vintage 2018.

Em relação ao Noval, Seely comentou: “Não será porventura uma surpresa estarmos a declarar o Quinta do Noval Vintage. (…) Como sempre, o Porto Vintage Quinta do Noval é feito exclusivamente a partir de uvas da nossa Quinta, no coração do Douro, e a quantidade engarrafada (1600 caixas) do Porto Vintage 2018 representa apenas 7% da produção da Quinta, como é hábito uma selecção muito rigorosa das melhores vinhas para fazer o lote Quinta do Noval. Tanto a Touriga Nacional como a Touriga Franca sobressaíram em 2018, em particular a Franca, que beneficiou das condições ideais de maturação, e este lote de vinho do Porto Vintage é dominado por estas duas castas”.

Já sobre o Romaneira, o administrador disse: “(…) Um terço da produção das nossas vinhas é dedicada ao vinho do Porto, pisada em lagares de aço inoxidável na nossa moderna adega, no alto da quinta. Da vindima de 2018, seleccionámos uma pequena parte dessa produção para fazer este vinho, que consideramos vir a ser um marco no restabelecimento da reputação da Romaneira como produtora de grandes Porto Vintage”. Do Quinta da Romaneira Vintage 2018, foram produzidas 555 caixas.

TEXTO Mariana Lopes

O grupo The Fladgate Partnership anunciou hoje, 23 de Abril – como já é tradição para a empresa, no dia de São Jorge – a declaração do Taylor’s Vintage 2018, o único “clássico” do trio apresentado, e os Fonseca Guimaraens Vintage 2018 e Croft Quinta da Roêda Vintage 2018. A designação “clássico”, apesar de não reconhecida oficial e formalmente pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, é para os produtores de Vinho do Porto um sinal de que se atingiu, nesse ano e para uma localização em concreto, uma qualidade muito elevada.

Neste caso de 2018, David Guimaraens, director técnico e de enologia da Fladgate, elucida: “A colheita de 2018 produziu excelentes Vintage, embora o ano tenha tido os seus desafios. Um deles foi a severa tempestade de granizo que devastou muitas vinhas do vale do Pinhão, no dia 28 de Maio, entre elas a Quinta do Junco da Taylor’s. É importante notar que os vinhos de 2018 têm a mais alta intensidade de cor dos últimos anos, o que é normalmente um sinal de boa extracção e longevidade”.

A apresentação dos Vintage 2018 foi feita por Adrian Bridge, administrador do grupo, através de um “directo” na página de Instagram @taylorsportwine. Adrian começou por dizer que “o que tornou 2018 num ano tão bom, foi ter feito bastante calor no Verão, e mesmo no resto do ano o calor ter sido relativamente elevado”. Quanto ao facto de o Taylor’s ser o único dito “clássico” dos três, o CEO explicou que na localização da Quinta de Vargellas (na foto principal e uma das quintas que lhe dão origem), no Douro Superior, “teve óptimas condições meteorológicas para uvas de vinho do Porto, muitas delas vindas de vinhas velhas, o que nos permitiu declarar este Taylor’s como Vintage clássico”. Já o Fonseca Guimaraens, por exemplo, que vem das Quintas Cruzeiro, Santo António e Panascal, viu estas localizações mais frescas do que Vargellas, este ano. Em relação a este Vintage Guimaraens, que é o primeiro de seu nome desde 2015, David Guimaraens afirma “acredito que o 2018 seja um dos melhores exemplos recentes de um Guimaraens Vintage, com os seus ricos e densos frutos da floresta e taninos resistentes, mas optimamente integrados”. Adrian Bridge, durante a apresentação online, acrescentou que “o conceito do Fonseca Guimaraens é o de um vinho com a mesma constituição e carácter que os clássicos Vintage Fonseca, mas feito num estilo mais acessível”. Quanto ao Croft Quinta da Roêda Vintage 2018, Bridge desvenda que este “oferece a fruta madura e perfumada característica dos vinhos da Roêda, juntamente com os taninos tensos”.

Fladgate Partneship Vintages 2018Com uma terceira declaração seguida de um Vintage clássico, algo que é inédito no grupo Fladgate e também noutros, é natural que o consumidor se pergunte sobre o que poderá estar na origem de “tantos anos favoráveis” a vinho do Porto Vintage. Adrian Bridge confirmou que, entre outras razões, os grandes avanços técnicos na viticultura e na enologia desempenham um papel muito importante nessa matéria. Também as alterações climáticas terão, com certeza, uma palavra a dizer aqui. “Nunca declarámos três Taylor’s de seguida. É ‘unusual’, mas é o que é. Debatemos muito esta questão, porque seria algo único e inovador para a nossa empresa e por causa da crise mundial que estamos a atravessar, mas chegámos à conclusão de que, se a qualidade está lá, vamos fazê-lo. Se não o fizéssemos por conta do coronavírus, isso não estaria conforme aos nossos standards de qualidade”, reiterou o administrador.

Numa pré-avaliação do futuro do vinho do Porto da sua casa, Adrian confessa: “Vamos ser desafiados por este ano 2020 porque a manutenção da segurança dos trabalhadores será garantida, através, por exemplo, da distância de segurança na vinha ou até nos lagares, o que nos vai levar a mudanças, mas no final a nossa produção manterá a qualidade”.

Do Taylor’s foram feitas 7800 caixas, do Fonseca Guimaraens, 4700, e do Croft Quinta da Roêda, 2000. Estes três Vintage começarão a ser vendidos no início de 2021.

Sogrape apoia comunidade em várias frentes

Para dar resposta às dificuldades criadas pela pandemia mundial, a Sogrape desenvolveu um conjunto de iniciativas de apoio directo à comunidade, desde a produção de álcool-gel a programas solidários. Luís Sottomayor (na foto, de máscara), enólogo responsável pelos vinhos do Douro na Sogrape, nomeadamente pelo incontornável Barca-Velha, lidera a equipa que nos últimos dias trocou […]

Para dar resposta às dificuldades criadas pela pandemia mundial, a Sogrape desenvolveu um conjunto de iniciativas de apoio directo à comunidade, desde a produção de álcool-gel a programas solidários.

Luís Sottomayor (na foto, de máscara), enólogo responsável pelos vinhos do Douro na Sogrape, nomeadamente pelo incontornável Barca-Velha, lidera a equipa que nos últimos dias trocou as garrafas de vinho, rótulos e rolhas para se dedicar à produção de uma solução desinfectante de base alcoólica a 70%.

Elaborada a partir de aguardente vínica, a Sogrape doou cerca de 25 mil litros desta solução para apoiar os profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à Covid-19. Este donativo foi entregue a várias instituições e unidades hospitalares, nomeadamente, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Bombeiros Voluntários de Avintes, Hospital de Campanha do Porto – Pavilhão Rosa Mota, Hospital São João, Hospital Santo António, Hospital de Aveiro, Cruz Vermelha Portuguesa, lar Dona Antónia Adelaide Ferreira, na Régua, IPO Lisboa, entre outros.

Além desta iniciativa própria, a Sogrape e outros produtores do sector mobilizaram-se, através da Associação das Empresas de Vinho do Porto, para produzir 55 mil litros desta mesma solução antisséptica de base alcoólica. Neste âmbito, a solução preparada pela Sogrape destina-se ao IPO Porto e ao Hospital de Braga.

A Sogrape respondeu também ao apelo da Centromarca (Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca) para efectuar um donativo com vista a equipar três hospitais (Santo António no Porto, Hospital Universitário de Coimbra e Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, que integra os Hospitais de Santa Maria e Hospital Pulido Valente) com salas de pressão negativa, fundamentais no tratamento dos doentes infectados com o novo coronavírus.

O show solidário “Só, mas bem acompanhado”, que decorreu no Instagram e que teve como principal objectivo a angariação de fundos para a Cruz Vermelha Portuguesa, foi mas uma das acções da empresa.  O  valor angariado pela iniciativa “Só, mas bem acompanhado” permitirá à Cruz Vermelha Portuguesa adquirir e doar a Hospitais e técnicos de saúde equipamentos de protecção individual – como máscaras, fatos protectores e gel desinfectante –, material médico – como testes à Covid-19 e medicação –, e ainda dar resposta a diversas necessidades logísticas, como transporte de doentes, manutenção das Unidades de Campanha Hospitalares, entre outras necessidades. Para além do valor angariado, esta iniciativa deu um apoio precioso ao sector cultural, que tem sido dos mais fustigados pelo confinamento social.